Prosimetron
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Elegâncias - 93
Bracelete e colar Boucheron, da autoria do designer Harumi Klossowska
A serpente é muito representada em jóias. Algumas delas, como este colar, até engraçadas, mas eu nunca compraria uma jóia com uma serpente porque acho um bicho repelente.
Mais umas jóias com serpentes:
Uma pregadeira, ca 1900
Uma pregadeira vitoriana
Colar e brincos, vitorianos.
Amanhã começa o novo ano chinês: Ano da Serpente. Mas na China, está a começar o dia 10.
Alguém vai mudar de pele?
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Pensamento ( s )
Há certamente uma intenção sobrenatural que faz com que a terra não seja demasiado amena para os seus passageiros.
- Madame de Staël
Conserveira de Lisboa
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http://weareboq.com/sites/default/files/8_imagens_CONSERVEIRAIMAGEM_img04.jpg
http://blog.amarportugal.com.pt/wp-content/conserveira-lisboa.jpg
Em geminação com o Arpose.
Frases da semana ( que passou )
António José Seguro já se viu que não tem uma ideia na cabeça e António Costa tem várias e perigosas ideias na cabeça.
- Marcelo Rebelo de Sousa, na TVI.
No ano passado, quando fiz a primeira parte do Iglésias no Pavilhão Atlântico, dei-lhe cinco a zero.
- José Cid
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Gato
Detalhe de uma ilustração de João Fazenda para o calendário ilustrado de 2013
in a A arca do tesouro de Alice Vieira editado pela Caminho em 2010.
O mês dos gatos dizem que é em janeiro e fevereiro, este bichaninho simpático ilustra fevereiro.
Obrigada MR. :)
GatoQue fazes por aqui, ó gato?
Que ambiguidade vens explorar?
Senhor de ti, avanças, cauto,
meio agastado e sempre a disfarçar
o que afinal não tens e eu te empresto,
ó gato, pesadelo lento e lesto,
fofo no pelo, frio no olhar!
De que obscura força és a morada?
Qual o crime de que foste testemunha?
Que deus te deu a repentina unha
que rubrica esta mão, aquela cara?
Gato, cúmplice de um medo
ainda sem palavras, sem enredos,
quem somos nós, teus donos ou teus servos?
Alexandre O'Neill, Poesias Completas. Lisboa: Assírio & Alvim, 2012
Leituras no Metro - 120
Camilo Pessanha e a escrita chinesa
Camilo Pessanha profere uma conferência no Grémio Militar de
Macau, em 28 de maio de 1910, a qual é relatada pelo jornal A Verdade (Macau, 2
jun. 1910):
«Mostrou como a língua chinesa falada, tendo-se conservado
monossilábica, ao contrário de todas as outras, atingiu, não obstante, um grau
de cultura suficiente para poder traduzir com precisão e clareza as mais
complexas noções de ciência contemporânea, lucrando ainda, em se ter conservado
monossilábica, o ser enriquecida com um elemento prosódico, os tons, que não
tem correspondente em nenhuma outra e é de um alto valor oratório e poético; e
como a escrita, tendo-se conservado fundamentalmente hieroglífica, quando a de
todo o resto do mundo é fonética desde o tempo dos Fenícios, e constando de
mais de duzentos mil caracteres, não só é relativamente fácil para a memória
dos chineses, especialmente treinada na fixação dessas grafias, mas ainda deu
origem a uma caligrafia que é verdadeira arte, realizando a beleza plástica e
interpretando e comunicando emoções, - arte cuja existência, nós, os europeus,
mal podemos compreender por ser incompatível com a nossa escritura fonética. […]
Ocupando-se especialmente da estética, referiu-se ás brilhantes qualidades
artísticas naturais da raça chinesa: a vivacidade de imaginação, a perspicácia
de intuição do pitoresco, o equilibrado sentimento da composição, o enternecido
amor da natureza. Mostrou, porém, como, não obstante esses dotes naturais, os
chineses não conseguiram levantar o seu espírito até à noção de arte pura ou
arte filosófica: a sua arte é apenas decorativa ou de aplicação. A sua
escultura não é estátua: é ícone, ou alfaia, ou bibelot. A sua pintura é mera decoração mural.»
