O Livro da Tila num vidrão.
Lisboa, Av. António Augusto de Aguiar.
Cavalinho, cavalinho
Cavalinho, cavalinho
Que baloiça e nunca tomba;
Ao montar meu cavalinho
Voo mais do que uma pomba!
Cavalinho, cavalinho,
De madeira mal pintada:
Ao montar meu cavalinho
As nuvens são minha estrada!
Cavalinho, cavalinho
Que meu pai me ofereceu:
Ao montar meu cavalinho
Toco as estrelas do céu!
Cavalinho, cavalinho
Já chegam meus pés ao chão:
Ao montar meu cavalinho
Que triste meu coração!…
Cavalinho, cavalinho
Passou tempo sem medida:
Tu continuaste baixinho
E eu tornei-me tão crescida.
Cavalinho, cavalinho
Por que não cresces comigo?
Que tristeza, cavalinho,
Que saudades, meu Amigo!
Matilde Rosa Araújo
8 comentários:
Os velhinhos recurvados
e as criancinhas pequenas
é que não chegam decerto
à altura do vidrão.
E embora não o queiram
deitam tudo para o chão...
Um bom Domingo!
:-))
Bom domingo, a começar (para mim) bem humorado.
Matilde Rosa Araújo é uma recordação que guardo com carinho da minha infância.
Bom domingo!
Parabéns a APS, pelos versos.Diz com humor, aquilo que parece evidente.
Quanto ao Livro da Tila foi lido vezes infinitas, enquanto a minha filha
foi pequena. É muito terno. Mas não gosto de o ver referenciado num
contentor. Divulgar a poesia sim, mas não desta maneira.
Boa noite.
Muito obrigado, MariaFranco, pela parte que me toca..:-)
No conocía "O libro da Tila", pero buscando en internet he descubierto que es el inicio en la lectura y en la poesía de muchos infantes portugueses....Me parece una idea maravillosa acercar la poesía al mundo cotidiano, incluso a través de los contenedores que, por otra parte, qué "guapo" está vestido de cultura.
Un abrazo.
Justa
Acho que todas as maneiras de dar a conhecer a literatura (e a cultura), mesmo num vidrão, parecem-me boas ideias. Além de que este até está visualmente engraçado.
Bom semana para todos.
Acho giro!
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