Vi há dias que Maurice Vander, que foi pianista de Claude Nougaro, morreu em fevereiro passado.
Prosimetron
sábado, 8 de julho de 2017
Edimburgo: Café Royal
Numas arrumações encontrei este folheto de alguém que esteve neste café no final dos anos 50-inícios dos anos 60.
Não me lembro de ter visitado este café quando fui a Edimburgo e pelo que vi na net parece-me que ele hoje funciona apenas como restaurante.
O prospeto informa-nos que John Ambrose abriu uma taberna em 1817 (há 200 anos) que adquiriu fama pelas ostras e bebidas que servia.
Em 8 de julho de 1863, o local foi objeto de obras, que estiveram a cargo do arq. Robert Paterson, sendo o espaço decorado com belos vitrais.
Que tal reservarmos uma mesa para jantar na 2.ª feira?
sexta-feira, 7 de julho de 2017
Haja esperança
Na sua última crónica na coluna «Pretextos», Hélder Macedo, depois de falar nas eleições inglesas e na expressiva votação de muitos jovens, normalmente abtencionistas, refere um facto insólito ocorrido numa escola inglesa:
JL, 5 jul. 2017, p. 35
Marcadores de livros - 760
Um belíssimo filme de Jim Jarmusch. Um jovem motorista de autocarro (Paterson) atravessa, de segunda a sexta-feira, a cidade Paterson, em Nova Jérsia. O dia a dia inspira-o a escrever poesia, uma poesia quotidiana que ele vai recitando em voz-off - poemas do poeta Ron Padgett que esteve há dias em Lisboa na apresentação do filme.
Este motorista da carreira 23 é fã do poeta William Carlos Williams que viveu em Paterson e tem mesmo um livro intitulado Paterson.
I have eaten
the plums
that were in
the icebox
and which
you were probably
saving
for breakfast
Forgive me
they were delicious
so sweet
and so cold
William Carlos Williams
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Uma vergonha nacional!
O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) colocou um aviso no seu
sítio 'online', no qual explica que, de terça-feira a sexta-feira, estão
totalmente encerrados os pisos 1 e 2, que acolhem as exposições de mobiliário
português, artes decorativas francesas, ourivesaria, joalharia, arte da
expansão e cerâmica.
Também está encerrado diariamente - entre as 12h00 e as 15h00 -
o piso 3, com a coleção de pintura e escultura portuguesas, onde se encontram
algumas das peças mais importantes do museu, entre as quais os Painéis de São
Vicente.
No aviso 'online', o museu pede "desculpas pelo
incómodo" aos visitantes, justificando o encerramento ao público com a
"falta de assistentes técnicos (vigilantes/rececionistas)".
Uma situação que não se compreende nesta altura do ano e numa
cidade que teima em permanecer no top dos destinos de preferência. Sem referir
ainda o facto do MNAA ocupar o segundo lugar mna lista dos mais visitados a
nível nacional. No primeiro trimestre de 2017, este museu registou 47.089
visitantes, um aumento de 01,8 por cento em relação ao primeiro trimestre de
2016.
Chez Rosalie
Dois quadros de Bouguereau., em que Rosalia foi modelo.
Modigliani - Retrato de Rosalia
Rosalia Tobia – uma romana, antiga modelo de Bouguereau, Odilon Redon e Modigliani – abriu, em final de carreira, no n.º 3 rue Campagne Première, em Montparnasse, um pequeno restaurante. Tinha apenas quatro mesas e servia uma deliciosa comida italiana - osso bucco, lasagna al forno, ravioli, tagliatelli - e vinhos italianos - Barolo, Valpolicella, Frascati, Lambrusco, Chianti -, tudo a preços módicos.
O restaurante era muito frequentado por pintores, como o norueguês Edvard Diriks, Midigliani ou Utrillo, para além dos poetas Paul Fort e André Salmon. E a modelo Alice Prin, conhecida como Kiki de Montparnasse.
Utrillo também desceu um dia da Butte e veio beber neste restaurante, tendo deixado uma recordação de Montmartre nas paredes do restaurante. No final, quando ele e Modigliani não pagaram a conta, Rosalia disse-lhes: «Não vou cortar a parede para pagar o meu vinho».
