Prosimetron
sábado, 3 de janeiro de 2009
Os meus poemas -24
REMINISCÊNCIA
Lembro-me de imediatamente me lembrar
que não fui concebido para ser
aquele que entre vós julgais amar.
O cedo, é cedo. Tarde é o entardecer.
Não me importo que a vida me visite
de vez em quando... Contanto que não traga
a, de tão provada, já antiga
coisa amargosa, amarga...
Não me quedem nas frágeis ilusões.
Não me finjam sinais de esquecimento.
Que coisa será mais duradoira
além do vento...
Raul de Carvalho
(1920 -1984)
Lembro-me de imediatamente me lembrar
que não fui concebido para ser
aquele que entre vós julgais amar.
O cedo, é cedo. Tarde é o entardecer.
Não me importo que a vida me visite
de vez em quando... Contanto que não traga
a, de tão provada, já antiga
coisa amargosa, amarga...
Não me quedem nas frágeis ilusões.
Não me finjam sinais de esquecimento.
Que coisa será mais duradoira
além do vento...
Raul de Carvalho
(1920 -1984)
Lá fora - 13 : Freud
Está patente no Musée Rodin, em Paris, a famosa colecção de antiguidades de Sigmund Freud, o fundador da psicanálise. São pequenas peças, mas excepcionais, que foram salvas dos Nazis em 1938 quando Marie Bonaparte conseguiu salvar o seu amigo e mestre levando-o para Londres onde veio a falecer, e com ele a valiosa colecção reunida durante décadas.
Até 22 de Fevereiro de 2009.
Novidades - 15 : Sobre a corrupção
Foi lançado recentemente este livro de Luís de Sousa e João Triães sobre o fenómeno da corrupção em Portugal. Com prefácio de Maria José Morgado, a tese geral do livro é que os portugueses afirmam-se contra a corrupção em abstracto, mas no concreto, no dia-a-dia, pactuam com "cunhas" e os mais variados conflitos de interesses e tráficos de influências, ainda que tais situações muitas vezes não cheguem a ter relevância criminal.
- Corrupção e os Portugueses: Atitudes, práticas e valores, Luís de Sousa e João Triães, RCP Editores.
- Corrupção e os Portugueses: Atitudes, práticas e valores, Luís de Sousa e João Triães, RCP Editores.
Uma sugestão musical - 8
Depois de se terem celebrizado com versões jazzy e bossanova de temas punk e new wawe, os franceses Nouvelle Vague fizeram agora o mesmo com temas míticos do cinema dos anos 80: Eye of the Tiger, What a feeling, Footloose, Together in Electric Dreams, A View to a Kill etc. As vozes são de diversas vocalistas convidadas, entre as quais Skye ( antiga vocalista dos Morcheeba ) , e a actriz Juliette Lewis.
Hollywood Mon Amour, Nouvelle Vague.
Hollywood Mon Amour, Nouvelle Vague.
PENSAMENTO DO DIA
Alfabeto Musical Clássico : C
CHABRIER
Emmanuel Chabrier: (Ambert, 1841; Paris, 1894), compositor francês.
Angela Hewitt toca 'Paysage': primeiro andamento da obra 'Dix pieces pittoresques' (1881).
Emmanuel Chabrier: (Ambert, 1841; Paris, 1894), compositor francês.
Angela Hewitt toca 'Paysage': primeiro andamento da obra 'Dix pieces pittoresques' (1881).
Este mês na Cinemateca...
... temos:
Divos às matinés (15h30): Humphrey Bogart, Marlon Brando, Marcello Mastroianni, Gary Cooper, Clark Gable, Cary Grant, Paul Newman e John Wayne.
(John Wayne... divo?)
Assim, teremos, por exemplo: Casablanca (dia 5), Há Lodo no Cais (dia 6), Intriga Internacional (dia 9), La Dolce Vita (dia 14), etc.
Um Dia Inesquecível, de Ettore Scola, um dos filmes de Jad, passa no dia 26.
No In memoriam Paul Newman podemos ver Marcado pelo Ódio, Vício de Matar, A Vida é um Jogo, O Ultraje, A Golpada e Um Homem.
Continuação do ciclo Clint Eastwood: um homem com passado.
O amor no cinema português e In memoriam Milú.
O melhor mesmo é consultar o programa em: www.cinemateca.pt
Divos às matinés (15h30): Humphrey Bogart, Marlon Brando, Marcello Mastroianni, Gary Cooper, Clark Gable, Cary Grant, Paul Newman e John Wayne.
(John Wayne... divo?)
Assim, teremos, por exemplo: Casablanca (dia 5), Há Lodo no Cais (dia 6), Intriga Internacional (dia 9), La Dolce Vita (dia 14), etc.
Um Dia Inesquecível, de Ettore Scola, um dos filmes de Jad, passa no dia 26.
No In memoriam Paul Newman podemos ver Marcado pelo Ódio, Vício de Matar, A Vida é um Jogo, O Ultraje, A Golpada e Um Homem.
