Prosimetron

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma leitura nascida do acaso

Num passeio pelas livrarias encontrei um livrinho que parecia uma carta manuscrita, dado o seu aspecto amarelecido e a escrita cursiva do título. Peguei nele, li duas frases e resolvi ler esta carta, ficcionada por Miguel Real (Luís Martins), intitulada Carta de Sócrates a Alcibíades, seu vergonhoso amante.
O livro termina assim:

Deveria destruir a carta que te escrevi e que tão ciosamente tenho guardado. Conservá-la-ei no entanto. Ela testemunha um momento do meu coração inquieto e da minha vida incerta. Uma frase que lá se escreve tenho, porém, que rectificar: não é verdade que só o sentimento perdure, multiplicando-se de corpo em corpo; a verdade é outra mais bela: só o espírito perdura multiplicando-se de alma em alma”.

Miguel Real, Carta de Sócrates a Alcibíades, seu vergonhoso amante, Editora Licorne, 2010, (2ª edição) p. 63-64

2 comentários:

Anónimo disse...

Feliz reedição a desta carta.

ana disse...

Obrigada pelo seu comentário.
Gostei bastante desta carta.