De uma conferência de Camilo Pessanha sobre literatura
chinesa, relatada pelo próprio no jornal O
Progresso (Macau, 21 mar. 1915):
«[…] natureza ideográfica dos caracteres e o seu consequente
grande poder de evocação visual; o intrínseco valor estético desses caracteres –
cada um dos quais é fundamentalmente um desenho
estilizado do mais puro gosto e do melhor efeito decorativo; e a
euritmia musical da frase escrita, na sua transliteração prosódica, que, pela
sábia valorização dos tons , é mais rica, mais expressiva e mais perfeita na
literatura chinesa do que o de nenhuma métrica europeia, ao mesmo tempo que
elemento essencial de toda a composição literária chinesa, seja qual for o
género a que esta pertença.»
(Cit. por Daniel
Pires in Camilo Pessanha - Correspondência,
dedicatórias e outros textos. Lisboa: BNP; Campinas: Unicamp, 2012, p. 59, 66)
Algumas as peças de arte chinesa, da coleção que Camilo Pessanha ofereceu ao Estado português. Bem se podia fazer uma exposição dessa coleção que me parece estar disseminada por vários museus. Aliás, a aceitação dessa oferta foi cheia de vicissitudes. José de Figueiredo, na época diretor do MNAA, dizia que ela não tinha dignidade para integrar um museu nacional.
Vasos com tampas decorados a cinco cores. ca 1640, reinado Chongzhen, dinastia Ming
Prato em porcelana chinesa de exportação (Companhia das Índias), decorado em esmaltes da paleta Família Rosa, ca 1730, reinado Yongzhen, dinastia Qing
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Um livro belo
De mão amiga recebi o livro A Iluminura de Santa Cruz no Tempo de Santo António. É o que ando a ler presentemente. O livro tem iluminuras maravilhosas.
Obrigada! :)
«Afonso Henriques, ao fixar-se em Coimbra tornou-se o mais fiel protector de Santa Cruz. Fez do mosteiro o centro de apoio cultural da corte. A protecção que concedeu ao mosteiro contribuiu poderosamente para o tornar o pólo mais activo de uma síntese cultural de grande pujança e com influência sobre todo o resto do país»*.
Alc.426, fls.251v e 252. RábanoMauro, De Numeris. Século XIII (1º quartel).
Esquema de contagem pelos dedos **
* " Monarquia Feudal" in História de Portugal dirigida por José Mattoso e citada por Maria de Adelaide Miranda, in A Iluminura de Santa Cruz no Tempo de Santo António. Lisboa: Edições Inapa, 1996, p. 3.
**Maria de Adelaide Miranda, A Iluminura de Santa Cruz no Tempo de Santo António. Lisboa: Edições Inapa, 1996, p.p.52.
Lá fora
- Maxime Maufra, Les Arbres fantastiques de Pouldu, 1893, col.part.
- Ferdinand Loyen du Puigaudeau, Le Croisic, fillettes au pied du menhir.
Duas das 150 telas, provenientes de museus franceses e de várias colecções particulares, patentes na exposição Les Peintres de Pont-Aven autour de Gauguin, dedicada à escola de pintura formada em Pont-Aven à volta de Paul Gauguin e Émile Bernard desde o final da década de 1886 até 1920.
Até 8 de Abril, no Atelier Grognard de Rueil-Malmaison .
- Ferdinand Loyen du Puigaudeau, Le Croisic, fillettes au pied du menhir.
Duas das 150 telas, provenientes de museus franceses e de várias colecções particulares, patentes na exposição Les Peintres de Pont-Aven autour de Gauguin, dedicada à escola de pintura formada em Pont-Aven à volta de Paul Gauguin e Émile Bernard desde o final da década de 1886 até 1920.
Até 8 de Abril, no Atelier Grognard de Rueil-Malmaison .
Lembrando Marcos Portugal
O compositor Marcos Portugal é dos grandes nomes da música portuguesa dos sécs. XVIII e XIX. Conhecido sobretudo pelas suas composições de carácter religioso ( missas, motetes, vésperas e matinas), é autor de uma vasta obra de música profana, sobretudo de carácter teatral (farsas,entremeses, óperas bufas e sérias). Musicou também inúmeras composições poéticas. Entre estas últimas," Já, já me vai Marília branquejando", de Thomás António Gonzaga, que estando exilado em Moçambique por ter participado na Conjura Mineira, fez poemas para a sua amada, assinando com o pseudónimo Dirceu - como bom árcade - e referindo-a como Marília.