Continuação do ciclo Clint Eastwood: um homem com passado.
O amor no cinema português e In memoriam Milú.
O melhor mesmo é consultar o programa em: www.cinemateca.pt
Elegâncias - 11
(Expresso, Lisboa, 8 Nov. 2008, supl. Única)
Esta página sai um pouco do que é habitual aqui apresentar, mas é especialmente para a Miss Tolstoi. Gosta de acessórios vermelhos, ou a sua preferência em termos desta cor é só para vestidos?
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Os meus poemas -23
A CURVA DOS TEUS OLHOS
A curva dos teus olhos dá a volta ao meu peito
É uma dança de roda e de doçura.
Berço nocturno e auréola do tempo,
Se já não sei tudo o que vivi
É que os teus olhos não me viram sempre.
Folhas do dia e musgos do orvalho,
Hastes de brisas, sorrisos de perfume,
Asas de luz cobrindo o mundo inteiro,
Barcos de céu e barcos do mar,
Caçadores de sons e nascentes das cores.
Perfume esparso de um manancial de auroras
Abandonado sobre a palha dos astros,
Como o dia depende da inocência
O mundo inteiro depende dos teus olhos
E todo o meu sangue corre no teu olhar.
Paul Éluard
(1895 -1952)
tradução de António Ramos Rosa e Luísa Neto Jorge
A curva dos teus olhos dá a volta ao meu peito
É uma dança de roda e de doçura.
Berço nocturno e auréola do tempo,
Se já não sei tudo o que vivi
É que os teus olhos não me viram sempre.
Folhas do dia e musgos do orvalho,
Hastes de brisas, sorrisos de perfume,
Asas de luz cobrindo o mundo inteiro,
Barcos de céu e barcos do mar,
Caçadores de sons e nascentes das cores.
Perfume esparso de um manancial de auroras
Abandonado sobre a palha dos astros,
Como o dia depende da inocência
O mundo inteiro depende dos teus olhos
E todo o meu sangue corre no teu olhar.
Paul Éluard
(1895 -1952)
tradução de António Ramos Rosa e Luísa Neto Jorge
Cinema: Estreias em 2009
Vicky Cristina Barcelona é o novo filme de Woody Allen que tem como palco a cidade de Barcelona. Rebecca Hall, Penélope Cruz, Javier Bardem e Scarlett Johansson são os protagonistas. Estreia a 22 de Janeiro. De produção nacional, Second Life é um filme de Miguel Gaudêncio com um elenco onde se destacam Piotr Adamczyk, Lúcia Moniz, Cláudia Vieira, Paulo Pires, Fátima Lopes, Pedro Lima, Sandra Cóias, Liliana Santos, Nicolau Breyner, Ricardo Pereira, José Carlos Malato, Ruy de Carvalho e Luís Figo. Estreia a 29 de Janeiro tal como o filme A Duquesa (já aqui referido), onde Keira Knightley protagoniza a história da fascinante Georgiana Spender. De Howard McCain, Outlander, conta a história de um soldado de outra galáxia que cai na Terra entre os vikings e traz com ele a raça predadora alienígena Moorwen. Jim Caviezel é o herói desta aventura, cujo elenco conta ainda com Jack Huston, Ron Perlman e Sophia Myles. Estreia a 9 de Fevereiro. The Reader, de Stephen Daldry, narra uma história-mistério vivida por Kate Winslet e Ralph Fiennes nos principais papéis. Estreia a 12 de Fevereiro. Slumdog Millionaire conta a história apaixonante sobre a coragem e determinação de um homem pela mulher que ama. Realizado por Danny Boyle o filme conta já com vários prémios ganhos. Estreia a 19 de Fevereiro. Vencedor do Leão de Ouro, The Wrestler tem como protagonista Micky Rourke na pele de Randy Robinson, um conhecido wrestler dos anos 80. Estreia a 5 de Março. O Argentino/Guerrilha é um filme de Steven Soderberg, que se divide em duas partes: O Argentino, que relata a participação de Che na Revolução Cubana e avança até ao discurso do guerrilheiro na ONU, em 1964. A 2ª parte do filme – Guerrilha – centra-se nos 341 dias que Che passou na selva boliviana até à sua morte. Benicio del Toro interpreta Che, ao lado de Rodrigo Santoro, no papel de irmão de Fidel Castro, e de Joaquim de Almeida, o presidente René Barrientos. Data de estreia a definir. Appaloosa narra uma história de poder e justiça baseada no romance de Robert B. Parker - um western dirigido por Ed Harris que conta com interpretações de Viggo Mortensen, Renée Zellweger, Jeremy Irons, Timothy Spall, Lance Henrikse e do próprio realizador. Estreia a 2 de Abril. Maradona é um filme de Emyr Kusturica que conta a história de Diego Maradona, o deus do futebol, mas também um ídolo de decadência e uma inspiração para milhões de pessoas de todo o mundo. Um documentário único sobre o jogador do século filmado pela lente do seu maior admirador. Data de estreia por definir.
