George Adolphus Storey, The Old Soldier, 1869, óleo sobre tela.
Leio o Arpose, que está consultável já aqui ao lado nas Afinidades Electivas, e deparo-me com uma situação por que já passei algumas vezes: a chico-espertice linguística de quem nos responde " então já não quer " depois de termos dito " queria " isto ou aquilo. Umas vezes, fiz sorriso amarelo e deixei a criatura sentir-se realizada, outras, em que a paciência estava mais pródiga, lá tentei explicar o tempo verbal imperfeito de cortesia com reacções diversas.
De futuro, acho que vou passar a usar a fórmula do APS , " Queria, mas já não quero ", e procurar a concorrência.
Prosimetron
sábado, 19 de novembro de 2011
Esta tarde
- Em Lisboa, um concerto na Biblioteca Nacional.
- Em Alcobaça, a inauguração da exposição que marca os 18 anos de existência da galeria/antiquário, Conventual, pertença do historiador Jorge Pereira de Sampaio, amigo meu e de vários outros prosimetronistas.
- Em Alcobaça, a inauguração da exposição que marca os 18 anos de existência da galeria/antiquário, Conventual, pertença do historiador Jorge Pereira de Sampaio, amigo meu e de vários outros prosimetronistas.
PENSAMENTO(S) - 209
Narcisse, Narcisse
Que te sert d' être beau?
Amour est autre chose
Que de baiser sur l'eau
Le reflet d'une rose...
- Paul Valéry, in Cantate du Narcisse.
Dedicado a todos os "narcisos" e "narcisas" que conheci e conheço.
Biografias, autobiografias e afins - 119
Novidades - 212
Aqui está o tal livro improvável de que falei há umas semanas, o primeiro romance histórico da Margarida Rebelo Pinto que revisita um dos nossos maiores mitos culturais, Inês de Castro. Venderá tão bem como anteriores obras?
Humor pela manhã... - 58
Os arguidos do Face Oculta afirmam ter apenas trocado robalos, alheiras e pão-de-ló. Por isso o IP convidou o reputado crítico gastronómico José Quitério para cobrir o julgamento para o nosso jornal:
" Dobrando o Largo Central, eis-nos na Rua Pinto Leite, onde mora o Tribunal de Aveiro. De fachada austera, não se adivinha a imensidão interior da sala, bem iluminada por amplas janelas. O Tribunal, com capacidade para 200 mastigantes, estava cheio, entre arguidos, advogados de defesa e procuradores do MP. Começou-se pelo Robalo de Vara, onde o nobre peixe nadou de novo feliz num mar de batatas e grelos. Correcta a Alheira de Godinho, em sã camaradagem com batatinha frita em azeite. O Pão de Ló de Vara, fofo como a nuvem de um anjo, foi a tentação final. Carta de vinhos fraca, Godinho devia ter dado um Barca Velha a Vara, que se bateria bem com o robalo. Atendimento simpático e despachado. Irei voltar! "
- AM
- Este delicioso pastiche foi publicado no Inimigo Público de ontem.
" Dobrando o Largo Central, eis-nos na Rua Pinto Leite, onde mora o Tribunal de Aveiro. De fachada austera, não se adivinha a imensidão interior da sala, bem iluminada por amplas janelas. O Tribunal, com capacidade para 200 mastigantes, estava cheio, entre arguidos, advogados de defesa e procuradores do MP. Começou-se pelo Robalo de Vara, onde o nobre peixe nadou de novo feliz num mar de batatas e grelos. Correcta a Alheira de Godinho, em sã camaradagem com batatinha frita em azeite. O Pão de Ló de Vara, fofo como a nuvem de um anjo, foi a tentação final. Carta de vinhos fraca, Godinho devia ter dado um Barca Velha a Vara, que se bateria bem com o robalo. Atendimento simpático e despachado. Irei voltar! "
- AM
- Este delicioso pastiche foi publicado no Inimigo Público de ontem.
