Prosimetron
sábado, 1 de outubro de 2011
No Dia da Música, lembrando Luísa Todi
Morreu em Lisboa, na Travessa da Estrela, 2-2º, em 1 de Outubro de 1833. Nascida em Setúbal como Luisa Rosa Aguiar, foi pelo casamento com o músico Francisco Xavier Todi, cujo apelido adoptou e pelo qual ficou conhecida, que iniciou a aprendizagem do canto.
Cantou em toda a Europa culta dos séculos XVIII e XIX e foi considerada uma das maiores mezzo-soprano do seu tempo - Anton Reicha, compositor e professor checo que escreveu " Tratado da Melodia", considerou-a "a cantora de todas as centúrias" e "uma cantora para a eternidade". Em 1874 cantou em S. Petersburgo para Catarina a Grande, que lhe ofereceu um rico adereço de pedrarias, em sinal da sua admiração. Interpretou na corte russa, de Giuseppe Sarti, o papel de Armida da ópera "Armida e Rinaldi".
Desta ópera, na voz da cantora russa Maria Gortsevskaya, em homenagem a Luísa Todi, uma ária de Armida.
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Citações - 191 : Dos 100 dias
(...) No meio da confusão, não se distingue um objectivo, um método, um propósito. Cada um atira para onde lhe dá na gana ou trata do sarilho do dia. É escusado procurar uma ordem. E o Dr.Passos Coelho, com a sua suavidade e simpatia, não se explica e de quando em quando contribui mesmo para aumentar a confusão.
Os ministros, coitados, não ajudam. O ministro das Finanças, com o seu pequeno ar de contabilista melancólico, não chega a ninguém. O ministro da Economia, que escreveu um livro pedante e pueril, anunciando que, se o deixassem, iria rapidamente limpar a casa, desapareceu num mundo que ele não conhece. A sra. ministra da Justiça continua remota e misteriosa. E o sr. ministro Relvas, sem qualquer autoridade que o país reconheça, ocupa quase sozinho o palco, e gesticula e berra, provavelmente sem consequência. Em conjunto , o Governo, entre a súplica e a bravata, entre uma fé espúria no futuro da Pátria e ameaças de tragédia, não convence. Passos Coelho é um homem resoluto à procura do compromisso e da "unidade". E um homem hesitante à procura de firmeza e de respeito. É muito capaz de perder pelos dois lados.
- Vasco Pulido Valente, Os 100 dias, no PÚBLICO de ontem.
ONDE ME APETECIA ESTAR- 61
Hoje era no Palazzo Corsini, em Florença, não apenas por ser uma jóia arquitectónica com ricos interiores, mas sobretudo por nele se iniciar hoje um evento, um dos muitos que vão rentabilizando este palácio que ainda está nas mãos de famílias descendentes dos Corsini. O evento em causa é a 27ª Bienal dos Antiquários de Florença, que decorrerá até ao próximo dia 9.
Mais info aqui : http://www.biennaleantiquariato.it/
Frutas - 64
A pintora americana Margaretta Angelica Peale (1795-1882), nascida a 1 de Outubro, foi autora de numerosas naturezas mortas com frutas. Aqui ficam dois exemplos:
Natureza-morta com melancia e pêssegos, 1828
Morangos e cerejas
Humor pela manhã... - 40
Uma das mais curiosas capas de revista dos últimos tempos, sobre o escândalo sexual-social que vai animar o Outono-Inverno luso...
Vendo a Exposição Les Enluminures du Louvre
Neste momento estou vendo a Exposição Les enluminures du Louvre Moyen Âge et Renaissance, patente no Louvre, em Paris, que acompanha a edição do "Catalogue raisonné", com o mesmo título.
Desde pequenos fragmentos iluminados, recortados de pergaminhos, até livros inteiramente iluminados, tanto manuscritos como impressos, existe de tudo um pouco. Escolhi apenas três exemplos do que pode deliciar a nossa vista.
São Lucas escrevendo anónimo, ca 1425-1450 Folha de um livro de Horas |
São João Evangelista Jean Colombe, activo 1463-1491 folha de um livro de Horas |
O Imperador promulgando o código anónimo, ca 1480-1490 fragmento de um Código de Justiniano |
Agradeço publicamente a quem me proporcionou esta maravilhosa viagem, que estou a adorar.
