Prosimetron

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domingo, 26 de dezembro de 2010

Dezembro de 1969


The Cactus Flower (A flor de cacto) estreou-se nos Estados Unidos a 16 de Dezembro de 1969. Infelizmente desaparecido dos écrans televisivos portugueses, continua a integrar a programação natalícia de muitas estações estrangeiras. Por um mero (e feliz) acaso, tive a oportunidade de rever esta película brilhante ontem ao final do dia.

Julian Winston (Walter Matthau), dentista nova-iorquino bem sucedido, desmarca um encontro previsto com a sua amante de 21 anos, Toni Simmons (Goldie Hawn), que decide por isso suicidar-se. A tentativa falha, quando Igor Sullivan (Rick Lenz), vizinho e escritor promissor, salva Toni a tempo. Apesar da sua condição de solteiro, Winston fingiu ser casado e pai de três filhos, para evitar um compromisso duradouro. Impressionado pelo acto de Toni, considera então casar-se com ela. Todavia, a jovem amante, “perseguida” de remorsos, insiste em conhecer a esposa (não-existente) de Winston que recorre então à ajuda da sua secretária, Stephanie Dickinson (Ingrid Bergman). Stephanie que, há dez anos, alimenta uma paixão pelo chefe não correspondida, desempenha o papel de esposa de forma tão convincente que Toni repondera a sua relação com Julian Winston que, por sua vez, descobre em Stephanie não só a ajudante profissional perfeita, como também a mulher ideal para a vida.


Esta comédia engraçadíssima sob a realização de Gene Saks, baseada no livro “Fleur de cactus” de Pierre Barillet e Jean-Pierre Grédy, adaptada posteriormente para a Broadway com a participação de Lauren Bacall, narra as peripécias de um solteirão que finalmente se move a dar o nó. Sobretudo, o triunvirato composto por Matthau/Bergman/Hawn é isuperável no seu charme, humor e nas suas fragilidades humanas a que o espectador difícil ou impossivelmente resiste. A frescura de Goldie Hawn valeu o Óscar para melhor actriz secundária e um Golden Globe. Walter Matthau, como dentista no limite das suas capacidades amorosas, e Ingrid Bergman a representar uma Stephanie amargurada, compõem uma dupla imbativelmente deliciosa.

A interpretação grandiosa, bem como um argumento inteligente, recheado de diálogos com piada e subtileza, tornam The Cactus Flower num autêntico evergreen do género cómico. Da banda sonora, criada por Quincy Jones, segue o tema principal The Time for Love is Anytime na interpretação de Sarah Vaughn.
Enjoy!


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2 comentários:

MR disse...

Não me lembro deste filme; da canção de Sarah Vaughn, claro. Eu esperei um dia, há muitos anos, até às 4h00 da manhã, para a ouvir cantar. O avião atrasou-se. Eu e mais uns milhares. Fomos contemplados, como imaginam, com um grande espectáculo.

ana disse...

Não vi este filme mas gosto muito de Ingrid Bergman, bem como de Matthau.
A música de Sarah Vaughn é linda e apropriada!
Boas Festas, Filipe!