Prosimetron

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domingo, 11 de julho de 2010

Uma visão da poesia...

Só conheço uma visão da poesia inteiramente satisfatória; é a de Emily Dickinson quando diz que, em presença de um verdadeiro poema, se sente acometida de um frio tão grande que lhe dá a impressão de que nenhum fogo a conseguirá reaquecer.

E.M. Cioran, Do Inconveniente de Ter Nascido, Lisboa: Letra Livre, 2010, p. 47

Max Ernst - At the First Clear Word 1923

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A diferença entre o Desespero E o Medo - é como O instante do Naufrágio - E quando o Naufrágio se deu - O Espírito está calmo -nem um Movimento - Parado como os Olhos Na Cabeça de um Busto - Que sabe - que não pode ver. Emilly Dickinson, Poemas e Cartas, Lisboa: Cotovia, 2000, p.41.

Vivaldi, Bajazet (ou Tamerlano): ária do III acto "Svena, uccidi, abbatti, atterra"

Com um agradecimento ao Luís que trouxe à luz do dia este filósofo.

2 comentários:

LUIS BARATA disse...

Eu é que agradeço esta bela tríade.

ana disse...

Obrigada Luís,
É bom saber que gostou. Ando deliciada com Cioran embora, não concorde com todas as ideias plenamente. Faz-me lembrar Schopenhauer, de quem gostei muito há uns anitos atrás. Sei que este filósofo o influenciou.
:)