Sobre outro famoso crash...
Uma excelente investigação de Anne Goldgar sobre um famoso crash financeiro, o dos Países Baixos no início do século XVII, quando a especulação à volta dos bolbos atingiu proporções épicas... Apesar de tudo, há muitos mitos acerca da estrondosa ascensão e queda das túlipas na Holanda, e são esses mitos que esta jovem historiadora se encarrega de desmontar. Passados séculos, e passada a especulação, ainda são na sua maioria de origem holandesa as túlipas que vemos por aí. Já não valem é uma casa...
- Tulipmania- Money, Honor, and Knowledge in the Dutch Golden Age, Anne Goldgar, Princeton University Press.
- Tulipmania- Money, Honor, and Knowledge in the Dutch Golden Age, Anne Goldgar, Princeton University Press.
Et vous, Aimez-vous Brahms...?
O livro.
A adaptação em filme.
«Ao acordar, no domingo, Paule descobriu um recado sob a porta […]. “Há um excelente concerto, às seis horas, na sala Pleyel – escrevia-lhe Simon. – Gosta de Brahms? […]”. Sorriu por causa da segunda frase: “Gosta de Brahms?” Era o género de perguntas que os rapazes lhe faziam aos dezassete anos. E tinham-nas refeito, sem dúvida, mais tarde, mas sem ouvir a resposta. Naquele meio e naquele período da vida, quem ouvia alguém? E depois, gostaria de Brahms?»
Françoise Sagan – Gosta de Brahms?. Lisboa: Bertrand, [1961], p. 67
Alfabeto Musical Clássico : B
BRAHMS
Johannes Brahms (Hamburgo, 1833; Viena, 1897)
Op. 117
n.º 2 in B-flat minor
Arthur Rubinstein. ZDF Theater (1973).
Johannes Brahms (Hamburgo, 1833; Viena, 1897)
Op. 117
n.º 2 in B-flat minor
Arthur Rubinstein. ZDF Theater (1973).
«Namoro», de Júlio Dantas
Elegâncias - 10
Hoje trago relógios; a escolha deve ser difícil, pois são todos lindos...
(Expresso, Lisboa, 25 Out. 2008, supl. Única)
Peços sob consulta...
(Expresso, Lisboa, 25 Out. 2008, supl. Única)
Peços sob consulta...
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
PENSAMENTO DO DIA
" Não abandones as tuas ilusões. Sem elas podes continuar a existir, mas deixas de viver. "
- Mark Twain
- Mark Twain
Pareceu-me adequada esta citação de Twain para um ano que começa. Não devemos abandonar por completo as nossas ilusões, os nossos sonhos, as nossas esperanças. Realistas sim ma non troppo, senão não vivemos, antes sobrevivemos ou vegetamos um dia a seguir ao outro.
Chá da Fortuna para o Novo Ano!
Como amante de chá convido, virtualmente, todos a começar este ano novo com o Chá da Fortuna para dar sorte a todos.
x
Metamorfoses do Chá: a Bola da Fortuna.
Este chá é proveniente da China.
Alfabeto Musical Clássico : A
ALBINONI
Tomaso Giovanni ALBINONI (Veneza 1671-1751) compositor barroco italiano. A maioria do seu trabalho foi perdido com a destruição da Biblioteca Estadual de Dresden, durante a 2.ª Guerra Mundial. O Adágio que se apresenta é uma reconstrução realizada por Remo Giazotto, em 1945, a partir de um fragmento descoberto entre as ruínas da Biblioteca. Encontra-se perdida a obra posterior a 1722.
Apenas Audio; Berlin Philharmonic Orchestra conduzida por Herbert von Karajan, 1990
Youtube : Jeongalex (2006)
Tomaso Giovanni ALBINONI (Veneza 1671-1751) compositor barroco italiano. A maioria do seu trabalho foi perdido com a destruição da Biblioteca Estadual de Dresden, durante a 2.ª Guerra Mundial. O Adágio que se apresenta é uma reconstrução realizada por Remo Giazotto, em 1945, a partir de um fragmento descoberto entre as ruínas da Biblioteca. Encontra-se perdida a obra posterior a 1722.
Apenas Audio; Berlin Philharmonic Orchestra conduzida por Herbert von Karajan, 1990
Youtube : Jeongalex (2006)
Alfabeto Musical Clássico
Apresentação
Começa hoje uma nova série: Alfabeto Musical Clássico. Cada dia apresentarei uma música de um compositor cujo nome seja começado pela letra do Alfabeto latino correspondente. Nem sempre serão as minhas músicas preferidas desses autores, mas sim aquelas que eu consigo encontrar prontas a serem digitalizadas.
Aproveito para desejar a todos um Bom Ano 2009.
