Prosimetron
sábado, 3 de novembro de 2018
Auto-retrato(s) - 262
Alfredo Andersen - Auto-retrato, 1926
Alfred Emil Andersen nasceu na Noruega, tendo-se radicado no Brasil, onde faleceu. É conhecido como Alfredo Andersen.
Robert Doisneau, o Rebelde do Maravilhoso
Hoje é dia de vermos Robert Doisneau, o Rebelde do Maravilhoso de Clémentine Deroudille no Cinema Ideal. Mas caso não o possam fazer, podem sempre recorrer ao DVD:
Parabéns, Margarida Elias!
Barco
Margens inertes abrem os seus braços
Um grande barco no silêncio parte.
Altas gaivotas nos ângulos a pique,
Recém-nascidas à luz, perfeita a morte.
Um grande barco parte abandonando
As colunas de um cais ausente e branco.
E o seu rosto busca-se emergindo
Do corpo sem cabeça da cidade.
Um grande barco desligado parte
Esculpindo de frente o vento norte.
Perfeito azul do mar, perfeita a morte
Formas claras e nítidas de espanto
Sophia de Mello Breyner Andresen
In: Coral, 1950
Um dia feliz!
sexta-feira, 2 de novembro de 2018
Leituras no Metro - 1000
Lisboa: Livros de Bordo, 2018
Gosto muito dos livros de Wenceslau de Morais e não conhecia este livro sobre o Bon-Odori - «Estranha frase japonesa; mais do que estranha - incompreensível -, para leitores da minha terra, aos quais, naturalmente, estas páginas se destinam.»
E o que é o Bon-Odori? «Há, no Japão, em cada ano, um período, geralmente de 13 a 15 do 7.º mês lunar, durante o qual se festejam todos os mortos.» Logo é uma data móvel...
E o que é o Bon-Odori? «Há, no Japão, em cada ano, um período, geralmente de 13 a 15 do 7.º mês lunar, durante o qual se festejam todos os mortos.» Logo é uma data móvel...
Wenceslau de Moraes descreve Tokushima e o seu ambiente para depois narrar como se processa a comemoração dos mortos na região.
Os meus posts hoje são todos alusivos ao Dia de Finados. :)
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Seis filmes sobre fotógrafos e uma antestreia
O Cinema Ideal vai passar, a partir e hoje, seis documentários sobre seis fotógrafos. Os filmes vão ser exibidos nos próximos sete dias. O primeiro, hoje, é Mapplethorpe: Vejam as Imagens
de Fenton Bailey e Randy Barbato.
Amanhã será a vez de Robert Frank, não Pestanejes de Laura Israel:
Amanhã será a vez de Robert Frank, não Pestanejes de Laura Israel:
quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Feliz Halloween!
Eu não comemora, mas desejo com - este belo presente que recebi - um feliz Halloween a quem o festejar.
Com um agradecimento à Paula, e em geminação com Ponto Aqui! Ponto Acolá!
Marcadores de livros - 1194
Um marcador e quatro postais da Impedimenta, uma das editoras que tem melhor gosto na execução deste tipo de material. Também já vi os livros e são muito bem produzidos.
Gracias, Luisa!
Sobre o génio
Camille Claudel - Paul Claudel à 13 ans, 1881. Bronze
Musée Bertrand de Chateauroux
«L’apparition
du génie est accueillie par un silence réprobateur.»
Paul
Claudel
terça-feira, 30 de outubro de 2018
Boa noite!
Canção de Paco Ibáñez baseada num poema que José Agustín Goytisolo escreveu de homenagem a Miguel Hernández. E para variar de «Andaluces de Jaén».
Em geminação com Marcapáxinas da Cairesa.
Começa o cheirinho e o sabor da castanha assada
Uma agradável nuvem de fumo precede o aparecimento dos
vendedores de castanhas, que no outono surgem nas esquinas das ruas com os seus
carrinhos e fornos próprios onde assam as castanhas.
Já na pré-História este fruto era usado como
complemento calórico na alimentação humana, como substituto do pão, da batata
ou como farinha. Os gregos e os romanos enchiam ânforas de castanhas com mel
silvestre. Na Idade Média, passaram a integrar o receituário conventual, sendo
a farinha de castanha largamente usada pela Europa. Com o Renascimento, ganhou
nova vida, sobretudo na confeitaria.
Surgiram em França e Itália as "marrons
glacés", castanhas cristalizadas em açúcar. Foi depois das Cruzadas,
quando o açúcar foi trazido para a Europa, que esta especialidade apareceu, por
volta do século XVI, na zona de Piemonte, onde havia muitos castanheiros. Além
de assada ou cozida, a castanha também pode ser servida em puré ou em
sobremesas, como no "crème de marrons", uma compota de castanha e
açúcar com um travo de baunilha.
E, afinal, porque temos o hábito de comer castanhas em
novembro? E por que chamamos a este período do ano, em que celebramos o
magusto, "Verão de S. Martinho"?
