Elefante
(...)
Eis o meu pobre elefante
pronto para sair
à procura de amigos
num mundo enfastiado
que já não crê em bichos
e duvida das coisas.
Ei-lo, massa imponente
e frágil, que se abana
e move lentamente
a pele costurada
onde há flores
de pano
e nuvens,
alusões
a um mundo
mais poétio
onde o amor
reagrupa
as formas naturais
(...)
Carlos Drummond Andrade, Elefante declamado por Paulo Autran
3 comentários:
tão verdadeiro...
tão actual...
ou melhor
INFELIZMENTE tão verdadeiro e tão actual!
Mas tão bonito!
É uma busca que não tem fim.
Beijinhos
Cláudia,
É verdade... mas é muito bonito!
Foi o comentário de um anónimo que me fez lembrar este poema por causa dos versos brancos.:)
Beijinho e bom Bairro dos Livros pois "ler é fixe". :)
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