Tanto Luís Barata como MR já falaram desta Exposição.
Bom dia !
Além de ser o aniversário do Jad, o primeiro dia de Outubro é também o Dia Mundial da Música. Escolhi um dos compositores de que mais gosto, e esta peça é da oratória Salomão.
Congratulations JAD
Este espectáculo aconteceu em Times Square em 7 de Abril. Mas fiz diligências para que se repita hoje na rua onde mora o JAD. Não sei se vão chegar a tempo, mas desde já lhe dou os meus parabéns por este dia e se eles não chegarem a vir, a culpa não é minha é da crise...
como todos os anos
dinner for one, vostfr, très drôle !! por asilis93
Embora não ache graça ao humor inglês, especialmente por haver necessidade de ensinar os risos, coloco, com humor, desejando que quem faz anos hoje não esteja tão só.
Frase da semana
Ninguém sai da política de mãos limpas...
- D.José da Cruz Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa ( E aqui fica o brasão do 16º Patriarca de Lisboa ), em entrevista ao Diário de Notícias.
- D.José da Cruz Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa ( E aqui fica o brasão do 16º Patriarca de Lisboa ), em entrevista ao Diário de Notícias.
Good morning, London!
Horas Portuguezas por Carlos do Vale Carneiro
Num livro de horas que hoje me chegou às mãos, como lembrança amiga pelo dia que passa, encontrei algumas particularidades que me despertaram a atenção. O vendedor escreveu a indicação, manuscrita, de que o livro continha "2 gravuras de pág. inteira" e qual não é o meu espanto, que não são duas mas sim quatro as gravuras de página inteira que o adornam. A primeira dedicada à Virgem N.ª Senhora (ao lado da folha de rosto); a segunda um Cristo no Calvário (entre as p. 144/145); a terceira representando um padre celebrando missa (236/237); e a quarta a imagem de Santo António de Lisboa (318/319); o que demonstra que o livreiro não lhe prestou grande atenção quando lhe inscreveu a nota. Mas o mais curioso é o que se segue. Algumas folhas encontram-se impecáveis, quase como se o livro nunca tivesse sido usado; outras, pelo contrário, encontram-se de tal maneira "sebentas" (de onde veio o termo de "Sebo" para Alfarrabista, no Brasil) que demonstram o uso quotidiano. Vejam-se os dois exemplos que ilustram este post.
As Regras para bem viver quase não foram lidas enquanto que outras folhas foram "gastas" pelo uso.
Então quais são as orações que mais vezes foram rezadas por este manual?
- "O Exercicio para cada dia" em especial a parte "para se rezar pela manhã";
- O "officio da Virgem Nossa Senhora" repartido pelos sete dias da semana;
- O "officio da Immaculada Conceiçaõ" e em menor grau o "officio do senhor S. José";
- "Saudações de S. Gregório Papa";
- "Devoção á santissima Virgem Maria",
- "Orações devotas..."
e, por fim,
- "Oração para pedir a Deos assista e console a todos os que vivem afflictos"; Oração da pública calamidade"; Oração para pedir a Deos a paciencia nos trabalhos".
Estas três últimas orações poderiam estar na ordem do dia: vivemos aflitos; alguns dizem que estamos perante uma "pública calamidade" (em especial as finanças); e todos queremos ter "paciência nos trabalhos"... É certo que não era bem no trabalho físico do quotidiano da época do livro (teve algumas edições já no séc. XVIII). Mas todos queremos ter paciência nos nossos trabalhos, porque sem ela acaba o nosso sustento de cada dia.
Já agora, uma última nota. Não havia muita água na casa do proprietário deste livro. Aparentemente lavava poucas vezes as mãos, ou seria um comerciante que tinha as mãos sujas de tanto lidar com as moedas em circulação?
Agradeço publicamente a lembrança recebida.
Santos de cada dia... 1 de Outubro
S. Remigio, bispo de Reims é o padroeiro desenhado no "meu livrinho de devoção" de santos (1852), para o dia 1 de Outubro. Nas Horas de nossa Senhora (Paris, 1500=1501) é invocado S. German, bispo e confessor.
