Prosimetron

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sábado, 3 de julho de 2021

Boa noite!

Jim Morrison morreu há 50 anos, de modo que hoje é dia de ouvir os Doors. E talvez ler alguns dos poemas (com trad. de Manuel João Gomes) que vivem nas canções do grupo, um dos meus preferidos.


Lisboa: Assírio & Alvim, 1981

Mudar o paradigma


 

Fala-se em 1 de Setembro e acho muito bem. Não se pode pedir a jovens de 20 anos que fiquem em casa permanentemente - não ficam, especialmente quando os pais e avós estão vacinados - especialmente agora que já se iniciou a vacinação dos menores de 30 anos.

Antes nos bares e discotecas, exibindo certificado , teste negativo , ou prova de recuperação, que à solta pelos jardins e miradouros de Lisboa, Porto, Braga, Coimbra e Algarve , sem qualquer limite de número .

O humor e o comendador ...



 

Boa tarde !

Leituras no Metro - 1079


John Ford viu A Grande Ilusão de Jean Renoir, tendo afirmado ser «uma das melhores coisas que alguma vez vi». Em 1938, tentou convencer Zanuck a fazer um remake do filme, mas não conseguiu. Então começou «a fazer fora do ecrã aquilo que não lhe era permitido fazer nos filmes e subiu ao palco do Shrine Auditorium  em Los Angeles», para falar pela primeira vez sobre o que se passava na Europa e nos próprios Estados Unidos. 
John Ford era um irlandês, descrevendo-se como «um democrata socialista convicto - sempre de esquerda», não apreciando tiranetes como o congressista Dies, um dos inspiradores da Lista Negra.
(Transcrições retiradas do livro de Mark Harris - Os cinco magníficos de HollywoodLisboa: Edições 70, 2018,  p.36)

Marcadores de livros - 1926

Pormenor de um marcador da autoria de Marta Fritz. Foi digitalizado em tamanho A3, mas faltam-lhe aqui um pouco mais de 2 cm, dado o marcador ter 32 cm de altura.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Os meus franceses - 838

Benjamin Biolay com Adé.

O «Tesouro dos remédios da alma» - 50


«Entre os dez e os quinze anos, frequentei uma escola em Nova Iorque que tinha uma biblioteca só para os alunos dos anos menos avançados. Era como gosto que as bibliotecas sejam - escura, com estantes de livre acesso, paredes forradas de livros e nichos junto às janelas, onde nos podíamos enroscar sobre uma almofada. As estantes estavam  cheias de livros que as crianças queriam ler. Durante três anos, foi o paraíso para mim. Mas um dia, no início do oitavo ano, apareci lá, preparada para me sentar a ler, e disseram-me: não, os alunos do oitavo ano não podem frequentar esta biblioteca, tem de ir à biblioteca dos anos mais adiantados. Então fui expulsa desse Jardim do Éden.» 
Entrevista de Lydia Daves a Andrea Aguilar e Johanne Fronth-Nygren para a Paris Review, 2015. 
In Entrevistas da Paris Review. Lisboa: Tinta da China, 2017, vol. 3, p. 358.

Marcadores de livros - 1925


No Dia Mundial das Bibliotecas, com um agradecimento à Luísa.

O «Tesouro dos remédios da alma» - 49

The John Rylands Library, Manchester

«Quando era jovem e estava a tirar o meu doutoramento em Inglaterra tentava aproveitar o máximo de tempo para ler e escrever e assim não tive vida. Pensava: "Já tenho 20 anos, nunca mais vou estar aqui e por isso tenho de aproveitar para ler, ler e ler." O mal dos países ditos civilizados é que têm muitos estímulos. As bibliotecas estão cheias de livros maravilhosos e se uma pessoa for maluquinha de trabalho nunca mais pára. Pode-se enlouquecer com tanto para usufruir.» 

Miguel Esteves Cardoso - entrevista à Revista do Expresso, 7 nov. 2020, p. 52.


quarta-feira, 30 de junho de 2021

Boa noite!


 Há que tempos que não ouvia Atahualpa Yupanqui.

L'Empire des Sens: de Boucher à Greuze


Por ocasião do 250.º aniversário da morte de François Boucher, o museu Cognacq-Jay explora o tema do Amor na sua forma mais licenciosa, através das obras de Boucher e dos seus contemporâneos, como Watteau, Greuze e Fragonard. 
Gosto imenso deste pequeno museu parisiense e gostava de ver esta exposição que está patente até 18 de julho. Fiquemo-nos por esta «visita privada»:


Leituras no Metro - 1078

Lisboa: Edições 70, 2018

Estou a gostar imenso deste livro de Mark Harris sobre alguns dos realizadores que mais aprecio.
Não sabia que William Wyler era natural de Mulhouse (Alsácia). Era o único judeu destes «cinco magníficos». 
Todos, exceto Capra que no início não apoiava Roosevelt, quiseram participar no esforço de guerra. Estiveram durante quatro anos «em Londres e em França, no teatro do Pacífico e na frente norte-africana, em cidades italianas em ruínas e em campos de extermínio alemães. Filmaram a guerra em terra, no mar e noa r de formas que marcaram, na altura e para gerações futuras , a perceção visual e sonora da América da luta pelo destino do mundo livre. Honraram o seu país, arriscaram a vida e criaram um vocabulário visual para os filmes de guerra ficcionais e factuais; alguns esbateram a divisão entre os dois tipos e comprometeram-se de formas que passaram o resto da vida a tentar compreender, justificar ou esquecer. Quando regressaram a casa, a ideia que haviam tido de que a guerra iria ser uma aventura era apenas uma memória distante da sua incompreensão inocente. Regressaram a Hollywood mudados para sempre como homens e realizadores de cinema.» (p. 27)