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domingo, 7 de junho de 2009

Culto do Chá 2, Wenceslau de Moraes!

Ontem ofereceram-me o Culto do Chá de Wenceslau de Moraes (adopto o nome como vem transcrito). Wenceslau viveu em Macau entre 1891 e 1898, e no Japão em 1913, até à data da sua morte.
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“Eu bem pressinto que nada disto é para mim e que apenas se me concebe o direito de sorver-lhe a sedução num só relance de olhos, que pesa sobre a minha individualidade de forasteiro, em que apesar do quimono que visto, não me naturaliza e apenas me apresenta em tristes ares de mascarado”.

“O Japão é a terra das camélias: camélia japónica, lá diz o latinório dos botânicos. Quando nos fins de Novembro, começam os frios e as geadas e pouco tarda que as neves alvejem nos dorsos das montanhas, quando cessam as últimas florescências dos jardins, é então que começam ostentando-se as belas flores desta esplêndida família das camélias. (...) vêm as flores cuidadas, de luxo, variando em inúmeras formas, variando em inúmeros tons, desde o branco de leite até ao róseo quase negro. Então igualmente desabrocha a pequenina flor do chá, que também é uma camélia... ”

pág. 28 da obra citada.

"No Japão, toda a gente toma chá - ricos e pobres, nobres e plebeus - : bebe-se na ocasião das refeições e a toda a hora, a pequeninos goles. No lar, quando entra o visitante, oferece-se-lhe, após as reverências, uma almofada de regalo e uma chávena de chá."

Wenceslau de Moraes, O Culto do Chá, Lisboa: Padrões Culturais Editora, 2007 (1ª edição), p. 7 e 19, 32-33.

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