Citações - 201
(...) Em 37 anos não apareceu uma única obra decente de dramaturgia portuguesa. Apareceram romances em grande quantidade, apareceu poesia, apareceram livros de história ou memórias. Não apareceu uma única peça digna desse nome. Até o Teatro Nacional D.Maria II, na impossibilidade de se ficar eternamente no Frei Luís de Sousa, apresenta geralmente traduções. De resto, não lhe falta só dramaturgia portuguesa. Também lhe falta público. Uma noite no D.Maria é uma noite soturna. Francisco José Viegas cortou o orçamento ( um milhão de euros ) deste longo equívoco. Foi inteiramente justo. E, quando Diogo Infante resolveu recorrer à intimidação, não hesitou em o demitir. Chegou a altura de acabar com esta ridícula que em Portugal se chama " teatro ".
- Vasco Pulido Valente, Teatro à portuguesa, no PÚBLICO de ontem.
Apesar dos exageros do costume, há algo com que concordo: a escassez da dramaturgia portuguesa. Duas ou três revelações nas últimas décadas ( J.Lucas Pires, José Maria Vieira Mendes, por exemplo ), mas realmente a grande maioria do teatro que se vai fazendo é traduzido. Pensem nas últimas peças que viram.
- Vasco Pulido Valente, Teatro à portuguesa, no PÚBLICO de ontem.
Apesar dos exageros do costume, há algo com que concordo: a escassez da dramaturgia portuguesa. Duas ou três revelações nas últimas décadas ( J.Lucas Pires, José Maria Vieira Mendes, por exemplo ), mas realmente a grande maioria do teatro que se vai fazendo é traduzido. Pensem nas últimas peças que viram.
Frutas - 69
Algumas naturezas-mortas da brasileira Cecília Mayr (1955-)
Natureza-morta XIII
Natureza-morta XXIV
Natureza-morta XXXVII
Natureza-morta XLVI
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Uma péssima experiência
João Martins - Alfama - Fado, 1940-1950
IMC, Div. de Documentação Fotográfica
Rua dos Remédios, 139. Neste local está actualmente o restaurante Mesa de Frades.
Há dias uns amigos meus franceses, que estiveram em lisboa uns dias, quiseram ouvir fado. Depois de umas "pesquisas" vi que o Pedro Moutinho cantava na Mesa de Frades. Telefonei para marcar, mas estava cheio e despacharam-me para o Luís Vaz de Camões, na mesma rua. O fadista seria o mesmo.
Um pouco depois das 23h00 entrou no restaurante o Hélder Moutinho que cerca das 24h00 começou a cantar, acompanhado de três músicos. Ao fim de três canções disse qualquer coisa aos músicos que se levantaram e foram todos porta fora sem dizer água vai. Não posso dizer que o fadista entrou mudo e saiu calado, porque cantou. No início também não cumprimentou ninguém, nem apresentou canções, nem músicos... nada!
Os meus amigos estavam estarrecidos. Estávamos para sair quando o empregado nos disse que eles iriam cantar mais. Passado algum tempo regressam os músicos com um outro fadista, que interagia mais com o público e que cantou cinco canções. Percebi que este não estava no "programa". Tinha aparecido por ali e foi caçado. Quando saímos, vimos os músicos à porta da Mesa de Frades que estava a abarrotar. Apeteceu-lhes ir até lá. Segundo percebi, o Camané tinha aparecido por lá e a noite estava muito animada por lá.
Quando ao Hélder Moutinho, nunca vi tanta má-criação mum artista em relação ao público. Frequento pouquíssimo casas de fado, mas não é com fadistas destes que se faz uma casa.
