Prosimetron
sábado, 28 de agosto de 2010
Foi hoje o meu jantar...
http://blog.jjgas.com.br/wp-content/uploads/Bruschettas.jpg
E, modéstia à parte, estavam deliciosas. Umas assim,simples, outra com mozzarela, acompanhadas com um loureiro de Ponte de Lima.
E um requeijão - não o comi todo.
Quando fui procurar uma imagem para colocar aqui, vi umas com salame (eu adoro salame picante). Para a semana farei com salame picante.
Imagem do vinho colocada às 22h50.
Para as nossas meninas
Se as nossas meninas do Prosimetron forem a Paris, não podem perder. O luxuoso hotel Plaza Athénée, criou dois quartos com a decoração e demais artefactos da Barbie, nomeadamente uma casinha das bonecas, almofadas com corações e, suprema delicadeza, um cartão com a foto da boneca mais célebre do mundo, para pôr na porta, com o não menos célebre "do not disturb". Um dos quartos está ligado a outro, dos pais, e custa 1.600 euros de diária. Mas se quiserem o outro, uma suite, são só 2.500 euros por noite. No final da estadia ganham uma Barbie especialmente feita para as clientes do hotel.
Fonte: jornal "O Globo", Rio de Janeiro
Leituras no Metro - 19
«Em boca fechada não entra mosca.»
Provérbio romeno com que termina a Carmen, de Mérimée (Matosinhos: Quinovi, 2010, p. 77).
Só conhecia: «Boca aberta, entra mosca ou sai asneira.»
Provérbio romeno com que termina a Carmen, de Mérimée (Matosinhos: Quinovi, 2010, p. 77).
Só conhecia: «Boca aberta, entra mosca ou sai asneira.»
Um passeio à volta da Lagoa do Fogo
Foto de Pedro Castro Silva, 2007
http://ipt.olhares.com/data/big/150/1501802.jpg
Há anos, quando fui a S. Miguel, fiquei cheia de pena de não ter conseguido (por falta de tempo) fazer nenhum passeio a pé à volta das lagoas. Na Lagoa do Fogo vi chegar algumas pessoas do passeio e vinham encantadas.
Esta não é a melhor época do ano para visitar os Açores, e muito menos para fazer este passeio, mas... «pelo sonho é que vamos», disse um poeta que deve ter passeado muito na Serra da Arrábida.
Esta não é a melhor época do ano para visitar os Açores, e muito menos para fazer este passeio, mas... «pelo sonho é que vamos», disse um poeta que deve ter passeado muito na Serra da Arrábida.
Números - 22
Lá fora - 84 : O Impressionismo e Rouen
Uma exposição onde 130 telas mostram a ligação estreita entre Rouen e o Impressionismo, desde logo com Monet, estando expostas 11 das 28 catedrais pintadas entre 1892 e 1894,mais 20 das pontes de Pissarro e também algumas telas de um amigo deste, à época (1884) ainda agente de câmbios, Gauguin que viverá dez meses na cidade e onde experimentará vários estilos de pintura.
A exposição mostra também os pintores da chamada Escola de Rouen, contemporâneos dos impressionistas mas que não se deram com eles, e ainda duas aguarelas de um "precursor" também fascinado com a bela catedral: Turner, que a pintou 60 anos antes de Monet.
Une ville pour l' impressionisme, Monet, Pissarro et Gauguin à Rouen, Museu de Belas-Artes de Rouen, até 26 de Setembro.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
"...o quotidiano mais prosaico"
Pois, pensei aqui no nosso subtítulo quando hoje, qual Praga, qual Londres, encontrei o Filipe Nicolau no nosso MNAA. Ora, sem desprimor (para as Janelas Verdes, claro está), bem mais prosaico do que o Convento de Santa Inês, com 10 visitantes por junto...
Continuando nas frivolidades, esclareço que a 5 do 10 estarei abrigado numa estável monarquia, aliás na cidade condal e no Hotel Condes de Barcelona, assim contando não ter ecos do que por cá se passar. Nem em zapping acidental... :) Ah, mas ficam desde já os sinceros votos de boas comemorações para a "oposição"!
Por mim, conto revisitar
(ver aqui e aumentar ad lib.: http://cultura.gencat.cat/patrimoni/sant_climent_taull_mnac/index.html)
e, pela primeira vez, ir até aqui
A noite passada...
