Prosimetron
sábado, 17 de setembro de 2016
Marcadores de livros - 466
Da esq. para a dir., pormenores: Minuta de Antoine Petirjean, notário em Tonnerre, 1559; Selo de Marguerite condessa de Tonnerre, 1292; Plano parcelar da comuna de Cruzy-le-Châtel, 1831; Álbum de recordações de Marguerite Berthier de Sauvigny, 1872.
Da esq. paa a dir., pormenores: Missal, século XIII; Genealogia Noël, final século XVIII; Trabalhos de alunos da classe infantil de Vermont: colagens, 1899; Palno e elevação da porta de En-Bas da cidade de Cravant, 1783.
Agradeço a quem mos enviou.
100 ans... Léo ? Tu t'rappelles ?
Em Beaune, a biblioteca Gaspard-Monge apresenta até 29 de outubro uma exposição intitulada 100 ans... Léo ? Tu t'rappelles ? qe evoca a carreira de Léo Ferré, nascido no Mónaco a 24 de agosto de 1916, tendo falecido na Toscânia a 14 de julho de 1993. compositor e cantor anarquista é um dos maiores expoentes da música do século XX.
Entretanto saiu uma biografa de Léo Ferré, da autoria de Pascal Boniface.
Paris: La Découverte, 2016
https://fr.calameo.com/read/000215022c747678a6a22
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Marcadores de livros - 465
Verso e reverso de um marcador das Feiras do Livro de 2014.
Até dia 18 de setembro está a decorrer a de Ourense.
Obrigada, Justa.
Leituras no Metro - 249
Lisboa: Tinta da China, 2016
Meio intelectual, meio de esquerda reúne cerca de 80 crónicas de António Prata, um brasileiro nascido em 1977 que escreve na Folha de São Paulo, mas já foi cronista de O Estado de S. Paulo e da revista Capricho.
Estou a devorar estas crónicas, sempre divertidas. Um livro que não estava nos meus planos de leitura.
«Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso frequento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinquenta anos. […] No bar ruim que ando frequentando ultimamente o proletariado atende por Betão – é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história.» (in «Bar ruim é lindo, bicho», p. 41).
«Estou feliz e satisfeito. Se não tivesse que revisa esta crónica, até abriria uma cerveja: acabei de eliminar o último montinho da casa, o maior que me acompanhava há mais de um ano. Não sei se você, disciplinado leitor, também sofre desse mal - o montinho -, mas a minha vida é uma inútil e etern guerra contra eles.» (in «Caos e celulose», p. 71).
Eu sofro. E tenho passado uns dias de férias a lutar contra eles. São uns dos grandes infernos da minha vida: os montinhos.
«É inegável a simpatia da bicicleta. [...] Se Cervantes escrevesse hoje, Rocinente não seria pele e osso, mas quadro, guidão e pneus.» (in «Bicicleta!», p. 77).
«Estou feliz e satisfeito. Se não tivesse que revisa esta crónica, até abriria uma cerveja: acabei de eliminar o último montinho da casa, o maior que me acompanhava há mais de um ano. Não sei se você, disciplinado leitor, também sofre desse mal - o montinho -, mas a minha vida é uma inútil e etern guerra contra eles.» (in «Caos e celulose», p. 71).
Eu sofro. E tenho passado uns dias de férias a lutar contra eles. São uns dos grandes infernos da minha vida: os montinhos.
«É inegável a simpatia da bicicleta. [...] Se Cervantes escrevesse hoje, Rocinente não seria pele e osso, mas quadro, guidão e pneus.» (in «Bicicleta!», p. 77).
BALADA DAS MENINAS DE BICICLETA
Meninas de bicicleta
Que fagueiras pedalais
Quero ser vosso poeta!
Ó transitórias estátuas
Esfuziantes de azul
Louras com peles mulatas
Princesas da zona sul:
As vossas jovens figuras
Retesadas nos selins
Me prendem, com serem puras
Em redondilhas afins.