O Museu do Fado vai estar de portas durante 36 horas consecutivas, nos dias 26 e 27 de Novembro, para acompanhar (e celebrar) a esperada declaração do Fado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, cujo veredicto deverá sair no mesmo fim-de-semana. O programa inclui visitas guiadas, concertos e actuações espontâneas de vários fadistas.
http://fugas.publico.pt/Noticias/296988_museu-do-fado-gratis-e-aberto-36-horas-para-celebrar-declaracao-de-patrimonio-mundialhttp://www.museudofado.pt/calendario/detalhes.php?id=149
Poemas com cinema - Humphrey Bogart
Era a cara que tinha e foi-se embora
Mas nunca foi tão visto como agora
O seu olhar é água pura água
Devassa-nos dá nome mesmo à mágoa
Ganhámo-lo ao perdê-lo. Não se perde um olhar
Não é verdade meu irmão humphrey bogart?
Mas nunca foi tão visto como agora
O seu olhar é água pura água
Devassa-nos dá nome mesmo à mágoa
Ganhámo-lo ao perdê-lo. Não se perde um olhar
Não é verdade meu irmão humphrey bogart?
Ruy Belo
de Poemas com cinema, antologia organizada por Joana Matos Frias, Luís Miguel Queirós, Rosa Maria Martelo, Assírio & Alvim, 2010;
imagem: Humphrey Bogart
O regresso de Fausto
Trinta anos depois de Por esse rio acima - um dos melhores discos da música portuguesa -, Fausto completa a trilogia dos Descobrimentos. Em busca das Montanhas Azuis sai dia 21.
Pablo Picasso – Le Carnet de La Californie
Esta exposição apresenta a produção realizada por Picasso durante o período em que viveu na vila La Californie com Jacqueline Roque. «Como expressão dessa atividade exibem-se algumas obras em que foram utilizadas todas as técnicas - gravura calcográfica, água-tinta, linóleo e litografia - bem como os livros ilustrados que saíram do atelier de La Californie. Entre estas obras estão: La tauromaquia, para o editor catalão Gustavo Gili; o livro que contém os retratos do amigo Max Jacob, as obras que ilustram poemas de Paul Éluard e o do poeta local Henri-Dante Alberti. Do conjunto sobressaem os delicados e inovadores livros realizados com Pierre André Benoît, que contêm poemas de Reve Crevel, Jean Cocteau, o poema-objeto de Tristan Tzara. Destaque também para o texto clássico de Píndaro e para as ilustrações criadas por Picasso para os textos do próprio Benoît e para um pequeno poema de Jacqueline.»
(http://www.cm-cascais.pt/Cascais/Noticias/expo_picasso_ccc.htm)Centro Cultural de Cascais
3.ª a domingo das 10h00 às 18h00
até 8 Jan. 2012
Marcadores - 18
Um marcador anunciando duas exposições na Leya Barata, na Av. de Roma. Coloquei-o pela exposição dedicada ao Surrealismo, que abre no dia 3 de Dezembro às 21h30.
Etiquetas:
António Maria Lisboa (1928-1953),
Mário Cesariny (1923-2006),
Mário Henrique Leiria (1923-1980),
Raul Perez (1944-),
Surrealismo,
Surrealismo Português
Na Casa da Achada
No sábado, 19 de Novembro, pelas 16h, acontece uma sessão diferente: é apresentado o livro O Caracol, escrito por Renato Roque e ilustrado por Sérgio Ribeiro, das Edições Afrontamento. A apresentação e conversa é feita por Eduarda Dionísio e conta com a presença do autor. Há também uma leitura de um diálogo entre o caracol e um leitor do livro, por Daniela Gama e Youri Paiva.
No domingo, das 15h30 às 17h30, continua a oficina de desenho a partir da exposição ‹‹Sonhar com as mãos - o desenho na obra de Mário Dionísio››. Depois de já se terem experimentado vários materiais e técnicas, nesta sessão vamos desenhar a tinta da china com a orientação de Emanuel Faustino.
Na segunda-feira à tarde, 21 de Novembro, pelas 18h30, continuamos as leituras comentadas, com projecção de imagens das obras citadas, de textos referidos por Mário Dionísio em A Paleta e o Mundo. Nesta sessão, Inês Dourado termina a leitura do 2º capítulo de A vida das formas de Henri Focillon, ‹‹As formas no espaço››.