Sérgio Godinho
...abriste a janela e voaste...
Com ou sem Ghost Writer?
Já se sabe onde e quando vai decorrer a primeira sessão de autógrafos das aguardadas memórias de Tony Blair : 8 de Setembro, na Waterstone's de Piccadilly,Londres, a maior livraria da Europa com os seus 8 pisos. E também já se conhecem as restrições: proibição de fotografias, não serão concedidos autógrafos personalisados (!) e os sacos, mochilas e afins serão revistados. Finalmente, os autógrafos só serão concedidos aos exemplares comprados na loja.
Respondendo a M.R. ...
A praia.
Albufeira
Torre do sino, Praça 5 de Outubro, Albufeira, junto ao Museu de Arqueologia.
JP, queria estar na praia do Lido mas de "Lido" de Visconti, como não posso estou nesta praia do Algarve, a praia da Falésia onde não pulula muita população, e neste sentido, é uma boa praia!
O Algarve tem de bom o sol, o mar e esta praia na qual podemos confiar, em detrimento da beleza das praias do centro e norte.
La plage - Yann Tiersen
«A dança sai da pança»
No seguimento do provérbio anterior.
Botero - Bailarina na barra
(Botero tem mais bailarinas. Um dia talvez aqui regressem.)
Botero - Bailarina na barra
(Botero tem mais bailarinas. Um dia talvez aqui regressem.)
provérbio
Hoje aprendiz um novo, que dizem que é chinês:
Quem não sabe dançar diz que o chão está torto.
Quem não sabe dançar diz que o chão está torto.
A propósito de ingleses e do Algarve...
Além de Sir Cliff Richard, também outra estrela musical britânica ( e também Sir ) andou pelo Algarve quando este ainda era quase uma extensão do Magrebe. Falo ,naturalmente, de Paul McCartney, que escreveu pelo menos duas canções em terras algarvias. A muito famosa Yesterday e esta Penina, escrita numa noite de jamming com músicos portugueses em 1968 precisamente no Hotel Penina, Alvor, hoje integrado na grande cadeia Le Méridien.
Respondendo ao JP
A nossa vinheta
Esta vinheta foi despoletada pelo post da Ana sobre a Morte em Veneza. Tinha pensado em colocar, este fim-de-semana, mais um postal de banhistas, mas resolvi-me por este cartaz Le Tango-bain au Lido.
Bons banhos!
Vai um beijinho...
... não chego lá, envio por um copo!
René Vincent (1879-1936)
“Porto Ramos-Pinto”
França, ca. 1925
poster em lithografia 26” x 21”
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Fim de tarde...
... em S. Pedro de Alcântara, a ouvir a Orquestra de Jazz de Matosinhos,
com esta maravilhosa vista sobre o Castelo.
Vi que no "tabuleiro" de baixo do jardim abriu um quiosque. Finalmente!
Ficará para outra visita.
Para continuar no mesmo registo... Boa noite!
Números - 21
600.000
Foi, alegadamente ( um dos advérbios mais populares dos últimos anos ), a quantia paga, em euros, a Manuela Moura Guedes para sair da TVI. Pelo menos acabou o
"emprateleiramento" e a consequente guerra de nervos. E quer seja Pais do Amaral o futuro dono da estação ou não, foi-se o último resquício da Era Moniz.
Foi, alegadamente ( um dos advérbios mais populares dos últimos anos ), a quantia paga, em euros, a Manuela Moura Guedes para sair da TVI. Pelo menos acabou o
"emprateleiramento" e a consequente guerra de nervos. E quer seja Pais do Amaral o futuro dono da estação ou não, foi-se o último resquício da Era Moniz.
Um dos mais belos passeios...
Texto e fotografias de Eduardo Mendes
Dornes: Junta de Freguesia, 2009
Nesta foto vê-se a torre pentagonal mandada construir por Gualdim Pais, no século XII.
Há uns dias vi esta monografia na montra de uma livraria e, no dia seguinte, fui comprá-la. Trouxe-me à memória um dos mais belos passeios que fiz. Já lá vão quase 20 anos. Tenho voltado frequentemente a outros locais onde estive nesse dia, mas nunca mais a Dornes. Agora com este guia, nunca se sabe...
