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Para mim, no entanto, a métrica mais útil é a (o? os?) DALY - Disability Adjusted Life Years, uma métrica que determina o número de anos de vida saudável (ou seja, apresenta o tempo perdido devido a morte prematura e o tempo vivido sob o peso da doença). Em 2000, Portugal ocupava o 29º lugar do ranking, com 69.3 anos de DALY (note-se quão inferior a um valor médio esperado de 76, se se calcular a média ponderada das esperanças médias de vida - 8%!). Infelizmente este indicador ainda não permite fazer análises temporais, dado que é de cálculo recente (no entanto, dados similares apresentados pela OMS indicam um progresso de cerca de 3.6% entre 2000 e 2002, notável).
Para os mais curiosos, as principais causas de incapacidade de saúde em Portugal são as neuropsiquiátricas, seguidas das doenças cardio-vasculares e do cancro (a tabela seguinte apresenta a decomposição das dez principais causas para homens e mulheres, cortesia da OMS):
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Apenas uma nota para notar que as condições neuropsiquiátricas possuem a liderança na maior parte (se não todos?) os países da Europa Ocidental. Os dados mais recentes de DALY para Portugal podem ser consultados em http://www.euro.who.int/eprise/main/WHO/Progs/CHHPOR/burden/20050131_2
O 29º lugar do ranking é apenas uma posição -- pior do que 28 casos, melhor do que os demais. O progresso absoluto é que interessa; não é tanto uma competição, mas uma procura de nivelação - por cima.
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