À noite, às 21h30, projectamos mais um filme do ciclo de cinema ‹‹Estrelas de Hollywood››: O comboio apitou três vezes (1952, 85 min.) de Fred Zinnemann, com Gary Cooper e Grace Kelly. Quem apresenta o filme é João Rodrigues.
Informamos que a Ficha 3 e o suplemento sobre Maria Keil já estão disponíveis para descarregar em PDF. Quem quiser uma versão em papel mais bonita, é passar cá na Casa da Achada.
____________________
No domingo, das 15h30 às 17h30, continua a oficina de desenho a partir da exposição ‹‹Sonhar com as mãos - o desenho na obra de Mário Dionísio››. Depois de já se terem experimentado vários materiais e técnicas, nesta sessão vamos desenhar a tinta da china com a orientação de Emanuel Faustino.
Na segunda-feira à tarde, 21 de Novembro, pelas 18h30, continuamos as leituras comentadas, com projecção de imagens das obras citadas, de textos referidos por Mário Dionísio em A Paleta e o Mundo. Nesta sessão, Inês Dourado termina a leitura do 2º capítulo de A vida das formas de Henri Focillon, ‹‹As formas no espaço››.
À noite, às 21h30, projectamos mais um filme do ciclo de cinema ‹‹Estrelas de Hollywood››: O comboio apitou três vezes (1952, 85 min.) de Fred Zinnemann, com Gary Cooper e Grace Kelly. Quem apresenta o filme é João Rodrigues.
Informamos que a Ficha 3 e o suplemento sobre Maria Keil já estão disponíveis para descarregar em PDF. Quem quiser uma versão em papel mais bonita, é passar cá na Casa da Achada.
____________________
Associação Casa da Achada - Centro Mário Dionísio
Rua da Achada, nº 11 r/c - 1100-004 Lisboa (mapa)
telf: 21 8877090 | e-mail: casadaachada@centromariodionisio.org
página: http://www.centromariodionisio.org/
Rua da Achada, nº 11 r/c - 1100-004 Lisboa (mapa)
telf: 21 8877090 | e-mail: casadaachada@centromariodionisio.org
página: http://www.centromariodionisio.org/
Apontamentos de uma exposição
Um grande homem, uma referência incontornável num país que ele escolheu.
Calouste Gulbenkian em criança
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Benetton pelo fim do ódio
Aí está a mais recente campanha da Benetton. Polémica como as anteriores, foi inspirada na frase budista "O ódio não cessa com o ódio em tempo algum, o ódio cessa com amor" com imagens que voltam a chocar. O Papa Bento XVI e Ahmed Mohamedel-Tayeb, imã da mesquita de AL-Azhar no Cairo ou Barack Obama e o líder chinês Hu Jintao, entre outros importantes líderes mundiais são-nos agora apresentados a beijarem-se na boca. Com esta campanha, a Benetton "não espera resolver os imensos problamas do nosso tempo. mas pode ajudar a lembrar às pessoas que os problemas existem." Entretanto, O Vaticano emitiu um comunicado a criticar a iniciativa acusando-a de ser uma falta de respeito para com o Papa e fiéis da Igreja Católica. Uma posição que levou a marca italiana a retirar a campanha que incluía as imagens do Sumo Pontífice.
O brioche de Pedro
Ainda sobre a polémica reestruturação dos transportes públicos, mas não só, aqui fica parte do que Clara Ferreira Alves escreveu no passado sábado na Única:
(...) Tantos tecnocratas juntos e nenhum faz a menor ideia do que seja acabar um turno à meia-noite e ter a casa nos subúrbios. Pior, o primeiro-ministro, que devia perceber a pertença a esse mundo, subscrevia a medida. Fecha-se o metro, termina-se o autocarro, e as pessoas que apanhem táxis. Como diria Maria Antonieta, que acabou mal, deixem-nos comer brioche.