Umas florinhas...
http://www.graines-caillard.com/produits/fiche-produit.php?mod=fleurs&product=178
... e um poema de Pablo Neruda, que estive a ler ontem, aqui dito por Gian Franco Pagliari.
1789
Aprovada a 26 de Agosto de 1789 pela Assembleia Nacional Constituinte a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, preparada pelo marquês de Lafayette e influenciada pela Declaração de Independência dos Estados Unidos ( 4 de Julho de 1776 ), sendo Thomas Jefferson então o embaixador dos EUA em Paris...
Um marco na história do pensamento político e da dignidade humana, embora as mulheres tivessem ficado de fora, tendo estas reagido mais tarde com uma declaração autónoma que não foi sancionada pelos representantes do Povo...
Citações - 111 : Lenine, livros e editores...
(...) a maior parte dos editores ou são ignorantes ou são vigaristas, oferecendo ao público pacotilha impressa: um bom editor, tal como um bom leitor, é mais raro que um bom livro. Uma editora comercialmente bem sucedida é má, ou então tem que fazer compromissos. A casa alemã onde estou, por exemplo, possui um catálogo honesto, dividido em duas partes, literatura e best-sellers.
O argumento temos de pôr as pessoas a ler é idiota: o que temos é de ensinar as pessoas a ler. Até Lenine compreendia isto, ao afirmar que a arte não tem de descer ao povo, é o povo que tem de subir à arte.(...)
António Lobo Antunes, De livros e editores, na Visão da semana passada.
O Mundo Desportivo...
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Um rústico erudito - 1 : A.H. de Oliveira Marques
Era para ter saído a 23 de Agosto, por razões óbvias, esta primeira citação das memórias de R.M. Rosado Fernandes, que li este Verão com muito agrado. Porém, na data em causa ocorreu o oposto do habitual: fui eu a Lisboa, e ficou a net na Caparica. Agora estamos juntos :)
São, na verdade, dois pequenos excertos que aliam a história pessoal dos dois académicos, um, e a história universitária portuguesa, outro.
Fui colega, por essa altura, de Oliveira Marques, discípulo de Kellenbenz, então em Wurzburg, e que, como historiador medieval, abriu muitos caminhos para a compreensão da historiografia portuguesa. Fora sempre extremamente dotado (...) era metódico, com as ideias arrumadas e tinha uma capacidade de análise que, quando longe da paixão ideológica ou corporativo-maçónica, era de uma imparcialidade digna de respeito. ( Pág. 87 )
De resto, o António Henrique Oliveira Marques já me prevenira, fundamentado na experiência que tinha, em carta de Gainesville, Florida, onde ensinava, em Março de 1968, poucos meses antes do meu regresso:
Dizes-me que tencionas lutar... Não o faças! Em primeiro lugar, não vale a pena. Sempre que um catedrático se alça contra um assistente na Faculdade de Letras de Lisboa e lhe retira a sua "graça e mercê", o assistente está liquidado e não volta, pelo menos até que o catedrático morra ou se reforme. Exemplos entre muitos: Saraiva contra Nemésio, Godinho contra Heleno, eu contra Rau, Irisalva contra Heleno, Morais Barbosa contra Cintra. Coimbra, se te desse qualquer apoio, seria apenas até determinado limite, porque para eles (como para os de Lisboa) acima de tudo está o respeito total, absoluto, pela hierarquia e pelo status quo. Sobre isso nunca nos devemos enganar. ( Pág. 165 )
Era realmente o país do respeitinho, como tão bem imortalizou o O'Neill.
São, na verdade, dois pequenos excertos que aliam a história pessoal dos dois académicos, um, e a história universitária portuguesa, outro.