Marcos Portugal, com um percurso de grande admiração e reconhecimento em Portugal, onde desempenhou os cargos de organista e Mestre de solfa da Patriarcal e do seu seminário, Mestre da Real Capela e director do Teatro de S. Carlos, foi chamado por D. João VI para a corte do Rio de Janeiro, onde ficou após o regresso da Família Real a Portugal, servindo D. Pedro I, como mestre de música das princesas suas filhas, como já fora do próprio Imperador e dos Infantes seus irmãos. Adquiriu a nacionalidade brasileira e morreu em 7 de Fevereiro de 1830.
A Biblioteca Nacional de Portugal teve patente até 31 de Janeiro uma exposição comemorativa dos 250 anos do seu nascimento.Números
Alguns destes números não me parecem excessivos ( assistentes sociais ou psicólogos, p.ex. ), agora há outras categorias profissionais ( 146 marketeiros?) que já me causam maior estranheza.
Caixas / carteiras de fósforos - 1
Em geminação com o Arpose, que há dois dias colocou umas carteiras de fósforos, vou começar a mostrar o que resta da minha 'coleção' de caixas e carteiras de fósforos. Esta coleção de seis caixas é sobre a Lotaria Nacional.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Pequenos grandes livros
Luís de Camões veio fazer companhia ao Gil Vicente em miniatura.
Chegou por mão amiga. Não sei se esta coleção tem mais títulos mas estou feliz por ter estes dois grandes nomes. Obrigada.
CLVI
Ou fazendo que, mais que a de Medusa,
A vista vossa tema o monte Atlante;
Ou rompendo, nos campos de Ampelusa,
Os moiros de Marrocos e Trudante;
A minha já estimada e leda musa,
Fico que em todo o mundode vós cante:
De sorte que Alexandre em vós se veja,
Bem à dita de Achilles ter inveja.
FIM
Canto X, última estrofe, p. 556.
Luíz Vaz de Camões, Os Lusíadas. Leipzig: Schmidt & Günter
A origem da gravata
A nossa MR não anda muito longe da verdade sobre a origem da gravata. Independentemente da explicação que dará o nosso JAD, a origem deste acessório masculino parece ter remeniscências já no séc. III d.C. quando os guerreiros chineses usavam uma espécie de lenço ao pescoço atado com um laço para se protegerem do pó. Aquilo a que chamamos gravata surgiu mais tarde, por volta de 1630, quando Luís XIII precisou de contratar uma elite militar de mercenários croatas para defender o reino de França. Guarda essa que na época gerou grande frenesim não só pelos feitos militares mas por usarem pitorescos laços atados com um grande nó de arco, que é o que mais se parece com o nó de gravata que conhecemos hoje. O rei apreciou tanto este acessório que o adoptou utilizando seda estampada com as insígnias do seu regimento: os Royale Cravattes. Cravattes era como os franceses chamavam aos croatas numa deturpação do termo hrvat. Já no séc. XX, o Duque de Windsor resolveu transformar a riscada gravata azul e vermelha do seu regimento de elite num acessório de moda. A produção de gravatas em grande escala deveu-se aos americanos sem, contudo, ligarem à simbologia das cores utilizadas pelas escolas, universidades e academias militares europeias. Em 1920, a marca Brooks Brothers feriu a sensibilidade inglesa ao propor um modelo de gravata com riscas na diagonal.
Ele disse...
O presidente do BPI continua a insistir na “gaffe à Maria Antonieta” como lhe chamou
um deputado na AR. Questionado sobre as recentes afirmações sobre os sem-abrigo
e a capacidade dos portugueses aguentarem os sacrifícios, afirma que foram “absolutamente
banais”. Sem ver necessidade de pedir desculpa a ninguém diz agora que na sua
cabeça “era um sinal de respeito pelas pessoas que têm de viver
nessa situação tão dramática” e confessa “que não consegue entender todo esta alarido”.
E para se vitimar ainda mais diz que os banqueiros são
vistos como “vampiros sociais”....
Não há ninguém da agência de comunicação com que certamente
o BPI trabalha que tenha a coragem de lhe dizer Por qué no te callas?
Gravatas
Acessórios de moda, as gravatas da coleção Arquitetura, criadas por Marc-Antoine Barrois, nasceram do olhar do costureiro francês em relação a três museus: Louvre, Orsay e Versalhes.
Os triângulos de vidro da pirâmide do Louvre, a abóbada da antiga gare da estação de Orsay e o pavimento de mármore de Versalhes inspiraram os motivos geométricos das três gravatas (em várias cores).
Louvre
Orsay
Versalhes
Já vi mais engraçadas. A €115,00 cada.
