Prosimetron

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sábado, 10 de dezembro de 2022

Boa noite!

Há uns dias a RTP2 passou um documentário Filhos do Caos (Children of Chaos: What Became of WW2 Orphans) de Agnès Pizzini e Julien Johan. Como não o encontrei no YouTube (pode ser visto na RTP Play), deixo este sobre o efeito da guerra(s) nas crianças. Efeitos que se prolongam por toda a sua vida.

Só que o documentário da RTP 2 (de 2022) foca a conduta dos nazis e dos Aliados, enquanto que este (de 1946) centra-se nos nazis.

Bacio - 74

Retrato de Emily Dickinson por Bekir Salim

«Forever is made up of many nows.»
Emily Dickinson 

Marcadores de livros - 2420

No Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Ninguém fica igual depois de ler Se isto é um homem.


Não li nenhum destes livros com Auschwitz no título, e até duvido da qualidade deles, mas espero que, pelo menos, sirvam para deixar uma sementinha contra os totalitarismos nalgumas cabecinhas.


Porto: Livros do Brasil, 2022.

Marcador deste livro saído há pouco e apresentado como «a versão integral não censurada». A censura, neste caso, ocorreu no livro editado na União Soviética, em 1966, de que eu li a trad., no início dos anos 70. 
A edição agora publicada é a tradução do livro que Anatóli Kuznetsov (1929-1979) publicou em Londres em 1970, após ter fugido da União Soviética.
O autor nasceu em Kiev, filho de pai russo e mãe ucraniana. «Aos catorze anos, começou a registar os acontecimentos que testemunhou sobre o massacre de Bábi Iar, perpetrado pelos nazis durante a II Guerra Mundial.» 
Em 29 e 30 de setembro de 1941, mais de 33 000 judeus ucranianos foram levados para Bábi Iar, uma ravina que ficava então nos arredores de Kiev, e assassinados. Bábi Iar faz hoje parte da capital ucraniana. 
A nova edição deste livro já está na minha lista de futuras leituras.

Trad. Jorge Rosa. Lisboa: Livros do Brasil, [1970].

Dia Internacional dos Direitos Humanos


«Aproveitamos [... este dia] para destacar e relembrar a atribuição do Nobel da Paz 2022 aos nossos colegas das organizações congéneres, membros da Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH):
- Ales Bialiatski, presidente da Viasna (Bielorrússia), e antigo vice-presidente da FIDH; 
- Memorial, ONG Russa que foi dissolvida em dezembro de 2021; 
- Centre for Civil Liberties, ONG Ucraniana, sendo que a colega Oleksandra Matviichuk é vice-presidente da FIDH. 
Atualmente, Ales Bialiatski encontra-se detido arbitrariamente, assim como diversos outros membros da Viasna, incluindo Valiantsin Stefanovic, um dos atuais vice-presidentes da FIDH, reeleito no Congresso do Centenário realizado este mês de outubro em Paris.» (Do comunicado da LPDH-Civitas)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Boa noite!


 

Leituras no Metro - 1138


Paris: Liana Levi: Scribe, imp. 1993

Este livro é o que se chama «dose para leão». Só que eu não sou leão, nem de signo...
Marek Edelman foi um dos doid único sobrevivente dos dirigentes da insurreição do gueto de Varsóvia.

«[...] os alemães anunciaram que distribuíriam pão a todos os que se inscrevessem para partir para trabalhar. Cada um receberia três quilos de pão e doce.
«Sabes o que representava então pão no gueto? Se não o sabes, nunca compreenderás como milhares de indivíduos puderam vir por si próprios, e partir com pão rumo a Treblinka. Nunca ninguém pode compreender.
«Era assim, a distribuição. Pães alongados, bem cozidos. E sabes que mais? As pessoas vinham, inocentemente, em filas de quatro, pelo pão e para subir para o vagão. Havia tantos voluntários que deviam fazer fila. Eram necessários dois transportes por dia para Treblinka e, mesmo assim, não havia lugares suficientes para todos.» (Marek Edelman a Hanna Krall, p. 93)

Marcadores de livros - 2419

Personagens de livros de Miguel Delibes. 
Pedro de La sombra del ciprès es alargada, 1948; il. de Arnal Ballester.

Uca-uca de El camino, 1950; il. de Noemi Villamuza.

Florita de Madera de héroe, 1987; il. de Claudia Ranucci.

Do último marcador - Miguel Delibes niño de Mi vida al aire libre, 1989; il. de Violeta Lópiz - não encontrei reprodução na net.

Gracias, Pini!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Boa noite!

