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Rita Streich nasce a 18 de Dezembro de 1920 em Barnaul (Nowosibirsk/Rússia). Após a Segunda Guerra Mundial, muda-se com os seus pais para a Alemanha (Essen e, posteriormente, Jena). Rita cresce num ambiente bilingue, seu pai é alemão, sua mãe russa. A habilidade linguística adquirida seria de enorme utilidade para a sua carreira. Streich viria a interpretar obras de Rimski-Korsakow e de outros compositores russos sem qualquer dificuldade.
Estuda canto em Augsburg e Berlim, com artistas importantes da época, entre eles, Paula Klötzer, Willi Domgraf-Fassbaender e Erna Berger que descobre e promove o talento de Rita. Em 1946, é convidada a integrar a companhia residente da Deutsche Staatsoper de Berlim. Estreia-se como Pajem no Rigoletto de Verdi. Nas temporadas seguintes, interpreta vários papéis, tais como a Olympia nos Contos de Hoffmann de Offenbach ou a criada Blonde no Rapto do Serralho de Mozart.
O seu percurso durante os anos 50 é notável: a soubrette cómica e, por vezes, insolente transforma-se num soprano de coloratura multifacetado e tecnicamente seguro. Streich domina um repertório vasto de obras de Mozart (Idomeneo, Così fan tutte, O Rapto do Serralho, a Flauta Mágica/Rainha da noite, as Bodas de Fígaro, Don Giovanni), Richard Strauss (O Cavaleiro da Rosa) ou Weber (Der Freischütz).
A opereta clássica sem Rita Streich – impensável! Refira-se as actuações como Adele no Morcego de Johann Strauss, ou os registos de televisão nos anos 60 no Zigeunerbaron (J. Strauss) ou Der Bettelstudent (Karl Millöcker).
A partir de 1974, ensina canto na Escola Superior Folkwang de Essen e dá aulas de Masterclass em Salzburgo. Entre 1983 e 1987, é directora do Centre du Perfectionnement d'Art Lyrique em Nice.
Rita Streich morre a 20 de Março de 1987 em Viena, vítima de um tumor cerebral.
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