
Os Estados Unidos antecipam-se. O público americano poderá ver o filme a partir de 26 de Dezembro deste ano, após sucessivos atrasos na estreia da película por parte da 20th Century Fox.
As filmagens que decorreram em Berlim e Bradenburgo em 2007/8 mereceram a atenção especial da comunicação social alemã. A narrativa - a preparação e o fracasso do atentado contra Hitler, na óptica de um realizador não alemão - já em si dificilmente passaria despercebida na Alemanha por motivos óbvios. Porém, a mediatização à volta do filme centrou-se quase exclusivamente no actor principal, Tom Cruise, que desempenha o papel de Claus von Stauffenberg. Vários foram os quadrantes político-sociais que contestaram a decisão a favor de Cruise. Não estiveram em causa os dotes artísticos do protagonista, mas, sim, o facto de Cruise pertencer ao movimento Scientology. No entender dos críticos, a imagem e a idoneidade de von Stauffenberg correm risco de serem denegridas por um actor que se assume como membro cientologista desde há anos.

Cabe então à realização de Bryan Singer (The usual suspects, Superman returns) e à dupla Nathan Alexander e Christopher McQuarrie, responsáveis pelo argumento, demonstrar essa capacidade. O elenco é notável: Cruise é acompanhado de Kenneth Branagh (Henning von Treschkow), Tom Wilkinson (Friedrich Fromm) e de David Bamber (Adolf Hitler). Nina von Stauffenberg fica a cargo da actriz holandesa Carice van Houten.

A expectativa e a curiosidade são naturalmente grandes. No entanto, dois aspectos afiguram-se-me positivos à partida: Hollywood, já por motivos de bilheteira, terá certamente todo o interesse em mostrar Claus von Stauffenberg como herói (e não como traidor a um regime, conforme alguns mentecaptos pensaram ao longo de muitos anos).
O segundo argumento a favor desta produção chama-se Philipp von Schulthess.
Perguntarão os leitores quem está por detrás deste nome tão sonante. É muito simples: o neto de Claus e Nina von Stauffenberg que representará o ajudante do oficial Henning von Treschkow.
2 comentários:
Bryan Singer é um excelente timoneiro no cinema, as expectativas são altas. E Tom Cruise saiu-se bem em "Magnolia", como diz o Filipe.
Tenho as maiores reservas em relação à Cientologia, mas de facto está tão entranhada em Hollywood que discriminar os actores a ela pertencentes iria parar muitas séries e filmes. Agora a verdade é que a Cientologia está proibida em vários países e por variadas razões.Outra verdade é que os seus "ensinamentos" equilibraram as vidas de muitas estrelas de Hollywood.Tom Cruise, como é sobejamente conhecido, foi subindo e subindo e é hoje um dos altos graus da Igreja da Cientologia.
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