Começa hoje uma nova série: Alfabeto Musical Clássico. Cada dia apresentarei uma música de um compositor cujo nome seja começado pela letra do Alfabeto latino correspondente. Nem sempre serão as minhas músicas preferidas desses autores, mas sim aquelas que eu consigo encontrar prontas a serem digitalizadas.
Aproveito para desejar a todos um Bom Ano 2009.
Sándor Petőfi
Casa em Kiskőrös (Hungria), onde Petöfi nasceu em 1 de Janeiro de 1823.
Monumento a Petöfi, em Budapeste.
Petöfi Sándor, como dizem os húngaros, herói da Revolução de 1848, foi um grande poeta. Dois exemplos, em belas traduções de Ernesto Rodrigues.
O TRIGO MADURA...
O trigo madura,
são quentes os dias,
cedo, na segunda,
vou ceifar as espigas.
O amor madura,
ferve o coração:
sê tu segador,
única paixão!
Peste, Julho-Agosto de 1848
EFÉMERO...
É rei dos reis o efémero.
Seu grande palácio, este mundo.
Passeia-se dentro e fora,
e não há lugar onde não vá,
e onde chega, onde põe o pé,
tudo perece... Jazem, ao redor,
dispersos, coroas desfeitas,
flores murchas, corações fendidos.
Szaljszentmárton, antes de 10 de Março de 1846
In: Antologia da poesia húngara / sel. e trad. Ernesto Rodrigues. Lisboa: Âncora, 2002
Maurice Béjart
Maurice Béjart, nascido Maurice Berger em 1 de Janeiro de 1927, em Marselha, faleceu em Lausanne, a 22 de Novembro de 2007. Estreou-se como bailarino em 1946. Em 1955 coreografou «Symphonie pour un homme seul» e, quatro anos mais tarde, encenou e coreografou «A Sagração da Primavera», de Stravinsky, obra marcante na sua carreira. No ano seguinte, fundou, em Bruxelas, a companhia Ballet du XXème Siècle. Ficaram famosas as suas criações de «Bolero» (1961), «Messe pour le temps présent» (1967) e «Pássaro de fogo» (1967). Radicou-se em 1987 na Suíça, tendo criado a companhia Béjart Ballet Lausanne, que ainda dirigia. A sua última produção, «Volta ao Mundo em 80 minutos», estreou em 20 de Dezembro de 2007, já depois da sua morte. Trouxe as suas companhias de dança por diversas vezes a Portugal, a primeira das quais em 1968. Nesse ano, apresentou no Coliseu o bailado «Romeu e Julieta», em 6 de Junho, dia da morte de Robert Kennedy. Na ocasião, Béjart subiu ao palco e disse: «Robert Kennedy foi assassinado… Foi vítima da violência e do fascismo […]. Como todos os que estão aqui esta noite, somos contra as ditaduras… Peço um minuto de silêncio.» Nessa noite, a PIDE foi buscá-lo ao hotel e deixou-o na fronteira espanhola. Maurice Béjart voltou a apresentar os seus bailados nos palcos portugueses em 1974, em 1998 (ocasião em que foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente Jorge Sampaio) e em 2004.
Jad apresentou aqui um excerto (belíssimo!) do bailado «Quebra Nozes» pelo Béjart Ballet Lausanne, em 1 de Dezembro do ano passado. E eu também já postei a sua coreografia para o «Bolero» de Ravel para «Les uns e les autres», de Claude Lelouch.
Do espectáculo «Brel Barbara», criado por Béjart em 2001.
Jacques Brel - «La valse à mille temps»
Barbara - «La Solitude»
http://www.bejart.ch/
http://www.bnportugal.pt/agenda/agenda-2007.html
Jad apresentou aqui um excerto (belíssimo!) do bailado «Quebra Nozes» pelo Béjart Ballet Lausanne, em 1 de Dezembro do ano passado. E eu também já postei a sua coreografia para o «Bolero» de Ravel para «Les uns e les autres», de Claude Lelouch.
Do espectáculo «Brel Barbara», criado por Béjart em 2001.
Jacques Brel - «La valse à mille temps»
Barbara - «La Solitude»
http://www.bejart.ch/
http://www.bnportugal.pt/agenda/agenda-2007.html
ANO NOVO
Virás de manto realmente novo
Entre searas ardentes e mãos puras?
Poderemos enfim chamar-te novo,
Ano novo entre as tuas criaturas?
Deceparás enfim as mãos tiranas?
Será feita, enfim, nossa vontade?
Eu queria acreditar, vozes humanas,
Acreditar em ti, deus da verdade!
Como eu queria trazer-te a este mundo
(Mas onde te escondeste? Desde quando?)
Ó deus livre, sem espinhos, ó fecundo
Senhor do fogo alegre e não do pranto!
Ó ano novo, a minha esperança é cega.
Transforma em luz a nossa própria treva.
Alberto de Lacerda
Entre searas ardentes e mãos puras?
Poderemos enfim chamar-te novo,
Ano novo entre as tuas criaturas?
Deceparás enfim as mãos tiranas?