Numa lembrança que acabo de receber Horas Portuguezas do Officio da Virgem N. Senhora, e Ramalhete de diversas orações / por Carlos do Vale Carneiro, Lisboa, Tip. Rollandiana, 1820, aparecem como santos festejados no dia de hoje os três mártires Lisboetas: Veríssimo, Máxima e Júlia, que modernamente são invocados a 3 de Outubro.
Mas achei graça a esta associação do dia 1 de Outubro aos primeiros mártires ligados a Lisboa. Para muitos foi neste dia do ano de 303 ou 304 que foram degolados.
O anjo falando com os Mártires de Lisboa, tendo como fundo uma simbólica da cidade Escola Portuguesa (Garcia Fernandes ?, ca. 1530) Ponta Delgada, Museu Carlos Machado |
Parabéns, Jad!
Stéphane Rey Gomez - Metro Saint-Michel
Lionel Chiche-Portiche - Café e croissant
Rápido até ao Louvre para ver a exposição
Enluminures du Moyen Âge et de la Renaissance
Jean Fouquet - Saint Martin partageant son manteau
Francesco Dai Libri - La Naissance de la Vierge
Quando se sair do Louvre, e como não há muito tempo, vamos Au Trappiste...
... porque às 19h30 temos de estar na Bastilha
Depois da ópera, cear na rue Saint-Jacques, esquina com o boulevard Saint-Germain - Le Bar à Huîtres -, onde já fomos um dia, mas hoje tapa-se a coluna da direita
Um bom dia!
Parabéns!
Parabéns JAD, um dia feliz!
As imponentes árvores da história, que nos orgulhámos de plantar e de ver crescer, desaparecem ante a charneca povoada de pequenos arbustos e de tímidas flores que surgem em sua substituição.
A. H. Oliveira Marques, História genealógica do homem comum: micro-história ou macro-história? “Revista da Faculdade de Letras História, Porto III Série, vol.4, 2003, p. 173-186
As imponentes árvores da história, que nos orgulhámos de plantar e de ver crescer, desaparecem ante a charneca povoada de pequenos arbustos e de tímidas flores que surgem em sua substituição.
A. H. Oliveira Marques, História genealógica do homem comum: micro-história ou macro-história? “Revista da Faculdade de Letras História, Porto III Série, vol.4, 2003, p. 173-186
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
citações
Encontrei um sítio que tinha citações para cada dia: o wikiquote.
Para hoje tinha uma citação, diria antes um conselho, de uma personagem que morreu muito jovem, 24 anos, James Dean: "Viver o mais intensamente, arriscar sempre. Se tivesse 100 anos para viver, eu ainda não teria tempo para fazer tudo o que quero fazer."
Sim, também não tenho tempo para fazer nem um décimo do que gostaria de fazer. Por isso tento viver cada dia intensamente, embora nem todos me compreendam.
P.S. James Dean morreu a 30 de Setembro de 1955
Para hoje tinha uma citação, diria antes um conselho, de uma personagem que morreu muito jovem, 24 anos, James Dean: "Viver o mais intensamente, arriscar sempre. Se tivesse 100 anos para viver, eu ainda não teria tempo para fazer tudo o que quero fazer."
Sim, também não tenho tempo para fazer nem um décimo do que gostaria de fazer. Por isso tento viver cada dia intensamente, embora nem todos me compreendam.
P.S. James Dean morreu a 30 de Setembro de 1955
Auto-retrato(s) - 137
Jan Steen - Auto-retrato
Óleo sobre tela, 1670
Amesterdão, Rijksmuseum
Jan Steen - Auto-retrato com bandolim
Óleo sobre tela
Madrid, Museu Thyssen-Bornemisza
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Boa noite!
«Wish you were here» foi gravado entre Janeiro e Julho de 1975, nos estúdios de Abbey Road.
Vai agora ser editada uma gravação desta canção, feita na mesma altura, em que Stephane Grappelli toca violino. na altura não foi aproveitada porque os Pink Floyd acharam que o disco tinha de ser só deles.
Para mim, esta é uma das mais belas canções de todos os tempos. Já por aqui andou e esta não será, certamente, a última.
Vai agora ser editada uma gravação desta canção, feita na mesma altura, em que Stephane Grappelli toca violino. na altura não foi aproveitada porque os Pink Floyd acharam que o disco tinha de ser só deles.
