Prosimetron

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sábado, 30 de março de 2019

Os meus franceses - 679

Esta rubrica hoje é dedicada a Agnès Varda, tal como a nossa última vinheta de março:


Escolho Jacquot de Nantes, um filme-documentário que adoro, um dos únicos dvd que comprei e guardo:
.
Espero que a Cinemateca dedique uma retrospetiva a Agnès Varda e publique um catálogo da sua obra. No ano passado, o cinema Ideal programou um ciclo para celebrar os 90 anos da cineasta.


Hoje

Hora de Verão  : adiantar o relógio uma hora esta madrugada.  Será a última vez ? Espero que não, que Portugal resista às conveniências de Berlim .

Humor pela manhã


Bom dia !

Do novo álbum.

Esta tarde na Cinemateca

Esta tarde às 15h30, a Cinemateca passa dois filmes: «uma ficção e um documentário, realizados com oito anos de intervalo, que abordam a luta pelos direitos dos negros americanos, nos anos cinquenta e sessenta. A abrir a sessão, um filme relativamente raro de Roger Corman, cuja ação é ambientada numa pequena cidade do Sul, no momento em que leis nacionais proíbem a segregação racial nas escolas e estas passam a ser obrigadas a aceitar alunos negros. Um homem de aparência afável surge na cidade, mas a sua “missão” consiste em incitar a população a recusar a integração racial. Para tanto, não hesita em forjar “provas” acusando um estudante negro de agressão sexual sobre uma mulher branca. Corman constrói um clima de tensão e leva-o ao limiar da explosão. A seguir, um extraordinário documentário que reconstitui o percurso e o combate de Martin Luther King, do célebre boicote dos autocarros no Alabama, em 1956, até ao seu funeral em 1968, atravessando todas as suas etapas como líder político, incluindo o histórico discurso “I have a dream”. KING consiste unicamente num riquíssimo material de arquivo, sem entrevistas nem comentários explicativos, numa demonstração eloquente que os documentos falam por si mesmos. Entre as imagens de atualidades, são inseridas intervenções de celebridades, que não comentam diretamente os factos, mas dizem textos que com eles podem ser relacionados. A apresentar em cópias digitais, em primeiras exibições na Cinemateca.» (Da programação da Cinemateca.)



Marcadores de livros - 1312



A janela aberta

Quadro pintado em 1959 por Bencho Obreskov.
Galeria Nacional da Bulgária

Para a Ana.

quinta-feira, 28 de março de 2019

Boa noite!


Leituras no Metro - 1016


«Já escolheram, comandante? – perguntou. «- Eu queria fettuccine com trufas – respondeu della Corte. Brunetti acenou afirmativamente para o proprietário. – E depois, o pato. – Brunetti voltou a acenar.
«- Sugiro o Merlot del Piave – disse o proprietário. Quando della Corte disse que sim, o proprietário fez uma inclinação quase impercetível e afastou-se da mesa deles. 
«Della Corte pegou no copo e bebeu um gole de vinho espumante. Brunetti fez o mesmo. […]
«Prestou de novo atenção à mesa e aos pratos de fettuccine, resplandecente com o brilho da manteiga. O proprietário voltou, trazendo uma pequena trufa num prato branco, numa mão, e um ralador metálico na outra. Pousou o prato, inclinou-se para o prato de della Corte e raspou a trufa, depois ergueu-se, voltou a inclinar-se, desta vez para o prato de Brunetti e fez o mesmo. O cheiro silvestre do bolor soltou-se dos fettuccine ainda fumegantes, envolvendo não só os três homens, como toda a área em volta deles. Brunetti enrolou a primeira garfada e começou a comer, entregando-se de alma e coração ao sensual prazer da manteiga, às massas perfeitamente cozinhadas e ao sabor forte e inebriante da trufa. 
«Della Corte era obviamente um homem que se recusava a misturar comida e conversa, pelo que conversaram muito pouco até ao fim da refeição. O pato estava quase tão bom como as trufas – para Brunetti nada era tão bom como as trufas – e terminaram com um cálice de Calvados diante deles.» 
Donna Leon - Morte e julgamento. Trad. Conceição Pacheco. Lisboa: Presença, 2001, p. 154-155

Marcadores de livros - 1310

Marcadores de Chagall.