A Anunciação - a nossa nova vinheta

O Evangelho de Lucas que se ouvirá amanhã na missa da Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria narra a anunciação da vinda de Jesus a Maria. Maria, figura central do tempo do Advento, e o anjo que anuncia "conceberás e darás à luz um Filho a quem porás o nome de Jesus", representam um dos motivos mais "populares" da História de Arte Sacra. Desde a Antiguidade Romana até aos dias de hoje, são inúmeras as obras em pintura e escultura que retratam a Anunciação.

Um dos exemplos mais conhecidos é a Annunciazione de Fra Angelico (nascido Guido di Pietro Trosini, 1395 circa a 1455). A Virgem deste quadro é a nossa nova vinheta.
 


Marcadores de livros - 2417

Marcador desta biografia de Soares, em quatro volumes, que saiu com a revista Sábado. inicialmente publicada num volume.

Marcadores de livros - 2416


Marcador deste livro:
Lisboa: Tinta da China, 2020

«"Olhe que não, olhe que não!" foi como Álvaro Cunhal reagiu aos constantes ataques e acusações de Mário Soares num célebre debate promovido pela RTP na noite de 6 de novembro de 1975, que prendeu o país inteiro ao pequeno ecrã. Apesar de ter sido ignorada por toda a imprensa, a surpreendente resposta do líder comunista, repetida meia dúzia de vezes, marcou de tal forma o confronto com o secretário-geral dos socialistas que acabou por se colar à simples evocação do debate, onde ficaram patentes, como nunca, duas personalidades políticas, duas concepções do mundo, dois modelos de sociedade e duas estratégias bem distintas e por vezes antagónicas.
«Realizado pouco depois do assalto à embaixada de Espanha em Lisboa e uma semana antes do cerco à Assembleia Constituinte, já com cheiro ao golpe de 25 de Novembro, o debate faz parte da história não apenas da RTP, mas da televisão e da própria democracia.» (Sinopse do livro)


«- Se compararmos Cunhal e Soares, o primeiro preparava-se melhor.

«- Desculpe, o Mário Soares prepara tudo, pensa em tudo. Não tem é o ar didático de Álvaro Cunhal, o que é diferente. É uma questão de estilo político, de fação política, porque um socialista não se acha detentor da verdade do mundo, propõe uma verdade, enquanto o outro impõe uma verdade. Soares trabalha muito, nunca vi ninguém que o fizesse tanto, e ainda hoje com 80 e não sei quantos anos, vê-se nos seus artigos como estuda. A história de que não conhecia os dossiês enquanto era primeiro-ministro é um mito que se criou. O que ele não tomava era o ar de autoridade e de luta que Álvaro Cunhal assumia.»

Vasco Pulido Valente em entrevista a João Céu e Silva, in Uma longa viagem com Vasco Pulido ValenteLisboa: Contraponto, 2021, p. 43

No meu sofá a ler... - 14

Lisboa: Contraponto, 2021


«Acho que Soares foi o fundador da democracia portuguesa e, se não tivesse havido Soares, não teria havido democracia. [...] Mário Soares foi o único fundador da democracia portuguesa e praticamente sozinho
Vasco Pulido Valente

Gostei de ler este livro, embora discorde de muitas coisas que VPV diz, mas não da citação que escolhi. Só quem não viveu aqueles tempos é que não viu que os outros dirigentes partidários andavam aos papéis, exceto Cunhal, mas este estava do lado oposto da barricada.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Boa noite!

Les Tribulations d'Erwin Blumenfeld


Erwin Blumenfeld, conhecido por seu trabalho para as maiores revistas de moda dos EUA, foi um dos fotógrafos mais talentosos do século XX. Através de cerca de 180 fotografias, a exposição, que está no Museu do Judaísmo em paris até 5 de março de 2023,  destaca o período mais fecundo da sua atividade do ponto de vista das suas experiências artísticas. Esclarece, ainda, a sua visão da arte e a sua vida durante a Ocupação

Marcadores de livros - 2415

Marcadores da ed. de 2021. A deste ano deve estar aí à porta.

domingo, 4 de dezembro de 2022

Os meus franceses - 922

Gérard Philipe e Michéle Morgan no filme Les Grandes manoeuvres (1955), realizado por René Clair e com música de Georges Van Parys.

Gérard Philipe: centenário do nascimento

«O heroísmo é a vida quotidiana.»

Gérard Philipe, em carta a Georges Perros    

Marcadores de livros - 2414

Este marcador acompanha a biografia de Sybille de Dietrich:
«São precisas leis e virtude para se ser verdadeiramente livre.»
 Sybille de Dietrich

Joseph Melling (1724-1796) - Sybille e Philippe-Frédéric de Dietrich, 1780