Martinho era um soldado nascido na Hungria em 316, que
aos 15 anos foi para Pavia, em Itália, e mais tarde, em França, abraçou a via
do sacerdócio. Reza a lenda que num certo dia de novembro muito chuvoso e frio,
Martinho seguia a cavalo a caminho de Amiens, ao serviço do imperador deste
país, quando rebentou uma tremenda tempestade - e um pobre se abeirou da
estrada a pedir-lhe esmola. Não tendo nada para lhe dar, Martinho cortou com a
espada a sua capa ao meio, para que este pudesse proteger-se do frio. Nesse
momento, conta-se que a chuva parou e o sol começou a brilhar. Por isso é que
se fala no "Verão de S. Martinho", para assinalar uma altura em
novembro em que o frio costuma dar tréguas e o bom tempo reaparece.
O dia de S. Martinho (que entretanto se
entregou à vida sacerdotal, tendo sido bispo de Tours) ficou marcado a 11 de
novembro, data em que o santo foi sepultado, quando costumamos celebrar o
Magusto. Diz o provérbio: "No S. Martinho come castanhas e prova o novo
vinho". Este vinho novo refere-se ao vinho guardado após as vindimas, mas
também se tem por hábito beber água-pé ou jeropiga.
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
José Sarmento de Matos
A bibliografia de José Sarmento de Matos - que ontem nos deixou - sobre Lisboa é vasta. Escreveu sobre a capital e sobre zonas e edifícios da cidade.
Deixo aqui, para o lembrar, duas obras, de que gosto particularmente: uma levou-me a olhar para a zona oriental da cidade com outros olhos. Fiz muitos passeios com este guia.
Lisboa: Livros Horizonte, 1998-1999
Da história de Lisboa que ele se propunha escrever só saíram até à data dois volumes que chegam a Fernão Lopes. Não sei se ele deixou mais algum volume pronto. Espero que sim.
Lisboa: Temas e Debates, 2008-2009
Faz no próximo ano 50 anos que conheci o Sarmento de Matos.
Hoje e amanhã
A venda, na casa Piasa, em Paris, da biblioteca de François Mitterrand, grande bibliófilo, interessado pelo papel, pelas encadernações, pelos tipógrafos, visita frequente de livreiros e alfarrabistas.
Um quadro por dia - 433
Esta natureza-morta de Cézanne, Abricots et cerises sur une assiette, 1877-79, 15,8x22,2cm, foi vendida há dias na Sotheby's de Paris . Era a tela principal, acompanhada de obras de Géricault, Seurat ou Poliakoff, do primeiro leilão da colecção Jeannine Chapet,uma das filhas e herdeiras de Georges Benand, mítico patrão da Samaritaine durante 40 anos e um dos maiores coleccionadores franceses do século XX.
Lá fora - 346
O cérebro é o tema principal dos mármores de Jan Fabre, agora expostos na Fondation Maeght
Jan Fabre - Ma Nation : l' imagination, até 11 de Novembro, Fondation Marguerite et Aimé Maeght
fondation-maeght.com
Leituras no Metro - 999
«Depois do tremor de terra no nordeste do Afeganistão, os talibãs distribuirão víveres às vítimas, que, todavia, “não tenham sofrido grandes
padecimentos por terem desobedecido a Deus, o Todo Poderoso” [(Le Monde, 17 jun. 1998, coln. En vue]].
«Eis aqui, sem comentários. Vocês riem, mas não riem verdadeiramente.»
Philippe
Sollers in L’année du Tigre, p. 145
Acontece-nos muitas vezes não sabermos se havemos de rir ou chorar.
Marcadores de livros - 1192
Um puzzle de dois marcadores. Uma ótima ideia, esta coleção sobre o comércio de sempre (provavelmente o que por cá chamamos de comércio tradicional) de Vilanova (Catalunha).
Obrigada, Luisa!
domingo, 28 de outubro de 2018
Marcadores de livros - 1191
O reverso é igual em todos os marcadores.
Sempre vamos aprendendo umas coisas com os marcadores. :) Desta vez são escritores aragoneses. É uma tristeza, mas desconheço todos. :(
Obrigada, Justa!
Anglo-Saxon Kingdoms: Art, Word, War
The Alfred Jewel
University of Oxford, Ashmolean Museum
Tesouros da coleção da própria British Library, como os belíssimos Lindisfarne Gospels, Beowulf e a Ecclesiastical History de Bede, podem ser vistos ao lado de impressionantes achados de Sutton Hoo e Staffordshire Hoard. O mundialmente famoso Domesday Book oferece uma representação incomparável da paisagem da Inglaterra anglo-saxônica, enquanto o Codex Amiatinus, uma gigantesca Bíblia de Nortúmbria, levada para a Itália em 716 e que regressa a Inglaterra pela primeira vez em 1300 anos.
O povo dos reinos anglo-saxões conta sua história, pelas suas próprias palavras.
Exposição aberta até 19 de fevereiro na British Library.
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