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o momento de interromper o ruído
da água. Morder os lábios no começo
da manhã! Pensar que és quem eu quero!
A tua pele vai entre sombras, azul,
vai tocar violetas, cardos, nomes
assassinos. Veia azul descobrindo
no mapa o ponto frágil, deitando
a perder o que julgavas ganho. Morder
os lábios e por uma vez negar-te.
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- Hélder Moura Pereira, DE NOVO AS SOMBRAS E AS CALMAS, Poesia 1976/1990, Contexto, 1990.
3 comentários:
Gosto bastante da poesia do Hélder Moura Pereira.
M.
Bonito poema e fotografia fantástica.
Bairro Alto, Lisboa.
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