Para mim, esta é uma das mais belas canções de todos os tempos. Já por aqui andou e esta não será, certamente, a última.
A arte do retrato - 36
T.Géricault, Retrato de artista no seu ateliê, 1820, óleo sobre tela, 114x147cm, Museu do Louvre.
Não me lembro de ter visto alguma vez este belo retrato no Louvre, mas ao deparar-me com ele recentemente num artigo de revista fiquei surpreendido pelo facto de ainda hoje se desconhecer quem é o retratado.
Não me lembro de ter visto alguma vez este belo retrato no Louvre, mas ao deparar-me com ele recentemente num artigo de revista fiquei surpreendido pelo facto de ainda hoje se desconhecer quem é o retratado.
PENSAMENTO(S) - 198
Jamais corte o que pode ser desatado.
Não sei se concordo com o escritor francês Joseph Joubert ( 1754-1824 ). Às vezes o melhor é mesmo cortar a direito.
Na sociedade e na família
Ao longo de onze capítulos, Emília de Sousa Costa explana tudo o que se devia saber - neste caso, as mulheres (perdão: as senhoras) - sobre «regras de convivência, obrigações sociais, usos mundanos», num livro adaptado do francês.
O primeiro capítulo é sobre «O nascimento», como um sub-capítulo «Como devemos chamar os recém-nascidos. os nomes modernos». Eis algumas das regras:
«Convém observar que, se o bom-senso na escolha é importante para os rapazes, muito mais o é para as meninas. Aqueles, se mais tarde o quiserem, serão designados só pelos apelidos de família. Estas sê-lo-ão sempre pelos nomes de baptismo.
«Na escolha dos nomes, há ainda uma regra eufónica a observar previamente. Muitas vezes, o prenome não soa bem junto aos apelidos. É preciso evitar o inconveniente.»
E mais adiante: «Recomendamos que não se recorra a nomes esquisitos, rebuscados em livros antigos, na história ou nos arquivos da Idade Média.
E mais adiante: «Recomendamos que não se recorra a nomes esquisitos, rebuscados em livros antigos, na história ou nos arquivos da Idade Média.
«Muitos deles tornar-se-iam actualmente pretenciosos ou ridículos.»
Muito actual! Muito actual!
Os outros capítulos são dedicados à educação dos filhos, ao casamento, ao lar (dona de casa, recepções. visitas), à vida fora de casa, à vida do casal, à correspondência e aos mortos.
O capítulo dedicado às visitas sofreu grandes mudanças. Vejamos «a quem devemos apertar a mão»:
«É prova de delicadeza, que se tornou banal, o aperto de mão inconsciente, trocado por pessoas que se encontram. Noutros tempos era manifestação de viva simpatia. Hoje é gesto regulado pela urbanidade.
«A mão direita estende-se inteira, franca e lealmente. Oferecer dois dedos é sinal de desprezo. Tocar apenas a mão que se nos estende, ou apresentar a mão inerte, é mais impolido do que recusá-la. [...]
«A senhora é quem primeiramente estende a mão ao homem. Sob esta feição social é galantemente considerada superior. Mas tal regra varia algumas vezes.»
E quanto ao beija-mão?
«Costume muito distinto, bastante em voga, manifesta consideração e respeito [...].
«O homem inclina-se e reverentemente aflora com os lábios a mão que a senhora lhe estendeu. [...]
«Na rua, as senhoras não se beijam. Em casa podem beijar-se as amigas íntimas, ou as parentes. Evitem-se o mais possível, os beijos às crianças, sobretudo na boca. Se se beijam é na testa. Às mães cumpre ensinar os pequeninos a apertarem-se as mãos, de preferência a beijarem-se. É mais bonito e revela melhores maneiras, do que os beijos a torto e a direito.»
100 Anos de Turismo em Portugal
Exposição Portuguesa em Sevilha, 1929
Design de Roberto Araújo (1908-1969), 1941
Design de Tom (1906-1990), 1964
A propósito da exposição na Biblioteca Nacional de Portugal.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Citações - 190
É fundamental ter um q.i. elevado para compensar olhos castanhos.
