Um pouco independentemente do natural (e, como é óbvio, legítimo e, até, saudável) destaque atribuído ao volume em apreço, cujo Autor tenho, no entanto, o elementar direito de não apreciar, aproveito o ensejo para recordar que, há cinco décadas, no centro da "Capital do Império", não aconteceu, apenas, a importante "manifestação-comício", que o PS promoveu, em 19 de Julho, na ALAMEDA Dom Afonso Henriques [cf., por ex., Adelino GOMES e J. Pedro CASTANHEIRA, "Os Dias Loucos do PREC (Do 11 de Março ao 25 de Novembro de 1975)", ed. PÚBLICO e Expresso, 2006, pp. 211-212)].
Se porventura não quisermos apagar, selectivamente, a nossa memória (individual e colectiva) do período revolucionário, que marcou, de forma decisiva, os distantes anos juvenis de muito(a)s de nós, enquanto Cidadãos (mais ou menos) activos, será inevitável evocar, também, mesmo "en passant", o particular impacto do memorável "grande comício" que, enchendo, na véspera - 18 de Julho -, a Praça de Touros do CAMPO PEQUENO, assinalou não só a libertação de quase meia centena de militantes e apoiantes do MRPP (inclusive, do seu histórico fundador e 1.º Secretário-geral, ARNALDO MATOS), presos pela "nova PIDE", aquando da selvagem "operação" do 28 de Maio [de 75], como, ao mesmo tempo, assegurou as condições mínimas de regresso à liberdade formal do referido Movimento, de facto tão legal como quaisquer outros Partidos concorrentes às "primeiras eleições, livres e justas", nas quais, contudo, foi impedido de participar pelos responsáveis da então "democrática" ditadura político-militar!...
No exacto momento em que o 2.º Canal a televisão (ainda!) pública nos oferece a transmissão, indispensável, do último Festival "AO LARGO", não posso deixar de exprimir os votos cordiais de um agradável fim-de-semana para todo(a)s.
Não conheço o autor, nem o livro, mas ainda pode ser que o folheie. O marcador foi-me oferecido. Como já não sou jovem, o dia 25 de Abril foi o mais feliz da minha vida. Esperemos não voltar a esse país horrível que, fazendo uso das novas tecnologias, seria ainda muito pior. Bom domingo!
Ausente da "blogosfera" e do próprio computador, durante largas horas (por razões de carácter particular, que não cabem aqui), só agora tenho oportunidade de assumir, com espontânea humildade, uma inadiável RECTIFICAÇÃO.
Na verdade, ao contrário do que, por muito lamentável lapso pessoal, deveras estranho, escrevi neste conceituado espaço, não foi "quase meia centena" a quantidade de presos políticos Comunistas, vítimas da ditadura "democrática" de 1975; o seu número ascendeu a QUASE MEIO MILHAR - mais precisamente, 432 Cidadãos!!! -, pessoas cujo único "crime" residia no seu firme (e coerente) combate por uma sociedade nova, solidária e fraterna, liberta dos poderes contra-revolucionários instalados, no seio dos quais pontificavam os falsos Marxistas...
6 comentários:
Um comício decisivo!
A partir daqui quase todos os dias estávamos na rua. Para além disso, devíamos estar muito elegantes com as distâncias que percorríamos.
Bom sábado!
Um pouco independentemente do natural (e, como é óbvio, legítimo e, até, saudável) destaque atribuído ao volume em apreço, cujo Autor tenho, no entanto, o elementar direito de não apreciar, aproveito o ensejo para recordar que, há cinco décadas, no centro da "Capital do Império", não aconteceu, apenas, a importante "manifestação-comício", que o PS promoveu, em 19 de Julho, na ALAMEDA Dom Afonso Henriques [cf., por ex., Adelino GOMES e J. Pedro CASTANHEIRA, "Os Dias Loucos do PREC (Do 11 de Março ao 25 de Novembro de 1975)", ed. PÚBLICO e Expresso, 2006, pp. 211-212)].
Se porventura não quisermos apagar, selectivamente, a nossa memória (individual e colectiva) do período revolucionário, que marcou, de forma decisiva, os distantes anos juvenis de muito(a)s de nós, enquanto Cidadãos (mais ou menos) activos, será inevitável evocar, também, mesmo "en passant", o particular impacto do memorável "grande comício" que, enchendo, na véspera - 18 de Julho -, a Praça de Touros do CAMPO PEQUENO, assinalou não só a libertação de quase meia centena de militantes e apoiantes do MRPP (inclusive, do seu histórico fundador e 1.º Secretário-geral, ARNALDO MATOS), presos pela "nova PIDE", aquando da selvagem "operação" do 28 de Maio [de 75], como, ao mesmo tempo, assegurou as condições mínimas de regresso à liberdade formal do referido Movimento, de facto tão legal como quaisquer outros Partidos concorrentes às "primeiras eleições, livres e justas", nas quais, contudo, foi impedido de participar pelos responsáveis da então "democrática" ditadura político-militar!...
No exacto momento em que o 2.º Canal a televisão (ainda!) pública nos oferece a transmissão, indispensável, do último Festival "AO LARGO", não posso deixar de exprimir os votos cordiais de um agradável fim-de-semana para todo(a)s.
Não conheço o autor, nem o livro, mas ainda pode ser que o folheie. O marcador foi-me oferecido.
Como já não sou jovem, o dia 25 de Abril foi o mais feliz da minha vida. Esperemos não voltar a esse país horrível que, fazendo uso das novas tecnologias, seria ainda muito pior.
Bom domingo!
Ausente da "blogosfera" e do próprio computador, durante largas horas (por razões de carácter particular, que não cabem aqui), só agora tenho oportunidade de assumir, com espontânea humildade, uma inadiável RECTIFICAÇÃO.
Na verdade, ao contrário do que, por muito lamentável lapso pessoal, deveras estranho, escrevi neste conceituado espaço, não foi "quase meia centena" a quantidade de presos políticos Comunistas, vítimas da ditadura "democrática" de 1975; o seu número ascendeu a QUASE MEIO MILHAR - mais precisamente, 432 Cidadãos!!! -, pessoas cujo único "crime" residia no seu firme (e coerente) combate por uma sociedade nova, solidária e fraterna, liberta dos poderes contra-revolucionários instalados, no seio dos quais pontificavam os falsos Marxistas...
"Mea culpa"!
Boa semana!
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