Não é apenas o ministro da Economia que está desnorteado e fora da "real". Pedro Passos Coelho, que tão bem tem gerido esse "toque humano" ( tradução: sou igualzinho a vocês ), demonstra que não só não sabe o que é viver em Massamá sem carro como não sabe o que é não ter euros suficientes para resolver o problema. As pessoas não podem comer brioche. Na verdade, como qualquer primeiro-ministro ou ministro, Passos Coelho e a sua tropa estão, pelas funções que ocupam, cada vez mais longe da vida dos quotidiana dos portugueses. E não é por andarem em classe económica que essa distância vai encurtar. (...) É a distância que lhes permite tomar medidas que ferem os direitos das pessoas. Ao cabo de quatro anos de guarda-costas e motoristas, nenhuma destas criaturas que deslizam embaladas em sirenes e batedores e atrás dos vidros fumados, se recorda da realidade. Do tempo em que iam ao supermercado, ao cinema, andavam na rua ou usavam o metro. Do tempo em que eram anónimos. E habituam-se perigosamente à nova realidade. Pedro Passos Coelho terá direito a motorista o resto da sua vida. Massamá passou a ser, como a vida para Mr.Chance ( no filme " Bem-Vindo Mr.Chance ", com Peter Sellers ) " um estado de espírito".
- Massamá é um estado de espírito, na Única do passado sábado.
Num mundo ideal, o "Álvaro" e o " Pedro" leriam e reflectiriam. Num mundo ideal.
(...) Tantos tecnocratas juntos e nenhum faz a menor ideia do que seja acabar um turno à meia-noite e ter a casa nos subúrbios. Pior, o primeiro-ministro, que devia perceber a pertença a esse mundo, subscrevia a medida. Fecha-se o metro, termina-se o autocarro, e as pessoas que apanhem táxis. Como diria Maria Antonieta, que acabou mal, deixem-nos comer brioche.
Não é apenas o ministro da Economia que está desnorteado e fora da "real". Pedro Passos Coelho, que tão bem tem gerido esse "toque humano" ( tradução: sou igualzinho a vocês ), demonstra que não só não sabe o que é viver em Massamá sem carro como não sabe o que é não ter euros suficientes para resolver o problema. As pessoas não podem comer brioche. Na verdade, como qualquer primeiro-ministro ou ministro, Passos Coelho e a sua tropa estão, pelas funções que ocupam, cada vez mais longe da vida dos quotidiana dos portugueses. E não é por andarem em classe económica que essa distância vai encurtar. (...) É a distância que lhes permite tomar medidas que ferem os direitos das pessoas. Ao cabo de quatro anos de guarda-costas e motoristas, nenhuma destas criaturas que deslizam embaladas em sirenes e batedores e atrás dos vidros fumados, se recorda da realidade. Do tempo em que iam ao supermercado, ao cinema, andavam na rua ou usavam o metro. Do tempo em que eram anónimos. E habituam-se perigosamente à nova realidade. Pedro Passos Coelho terá direito a motorista o resto da sua vida. Massamá passou a ser, como a vida para Mr.Chance ( no filme " Bem-Vindo Mr.Chance ", com Peter Sellers ) " um estado de espírito".
- Massamá é um estado de espírito, na Única do passado sábado.
Num mundo ideal, o "Álvaro" e o " Pedro" leriam e reflectiriam. Num mundo ideal.
Klássicos
A Bela e o Monstro apresenta uma coleção de 26 clássicos fundamentais da literatura portuguesa,
Biblioteca Nacional de Portugal | 18 Novembro | 18h00
A palavra abysmo
António Carneiro - Retrato de Teixeira de Pascoais
Desenho, 1921
Amarante, Casa de Pascoaes
«Na palavra abysmo, é a forma do y que lhe dá profundidade, escuridão, mistério... Escrevê-la com i latino é fechar a boca do abysmo, é transformá-lo numa superfície banal.»
