Prosimetron
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Boa noite!
O absurdo em filme.
Um bom sinal?
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Txacoli
El Gordo
R. de S. Boaventura, 16
Lisboa
http://www.elgordo.com.br/localizacao_elgordo.php
Ontem ia com uns amigos jantar no El Gordo e demos com o nariz na porta. Fechado, com aspecto de ter acabado. Mas continua com site na net.
O El Gordo II, agora chamado El Tapas (na Trav. dos Fiéis de Deus, 28), não vale o que valia este El Gordo primitivo.
Não sei se lá voltaremos - a não ser que peçamos primeiro a carta de vinhos -, apesar da qualidade das entradas.
O adversário secreto: a minha próxima leitura
Lisboa: Livros do Brasil, 1953. (Vampiro; 43)
Capa de Cândido Costa Pinto.
€15,00 num alfarrabista.
Lisboa: Livros do Brasil, 1979. (Vampiro Gigante; 1)
Capa de António Pedro.
Tenho vários desta colecção. Espantosamente falta-me o primeiro. Tê-lo-ei emprestado?
Dedicado pela autora «A todos os que levam uma vida monótona, com votos de que possam experimentar, embora em segunda mão, os encantos e os perigos da aventura.»
Um Céu Azul
Wassily Kandinsky, O Espiritual na Arte, Lisboa: D. Quixote, 2010 (8ª ed e trad de Maria Helena de Freitas)p.57-58.
Este livro foi uma prenda de Natal que também alimenta o espírito.
Alerta laranja
Novidades - 162 : Arte e Loucura
PENSAMENTO(S) - 151
- Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama do Tibete.
" Eu só disse a verdade", " Só estou a dizer a verdade"- frases que ouço, e se calhar todos vamos ouvindo, e que têm o condão de me irritar pois por vezes são meros pretextos para um exercício aparentemente "limpo" de crueldade, brutalidade ou desrespeito. Concordo com o chefe supremo do budismo tibetano: o melhor é doseá-la com piedade. Ou melhor ainda: há situações em que uma mentira piedosa é moralmente preferível a uma verdade inconveniente.
Mais franceses : Emily Loizeau
Cinenovidades - 163 : The Warrior's Way
Para a Passagem de Ano - 2
Porque não usar na última noite do ano este modelo da Casa Roger Vivier? Pele genuína pois claro, decorada com penas de avestruz coloridas. O que são uns meros €1800?...
1910 - 26
Paul Bowles, escritor e compositor, nasceu a 30 Dezembro de 1910, em Queens (Nova Iorque).
http://www.taprobaneisland.com/history.html
Uma curiosidade: Paul Bowles comprou a ilha de Taprobana, em 1952, onde viveu vários anos, alternando com estadas em Marrocos.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Mais franceses : Albin de la Simone
Tudo o que sei...
O filme é de uma beleza inquietante.
Christopher Plummer, right, as Leo Tolstoy, and James McAvoy as his secretary, in Michael Hoffman's “Last Station.”
Números - 37
milhões de euros, é o número calculado pela Nielsen relativamente aos lucros dos livros de receitas do Jamie Oliver, sendo certo também muitos nossos compatriotas,e gente de muitos outros países, já contribuiram para esta soma espantosa. E o último livro do Jamie, que promete ensinar a fazer refeições satisfatórias em apenas meia-hora, já vendeu quase 750.000 cópias no Reino Unido e foi lançado há relativamente pouco tempo.Se pensarmos que ele tem apenas 35 anos e imensa energia...
IN MEMORIAM Jacqueline de Romilly
Senhora de um currículo impressionante- professora da Sorbonne, foi a primeira mulher a ensinar no Collége de France (1973), dois anos depois foi também a primeira mulher eleita para a Académie des inscriptions et belles-lettres (presidindo a esta em 1987) e foi a segunda Imortal ( a primeira foi Yourcenar como se devem lembrar ), ocupando desde 1989 a cadeira nº7 da Académie Française-, a sua morte deixa realmente mais pobre a França e quem se interessa pela Grécia Antiga. Ficam, no entanto, os seus quarenta livros, um monumento de exegese da cultura grega antiga.
Cinenovidades - 162 : Uma comédia doce...
Será um beijo apenas um beijo?
Um beijo que fez história. Um beijo que deixou marcas.
A estreia de Marrocos a 24 de Novembro de 1930 ocorreu no Grauman's Chinese Theatre.
Marlene Dietrich canta com a sua voz sensual l'amour est fini.... acaba por parar em frente de uma jovem atraente a quem retira a flor do cabelo e a quem beija na boca, mas a flor vai voar com outro beijo para as mãos de Gary Cooper.
Uma cena com oitenta anos...
O chá das cinco - 16
Heróis da Literatura - IV
Não tenho um herói de literatura. Tenho vários... e quase todos eles com algo em comum .
O que gosto neles. A alegria, o ar elegante, o carro desportivo – tudo o que eu gostava de ter. E o gosto, ou a imaginação, para fundar uma agência de detectives ou a ânsia do descobrir... Sim, para mim, o descobrir constitui o principal objectivo de tudo quanto gosto de fazer.
A vida do casal acompanha a vida mundana da sociedade. Namoram, casam, têm um filho (Derek) e vão envelhecendo. São heróis quase humanos.