Que lindas são vossas quilhas
Quando as praias abordais!
E as nervosas panturrilhas
Na rotação dos pedais:
Que douradas maravilhas!
Bicicletai, meninada
Aos ventos do Arpoador
Solta a flâmula agitada
Das cabeleiras em flor
Uma correndo à gandaia
Outra com jeito de séria
Mostrando as pernas sem saia
Feitas da mesma matéria.
Permanecei! vós que sois
O que o mundo não tem mais
Juventude de maiôs
Sobre máquinas da paz
Enxames de namoradas
Ao sol de Copacabana
Centauresas transpiradas
Que o leque do mar abana!
A vós o canto que inflama
Os meus trint'anos, meninas
Velozes massas em chama
Explodindo em vitaminas.
Bem haja a vossa saúde
À humanidade inquieta
Vós cuja ardente virtude
Preservais muito amiúde
Com um selim de bicicleta
Vós que levais tantas raças
Nos corpos firmes e crus:
Meninas, soltai as alças
Bicicletai seios nus!
No vosso rastro persiste
O mesmo eterno poeta
Um poeta - essa coisa triste
Escravizada à beleza
Que em vosso rastro persiste,
Levando a sua tristeza
No quadro da bicicleta.
Rio de Janeiro, 1946
Vinicius de Moraes
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Vinicius de Moraes (1913 -1980)
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Praias de Portugal - 22
Ilustração Portuguesa, Lisboa, 15 set. 1919
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
As Receitas das Tias na noite da Vogue
Amanhã a noite vai ser longa para visitar e fazer compras nas melhores lojas do Chiado à Av. da Liberdade. Quem quiser acompanhar mais uma edição da Vogue Fashion's Night Out Lisbon, não deixe de passar pela loja A Vida Portuguesa, no Chiado, para provar as deliciosas compotas d'As Receitas das Tias. Vamos lá estar entre as 19 e as 23 horas.
Marcadores de livros - 464
Dois marcadores de Barcelona: em cima, o Parque Guell; em baixo o estádio do Barcelona. É o primeiro marcador de um estádio que tenho. :)
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Esta tarde, em geminação com o Arpose
Hoje no Petit Palais
Esta tarde no Petit Palais, em Paris, a partir das 14h00, realiza-se um colóquio, com o seguinte programa:
Van Dyck peintre des dandys : correspondances et discordances por Alexis Merle du Bourg;
Grands peintres et "petimetres". Le dandysme dans le portrait espagnol de Velasquez à Goya por Guillaume Kientz;
Sans le moindre soupçon de barbarisme : l’Angleterre de la fin du XVIIIe siècle adopte des manières étrangères por Hugh Belsey;
L’élégance républicaine à travers le portrait masculin (1789-1799) par Philippe Bordes;
John Singer Sargent et le dandy por Erica Hirshler;
Portraits fin de siècle : du dandy à l’esthète por Jean David Jumeau-Lafond.
Este colóquio é uma espécie de antecipação da exposição Oscar Wilde, l’impertinent absolu, que abre no mesmo local, no dia 28 de setembro.
A história da Menina do Capuchinho Vermelho, segundo Roald Dahl
«Como estou farto de fazer de bobo!»
Disse, cheio de fome, o senhor lobo.
«Há quatro dias que não trinco osso,
A avozinha vai ser o meu almoço.»
Quando a avozinha lhe abriu a porta
Com o susto tremeu e, meia morta,
Fitou aqueles dentes a brilhar.
«Ai, que o malvado me quer devorar!»
A pobre senhora tinha razão
Porque ele a comeu com sofreguidão.
A avozinha era pequena e dura,
O almoço não foi uma fartura.
«Ai, estou com uma fome aterradora,
Pronto para comer outra senhora.»
Foi procurar petiscos na cozinha
Mas nada para roer o bicho tinha.