Teixeira de Pascoais
Retirada da epígrafe da nova editora abysmo.
Humor pela manhã... - 57
E hoje é dia de humor jurídico:
Um indivíduo aproxima-se de um dos advogados mais caros de Lisboa e diz:
- Eu sei que o senhor é um advogado caro, mas por 1000 euros posso fazer-lhe duas perguntas?
O advogado responde:
- Claro, qual é a segunda?
Qual é a diferença entre os juízes da primeira instância e os da segunda?
Os da primeira pensam que são Deus, os da segunda têm a certeza.
Um indivíduo aproxima-se de um dos advogados mais caros de Lisboa e diz:
- Eu sei que o senhor é um advogado caro, mas por 1000 euros posso fazer-lhe duas perguntas?
O advogado responde:
- Claro, qual é a segunda?
Qual é a diferença entre os juízes da primeira instância e os da segunda?
Os da primeira pensam que são Deus, os da segunda têm a certeza.
Sérgio Godinho e as 40 ilustrações
€40,00
40 das principais canções de Sérgio Godinho, escolhidas pelo próprio e representadas por outros tantos ilustradores, como André Carrilho, Cristina Valadas, Henrique Cayatte, João Fazenda, João Maio Pinto, Jorge Colombo, José Brandão, Sara Maia, Pedro Proença e Teresa Lima, são hoje apresentadas numa edição da abysmo, na Sociedade Portuguesa de Autores às 18h30.
Citações - 201
(...) Não convém, todavia, ser ingénuo. Cada nação deve estar preparada para o pior e contar, primeiro, com os seus próprios recursos e a sua capacidade de reposta. Incluindo Portugal, que tem de ultrapassar a sua condição de país adormecido e de viveiro de ideias patéticas. Há que voltar a dar atenção à agricultura e ao mar, no quadro da nossa segurança alimentar - somos vulneráveis em termos alimentares, importamos uma boa parte do que comemos- , bem como às questões da energia e da água. Se conseguirmos recuperar o fôlego e tratar de nós, estaremos também a contribuir para o bem da Humanidade.
- Victor Ângelo, in Vistas largas, na Visão hoje posta à venda.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Roma al tempo di Caravaggio - 1600 /1630
Um beijo
Só recebi um beijo! E tinha esta mensagem :
Quando l'amore vuole parlare la ragione deve tacere.
Luxo que apetece
Oscar Wilde
É com esta frase que começa o editorial de hoje do Must, suplemento do Jornal de Negócios. Inteiramente dedicado ao luxo supremo, passando pela joalharia até aos automóveis, chamou-me particular atenção o pequeno artigo sobre o Hotel Salto Chico, um dos últimos refúgios no coração da Patagónia. Depois de uma demorada intervenção acaba de abrir as suas portas pronto a oferecer estadias de sonho pelas belezas do Parque Nacional Torres del Paine, onde se insere. Expedições a cavalo junto ao Lago Pehoé são alguns dos pequenos luxos deste hotel considerado por muitos como um dos melhores do mundo.
Como diz o nosso Luís era aqui "onde me apetecia estar".
Veio pela net...
«A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos.»
Mia Couto
Bom dia !
Com um belo dueto transatlântico de António Zambujo e Vanessa da Mata, apesar dos gritos histéricos de alguns tugas na assistência.
Boa noite!
Video de Pneuma; realizado por Chuty, Daniel Casado e Rafa Mañanas; guião de Daniel Casado; com Carmen Nubla e Fernando Gutierrez.
«Y la Belleza evitó, conscientemente, los espejos.»
Daniel Casado - in: A vista de las aguas
O poeta Daniel Casado vai estar hoje no encontro Poetas Ibéricos Hoje:
http://www.bnportugal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=670%3Aencontro-poetas-ibericos-hoje-16-nov-18h30&catid=157%3A2011&Itemid=705&lang=pt
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Jogo Mágico ( 6-2 )
Um jogo inesquecível, com a esperança a começar com este maravilhoso primeiro golo de Cristiano Ronaldo, que esteve fenomenal esta noite como há muito não estava pela Selecção Nacional.