Desenho de Arthur Ferrier
The Grand Magazine (Dezembro de 1923)
Pequenos monstros do nosso tempo... - 7
Num pacote de açúcar
Margarida Rebelo Pinto
Heróis da Literatura - 3
( Este belo epitáfio consta de uma carta escrita em Junho de 1673 por Luís XIV para a sua mulher, Maria Teresa de Áustria, após o cerco de Maastricht. )
PENSAMENTO(S) - 150
Young Hearts Run Free
La dernière mode
Sairam oito números, entre Setembro e Dezembro de 1874. A revista tinha várias secções que cobriam diversas áreas, como teatro, ópera, dança. música, culinária, decoração de interiores, para além (claro!) de moda e história da moda.
Uma ilustração de La derniére mode.
Ed. facsimilada. Paris: Ramay, 1978
Trad. inglesa.
Oxford: Berg Publishers, 2004
Vinheta : Peónias
O Paraíso
http://universitas.usal.es/web/fundacion/postgrado/argentina/biblioteca/Biblioteca_Universidad.jpg
«não será o paraíso uma imensa biblioteca?»
Gaston Bachelard
«O Paraíso é uma biblioteca».
Jorge Luís Borges
(Cit. in Jacques Bonnet - Bibliotecas cheias de fantasmas. Lisboa: Quetzal, 2010, p. 20)
Gosto destas definições de paraíso!
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Boa noite!
Ontem à procura de um CD para oferecer, encontrei esta cantora norueguesa, presentemente a viver em Estocolmo.
Para Regiani Moraes...
A torre dos cães
Le cygne
Bolonha : o Caos
Salvador Dali : "Geopoliticus Child Watching the Birth of the New Man"(1943)
Vitorino Magalhães Godinho, Os problemas de Portugal, os problemas da Europa, 2.ª ed., Lisboa, Edições Colibri, 2010, p. 62.
Arejar...
Sambataro - Terrace at Chianti
Sambataro - Terrace at Vitiano
Ainda os cartões de Natal...
Uma das prendas mais belas que recebi este Natal!
Um quadro por dia - 122
Para grande parte do mundo cristão, designadamente os católicos-romanos, 28 de Dezembro é o Dia dos Santos Inocentes, os primeiros mártires cristãos, as crianças inocentes mandadas matar por Herodes, que acima vemos sentado no seu trono.
Este episódio bíblico foi tratado por grande número de artistas ao longo dos séculos, de Guido Reni a Rubens, mas a minha escolha recaíu sobre a visão de di Giovanni, que penso ser uma tela menos conhecida.
Novidades - 161
É a Internet o palco deste thriller que me foi oferecido por estes dias. Trata-se do mais recente romance da Joanne Harris, a autora de um grande sucesso de anos recentes (Chocolate), e mostra tudo o que podemos fazer aos outros através da Internet, mas também o que os outros nos podem fazer...
E começa assim:
Era uma vez uma viúva que tinha três filhos que se chamavam Preto, Castanho e Azul. Preto era o mais velho, mal-humorado e agressivo. Castanho era o do meio, tímido e desinteressante. Mas Azul era o preferido da mãe. E era um assassino.
Uma dúzia de páginas depois:
Internet. Uma palavra interessante. Como uma coisa surgida do abismo. Uma rede para algo que foi enterrado ou que ainda está para ser enterrado; um esconderijo para todas as coisas que preferimos manter secretas nas nossas vidas reais. E no entanto, gostamos de observar, não gostamos? Como num espelho, de maneira confusa, vemos o mundo girar: um mundo povoado de sombras e reflexos, nunca a mais de um clique de rato de distância. Um homem mata-se- ao vivo, em directo. É repugnante mas estranhamente fascinante. Interrogamo-nos se foi fingimento. Pode ser fingimento; tudo pode ser. Mas tudo parece muito mais real quando observado num ecrã de computador. Assim, mesmo as coisas que vemos todos os dias- talvez particularmente essas coisas-adquirem uma importância especial quando vislumbradas através do olho de uma câmara.
Aquela rapariga, por exemplo. A rapariga do anoraque vermelho-vivo que passa por minha casa quase todos os dias, fustigada pelo vento e alheia ao olho da câmara que a observa. Tem, como eu, os seus hábitos. Conhece o poder do desejo. Sabe que o mundo gira não movido pelo amor, nem mesmo o dinheiro, mas pela obsessão.
Obsessão? Claro. Todos somos obcecados. Obcecados com a televisão; com o tamanho das nossas pilas; com o dinheiro e a fama e as vidas amorosas dos outros. Este mundo virtual-e nada virtuoso- é um monte de estrume fedorento de lixo mental, confusão e violência; concessionários automóveis e venda de Viagra, música, jogos, má-língua, mentiras e insignificantes tragédias pessoais perdidas em trânsito a certa altura, à espera que alguém se importe, apenas uma vez, à espera que alguém se identifique...
Sem querer abusar da vossa paciência, não resisto, porém, a citar o último parágrafo da p. 22:
O poeta Rilke foi morto por uma rosa. Muito Sturm und Drang da parte dele. Um arranhão num espinho que infectou; uma dádiva envenenada que continua a dar. Pessoalmente, não vejo onde esteja a atracção. Sinto mais afinidades com a tribo das orquídeas: as subversivas do mundo das plantas, agarrando-se à vida onde podem, subtis e insidiosas. As rosas são um lugar-comum, com as suas espirais de um tom de rosa enjoativo, de pastilha elástica; a sua fragrância conspirativa; as suas folhas malsãs, os seus espinhozinhos manhosos que picam o coração...
Ó rosa, estás doente...
Mas não estamos todos?
É uma edição da Asa, com tradução de Isabel Alves.