- Desde que vi/li esta frase há cerca de um mês no belo filme canadiano Amores Imaginários ( 2010 ) tenho-me interrogado sobre se estarei à altura...
Biografias, autobiografias e afins - 111
A biografia da Menina da Rádio, a actriz e cantora Maria Eugénia, por Rute Silva Correia. Uma edição da Oficina dos Livros.
A arte do retrato - 35
Antonio Franchi, Retrato de Ana Maria Luísa de Médicis, 1690-91, óleo sobre tela, Polo Museale Fiorentino.
Não porque seja um retrato incomum ou extraordinário, mas porque é o retrato de uma verdadeira benfeitora da Humanidade que deve ser recordada de quando em vez.
Ana Maria Luísa de Médicis ( 1667-1743 ), Eleitora Palatina pelo casamento, a última dos Médicis, não conseguiu ocupar o trono dos seus antepassados quando a 9 de Julho de 1737 faleceu o seu irmão João Gastão, último Grão-Duque da Toscana da dinastia Médicis e um dos príncipes mais debochados que a Europa já teve, já que os seus direitos foram sacrificados pelas grandes potências da época. A Eleitora, uma viúva septuagenária e sem filhos, foi mais ou menos coagida a ceder a Toscana a Francisco de Lorena, genro do Imperador Carlos VI pelo seu casamento com a filha deste, a célebre Maria Teresa de Áustria, o que ficou consagrado no Tratado de Viena de 1738. No entanto, a "vingança" da última dos Médicis ficou na História : por força do seu testamento, tudo o que possuía, incluindo as preciosas colecções artísticas acumuladas pelos Médicis durante séculos, foi deixado a Florença com duas condições- que as colecções permanecessem indivisíveis em Florença e abertas ao público. Foram as últimas vontades desta princesa que fizeram com que Florença mantivesse os seus preciosos tesouros ( que doutra forma, poderiam ter desde logo ido parar a Viena... ) e se transformasse progressivamente numa cidade-museu. E Florença não se esqueceu da sua benfeitora que continua a ser lembrada a cada 18 de Fevereiro, com um cortejo que vai do Palazzo Vecchio até ao seu túmulo nas Capelas Médicis da Basílica de São Lourenço e com entradas livres nos principais museus da cidade.
Não porque seja um retrato incomum ou extraordinário, mas porque é o retrato de uma verdadeira benfeitora da Humanidade que deve ser recordada de quando em vez.
Ana Maria Luísa de Médicis ( 1667-1743 ), Eleitora Palatina pelo casamento, a última dos Médicis, não conseguiu ocupar o trono dos seus antepassados quando a 9 de Julho de 1737 faleceu o seu irmão João Gastão, último Grão-Duque da Toscana da dinastia Médicis e um dos príncipes mais debochados que a Europa já teve, já que os seus direitos foram sacrificados pelas grandes potências da época. A Eleitora, uma viúva septuagenária e sem filhos, foi mais ou menos coagida a ceder a Toscana a Francisco de Lorena, genro do Imperador Carlos VI pelo seu casamento com a filha deste, a célebre Maria Teresa de Áustria, o que ficou consagrado no Tratado de Viena de 1738. No entanto, a "vingança" da última dos Médicis ficou na História : por força do seu testamento, tudo o que possuía, incluindo as preciosas colecções artísticas acumuladas pelos Médicis durante séculos, foi deixado a Florença com duas condições- que as colecções permanecessem indivisíveis em Florença e abertas ao público. Foram as últimas vontades desta princesa que fizeram com que Florença mantivesse os seus preciosos tesouros ( que doutra forma, poderiam ter desde logo ido parar a Viena... ) e se transformasse progressivamente numa cidade-museu. E Florença não se esqueceu da sua benfeitora que continua a ser lembrada a cada 18 de Fevereiro, com um cortejo que vai do Palazzo Vecchio até ao seu túmulo nas Capelas Médicis da Basílica de São Lourenço e com entradas livres nos principais museus da cidade.
Sinais de Outono
Cinenovidades - 198 : Os Olhos de Júlia
Vi ontem este eficaz thrilller espanhol e asseguro que faz a adrenalina correr.
PENSAMENTO(S) - 197
E como suportaria eu ser homem, se o ser humano não fosse também poeta, decifrador de enigmas e redentor do acaso?
