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terça-feira, 19 de março de 2024

Leituras no Metro - 2924

Barcarena: Presença, 2022

Este livro devia chamar-se Destruir livros, já que não trata só da queima de livros. Muitos livros destruídos, por questões religiosas e outros vendidos a peso para empastamento de encadernações. Por isso hoje muitos tesouros são descobertos nas encadernações.
Richard Ovenden foi durante 25 anos  bibliotecário da Biblioteca Bodleian de Oxford. Escreveu esta magnífica história da destruição dos livros desde a antiga Alexandria até à atual Sarajevo. Começa com a mais famosa queima de livros que teve lugar em 10 de maio de 1933, na Alemanha nazi.
Assim traduziu Nuno Quintas: «A palavra "bibliotecário" deriva do latim librarius, de liber, que significa "livro".» (p. 17) Esta frase fez sentido ao tradutor?
Ora a palavra que deriva de librarius é a palavra inglesa librarian que deve estar na edição original. Bibliotecário deriva de bibliothecarius, uma palavra latina que deriva da palavra grega biblion; com o sufixo latino theca que também deriva do grego thékê.
Apesar desta 'distração' do tradutor, gostei do livro. Aprendi algumas coisas até sobre a Bodleian, que nunca visitei. Quem a formou? Foi este senhor:

Nicholas Hilliard - Retrato de Sir Thomas Bodley (1545-1613)

12 comentários:

Cláudia Ribeiro disse...

Tenho este livro à espera para ser lido.
Bom dia!

Maria disse...

Parece interessante, apesar da "distração".
Bom dia!

Mª Luisa disse...

¡ Qué ...no sé ni qué palabra utilizar! Ignorancia ...
Yo he oído contar en casa que en un lugar próximo, los padres azotaban a las hijas que querían ir a la escuela.Triste.
Parece interesante este libro.
Bom dia!

APS disse...

Só lembrar que a Biblioteca Bodleian integra uma boa parte do saque que o Conde de Essex fez sobre o acervo de livros do falecido Bispo de Silves, Jerónimo Osório, oferecendo-os depois a Thomas Bodley, que fundou a Biblioteca em Oxford, por volta de 1602.
Quanto a tradutores, estamos conversados...
Bom dia!

MR disse...

Obriagda pelas achegas.
Bom dia para todos.

Pini disse...

Se me viene a la imaginación la película " Fahrenheit, 451 ", que trata sobre este tema de la quema de libros.
Boa tarde

MR disse...

Exato. Um dos únicos livros e filme de ficção científica que li e vi. Ambos muito bons.
Boa tarde!

Justa disse...

Comentaba en el blog de Marisa que cuando se habla de quema de libros siempre se me viene a la memoria la quema de la biblioteca de don Quijote y la de libros del año 1933 en la Opemplatz de Berlín, que tú comentas aquí. Seguro que los ejemplos son interminables, porque desde que el libro existe es un peligro para la expansión de ideas en los sistemas totalitarios.

Apertas de tarde primaveral.

bea disse...

Há na verdade livros que deveriam ser eternos. E a queima de livros, como a do filme acima sugerido, impressiona. Mas também existem muitos livros que são maus, estão mal escritos; além disso, faltam aqueles factores que nos fazem dar o tempo gasto a lê-los e o papel que os compõe por bem empregue. Em crise de espaço, não se me dava queimá-los se acaso os tivesse.
Ainda gostava de saber o que fazem as grandes empresas do livro aos exemplares que não vendem. Exceptuo as edições de autor que, salvo rara excepção, terminam como empecilho na casa do próprio.

MR disse...

Justa,
Um acontecimento horrível que pensa´vamos não voltar a ver, mas os homens são pouco tolerantes.

Bom dia para as duas.

Jad disse...

Obrigado

MR disse...

Bom dia!