Prosimetron
sábado, 11 de outubro de 2008
O charme do mundo
- Jean Cocteau, Les enfants terribles
Isto vem mais ou menos a propósito de uma figura singular da Lisboa nocturna. Durante anos, via-o quando passava em Picoas à noite, ele junto ao Imaviz a acenar a quem passava, sempre com um sorriso nos lábios e elegantemente vestido. A certa altura, tornou-se quase uma celebridade, com direito a entrevista televisiva onde falou da solidão em que vive, do desinteresse dos familiares. Hoje de madrugada, ao voltar da boémia, inesperadamente deparo-me com ele no Saldanha, perto do Galeto, a acenar e a sorrir e, previdentemente, com um chapéu de chuva.
Definitivamente un être singulier. E concordo com Cocteau- os seres singulares, os excêntricos, são realmente o charme do mundo. E retrato da fabulosa diversidade humana.
Hoje em S.Roque
Mais informações em www.scml.pt .
As minhas músicas - 12: Me and Bobby McGee
As minhas músicas - 11: Sittin' on the dock of the bay
As 100 citações do cinema - #3
Sebastián Holz
Uma nova voz do tango que passou por Lisboa.
Otango : the ultimate tango show
Mariano Galeano y Paula Rubin, Melina Brufman y Claudio Gonzalez
Não foi tão comercial como esperava. Pelo contrário, superou, em muito, as espectativas.
Fui com M. ver a passagem do conjunto por Lisboa, na Aula Magna. Um espectáculo que concilia a música, a dança e a representação teatral. Adrián Veredice & Alejandra Hobert dirigem a coreografia. Sebastián Holz e Claudia Pannone, duas das novas vozes do tango, dão alma e coração a toda a cena. A direcção artistica foi de Olivier Tilkin.
Adrian VEREDICE & Alejandra HOBERT
Ainda pode ser visto em Coimbra (dia 11), teatro Gil Vicente, e Leiria (dia 12), teatro José Lúcio da Silva.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Martti Ahtisaari : Nobel da Paz 2008
Um prémio à Fraternidade.
"O Comité Nobel distinguiu hoje com Prémio Nobel da Paz, 2008, o antigo presidente finlandês Martti Ahtisaari pelas suas numerosas mediações de paz em vários pontos do globo nos últimos 30 anos.
Segundo o Comité Nobel foi atribuído ao antigo presidente «pelos seus importantes esforços e em vários continentes, durante mais de três décadas, na resolução dos conflitos internacionais». «Estes esforços contribuíram para um mundo mais pacífico e para a ‘fraternidade entre nações’ de acordo com o espírito de Alfred Nobel».
J. M. G. Le Clézio : Prémio Nobel da literatura 2008
Jean-Marie Gustave Le Clézio foi o eleito! Um escritor que se basea em viagens e na história para escrever os seus romances. Mereceu a distinção da Academia Sueca por ser “um escritor da ruptura, da aventura poética e da sensibilidade extasiada” e por se assumir como “um investigador de uma humanidade rara debaixo da civilização reinante”. "Grande narrador, capaz de unir harmonicamente a trama novelesca com a História, oferece ao leitor uma reflexão lúcida de outras culturas, entre elas, a africana, indiana e americana, sem nunca esquecer as suas raízes europeias".
Humor que espero não se torne negro...
PENSAMENTO DO DIA
-Marco Aurélio, PENSAMENTOS, Livro IV, trad. e notas de João Maia, Relógio D'Água Editores, 1995.
10 de Outubro de 1985 : Orson Welles
Mas foi o cinema que deu fama mundial a Orson Welles, desde logo em 1941 com Citizen Kane ( Em Portugal, " O Mundo a seus pés " ) , a sua primeira longa metragem e considerado desde então como um dos melhores filmes de sempre. Em Kane Welles foi actor, co-argumentista, produtor e realizador. Aos 26 anos de idade.