- Friedrich Nietzsche
«Sou a Natureza»
21 de Junho [de 1968]
«Constou ao Carlos de Oliveira que o Luiz Pacheco, no corolário do enredo de muitos processos confusos, está preso...
«- É um tipo incrível!... - continuou, divertido, para destruir não sei que amargura inexistente: - Ainda não há muito tempo entrou todo flamante no Gelo e declarou aos surrealistas em redor: "Sou a Natureza."
«E ante o assombro silencioso da assembleia, principiou a tirar dos bolsos e dos sovacos um ovo, um pedaço de bife, uma sardinha, um frasco com água do mar, couves, alfaces...
«- Sou a Natureza.»
José Gomes Ferreira
In: Dias comuns. Alfragide: Dom Quixote, 2010, vol. 5, p. 59
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Uma canção de amor
Duas raparigas, vizinhas, amigas desde sempre, vivem os seus primeiros amores. Myriam, judia, vai casar com Raul, um médico mais velho. Nour, muçulmana, ama Khaled. A acção desenrola-se na Tunísia, em 1942, durante a ocupação alemã, numa época em que esta amizade vai conhecer algumas oscilações.
Vi este filme, franco-tunisino, realizado por Karin Albou, em 2008, hoje ao final da tarde, e gostei.
Conhecem estes ovos?
«Costeleta com ovo de porco».
Ontem fui jantar com umas amigas a um restaurante na Rua de Santa Marta. Fartámo-nos de rir com este prato. Ninguém quis arriscar. :) Preferimos lulas grelhadas, iscas de porco e filetes. Estava tudo bom, a uns preços mais que módicos. Com queijinhos e uma garrafa de Muralhas: €10,00 «por bico», como dizia o meu pai. :)
Pois é, vi o filme... :)
Mais Cole Porter, agora por Ella Fitzgerald. Esta Anything Goes é de 1934.
P.S. - E gostei muito do filme do W.Allen.
O esplendor da polifonia eborense
As XIV Jornadas Internacionais “Escola de Música da Sé de Évora”, promovidas pela Associação Eborae Mvsica, convidam a concertos na Sé de Évora e no Convento dos Remédios, a realizar-se entre 1 e 5 de Outubro. A edição deste ano conta com a participação de um dos conjuntos mais aclamados no campo da Música Antiga, já apresentado neste espaço: Stile Antico. O grupo britânico integra jovens cantores que se dedicam à divulgação da polifonia das escolas franco-flamenga, espanhola e inglesa. Actua sem maestro, e, não obstante esta particularidade, marca presença nas grandes salas de referência, como a Wigmore Hall ou Cadogan Hall londrinas. Há poucos dias, terminou a sua primeira digressão pela Escócia.
A 4 de Outubro, às 21h, os Stile Antico apresentarão obras de compositores eborenses dos séculos XVI e XVII, entre eles, Frei Manuel Cardoso e Duarte Lobo, contribuindo seguramente para o reconhecimento internacional que Évora detém como um dos centros europeus mais importantes da polifonia renascentista.
Quem quiser planear uma ida pré-natalícia à capital britânica, deverá agendar um concerto, igualmente imperdível, no Wigmore Hall a 22 de Novembro, onde serão interpretadas obras de Tomás Luís de Victoria. O programa do concerto intitula-se The Immortal Glory of Spain. Mas antes desse acontecimento, temos a oportunidade de ver e ouvir este magnífico conjunto na bela Sé de Évora.
A 4 de Outubro, às 21h, os Stile Antico apresentarão obras de compositores eborenses dos séculos XVI e XVII, entre eles, Frei Manuel Cardoso e Duarte Lobo, contribuindo seguramente para o reconhecimento internacional que Évora detém como um dos centros europeus mais importantes da polifonia renascentista.
Quem quiser planear uma ida pré-natalícia à capital britânica, deverá agendar um concerto, igualmente imperdível, no Wigmore Hall a 22 de Novembro, onde serão interpretadas obras de Tomás Luís de Victoria. O programa do concerto intitula-se The Immortal Glory of Spain. Mas antes desse acontecimento, temos a oportunidade de ver e ouvir este magnífico conjunto na bela Sé de Évora.
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