O termo gravata deriva do francês cravate, que por sua vez é uma corruptela de croat, em referência aos croatas, que primeiro apresentaram a indumentária à sociedade parisiense, no século XVII (Wikipédia scribit). Será assim, Jad?
Um quadro por dia
L' Échelle de l' évasion, pintado por Joan Miró ( 1893-1983 ) em 1939, uma das estrelas do grande leilão surrealista ( Magritte, Delvaux, Ernst, Dominguez ) que decorrerá hoje na Christie's de Londres. Base de licitação entre 6 e 9,5 milhões de euros.
Fim do Ano Chinês
E o Ano Novo Chinês está a chegar.
Pensei ir, de comboio, até Guangzhou (Cantão) mas ao tomar consciência de que nesta época do ano teria de passar mais de três horas numa fila para apanhar o comboio de regresso, o projecto ficou para a próxima, até porque já estive na cidade uma vez e conhecer.... é mesmo impossível. Estão já vendidos mais de 130.000 bilhetes para os comboios que partem, no Sábado, da estação desta cidade.
Pensei ir, de comboio, até Guangzhou (Cantão) mas ao tomar consciência de que nesta época do ano teria de passar mais de três horas numa fila para apanhar o comboio de regresso, o projecto ficou para a próxima, até porque já estive na cidade uma vez e conhecer.... é mesmo impossível. Estão já vendidos mais de 130.000 bilhetes para os comboios que partem, no Sábado, da estação desta cidade.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Amores-perfeitos
Quem não gostaria de ter uma floreira assim?
Fotografia retirada deste link
E quem se lembra desta canção?
A arte do retrato
Vai hoje à praça, na Sotheby's de Londres, o retrato de Mona von Bismarck ( 1897-1983 ) por Salvador Dalí. Uma base de licitação de 2 a 3 milhões de euros que ajudará a Fundação criada pela retratada e que foi a sua principal herdeira, sediada em Paris. Trinta anos depois da sua morte, o fantasma de uma das grandes aventureiras do século passado, cinco vezes casada, a primeira norte-americana a integrar a lista das mulheres mais elegantes do mundo.
Leituras no Metro - 119
Lisboa: Assírio & Alvim, 2008
Nos últimos dias tenho andado a ler a biografia que Clara Queirós escreveu sobre Emma Goldman.
Eu sabia pouquíssimo da vida desta anarquista, nascida na Rússia e que emigrou muito nova para os EUA. Foi operária de vários ofícios, enfermeira, jornalista, tendo dedicado a sua vida a defender os oprimidos, a lutar pela liberdade de expressão, pelo direito das mulheres a serem informadas sobre os métodos contracetivos, e a propagandear os ideais do antimilitarismo e do anarquismo. Acompanhamo-la nas várias prisões que conheceu, na deportação (em 1919 é deportada para a Rússia, mercê da influência de Edgar Hoover, tendo voltado aos EUA catorze anos mais tarde), nos seus amores e nas suas viagens, na América e na Europa.
Um biografia muito boa.
Jornal fundado por Emma Goldman, em 1906. O n.º de agosto de 1914 tem capa de Man Ray.
Emma Goldman e Alexander Berkman, em 1917
Emma Goldman a discursar
Onde me apetecia estar
Em Paris, para assistir esta noite à primeira apresentação desta Gala das Estrelas que conta com uma selecção dos melhores intérpretes das melhores companhias de dança russas : Bolshoi, Marinsky, Teatro de Minsk, e que vão dançar os momentos mais comoventes do ballet romântico.
Mini-livros - 11
Transl. by Louise and Aylmer Maude.
Madrid: Del Prado, cop. 2003. (The miniature classics library)
Este livro, encadernado, foi-me oferecido há uns tempos. Tem 77 mm de altura.
o meu espetáculo de ontem
Um Espectáculo maravilhoso.
E mais maravilhoso foi hoje conseguir ir ao Youtube e ao Blogue. Em Macau, na internet pública é logo, automaticamente, fechado. E na China, nem abre...
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Claude Nobs (1936-2013)
Claude Nobs faria hoje 77 anos, mas faleceu no dia 10 do mês passado. Fundou o Montreux Jazz Festival, o segundo maior do mundo, em 1967, que sempre dirigiu. Todos os grandes nomes do jazz aí atuaram, bem como muitas estrelas do rock. Mathieu Jaton é o novo diretor do Festival.
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