Citizen Kane, como é sobejamente conhecido, aborda a vida do controverso rei da imprensa William Randolph Hearst, uma das figuras larger than life que os E.U.A. produziram, e fá-lo com várias inovações técnicas no uso da câmara, no tratamento do espaço , e com a enorme inovação da narrativa não linear, hoje uma coisa banal ( sem desprimor para Tarantino, por exemplo ) . Apesar do enorme sucesso de Kane, houve pelo menos um espectador que não ficou contente, o já aludido milionário
William Hearst que se tornou um inimigo declarado de Welles e cuja influência não foi alheia a problemas que surgiram nos anos seguintes.
Apesar do sucesso dos filmes seguintes, pelo menos até A Dama de Xangai (1948) , as relações de Welles com os estúdios foram sempre tensas e acabaram chegando a um ponto em que Welles deixou de conseguir filmar como queria, pelo menos nos Estados Unidos. Começaram então as longas temporadas pela Europa, com alguns regressos a Hollywood como actor ( e que actor!) de forma a ganhar dinheiro para financiar as suas produções.
Nos últimos anos de vida, até por razões de saúde, era a sua fabulosa voz que lhe garantia a sobrevivência ( até podemos ouvi-lo na primeira longa metragem dos Transformers...) . Morreu na sua casa de Hollywood, terra onde recebeu mel e fel.
Filmografia de Orson Welles :
- curtas: The Hearts of Age ( 1934 )
- longas: Citizen Kane ( O Mundo a seus pés) (1941)
It's all true ( É tudo verdade ) ( inacabado-1941, filmado em grande parte no Brasil)
The Magnificent Ambersons ( O Quarto Mandamento) (1942, para mim o melhor depois de Kane)
Journey into Fear ( O medo) ( 1943)
The Stranger ( O Estranho) ( 1946)
The Lady from Shanghai ( A Dama de Xangai) (1947)
Macbeth ( 1948)
Don Quijote ( 1951- 1972)
The Tragedy of Othello: The Moor of Venice ( Otelo ) (1952)
Mr. Arkadin ( Relatório Confidencial ) (1955)
Touch of Evil ( A Sede do Mal ) (1958)
The Trial ( O Processo) (1962)
Chimes at Midnight (1965)
F for Fake ( 1974)
As 100 citações do cinema - #4
Dorothy Gale (Judy Garland), "The Wizard of Oz", 1939
A linha SOS Voz Amiga faz 30 Anos e o Dia Mundial da Saúde Mental - 10 de Outubro
Trinta anos depois de ter iniciado a sua actividade (a 9 de Outubro de 1978) e de já ter atendido mais de 260 mil chamadas com pedidos de ajuda, o SOS Voz Amiga (http://www.sosvozamiga.org/) luta, mais do que nunca, pela sobrevivência - e sempre no trilho de uma vontade férrea para estender o seu horário de atendimento às 24 horas por dia. Actualmente, as contingências de fundos para cobrir as despesas apenas permitem fazer atendimentos das 16h00 às 24h00, todos os dias da semana.
O SOS Voz Amiga foi o primeiro telefone de ajuda que surgiu em Portugal na área da prevenção do suicídio. É a única linha do seu género que se mantém em funcionamento permanente desde a data da sua criação, prestando um serviço de ajuda pontual em situações agudas de sofrimento causadas pela solidão, ansiedade e depressão.
No âmbito deste 30º aniversário, estão em curso diversas acções de sensibilização pública e angariação de fundos, nomeadamente a campanha "30 Anos, 30 Empresas", a associação ao Dia Mundial da Saúde Mental (que se assinala a 10 de Outubro com uma feira no Parque Eduardo VII, em Lisboa) e o lançamento de uma antologia de poesia e prosa intitulada "Nas Margens da Solidão", com a chancela beneficente da editora Padrões Culturais. Com o intuito de estar ainda mais perto da população, foi entretanto lançado um "blog oficial" da linha, em http://sosvozamiga.blogs.sapo.pt/.
Este é, assim, o nosso apelo: junte-se ao esforço da Liga Portuguesa de Higiene Mental, a IPSS responsável pelo SOS Voz Amiga, e ajude-nos, se puder, a divulgar os números de telefone e horário de atendimento e as iniciativas de angariação de fundos, apoios/mecenas e voluntariado em curso.