«Vou-me sentar no colchão de folhelho
À espera do Capuchinho Vermelho.»
Disse o lobo enquanto se vestia
Com as roupas que por ali havia.
Saia de seda, botas de verniz,
Chapéu de veludo foi o que quis.
Escovou o pelo, as garras pintou,
Bem disfarçado assim se sentou.
Um pouco depois, em passo apressado,
A moça chegou, toda de encarnado.
***
«Ó minha avozinha, quero saber,
As tuas orelhas estão a crescer?»
«Sim, minha neta, para melhor te ouvir.»
«Que grandes olhos tens, querida avó»,
Disse a menina cheia de dó.
«São para melhor te ver», disse o lobo
E pôs-se a pensar: «Não sou nenhum bobo,
Esta bela menina vou papar,
Que bom petisco para o meu jantar.
Vai saber-me que nem um pão de ló,
Não é velha nem dura como a avó.»
«Mas avozinha», disse a menina,
Tens um casaco de pele tão fina.»
«Não», disse o lobo, «Deves perguntar
por que são meus dentes de espantar.
Bem, digas tu o que disseres
Como-te sem prato nem talheres.»
A menina sorriu. Da camisola
Sacou de imediato uma pistola
E com uma certeira pontaria
Pum, pum, pum, aquele lobo morria.
***
Passaram os dias, passou um mês,
Vi a menina no bosque outra vez,
Mas sem o capuz, sem capa encarnada,
Toda diferente, toda mudada.
Sorrindo me explicou: «Daquele bobo
Fiz este casaco de pele de lobo».
Trad. de Luísa Ducla Soares
Roald Dahl faria hoje 100 anos.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Um quadro por dia
A pintura chinesa continua a ser vedeta nas grandes vendas , prova disso é este Peach Blossom Spring, de Zhang Dakian ( 1899-1983 ) , vendido na Sotheby's de Hong Kong por 31,250 milhões de euros . ( Tinta e aguarela sobre papel )
Mais elegâncias
Leio que 2016 marca o regresso da excentricidade à moda, e um bom exemplo devem ser estes sapatos-zebra da Gucci ..
Números
25 ( 22,3 )
milhões de dólares ( ou euros ) , é por quanto está à venda a ilha privada de Katafanga, no arquipélago das Fiji . 91 hectares, com pista de aterragem, 20 moradias em construção, campo de golfe e depósito de água .
O mercado das ilhas privadas é um daqueles mesmo inacessíveis aos comuns mortais ...
Pérez-Reverte em Cascais
© Juan Medina / Reuters
«Quando lemos e estudamos História sabemos que há sempre bárbaros a caminho».
Arturo Pérez-Reverte, em entrevista à Visão, 9 set. 2016
Pérez-Reverte vai estar esta 4.ª feira, às 22h00, no Auditório Maria de Jesus Barroso - Casa das Histórias Paula Rego para uma conversa conduzida pela escritora Patrícia Reis. Nesse dia chega às nossas livrarias o seu romance Homens Bons.
Verso e reverso do marcador da edição espanhola.
Para Jad, que me deu a ler O Clube Dumas. E para Justa, que me enviou o marcador.
Humor pela manhã
Ele continua a subir nas sondagens, apesar dos maiores disparates sobre política interna e externa , a começar pela maneira como fala do vizinho imediato a Sul . Como se não fossem os imigrantes mexicanos a fazer os trabalhos que os norte-americanos não querem fazer ...
domingo, 11 de setembro de 2016
Parabéns, João!
Para o João, uma canção em língua italiana (que o nosso aniversariante muito aprecia), interpretada por Paul Anka (que o nosso aniversariante muito estima). Muitos parabéns!
Parabéns, JMS!
Parabéns, João.
Desejo um dia muito aprazível!
Muita saúde e felicidades, brindo com um Alvarinho da Brejoeira.
Palácio da Brejoeira, Monção
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