Será feita, enfim, nossa vontade?
Eu queria acreditar, vozes humanas,
Acreditar em ti, deus da verdade!
Como eu queria trazer-te a este mundo
(Mas onde te escondeste? Desde quando?)
Ó deus livre, sem espinhos, ó fecundo
Senhor do fogo alegre e não do pranto!
Ó ano novo, a minha esperança é cega.
Transforma em luz a nossa própria treva.
Alberto de Lacerda
Brindemos a 2009!
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Os meus poemas -22
EIS-ME
Eis-me
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face.
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio.
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque és de todos os ausentes o ausente.
Sophia de Mello Breyner Andresen
(1919 -2004)
Eis-me
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face.
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio.
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque és de todos os ausentes o ausente.
Sophia de Mello Breyner Andresen
(1919 -2004)
Biblioteca do Congresso escolhe mais 25 filmes para preservação
A Biblioteca do Congresso Norte-Americano anunciou ontem a escolha de 25 filmes para integrar o "National Film Registry", que passa assim a contar com 500 títulos. Ei-los:
- The Asphalt Jungle (1950)
- Deliverance (1972)
- Disneyland Dream (1956)
- A Face in the Crowd (1957)
- Flower Drum Song (1961)
- Foolish Wives (1922)
- Free Radicals (1979)
- Hallelujah (1929)
- In Cold Blood (1967)
- The Invisible Man (1933)
- Johnny Guitar (1954)
- The Killers (1946)
- The March (1964)
- No Lies (1973)
- On the Bowery (1957)
- One Week (1920)
- The Pawnbroker (1965)
- The Perils of Pauline (1914)
- Sergeant York (1941)
- The 7th Voyage of Sinbad (1958)
- So’s Your Old Man (1926)
- George Stevens WW2 Footage (1943-46)
- The Terminator (1984)
- Water and Power (1989)
- White Fawn’s Devotion (1910)
Fizeram-me sorrir as selecções de "Johnny Guitar", de Nicholas Ray, com Joan Crawford, Sterling Hayden e Mercedes McCambridge num western improvável, "Foolish Wives", de Erich von Stroheim, "The Invisible Man" com Claude Rains e... o "The Terminator", de James Cameron. Va savoir...
Palavra Natal foi suprimida em Oxford
«[...] A prefeitura da cidade inglesa de Oxford, por sugestão da Oxford Inspirer, organizadora de eventos, decidiu proibir a palavra Christmas (Natal) e substituí-la por Festival das Luzes de Inverno. [...] Curiosamente, quem se insurgiu com a medida, que considerou no mínimo ridícula, foi o Chefe do Conselho Muçulmano, Sabir Hussein Mirza, que declarou à imprensa estar «muito zangado por isso». Também o rabi Eli Bracknell referiu a necessidade de preservar toda uma cultura tradicional católica no Reino Unido, sem a qual a identidade britânica seria fortemente comprometida, [...].» (Diário de Notícias, Lisboa, 31 Dez. 2008)
Haja bom-senso!...
Haja bom-senso!...
Feliz Ano Novo !
Novidades - 14 : Tudo sobre Júpiter
Este ensaio é já de Outubro, mas penso que ainda não foi falado em terras lusas e por isso é uma novidade. Ficamos a saber tudo sobre Júpiter, o deus romano que é uma "adaptação" do Zeus grego e que aparece nos primórdios da República romana, graças a John Scheid, professor no Collége de France, e a Jean-Maurice de Montremy, escritor e jornalista.
De deus que preside à cidade, passamos ao deus que preside ao império com Augusto, que instaura um pacto que liga o deus supremo ao imperador. Pacto esse que dura até Constantino - que um dia "esquece-se" de ir ao Capitólio sacrificar a Júpiter, assim terminando a "carreira" do rei dos deuses romanos e abrindo a porta ao Cristianismo, depois religião oficial do império.
- Jupiter et la puissance de Rome, Jean-Maurice de Montremy e John Scheid, Larousse, 2008.
De deus que preside à cidade, passamos ao deus que preside ao império com Augusto, que instaura um pacto que liga o deus supremo ao imperador. Pacto esse que dura até Constantino - que um dia "esquece-se" de ir ao Capitólio sacrificar a Júpiter, assim terminando a "carreira" do rei dos deuses romanos e abrindo a porta ao Cristianismo, depois religião oficial do império.
- Jupiter et la puissance de Rome, Jean-Maurice de Montremy e John Scheid, Larousse, 2008.
Uma sugestão musical - 7
Canções de Natal - 26
E assim termina esta iniciativa colectiva dos prosimetronistas de escolherem uma canção de natal durante os dias do mês de Dezembro. Esperamos que tenha sido do agrado de todos os nossos amigos e colaboradores.
I saw mommy kissing santa clause (the platters)
I saw mommy kissing santa clause (the platters)
Poesia e prosa de Natal - 31
ROSAS DE INVERNO
Corolas, que floristes
Ao sol do inverno, avaro,
Tão glácido e tão claro
Por estas manhãs tristes.