Fonte: Jean-Paul Caracalla – Montparnasse: L’âge d’or
Etiquetas:
André Salmon (1881-1969),
Edvard Diriks (1855-1930),
Jean-Paul Caracalla,
Maurice Utrillo ( 1883-1955 ),
Modigliani,
Paris,
Restaurantes,
Rosalia Tobia (1860-1932)
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Biografias e afins
A história das camélias a partir do gosto particular de uma mãe, a mãe do jardineiro-chefe de Trianon e Versalhes.
Grasset, 96p, €10.
Onde me apetecia estar - 145
Ainda quase um mês para desfrutar do 24º Paris Jazz, este ano dedicado à francofonia, com homenagens a Bashung, à música antilhesa, e outras latitudes. Com Lisa Simone, Leo Sidran, Laurent de Wilde, Ray Lema, Erik Truffaz e outros.
Com a mais valia do cenário ser o parc floral de Vincennes. Até 30 de Julho, mais info : parisjazzfestival.fr
Um quadro por dia - 374
É de 1956 esta Sem Título de Rudolf Stingel, 250x250cm, em cobre galvanizado, e que pertenceu à colecção Zadig&Voltaire. Vendida a 17 de Maio, na Christie's de Nova Iorque, por 6 milhões de euros.
Lá fora - 315
Inaugurada hoje esta exposição que marca os 70 anos da fundação da Maison Dior, com 300 peças de alta costura, fotografias, croquis, anúncios, manuscritos e artigos de imprensa, ocupando três mil metros quadrados do Museu das Artes Decorativas de Paris.
Até 7 de Janeiro de 2018.
terça-feira, 4 de julho de 2017
Marcadores de livros - 757
À esq.: Rainha Santa Isabel, Milagre das Rosas, 1540-1550; à dir.: Santa Isabel, séc. XVII. Ambos de autor desconhecido.
Coimbra, Museu Machado de Castro
segunda-feira, 3 de julho de 2017
Léon Zamaron
Marek Szwarc - Retrato de Léon Zamaron
Havia em Montparnasse, no início do século XX, um chefe de polícia, amador de arte, que protegia os pintores estrangeiros. As paredes do seu gabinete estavam cobertas de obras de Soutine, Modigliani, Utrillo, Chagall, Foujita, Valadon, Moïse Kisling, Maurice de Vlaminck… e era conhecido como a coleção Zamaron.
Os pintores conviviam com Zamaron no café La Rotonde e era deste modo que agradeciam o apoio que ele lhes dava na legalização dos papéis.
Fonte: Jean-Paul Caracalla – Montparnasse: L’âge d’or
Suzanne Valadon - Retrato de Madame Zamaron, 1922
Moma
É possível que Léon Zamaron volte aqui ao blogue, já que encontrei este livro que me apetece muito ler.
domingo, 2 de julho de 2017
Leituras no Metro - 279
Escritores, pintores, músicos, atores, cantores, toda a classe de artistas frequentam os cafés de Montparnasse - La Coupole, Le Dôme, La Closerie des Lilas, La Rotonde -, a sua vida e a boémia. Este universo perdura hoje nas obras que aqui foram criadas ou tiveram origem.
Montparnasse foi ao longo do século XX o mais parisiense dos boulevards.
Já li outros livros de Jean-Paul Caracalla, um amante e estudioso de Paris, de que gostei mais.
La Coupole
Le Dôme
La Closerie des Lilas
«André Warnod donne une bonne d´finition du café; il note dans ses souvenirs: "Le Dôme offrait l'expression la plus brutal de Montparnasse avant que La Coupole n'ouvrit ses portes. C'était à la fois la maison commune, la place publique, l'auberge, le forum, l'hôtel des ventes, le ghetto, la cour des mircales. [...] Tout cela grouillait, papotait, jacassait dans le bruit des soucoupes et des cuillers, le choc des verres sur la table, des appels aux garçons, le brouhaha de mille conversations [...]. Le café était un refuge, un quai d'embarquement, la stationde chemin de fer où on attend un train qui n'arrivera jamais."» (p. 69-70)
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