OPHIUSSA - UMA CIDADE DE FERNANDO PESSOA
Um filme a não ver. Digo mesmo: a evitar.
Passou ontem no São Jorge, em ante-estreia. Foi apresentado como um filme não biográfico de Fernando Pessoa, que mostrava Lisboa através dos textos de Fernando Pessoa. Mas onde está o guião do filme? São uns poemas e textos desgarrados ditos em cima de fotografias ou de paisagens estanques filmadas. E um título pretencioso.
Textos lidos por Almeno Gonçalves, Ivo Canelas e José Wallenstein; com Rui Mário, Nuno Vicente e Pedro Mendonça; realização e montagem Fernando Carrilho. Som péssimo.
COITADO DO PESSOA! E coitada da sua/nossa cidade!
Fado: a história de um povo
Numa altura em que se aguarda pelo resultado da candidatura do fado a património cultural da humanidade (que só chega no próximo dia 27) vale a pena recordar as origens, percurso e posicionamento, nos dias de hoje, deste "género de grande versatilidade poética e musical" com "um forte sentimento de pertença e ligação a Lisboa". Com origens incertas provavelmente ligadas a uma dança cantada afro-brasileira, em Lisboa só há referências escritas do fado a partir de 1830, ligado à boémia e prostituição, de que a Severa foi o mito fundador. O fado já cantava a pobreza e miséria quando em 1890, com o fortalecimento do associativismo popular de Lisboa, o seu reportório se associa a constantes contestações radicais à Monarquia e surgem os "fados operários" ou "sindicalistas". A profissionalização chega em 1920, dadas as oportunidades e condições remuneratórias entretando surgidas. A partir de 1927, os fadistas só eram pagos se tivessem carteira profissional. Em 1933, o fado passou a estar ao serviço do regime salazarista para obter popularidade no pós-Guerra. Seis anos depois volta a ganhar fôlego com o início da mítica carreira de Amália. Além dos seus atributos vocais foi ela quem transportou para o fado o uso do vestido e xaile negros, a posição à frente dos guitarristas e a linguagem corporal. Em 2000, chega uma nova geração de cantores com Mariza e outros jovens fadistas a atraíem novos públicos, em formatos diferentes, que impulsionaram uma nova fase na internacionalização do fado. Actualmente, o fado representa 20% das vendas de discos de música portuguesa. Quer isto dizer que estamos a consumir mais música "made in" Portugal do que internacional. Apesar das vendas estarem a cair, o reportório nacional é líder. Entre 2005 e 2011 (primeiro semestre) os fadistas que mais venderam foram os seguintes:
Mariza (608 mil discos); Ana Moura (138 mil); Carlos do Carmo (56 mil); Camané (40 mil) e Carminho (17 mil).
Também em igual período foram atribuídos 77 galardões ao intérpretes deste género musical.
Fonte: Jornal de Negócios, 15/11/2011
Mariza (608 mil discos); Ana Moura (138 mil); Carlos do Carmo (56 mil); Camané (40 mil) e Carminho (17 mil).
Também em igual período foram atribuídos 77 galardões ao intérpretes deste género musical.
Fonte: Jornal de Negócios, 15/11/2011
Ler Devagar com Amor
Fotografia © tiago melo
Uma nova livraria chamada Ler Devagar com Amor e exclusivamente dedicada à literatura erótica vai ser inaugurada a 17 de novembro, na Rua Nova do Carvalho (ao Cais do Sodré, em Lisboa). Vai ficar instalada no edifício Pensão Amor, que albergará também bares, escritórios e ateliers.
