Prosimetron

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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Leituras na pandemia - 33

Porto: Afrontamento, 2018

«No final de 1962, criava-se a Frente Patriótica de Libertação Nacional na Conferência das Forças Antifascistas Portuguesas realizada em Roma. Pela mesma altura, começava a formar-se um novo núcleo do exílio português na recém-independente Argélia, onde acabou por se instalar a delegação da FPLN no exterior. Uma opção de inegável significado político, consentânea com dois dos temas quentes que animavam o debate travado na oposição portuguesa: a prioridade a atribuir à questão colonial e a adopção de novos métodos de luta contra a ditadura salazarista, como a luta armada. Nos últimos dias de Junho de 1964, Humberto Delgado chegava a Argel para assumir a presidência da FPLN, quando o ambiente entre os portugueses estava já muito crispado, com graves diferendos pessoais a misturarem-se com a radicalização das posições políticas. Um conflito em que rapidamente se envolveu, acabando por romper com a Frente. Terminava aqui a primeira fase da história da FPLN.» (Da contracapa)
Muitos dos exilados que se vão encontrar na Argélia estiveram antes em França, em Roma e no Brasil. O livro trata também das relações destes exilados com os grupos de portugueses existentes nesses países e como algumas dessas relações não eram fáceis, dado agregarem diversas fações com diversas visões políticas, para além dos temperamentos pessoais.
O livro é fruto da tese de doutoramento de Susana Martins e está muito bem fundamentado. Gostei,  talvez porque é uma temática que me interessa muito. Levei algum tempo porque a leitura (também fruto da muita fundamentação) não é fluída.

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