SOS VOZ AMIGA
Telefone: 213 544 545
Fax: 213 579 980
Liga Portuguesa de Higiene Mental
Largo de Andaluz, n.º 15 - 5º-E2
1050-004 Lisboa
PORTUGAL
DONATIVOS:
1. Conta Bancária Caixa Geral de Depósitos
- NIB 0035 0697 0021 5459 63254 (para portugueses em Portugal)
- IBAN PT50 0035 0697 00215459632 54 (para portugueses no Estrangeiro)
2 - Cheque ou vale postal para a morada acima
Siegfried online
Os sítios que disponibilizam a transmissão, em colaboração com a RTP, são estes: www.saocarlos.pt e www.rtp.pt . Siegfried é a terceira parte da tetralogia O Anel dos Nibelungos, e a encenação do São Carlos está a cargo de Graham Vick .
Ainda Machado de Assis
- Sabe a razão por que não vê as suas elevadas qualidades, que aliás todos nós admiramos? É porque tem ainda uma qualidade que realça as outras: - a modéstia.
Era decisivo. Simão Bacamarte curvou a cabeça, juntamente alegre e triste, e ainda mais alegre do que triste. Ato contínuo, recolheu-se à Casa Verde. Em vão a mulher e os amigos lhe disseram que ficasse, que estava perfeitamente são e equilibrado: nem rogos nem sugestões nem lágrimas o detiveram um só instante.
- A questão é científica, dizia ele; trata-se de uma doutrina nova, cujo primeiro exemplo sou eu. Reúno em mim mesmo a teoria e a prática.
- Simão! Simão! meu amor! dizia-lhe a esposa com o rosto lavado em lágrimas.
Mas o ilustre médico, com os olhos acesos da convicção científica, trancou os ouvidos à saudade da mulher, e brandamente a repeliu. Fechada a porta da Casa Verde, entregou-se ao estudo e à cura de si mesmo. Dizem os cronistas que ele morreu dali a dezassete meses, no mesmo estado em que entrou, sem ter podido alcançar nada. Alguns chegam ao ponto de conjecturar que nunca houve outro louco, além dele, em Itaguaí; mas esta opinião, fundada em um boato que correu desde que o alienista expirou, não tem outra prova, senão o boato; e boato duvidoso, pois é atribuído ao Padre Lopes, que com tanto fogo realçara as qualidades do grande homem. Seja como for, efectuou-se o enterro com muita pompa e rara solenidade. "
Assim termina O alienista,um dos melhores contos do grande Machado de Assis. É uma magnífica ilustração do abuso do positivismo, doutrina que tanto impacto teve no Brasil ( até presente na própria divisa nacional- Ordem e Progresso ) e que Assis refutava.
Herberto Hélder
As minhas músicas - 10: Hey Jude
As minhas músicas - 9: California dreamin'
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Paulo Teixeira Pinto, poeta
Paulo Teixeira Pinto tem-se mostrado um homem eclético: docente das Faculdades de Direito e de Letras da UN, político do PSD, gestor da Banca e, desde que deixou essa actividade, Presidente da Causa Real, editor, pintor e, agora, poeta.
Foi hoje lançado no Museu da Faculdade de Ciências, num lindíssimo anfiteatro (mas também bastante incómodo para quase duas horas; pobres alunos que por ali passaram...), o seu livro de poesia que segundo o autor é fruto de uma maturação de dez anos, "porque um banqueiro não publica livros de poesia", com o título " LXXXXI (poema teorema) ou três vezes três três vezes vezes três".
Não foi bem uma apresentação clássica: mais uma performance com ritmo e encenação, vozes off, poemas lidos em entradas anunciadas, pelos jornalistas Mário Crespo e Nicolau Santos, a apresentação pelo linguista Prof. António Emiliano e pelo poeta Vasco Graça Moura, palavras de Teixeira Pinto para agradecimentos (in memoriam a Eduardo Prado Coelho, o primeiro a ler os seus poemas) e a explicação deste livro, onde a numerologia é patente com o seu hermetismo, ordenado em capítulos temáticos e com títulos em latim "por ser uma língua morta que por isso está sempre viva" e a apresentação de poemas de forma performativa e com música de fundo por Pedro Abrunhosa, que os disse maravilhosamente com a sua voz grave.