Saiba mais em: http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=2121410&seccao=Livroshttp://www.ionline.pt/boa-vida/cais-sodre-os-novos-inquilinos-chegam-pensao-amor-ao-bar-da-velha-senhora
A arte do retrato - 38
Nikias Skapinakis ( 1931- ), Para o estudo da melancolia em Portugal, 1974, óleo sobre tela, alt.140xlarg.110cm, Colecção Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
(...) Será no entanto, como refere Vasco Graça Moura, no seio de uma certa burguesia intelectual lisboeta que estas mulheres, protagonistas de uma nova autonomia do feminino em Portugal, vão encontrar a sua condição de direito à melancolia.
Natália Correia, Fernanda Botelho e Maria João Pires são as três retratadas deste momento, possivelmente colhido no Botequim de Natália Correia, ao Largo da Graça, intelectuais e artistas sentadas, esperando, triangulando o seu olhar até um deles, o de Maria João Pires, coincidir com o nosso.
Esta versão da Pop, a recuperação da figuração a que Skapinakis ligou uma estética do cartaz, as cores planas e intensas, o desenho límpido e comunicante transformaram a sua pintura desses anos numa ampla forma comunicacional. Num certo sentido, uma forma de crónica, burguesa e solar, do Portugal que, melancólico, esperava.
Por vezes, atento.
- Delfim Sardo, in Obras-Primas da Arte Portuguesa- Século XX- Artes Visuais, Athena, 2011.
(...) Será no entanto, como refere Vasco Graça Moura, no seio de uma certa burguesia intelectual lisboeta que estas mulheres, protagonistas de uma nova autonomia do feminino em Portugal, vão encontrar a sua condição de direito à melancolia.
Natália Correia, Fernanda Botelho e Maria João Pires são as três retratadas deste momento, possivelmente colhido no Botequim de Natália Correia, ao Largo da Graça, intelectuais e artistas sentadas, esperando, triangulando o seu olhar até um deles, o de Maria João Pires, coincidir com o nosso.
Esta versão da Pop, a recuperação da figuração a que Skapinakis ligou uma estética do cartaz, as cores planas e intensas, o desenho límpido e comunicante transformaram a sua pintura desses anos numa ampla forma comunicacional. Num certo sentido, uma forma de crónica, burguesa e solar, do Portugal que, melancólico, esperava.
Por vezes, atento.
- Delfim Sardo, in Obras-Primas da Arte Portuguesa- Século XX- Artes Visuais, Athena, 2011.
Redes sociais rejeitam marcas
A maioria dos utilizadores das redes sociais nos países desenvolvidos não gosta de receber mensagens publicitárias enquanto usa as redes sociais. Concluiu um estudo da TNS que inquiriu 72 mil internautas. Os britânicos são aqueles que mais rejeitam ser amigos ou fãs de marcas, nem acedem a blogs de empresas. Por oposição, os colombianos e os mexicanos parecem ser os mais interessados em ter as marcas como amigas nas redes sociais. O mesmo estudo revela ainda a existência de um grande dividendo digital entre os vários países analisados, devido aos preços. Nesse sentido, os internautas do Egipto, Nigéria e India afirmam que vão desistir de usar a Internet por causa do custo.
PENSAMENTO(S) - 208
- Zoroastro, pintado por Rafael.
Não negues uma alegria se a podes oferecer, nem dês nenhum desgosto se o podes evitar.
- Zoroastro ( ou Zaratustra, séc.X-séc.VII a.C. ), profeta-fundador do Zoroastrismo.
Um excelente lema de vida, proveniente de uma religião três vezes milenar e que influenciou bastante outras que apareceram depois, sendo certo que foi também uma das mais inofensivas que já apareceram neste planeta.
Não negues uma alegria se a podes oferecer, nem dês nenhum desgosto se o podes evitar.
- Zoroastro ( ou Zaratustra, séc.X-séc.VII a.C. ), profeta-fundador do Zoroastrismo.
Um excelente lema de vida, proveniente de uma religião três vezes milenar e que influenciou bastante outras que apareceram depois, sendo certo que foi também uma das mais inofensivas que já apareceram neste planeta.
Subscrever:
Mensagens (Atom)