Fui colega, por essa altura, de Oliveira Marques, discípulo de Kellenbenz, então em Wurzburg, e que, como historiador medieval, abriu muitos caminhos para a compreensão da historiografia portuguesa. Fora sempre extremamente dotado (...) era metódico, com as ideias arrumadas e tinha uma capacidade de análise que, quando longe da paixão ideológica ou corporativo-maçónica, era de uma imparcialidade digna de respeito. ( Pág. 87 )
De resto, o António Henrique Oliveira Marques já me prevenira, fundamentado na experiência que tinha, em carta de Gainesville, Florida, onde ensinava, em Março de 1968, poucos meses antes do meu regresso:
Dizes-me que tencionas lutar... Não o faças! Em primeiro lugar, não vale a pena. Sempre que um catedrático se alça contra um assistente na Faculdade de Letras de Lisboa e lhe retira a sua "graça e mercê", o assistente está liquidado e não volta, pelo menos até que o catedrático morra ou se reforme. Exemplos entre muitos: Saraiva contra Nemésio, Godinho contra Heleno, eu contra Rau, Irisalva contra Heleno, Morais Barbosa contra Cintra. Coimbra, se te desse qualquer apoio, seria apenas até determinado limite, porque para eles (como para os de Lisboa) acima de tudo está o respeito total, absoluto, pela hierarquia e pelo status quo. Sobre isso nunca nos devemos enganar. ( Pág. 165 )
Era realmente o país do respeitinho, como tão bem imortalizou o O'Neill.
1979 : Cliff Richard
A 25 de Agosto de 1979, pela décima vez, Cliff Richard dominava a tabela de singles do Reino Unido, o que já não acontecia há 11 anos. Foi com esta We Don't Talk Anymore.
«Pérolas perdidas e achadas. Fadinhos maravilha cantados por uma voz que de perdida não tem nada. O repertório vai desde as canções originais, passando pelo fado humorístico, e por melodias e poemas brejeiros de nomes como Joaquim Cordeiro, Frutuoso França ou Joaquim Pimentel. Fados perdidos como o próprio Lello - alguns desde os anos 20. Um fado pouco “limpinho”, improvisado e tasqueiro. Para quem gosta (e para quem não gosta) de fado! Uma verdadeira e deliciosa surpresa para os que tiverem o privilégio de apostar nesta quarta-feira.»
Manuel João Vieira já apresentou a sua candidatura à Presidência da República?
What a wonderful world
Em homenagem ao autor desta canção, George David Weiss, que morreu ontem com 89 anos, na versão de Rod Stewart.
Por terras normandas ...
Situada a norte de Caen, Omaha Beach foi uma das praias da costa normanda a ver a chegada da frota dos Aliados a 6 de Junho de 1944. Com 7000 navios de guerra e lanchas de desembarque e milhares de pára-quedistas, iniciava-se, na madrugada do Dia D, a operação de libertação mais extraordinária da Segunda Guerra Mundial.
Os primeiros soldados americanos, a saltar das lanchas em direcção a Omaha Beach (nome do código militar), enfrentaram quase meio quilómetro de distância sem qualquer protecção até às falésias. Dos 6000 homens que integravam as primeiras divisões, mais de metade morreu ou ficou gravemente ferida até ao amanhecer. Bloody Omaha viria a ser uma alcunha infelizmente apropriada.
Noutras praias vizinhas, como em Utah Beach, a batalha não foi menos mortífera. Todavia, a libertação do continente europeu da ocupação alemã mostrava alguns resultados animadores: ainda na manhã de 6 de Junho, era libertada a primeira aldeia francesa (Sainte-Mère-Eglise), e a ponte de Bénouville, importante sob o ponto de vista estratégico, fora tomada por forças britânicas.
Em Omaha Beach, encontra-se hoje em dia um cemitério militar americano, onde estão sepultados 9.387 soldados americanos que perderam a sua vida a 6 de Junho ou durante as operações subsequentes. Numa área extensa de relvado, foram colocadas 9.387 lápides em mármore branco, em forma de cruz ou de estrela de David. A actual estrutura do cemitério remonta a 1956, tendo substituído o cemitério provisório de 8 de Junho de 1944. No Walls of the Missing, num jardim semicircular na ala leste, estão inscritos 1.557 nomes de soldados não identificados.
A visita a Omaha Beach torna-se numa experiência única. O confronto com um dos mais ferozes e tristes capítulos da história da Humanidade decorre num cenário idílico e quase paradisíaco. Em respeito pelas vítimas, reina o silêncio, apesar das multidões de turistas. A sensação que se vive noutros cemitérios próximos (para os soldados britânicos, canadianos e alemães) não será diferente.
Como no caso de Omaha Beach, seus corpos jazem hoje em terras de Europa que muito a eles deve.
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