Prosimetron

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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Leituras no Metro - 82


Duas hipóteses de leitura de Fernando Pessoa dos autores de que ele fala.

Costa Pinheiro - Fernando Pessoa ele-mesmo com a minha chávena de café, um pincel e um lápis meus e a sua caneta, 1980

«Um dos poucos divertimentos que ainda restam ao que ainda resta de intelectual na humanidade é a leitura de romances policiais. Entre o número áureo e reduzido das oras felizes que a Vida deixa que eu passe, conto por do melhor ano aquelas em que a leitura de Conan Doyle ou de Arthur Morrison me pega na consciência ao colo.
«Um volume de um destes autores, um cigarro e 45 ao pacote, a ideia de uma chávena de café - trindade cujo ser-uma é o conjugar a felicidade para mim - resume-se nisto a minha felicidade. Será pouco para tanto, é verdade. É que não pode aspirar a muito mais uma criatura com sentimentos intelectuais e estéticos o meio europeu actual.»
Fernando Pessoa
In: Escritos autobiográficos, automáticos e de reflexão pessoal. Lisboa: Assírio & Alvim, 2003, p. 150-151

3 comentários:

APS disse...

Martin Hewitt não conhecia eu, mas Conan Doyle é sempre um bom exercício mental. Além disso, também era nativo dos Gémeos, como Pessoa...
Bom dia!

ana disse...

Li muitos livros do Conan Doyle.
Muito interessante etas hipóteses de leitura!
Boa tarde. :)

MR disse...

Tb desconheço este Arthur Morrison. Hei-de ver se está traduzido.