Recebi este poema, resolvi partilhá-lo. Um bom dia!

x
A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas (1-10-1917)
A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as coisas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em um ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
x
Alberto Caeiro, "Poemas Inconjuntos", em Obra Poética, ed. lit. Aliete Galhoz, Aguilar, 8ª edição, 1986, p. 173.
x
Alberto Caeiro, "Poemas Inconjuntos", em Obra Poética, ed. lit. Aliete Galhoz, Aguilar, 8ª edição, 1986, p. 173.
Sem comentários:
Enviar um comentário