Gloriosa floração,
Surdida, por engano,
No agonizar do ano,
Tão fora da estação!
Sorrindo-vos amigas,
Nos ásperos caminhos,
Aos olhos dos velhinhos,
Às almas das mendigas!
Desse Natal de inválidos
Transmito-vos a bênção,
Com que vos recompensam
Os seus sorrisos pálidos.
Camilo Pessanha
Corolas, que floristes
Ao sol do inverno, avaro,
Tão glácido e tão claro
Por estas manhãs tristes.
Gloriosa floração,
Surdida, por engano,
No agonizar do ano,
Tão fora da estação!
Sorrindo-vos amigas,
Nos ásperos caminhos,
Aos olhos dos velhinhos,
Às almas das mendigas!
Desse Natal de inválidos
Transmito-vos a bênção,
Com que vos recompensam
Os seus sorrisos pálidos.
Camilo Pessanha
Uma sugestão musical - 6
É mais uma edição de luxo da Naïve, desta vez dedicada ás óperas de Vivaldi. Como sabemos, algumas são melhores do que outras, mas ainda assim é uma colecção soberba . A caixa contém 27 cd, um dvd, e um livro de 208 páginas com os libretos, reproduções de manuscritos de Vivaldi, fotografias, e outros textos.
- The Vivaldi Edition Operas, Naïve, 180 euros.
- The Vivaldi Edition Operas, Naïve, 180 euros.
PENSAMENTO DO DIA
Citações - 10 : Sobre o champanhe
Elegâncias - 9
O laço verde é que lhe dá o toque...
Scarpin em pele com aplicações e laço, de Louis Vuitton.
€990,00 em Março de 2008.
http://www.louisvuitton.com/
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Objectos "made in Italy" em exposição
A história das grandes marcas italianas serviu de mote para a realização da exposição Logos de Italia que pode ser vista no Museu Nacional Castel Sant’Angelo de Roma até ao próximo dia 25 de Janeiro. Ao todo são 50 marcas e 250 objectos made in Italy que traçam um fascinante percurso nas áreas da comunicação, arte e inovação, numa mostra que não esqueceu empresas pioneiras como a licoreira Amarelli (1731) ou a cervejeira Peroni (1846). A partir daqui é um autêntico desfile de celebridades que correram mundo como os chocolates Perugina, as pastas Barilla, as lâmpadas Guzzini, os míticos cartazes de Armando Testa para os cafés Lavazza ou os de Warhol para a campanha da Martini levada a efeito nos EUA. A inesquecível vespa que marcou as décadas de 50 e 60, os revolucionários biberons e chupetas Chicco, os Alfa Romeo, as fotos de Oliviero Toscani para a Benetton, os sapatos Prada ou os sofás de Giovanetti, que tantos momentos de conforto proporcionaram a Fellini são apenas uma parte das muitas peças e objectos em exposição.
Dormir no museu
Para quem quer ver mais que os outros visitantes, o Museu Guggenheim de Nova Iorque arranjou uma solução: um quarto de hotel, que poderá ser alugado, durante uma noite, e, no máximo para duas pessoas. A dormida custa entre 259 e 549 dólares, inclui todas as mordomias de um hotel, com uma diferença: os hóspedes podem ter, durante uma noite, o museu só para eles. O horário do checkout é às 8H30 da manhã seguinte, e o pequeno almoço (croissants e cafés) será servido na cama.
A ideia foi de autoria de Carsten Holler inspirada numa instalação que o artista belga criou para a exposição theanyspacewhatever, ali patente, até dia 7 de Janeiro.
A originalidade pegou de tal forma que as reservas já estão esgotadas…
A ideia foi de autoria de Carsten Holler inspirada numa instalação que o artista belga criou para a exposição theanyspacewhatever, ali patente, até dia 7 de Janeiro.
A originalidade pegou de tal forma que as reservas já estão esgotadas…
ONDE ME APETECIA ESTAR - 8 : Châlet L.Raphael
Tal como se vê na primeira foto, por fora o Châlet L. Raphael parece um chalet como os outros, como os milhares que povoam os Alpes Suiços. Mas é só aparência. É na verdade um lugar excepcional. É o mais luxuoso e exclusivo da Suiça.
São 3000 metros quadrados decorados com sedas venezianas, madeiras raras e oito lareiras do século XVII, repartidos por sete suites e dois quartos, duas salas de refeições, um bar de sushi, uma sala de cinema, e uma discoteca decorada como um antro de ópio.
Na cave, da qual infelizmente não consegui fotos, funciona o outro grande atractivo deste chalet: um spa, com salão de beleza, cinco cabines de massagens e tratamentos, ginásio, jacuzzi, banho turco e piscina interior de 15 metros com fundo em ónix...
