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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Pensamento ( s )



(...) Os editores começaram a publicar o sabor do mês, a jovem promessa, e os críticos a considerar génio todo o autor ignoto que não lhes ameaçasse a sapiência ou preponderância. O mundo editorial povoou-se de nulidades que criaram a sua legião crítica. Aspirantes acreditaram-se consagrados. Aqui ou em Manhattan . E a tecnologia e a rede, democratizando a informação, propondo a indiferenciação algorítmica como método científico, deram o golpe de misericórdia. O Google não quer saber o que distingue um amor de Swann do " Swan Lake ". O conhecimento tornou-se uma ficha bem ou mal tirada .

- Clara Ferreira Alves, in Expresso de há quinze dias .

2 comentários:

Rui Luís Lima disse...

A crítica só escreve sobre as novidades; os critérios editoriais deixam muito a desejar; o formato de bolso em Portugal é praticamente inexistente; as livrarias desaparecem e dão lugar a "comes e bebes para turista"; os destaques livreiros nos espaços comerciais tem regr$s e assim vão navegando as letras neste dia mundial do livro.
Bom dia!

bea disse...

Pesa-me dizê-lo, mas bem me parece que a Clara tem razão.