«Segredo» de Maria Teresa Horta, dito por Pedro Lamares e cantado por Cristina Branco.
Prosimetron

sábado, 8 de fevereiro de 2025
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Baile no Moulin-Rouge
Que quadro está Toulouse-Lautrec, um grande amigo de Suzanne Valadon, a pintar numa foto que aparece hoje em Memórias e Imagens?
Toulouse-Lautrec - Baile no Moulin-Rouge, 1890
Museu de Arte de Filadélfia
Para a Margarida Elias.
Suzanne Valadon
Suzanne Valadon - La Chambre bleue, 1923
O Centro Pompidou dedica uma exposição monográfica a Suzanne Valadon, uma artista emblemática e audaciosa, uma das mais importantes da sua geração. À margem das tendências dominantes do seu tempo - o cubismo e a arte abstrata estavam na sua infância, enquanto ela defendia ardentemente a necessidade de pintar a realidade -, Valadon colocou o nu, tanto feminino como masculino, no centro da sua obra, representando o corpo sem artifícios nem voyeurismos.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
Leituras no Metro - 2955
Porto: Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, 2024.
«Vê se a Primavera já chegou às árvores do quintal. Em mim, é Primavera constantemente: basta viver e viverem pessoas como tu.» (Da primeira carta de Óscar Lopes a Maria Helena, 15 mar. 1955, p. 17)
Este livro - que foi para mim uma grande e boa surpresa - colige a correspondência que Óscar Lopes escreveu a sua mulher, Maria Helena Gaspar Madeira (que ele conheceu quando ambos frequentavam a Faculdade de Letras de Lisboa), quando o escritor esteve preso na prisão da PIDE na Rua do Heroísmo, no Porto, no chamado Processo dos 52, no qual a maior dos presos pertencia ao MUD Juvenil.
O livro, organizado por Manuela Espírito Santo, que assina também o prefácio e as notas, inclui também as cartas que recebeu da mulher.
«Vi ontem os teus olhos resignadamente serenos atrás da rede». (p. 24-25)
«E o dia em que eu sair em liberdade será o do nosso segundo e mais belo casamento, porque, afinal, nós regressamos agora à fase do namoro.» (p. 33)
«[...] durmo como um frade. Porque frade é justamente o que sou agora, contra vontade, embora nunca me faltasse uma certa vocação para copista beneditino. Como nem sequer me falta o conhecimento das Escrituras e da Patrística em latim e Grego - com umas horas de trabalho na horta, era frade perfeito, amén.» (p. 37)
« Estou, sobretudo, hiper-saturado da minha vida de recluso dos livros.» (p. 42)
«Sinto como tempo perdido, não talvez tanto estes 30 dias, que pouco ou nada são numa vida, mas a falta de humanidade comezinha da vida anterior.» (p. 43)
Ó verbo conviver é hoje, para mim, quase uma palavra mágica. A arte de conviverem profundidade, que eu só quase tenho exercido por escrito, quase desistindo inteiramente da convivência oral, até mesmo com a família, é aquela a que mais conto dedicar-me.» (p. 64)
«Outro postalzinho neste nosso namoro conjugal em que a afeição é bem mais profunda do que na adolescência.» (p. 71)
«Não te esqueças do marido, nem deixes que o esqueçam. Fala em mim aos pessegueiros, ao limoeiro, às fileiras de livros e à minha mesa de cabeceira. E às vistas dos quintais das traseiras e da frente. E aos autocarros e elétricos. E a uma galante rapariga que conheci aos dezassete anos em Lisboa.» (p. 83)
«É bom ter o mecanismo da fiança engatilhado, embora tanto possa servir dentro de dias como daqui a um mês ou mês e meio.» (p. 94)
Neste tempo, os presos ainda podiam escrever e receber livros. Anos mais tarde, já não seria assim. Os presos também só eram libertados mediante o pagamento de uma fiança, mesmo aqueles que nunca foram julgados.
O livro ainda aqui vai voltar.
Na Trav. do Bessa, Porto, casa dos pais de Óscar Lopes, ca 1950. Da esq. para a dir.: Maria Helena, Mécia de Sena (irmã de Óscar Lopes), Irene Freitas Lopes (mãe de Óscar Lopes que tem ao colo, Isabel Maria, filha de Mécia e Jorge de Sena), e Jorge de Sena; em baixo, Óscar Lopes e os seus dois filhos Sérgio e Rui.
Para a Cláudia.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Gostam de dumplings?
Pratos na parede.
Fui ao Dafu na semana passada e os dumplings (cozidos a vapor) e os baozis são ótimos.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2025
Boa noite!
O coreógrafo Thierry Malandain reúne As Quatro Estações de Vivaldi e as obras menos conhecidas de Giovanni Antonio Guido (ca 1675-1729) num único programa de bailado.
Barão / Visconde
Quando Joaquim José de Azevedo foi agraciado com o título de Barão de Rio Seco ao mesmo tempo que Francisco Bento Maria Targini o foi com o título de Visconde de São Lourenço, o povo homenageou-os com a seguinte quadra:
Quem furta pouco é ladrão.
Quem furta muito é barão.
Quem mais furta e esconde
Passa de barão a visconde.
Garrett, um dos tipos que eu mais admiro do nosso século XIX, não começou como barão, mas acabou visconde. 😉
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025
Boa noite!
A exposição Trabalhadores Forçados Portugueses no III Reich: Os Famalicenses no Sistema Concentracionário Nazi, que esteve há três anos em Famalicão, faz parte de um projeto (de Fernando Rosas, Ansgar Schaefer, António Carvalho, Cláudia Ninhos e Cristina Clímaco) que visa investigar os portugueses que foram deportados para campos de concentração, prisões do regime, campos de prisioneiros de guerra ou forçados a trabalhar para os alemães, quer no interior do Reich, quer nos territórios ocupados.
1954: neve em Lisboa
A Maria enviou ontem esta bela foto do Parque Eduardo VII com neve, em 1954, com esta legenda: [ontem foi] «dia da Sra. das Candeias.
Dizem que quando ela está a rir (sol) ainda está o inverno para vir; quando está a chorar (chuva) está o inverno para durar.
Aqui [Beira Baixa] esteve muito nublado de manhã, mas à tarde abriu o sol.
Veremos o valor dos adágios...»
domingo, 2 de fevereiro de 2025
Boa noite!
Ainda Marianne Faithfull, desta vez como Maggie no filme Irina Palm, um filme magnífico de Sam Garbarski em que ela tem uma grande interpretação.
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