Cada cliente tem para seu uso exclusivo uma equipa constituída por um cozinheiro, um médico, um treinador e um mordomo, porque a filosofia do espaço pressupõe uma dieta personalizada e exercício físico adequado, com acompanhamento médico, tudo a par dos tratamentos que já mencionei e ainda de terapia de oxigénio, banhos de algas etc.
O chalet tem uma história singular: é o sonho de Ronit L. Raphael, de origem israelita, que aos 18 anos ao fazer um tratamento contra o acne ficou com queimaduras de segundo grau na pele. Foi dessa experiência que ela tirou a ideia de criar um centro dedicado aos problemas de pele.
Este chalet/spa/ clínica de beleza custa apenas 150.000 euros por semana.
- Châlet L. Raphael, Verbier, Suiça.
PENSAMENTO DO DIA
Os meus franceses - 54
Agradeço ao João Mattos e Silva que me enviou esta canção. Não conhecia o cantor. Gostei e aqui fica:
René-Louis Lafforgue - «Julie La Rousse»
Letra e música de René-Louis Lafforgue (1957).
René-Louis Lafforgue - «Julie La Rousse»
Letra e música de René-Louis Lafforgue (1957).
Elegâncias - 8
Clutch com aplicações em flores, de Malene Birger
€245,00 em Março de 2008.
http://www.bymalenebirger.com/
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
David - pintor da revolução e do Império
Jacques -Louis David (1748 -1825) nasceu em Paris no seio de uma próspera família que lhe proporcionou uma excelente educação, primeiro no Collège des Quatre -Nations, onde não se mostrou bom aluno e depois com os pintores François Boucher e Joseph - Marie Viene e nas Academia Real de França e Academia de Roma, onde obteve os seus primeiros sucessos, com desenhos sobre as ruínas romanas.
Regressado a França obteve o privilégio de se instalar no Louvre, mas voltou a Roma onde pintou algumas das suas obras primas, como O juramento dos Horácios e A morte de Sócrates, usando já uma simbologia republicana que o faria desde logo conotar com os ideais revolucionários.
Apoiou a Revolução, foi membro do Clube dos Jacobinos e amigo de Robespierre. A tela mais marcante dessa época foi A Morte de Marat.
Admirador de Napoleão e admirado pelo Imperador, pintou retratos seus, a cena da coroação e o aniversário de Josefina.
Exilado quando da Restauração, foi perdoado por Luís XVIII, mas recusou voltar a França. Em Bruxelas, onde morreu em 29 de Dezembro de 1825, pintou Cupido e Psiqué e composições de mais pequenas dimensões e retratos.
Pintor neoclassissista, tem sido objecto de inúmeros estudos, monografias, ensaios e documentários. Anatole France retratou-o em Les Dieux on soif (1912).
2009 vai correr sob o signo do branco
Na moda, na decoração, nos automóveis, na arquitectura, no que quer que seja, tudo vai ser branco, muito branco, em 2009. Para o novo ano, mentalidades, tendências e marcas estão a render-se ao branco: São os casos da Samsonite com a sua mala Black Label Trunk, de um branco imaculado; da garrafa de vodka Russian Standard; do MP3 Rolly, da Sony; do sistema de cinema em casa Philips, modelo HTS8150; das armações de óculos ou dos mostradores dos relógios... É o regresso ao minimal e às linhas depuradas, mas todo este branco também pretende simbolizar a mudança de princípios e comportamentos como a imoralidade, a mentira, o descrédito, os conflitos, que se vivem neste período sem lógica. Para alterar este estado de coisas, 2009 vai correr sob o signo do branco, a cor (ou ausência dela) que será a bandeira de novos conceitos como o ar limpo, os carros eléctricos, as consciências humanitárias, as energias renováveis ou a transparência nas atitudes. Assim sendo, que venha o Branco!
Os meus poemas -21
Raiz ou flor assim eram palavras
de tuas mãos abrindo como trigo
A madura semente mas estéril
por força dessa voz que vem de longe
E cada vez mais fundas se raízes
E cada vez mais belas se eram flores
Na sombras desse dia que te espero
o mar talhou as grutas onde o eco
das palavras que grito se perdeu
Porque as palavras não geraram gestos
Porque as sementes não geraram frutos
António de Almeida Mattos
(1944 - )
de tuas mãos abrindo como trigo
A madura semente mas estéril
por força dessa voz que vem de longe
E cada vez mais fundas se raízes
E cada vez mais belas se eram flores
Na sombras desse dia que te espero
o mar talhou as grutas onde o eco
das palavras que grito se perdeu
Porque as palavras não geraram gestos
Porque as sementes não geraram frutos
António de Almeida Mattos
(1944 - )
Ainda sobre as declarações de Sua Santidade
É raro eu concordar com o Daniel Oliveira, mas desta vez parece-me que tem alguma razão :
" (...) A verdade é que é na sua sexualidade que cada indivíduo se prova único e irrepetível na sua identidade. É onde a liberdade se afirma de forma mais incontrolável. Pondo em causa todos os papeis e, pecado dos pecados, a própria ideia de género. Nada disto é de hoje. Agora é que falamos do assunto fora de casa. E ao falarmos disso e exigirmos ser respeitados pelo que somos transformamos a liberdade privada em liberdade pública e pomos em causa a ordem das coisas.
