A adesão da Alemanha a este tratado permite a extracção do carvão na região Ruhr em condições vantajosas, o que contribuirá significativamente para a retoma económica durante esta década.
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A vida quotidiana dos alemães (ocidentais) volta, pouco a pouco, à normalidade no seguimento da introdução do marco e da reforma monetária em 1948. A oferta de bens alimentares satisfaz as necessidades do dia-a-dia. Alguns produtos, considerados de luxo como o café, continuam, contudo, de acesso difícil e caro.
A Alemanha Ocidental assiste ao primeiro escândalo cinematográfico do pós-guerra. O filme Die Sünderin (A pecadora) aborda tabus como prostituição, eutanásia e suicídio. Mas a cena decisiva da película, alvo de consternação, conta apenas poucos segundos: a actriz principal, a jovem Hildegard Knef, aparece, a uma distância pouco clara conforme nos mostra a imagem, quase toda despida. Este acontecimento, inédito à luz dos padrões de então, gera um debate público. São convocadas manifestações em prol e em detrimento desta nova liberdade de expressão. Às entradas de cinemas com o filme em cartaz, encontram-se padres católicos a exigir o boicote das salas. Apesar do - ou por causa do - escândalo, Die Sünderin torna-se num êxito de bilheteira na jovem república.
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1 comentário:
Interessante! Desconhecia o problema levantado pela película "Die Sünderin". Obrigada.
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