O Anfiteatro estava cheio, havia caras conhecidas de todas as actividades por onde Paulo Teixeira Pinto andou ou anda, entre elas Dom Duarte de Bragança, o deputado Miguel Relvas e os ex-ministros da Cultura, Pedro Roseta e Isabel Pires de Lima. Um acontecimento registado por muitos jornalistas, fotógrafos dos jornais e camara men.
XCI. Redemptio
o breve
em eterno
se doou
quando cindido
foi o tempo
e o nunca
em sempre
se tornou
"Nem dá gosto assim vestir"
Bianca Castafiore : Ária das Jóias
Bianca Castafiore, se não me falta a memória, nasceu em 1938 ou 1939 quando Hergé desenhou e escreveu Le Sceptre d'Ottokar.
Aviso: Escutar longe de locais envidraçados
O sucesso dos livros
A localização foi bem escolhida, a loja fica no corredor dos cinemas no último piso do centro, quase em frente à antiga loja da Bertrand. Sim, porque entretanto a Bertrand mudou-se para o primeiro piso do centro, para um espaço ligeiramente mais pequeno.
Malhas que a concorrência tece...
Sou um fã da FNAC, e cliente mais do que habitual, mas preocupa-me o destino dos livreiros tradicionais perante o avassalador sucesso da cadeia francesa.
A droga da moda
A Primeira Grande Guerra em Madrid
Até 11 de Janeiro de 2009.
Franz Kafka : Aforismos - 3
- Franz Kakfa, aforismos, Ulmeiro, 2001
O romance de Mega Ferreira
As minhas músicas - 8: People are strange
As minhas músicas - 7: Somebody to love/White rabbit
As 100 citações do cinema - #5
Rick Blaine (Humphrey Bogart), "Casablanca", 1942
Pedro Homem de Melo : O rapaz da camisola verde
Jeito de marinheiro ou de soldado,
Era um rapaz de camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Perguntei-lhe quem era e ele me disse
“Sou do monte, Senhor, e um seu criado”.
Pobre rapaz de camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Porque me assaltam turvos pensamentos?
Na minha frente estava um condenado.
Vai-te, rapaz da camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Ouvindo-me, quedou-se o bravo moço,
Indiferente à raiva do meu brado,
E ali ficou de camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Soube depois ali que se perdera
Esse que só eu pudera ter salvado.
Ai do rapaz da camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Ai do rapaz da camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Poema: Pedro Homem de Mello
Musica: Frei Hermano da Câmara
LET'S TWIST AGAIN
1961 original videoclip from the maxi single of the same name, released in Spain in the tv show "Escala En Hi-Fi" (Hi-Fi Scale).
LET'S TWIST AGAIN
Come on everybody!
Clap your hands!
All you looking good!
I'm goona sing my song
It won't take long!
We're gonna do the twist
and it goes like this:
Come on let's twist again,
like we did last summer!
Yeaaah, let's twist again,
like we did last year!
Do you remember when,
things were really hummin',
Yeaaaah, let's twist again,
twistin' time is here!
Heeee, and round and round and up and down
we go again!
Oh, baby, make me know you love me sooooo,
and then:
Twist again,
like we did last summer,
Come on, let's twist again,
like we did last year!
Twist yo!
Who`s that flyin' up there?
Is it a bird? Noooooo!
Is it a plane? Noooooooo!
Is it the twister? Yeaaaaaahh!
Twist again, like we did last summer,
Come on, Let's twist again,
like we did last year!!!!
Do you remember when, things were really hummin',
Come on, let's twist again,
twistin' time is here
Heeee, and round and round and up and down we go again!
Oh, baby, make me know, you love me sooooo! And then:
Come on, twist again, like we did last summer,
let's twist again, like we did last year!
Come on, let's twist again,
twistin' time is heeeere!
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Cinema Argentino no Instituto Cervantes
14 de Outubro, 18:30
Herencia, 2002, de Paula Hernández
Dur: 90 min.
Intérpretes: Rita Cortese, Adrián Witzeke, Martim Adjemián
21 de Outubro, 18:30
Bar "El Chino", 2003, de Daniel Burak
Dur: 96 min.
Intérpretes: Boy Olmi, Jimena La Torre, Pasta Dioguardi
28 de Outubro, 18:30
Roma, 2004, de Adolfo Aristarain
Dur: 155 min.