No dia em que Chagall faleceu há 34 anos.

Para responder a Justa, acrescento:
Bella com gola branca, 1917.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Boa noite!


Marcadores de livros - 1309


A arte do retrato - 246


O famoso, e recordista, Portrait of an Artist / Pool with Two Figures, acrílico sobre tela,  213,5x305cm, de 1972, um dos melhores e maiores da série das piscinas de David Hockney.
Uma tela muito pessoal, assinalando o fim da relação do artista com Peter Schlesinger, o seu ex-aluno e companheiro de cinco anos, o homem à beira da piscina.
É desde Novembro de 2018 a obra mais cara de um artista vivo : vendido na Christie´s de Nova Iorque, após 9 minutos de lances, por uns espantosos 90 milhões de dólares .

Esculturas de Pomar em exposição


«É talvez a partir do desejo de uma (re)configuração objetual, partes independentes que constituem um todo - que podendo ser processado por algum referencial do real, possui sempre a característica daquilo que não parece “encaixar”, como peças de puzzle que não são sucessivas -, e através de um acaso que Pomar instrumentaliza sempre pela sua mão, que surgem diversas esculturas-assembladas. Há um gesto de liberdade em dinâmica no seu conjunto de esculturas que, não por acaso, mostra recorrentemente animais selvagens. Estes animais sempre preservam esse estado na sua representação, não havendo lugar para uma subjugação, a não ser aquela operada pela mão de Pomar ao transformá-los em imagem.» (Ana Cristina Cachola e Marta Espiridão - «Júlio Pomar, o pintor que esculpiu o futuro», in Júlio Pomar: Então e a escultura?).
Exposição na Galeria Valbom até 22 de maio, de segunda a sábado das 13h00 às 19h30.

Lá fora - 358







A descoberta de uma série de cartas, fotografias e outros documentos de  Picasso e da sua primeira mulher, Olga Khokhlova, estão na origem desta primeira exposição de 2019 do Museu Picasso de Málaga .

In memoriam





Partiste ontem, traído pelo coração . Escolheste a música de John Lee Hooker há dias, quando não sabíamos que ia ser a despedida , pelo que aqui fica em tua memória. Cedo demais, Carlos, e fazes muita falta.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Os meus franceses - 678


Humor pela manhã


Czar é czar ...

Bom dia !





Bom dia ! Boa semana !

Leituras no Metro - 1015

 

«[…] Lotto […] trazia uma garrafa de vermute doce, na mão direita, e dois cálices encaixados na mão esquerda.
«- Aceita uma bebida, comissário? – Perguntou . – Costumo tomar uma a esta hora.
«- Obrigado – disse Brunetti, que detestava bebidas doces. – Com muito gosto.  […]
«Lotto verteu duas generosas quantidades de bebida e atravessou a sala com elas. Brunetti segurou uma, agradeceu-lhe, mas esperou até que o seu anfitrião tivesse pousado a garrafa na mesa entre eles e se sentasse, antes de levantar o copo para dizer, com o mais amigável sorriso: - Tchim, Tchim. O líquido doce deslizou-lhe pela língua e desceu-lhe pela garganta, deixando uma leve viscosidade à passagem. O álcool era disfarçado pela intensa doçura; era como se estivesse a beber loção de barbear adoçada com néctar de alperce.»
Donna Leon - Morte e julgamento. Trad. Conceição Pacheco. Lisboa: Presença, 2001, p. 103


Para a Paula.

Marcadores de livros - 1307

Lindos estes marcadores do bestiário medieval. Pareceu-me que poderiam ser puzzles, mas acho que não.


Obrigada, Luisa!

domingo, 24 de março de 2019

Boa noite!


Marcadores de livros - 1306


Considerado um dos grandes jornalistas do século XX, Ryszard Kapuscinski dizia escrever para «pessoas de qualquer lugar ainda suficientemente jovens para estarem curiosas sobre o mundo».

A nossa vinheta


A nossa vinheta refere-se à exposição de Joaquín Sorolla que está no MNAA até final do mês.  Vão vê-la que é muito boa, pelo menos eu achei, mas sou fã deste pintor.
O arco-íris, El Pardo

Moinhos de vento no Tejo, Toledo, 1906

Os guitarristas: Costumes valencianas (pormenor)