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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Munch no Palazzo Reale de Milão


Decorridos precisamente quarenta anos desde a última exposição de quadros de Edvard Munch (1863 – 1944) em Milão, assinala-se agora um regresso triunfal do pintor norueguês à metrópole lombarda. Cerca de 100 obras, provenientes do Munch Museum de Oslo, compõem uma retrospetiva que se encontra no Palazzo Reale. Munch, intérprete por excelência das inquietudes da alma humana, evidenciou em todo o seu percurso temas universais como o amor, a morte ou a ansiedade nos seus quadros e desenhos. Sua vida foi marcada por lutos e dores, desde a sua infância difícil à relação conturbada com a noiva Tulla Larsen.

Esta exposição em Milão procura contudo explorar também o lado mais íntimo e menos conhecido do pintor, com enfoque na viagem que realizou a Itália e que o influenciou. Em Roma, admirou as obras renascentistas e pintou a campa do seu tio, sepultado no Cemitério dos Ingleses (cimitero acattolico) da capital italiana. Em Florença, realizou uma cópia do autorretrato de Rafael.

Aliás, aos seus autorretratos é dedicada uma secção nesta exposição em curso. Das restantes obras expostas destaca-se uma versão litográfica do "Grito" (1895) e uma versão de 1927 das "Raparigas na ponte" (na imagem).

 

          Palazzo Reale, Milão, até 26 de janeiro de 2025

 

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