Intérpretes: Juan Diego Botto, Susú Pecoraro, José Sacristán.
Entrada livre
Instituto Cervantes de Lisboa, Rua de Santa Marta, 43 FI Tel: 213 105 020
As minhas músicas - 6 : Anyone who had a heart
As minhas músicas - 5 : The air that I breathe
A lista vermelha
Surpreendeu-me que que o maior número de espécies- 67- diga respeito a caracóis ( da Madeira e dos Açores), gostava de saber quais as causas.
No grupo dos mamíferos ameaçados (11) , está incluído o lince ibérico, espécie cronicamente presente nestas listas, e o único felino nativo da Península.
PENSAMENTO DO DIA
Desconheço a autoria desta frase, mas palpita-me que vem de longe. E é certeira.
Um soneto pela manhã
digo outra vez da substância triste:
oiço um quarteto de mozart e penso
de que outono de sons se faz mais denso
o silêncio da música. persiste
uma rosa de sons, uma explosiva
mas contida espiral dilacerada,
como se o mundo fosse apenas nada
e a rosa fosse a própria alma cativa.
de que luz, de que tempo, de que espaço,
ou matéria de sombras e alegrias,
de que impurezas, de que revoltas ágeis,
se faz, ligando tudo, agora o laço,
a prender numa só as várias vias
de coisas tão efémeras e frágeis?
- Vasco Graça Moura, SONETOS FAMILIARES, Quetzal Editores, 1999.
As 100 citações do cinema - #45
Fellini & Nino Rota : Roma
Só com o "olhar" de Fellini e a música de Nino Rota se conseguiria esta sequência...
Roma (1972)
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Os sonhos e os cheiros...
Sou só eu que acha que há algo de lapaliciano neste estudo, ou pelo menos nestes exemplos?
Segundo round...
Recordar Robert Rauschenberg
A explicação do artista
"Para mim, a Monroe é apenas uma pessoa entre muitas outras. Quanto à questão de saber se é um acto simbólico pintá-la em cores vivas, posso apenas dizer isto: foi a beleza que me interessou e ela é bela, e se há alguma coisa que seja bela são as cores vivas. É tudo. A história é esta, ou parecida."
Andy Warhol
Lisboa rende-se à Pop Art
Pois bem, a capital portuguesa volta a aderir a este movimento de arte "que como nenhum outro se alimentou tão vorazmente do seu tempo, só para depois o voltar a cuspir", nas palavras do historiador de arte Marco Livingstone, autor do livro Pop Art: A Continuing History.
É que vai abrir brevemente a primeira loja Andy Warhol em Lisboa (na R. Escola Politécnica, 22) onde estará à venda a colecção de roupa para o Inverno com imagens do artista desenhada pela Pepe Jeans London.
Em Agosto passado Andy Warhol faria 80 anos. Foi o porta-estandarte de um movimento artístico que surgiu há 60 anos - com o propósito de revolucionar as abordagens típicas da cultura da década de 50, muito marcada pelo pós-guerra - mas permanece vivo, reinventado, absorvido e inspirador para novas aventuras de produção artística.
Uma teoria reforçada por Jean-François Chougnet, director do Museu Berardo que não hesita em afirmar ser "99% da produção artística de hoje influenciada directamente pela pop art".
Porque hoje estou numa de revivalismo...
Louis Armstrong e Danny Keye, " When the saints go marching in"
As minhas músicas - 2 : Lay down (candles in the rain)
http://www.youtube.com/watch?v=JZdDxFsopVs
Uma das vozes que ouvidas na adolescência me capturaram para sempre. Hoje, como ontem, comovo-me quando a oiço.
As minhas músicas - 3 : Porque te vas
http://www.youtube.com/watch?v=SLxrrE6wC5I
Uma estrela muito mais efémera do que a grande Melanie, mas esta é sem dúvida uma das suas melhores canções e vai sobrevivendo desde 1974. Tem sido utilizada em filmes, séries e anúncios desde os anos 70 até aos dias de hoje. Ai as promessas de amor...
Amanhã no Grémio Literário
E Marx ainda é útil ?
