Prosimetron

Prosimetron

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Gaudí e o Parque Güell!

Parque Güell, Barcelona
Gaudí e o Parque Güell

Antoni Gaudí é o arquitecto que escolho em segundo lugar.
Há duas obras de grande relevo ligadas a este arquitecto: o Parque Güell e a Sagrada Família.
Focar-se-á só a primeira, Gaudí começou a construção do Parque em Junho de 1900 e terminou 14 anos depois. O objectivo era construir um jardim das delícias catalãs para 60 famílias da alta burguesia. Esta obra confere ao arquitecto a genialidade e excentricidade muito avançada para a época. Gaudí inovou nas estruturas, na complexidade do desenho, nas formas fantásticas e na simbologia expressa em cada edifício, escadarias, jardins, nos materiais multicolores … Certos autores designaram-no de surrealista. Contudo, hoje há outros que rejeitam esta ideia, refutando-a com a posição de que ele foi fruto de uma sociedade em fase de industrialização e aliado a um grupo de empresários, teólogos e artistas que tentavam converter a Catalunha numa utopia industrial de trabalhadores cristãos e empresários patriarcais.
Eusebi Güell, protector de Gaudí, fundou a Companhia General dos Asfaltos i Portland e introduziu o cimento em Espanha em 1901. Ele e um círculo de amigos estiveram vinculados ao projecto de Gaudí.
Este grupo era defensor do “renacimiento medieval que se vivia em toda a Europa, estos catalanes patrocinaban agrupaciones corales, Jocs Florals y outros certâmenes artísticos seudomedievales, con el ánimo de restaurar la cultura tradicional”. Guell e Gaudí esforçaram-se para “los deseños del parque sugerien la búsqueda di una síntesis: la fantasia y vistosidad de las exposiciones contemporâneas proporcionarían a un tiempo diversión y sabeduría espiritual.” Güell e Gaudí descobriram um novo tipo de paisagem: foram responsáveis pela criação de diversos tipos arquitectónicos, desde o retiro comunitário como o jardim de recreio, o passeio comercial, o claustro monástico (Convento-colégio das Teresianas, em Barcelona). Na realidade, eles pretendiam que o Parque Güell fosse um paradigma da sociedade orgânica.

Teatro Grego: Parque Güell, Barcelona


O Teatro Grego agrega no seu espaço interior 86 colunas dóricas com uma altura de 6 metros. É impressionante, foi o local que mais me atraiu. Não sabemos se estamos perante um teatro ou um Templo. As colunas não são apenas um capricho estilístico elas suportam todo o peso da terra do terraço e os bancos ondulantes. Kent e Prindle fazem a analogia destas colunas com os templos egípcios e gregos e com um bosque, o que é absolutamente verdade. O naturalismo de Gaudí segue a corrente da Arte Nova em voga no seu tempo.

KENT, Conrad & Dennis Prindle – Hacia la arquitectura de un Paraíso, Madrid: Herman Blume Ediciones, 1992, p. 9-15. (Os autores deste livro são filólogos humanistas de Ohio Wesleyan University).

2 comentários:

ana disse...

Faço aqui uma correcção:
O naturalismo de Gaudí segue a corrente da Arte Nova em voga no seu tempo.

Luís Barata, será que há maneira de corrigir o texto sem ter que o apagar?
É que ao apagar tenho que construir tudo de novo, ou seja importar as imagens e compor o texto.
Às vezes só vejo as gralhas quando está editado.

Anónimo disse...

Gostei bastante do Parque Guell.
M.