A Igreja Católica, como todas as igrejas, teme a liberdade e a desordem. Sem qualquer juízo de valor, elas são contrárias à sua natureza. O Papa pode usar os pandas e a Amazónia como metáforas e a natureza como argumento- apesar de nada haver de menos natural do que a abstinência sexual exigida aos sacerdotes católicos-, mas não é a sobrevivência da espécie que o move. É o poder. Se cada um decidir o seu lugar na sua própria existência qual será o lugar do clero? Se cada um escolher o seu caminho, sem seguir o rebanho, para que servirá o pastor?
Relevante é a prioridade absoluta dada por Bento XVI ( ainda mais do que o seu antecessor ) a estes temas. Quando o mundo- e com ele os católicos- vive o medo da pobreza, é das teorias do género que lhe fala o Papa. É verdade que a Igreja se preocupa com a miséria e ajuda muita gente. Mas não se assusta com ela porque ela não põe em causa o seu poder. É o conforto, que traz com ele a autonomia e a escolha, que o Papa teme. Por isso escolheu a Europa como seu campo de batalha. Não é hipocrisia. Faz todo o sentido. "
- Daniel Oliveira, O poder do pastor, in EXPRESSO, de 27 de Dezembro.
Os livros em Portugal - 2
" A realidade portuguesa do livro está cada vez mais fracturada pela contradição entre o objecto-leitura- o real prazer de ler- e o objecto-mercadoria que existe em função do mercado e que, como tal, é demasiado caro e vulnerável às contingências da crise. (...) Editar e vender livros tornou-se uma espécie de Dona Branca: o retorno financeiro é cada vez mais especulativo, a máquina não pode parar e produz cada vez mais lixo. Resta, para nosso consolo, as glórias alcançadas pelas obras de José Saramago e António Lobo Antunes, ou José Eduardo Agualusa, angolano residente em Portugal, que se encontram entre os 25 melhores livros de ficção traduzidos e publicados este ano nos E.U.A. . "
- Vítor Quelhas, in EXPRESSO, de 27 de Dezembro.
- Vítor Quelhas, in EXPRESSO, de 27 de Dezembro.
Os livros em Portugal - 1
" (...) A sobreprodução editorial, sem fim à vista, dá ao espectáculo um aspecto exasperado, onde se consuma sem pudor a lei da economia que tem sido transposta para outros campos: a má moeda expulsa a boa moeda.
Vítimas graves da regra da expulsão são os livros de ciências humanas e sociais. Neste campo, a pobreza é de tal ordem que podemos falar de uma operação de extermínio silencioso. E as colecções de poesia, que tinham um peso com algum relevo no fluxo editorial, entraram nítidamente numa fase de abrandamento. A homogeneização é total e tudo se conforma aos padrões de um público maioritário. Dir-se-ia que esta é uma corrida suicida, mas enquanto houver muitos livros na livraria poucos se apercebem do que se passa neste campo devastado.(...) "
- António Guerreiro, in EXPRESSO, de 27 de Dezembro.
Vítimas graves da regra da expulsão são os livros de ciências humanas e sociais. Neste campo, a pobreza é de tal ordem que podemos falar de uma operação de extermínio silencioso. E as colecções de poesia, que tinham um peso com algum relevo no fluxo editorial, entraram nítidamente numa fase de abrandamento. A homogeneização é total e tudo se conforma aos padrões de um público maioritário. Dir-se-ia que esta é uma corrida suicida, mas enquanto houver muitos livros na livraria poucos se apercebem do que se passa neste campo devastado.(...) "
- António Guerreiro, in EXPRESSO, de 27 de Dezembro.
Parabéns, Marianne Faithfull!
Marianne Faithfull - «The ballad of Lucy Jordan» (1980)
Esta canção, com letra de Shel Silverstein, integrou a banda sonora do filme «Thelma and Louise».
http://www.mariannefaithfull.org.uk/
Esta canção, com letra de Shel Silverstein, integrou a banda sonora do filme «Thelma and Louise».
http://www.mariannefaithfull.org.uk/
Livros de cozinha - 6
Caixa de receitas: Económicas
Lisboa: Livros&Livros, 2008
Desta vez, não se trata de um livro, mas de 50 fichas com receitas, dentro de uma caixa de lata.
É uma colecção onde pode encontrar receitas para fazer uma Alimentação saudável, de Sopas, Saladas, para utilizar o Wok, etc. Para mim, em época de crise, uma amiga escolheu receitas económicas.
As receitas são banais (Salada de tortellini com mozzarella, Carne de vaca picada no forno com mozzarella, Moussaka de legumes, Creme aveludado, etc.), mas é um presente giro.
domingo, 28 de dezembro de 2008
Handel no C.C.B.
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