Mas como há vida para além de Marx, o Magazine contém ainda artigos sobre as novidades da rentrée littéraire, um pequeno ensaio sobre Saint-John Perse, uma entrevista a Hélène Cixous e um inédito de Albert Thibaudet, bem como as rubricas habituais.
Entretanto, no Reino Unido...
Apesar das boas intenções dos trabalhistas, não será fácil implementar tais mudanças que necessitam da aprovação de todos os países do Commonwealth e põem em causa a ligação entre a Coroa e a Igreja Anglicana .
Pessoalmente, não tenho dúvidas que por exemplo a actual Princess Royal, a Princesa Ana, daria uma excelente Chefe do Estado, e a Grã-Bretanha já teve grandes rainhas como todos sabemos.
Relativamente a um monarca católico, parece-me que a questão é bem mais complexa, e exigiria efectivamente uma separação entre a Coroa e a Igreja Anglicana cujo chefe é precisamente o soberano- Defender of the Faith .
As 100 citações do cinema - #47
Evita : No llores por mi Argentina
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
na sauna com...
Nureyev & Peggy (Piggy)
Nureyev: The Russian Years
Rectificação
Os trabalhos que vemos na imagem integraram a exposição "Polarity", em 2007, na galeria Nuno Sarmento.
Já agora uma breve nota sobre este jovem pintor natural de Penafiel. Duarte Vitória tem um traço "preciso e intenso, mesmo poderoso" que nas suas telas de grandes dimensões "exercem sobre o observador um fascínio muito peculiar, sendo quase impossível parar de olhar." Talvez por isso já haja quem o compare a Paula Rêgo.
Arte Lisboa em Novembro
E se a moda pega cá?
Olhem se algum "artista" se lembra de importar a ideia?!
Abrunhosa matou Bacall
" Lauren Bacall. Era uma mulher inteligente, um ícone de personalidade, de charme e de beleza. Não há beleza sem inteligência. "
A verdade é que a Sra. Bacall apesar dos seus 84 anos, está viva e ainda muito lúcida.
Buchholz no Chiado
Aquele largo que esteve durante tantos anos apenas dedicado ao estacionamento e a comércio decadente, começa a ser uma zona trendy com restaurantes inovadores e agora uma livraria de referência.
Níveis de consumo...
Ontem, no telejornal da RTP1 conduzido por Rodrigues dos Santos abordou-se também o assunto, concluindo-se que estamos a ficar longe da redução de 20% que tinha sido estabelecida como meta no Plano Nacional de Saúde até 2010. No entanto, quanto às causas deste aumento de consumo os peritos ouvidos incluíram também as chamadas causas sociais- desemprego, instabilidade profissional, endividamento.
Fiquei mais convencido.
PENSAMENTO DO DIA
- Booker T. Washington
Da Primeira República
Evidentemente, é uma data que tem de ser celebrada.Não contesto as comemorações desta data em geral.
A mim, que ligo pouco à pompa e à circunstância, interessa-me mais a discussão sobre o que foi realmente a Primeira República, os seus vícios e virtudes.E, ao contrário do que foi hábito durante as últimas décadas, já vi sinais de que é possível alguma objectividade ( se bem que esta palavra quando se fala de História é sempre muito controversa) na discussão deste tema.
Há poucos dias na Universidade de Lisboa, Rui Ramos, que é insuspeito de anti-republicanismo, declarou que "O fim da monarquia representou um enorme recuo a nível democrático para Portugal", o que já dá muito pano para mangas. Ontem à noite, no Câmara Clara da RTP2, que penso seja retransmitido hoje em horário diurno, um interessante debate entre José Adelino Maltez e Fernando Rosas sobre este tema incidiu ainda que perfuntoriamente, até pelas restrições temporais, sobre um capítulo que me interessa bastante: porque é que a Primeira República falhou?- ou seja porque é que com tanta doutrina de décadas, e grandes doutrinadores; com a Igreja dominada, e tendo o apoio de intelectuais como Jaime Cortesão, Teixeira de Pascoaes e outros, porque falhou o regime e se devorou a si mesmo?
Rosas e Maltez desmistificaram algumas enormidades que ainda por aí se ouvem, mas ainda há muito para debater. Espero que a discussão continue nos próximos tempos.