Prosimetron

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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Que bom!

Georg Flegel - Natueza morta com ovos e cravo

Na Casa da Achada

Alguma liberdade se forjou nos cafés durante o fascismo? Que cafés eram esses? Onde ficavam? Quem os frequentava? Bebia-se, comia-se? De que se falava? O que se «conspirava»? Havia hora marcada? E hoje, ainda existem? Para esta conversa convidámos Jorge Almeida Fernandes, Lia Gama, Miguel Serras Pereira e outros. E também vamos falar das tertúlias de Mário Dionísio.

No ciclo «À mesa» a Casa da Achada propõe que se pense e se discuta a mesa - a sua importância e utilidade nas nossas vidas. A comida também é tema de discussão e os pratos uma parte importante na nossa alimentação, como estamos uns com os outros, como comemos em conjunto. Faltam-nos pratos e vamos fabricá-los nesta oficina de cerâmica com Susana Baeta. Para todos com mais de 8 anos. 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Concertos no Casino Estoril


Uma cerveja

Johann Wilhelm Preyer - Bock beer,  1839

Vieira da Silva e Arpad Szenes

As duas exposições: Vieira da Silva  na Capela do Tesoureiro 
escrita íntima - Arpad Szenes- Vieira da Silva - inserem-se no 7º Festival das Artes, organizado pela Fundação Inês de Castro, em Coimbra.

A primeira exposição está patente até 27 de Julho de 2015 e a segunda até 17 de Setembro de 2015, no Museu Machado de Castro.

Vieira da Silva na Capela do Tesoureiro. A exposição estará patente até 27 de Julho.


Vieira da Silva, Composition, 1936

Vieira da Silva, Cycle de Saisons, 1960

Visão das duas obras na capela do Tesoureiro

Vieira da Silva, Londres, 1959

Vieira da Silva, Instrument de musique, 1971
Visão do andar de cima - Sala da pintura

 Imagem escrita íntima do site do museu


«Escrita Íntima: Cartas e Desenhos, mostra correspondência trocada entre Arpad Szenes e Vieira da Silva, na sua maioria desenhos e cartas íntimas deste casal de pintores, escritas num francês cheio de códigos e léxicos muito próprios. Estará patente até 17 de setembro.

Vieira da Silva era portuguesa e Arpad Szenes húngaro. As cartas que acompanham a exposição, escritas num francês, estrangeirado, revelam uma linguagem peculiar, com códigos e léxicos próprios. São documentos com um valor biográfico significativo que favorecem o conhecimento da personalidade de ambos e que ajudam à compreensão da produção artística, aqui apresentada.

As duas exposições são uma parceria do Museu Nacional de Machado de Castro, Fundação Inês de Castro , Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, e Santander Totta.

Curadoria : Marina Bairrão Ruivo, directora do Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva.»
Site do MNMC


terça-feira, 21 de julho de 2015

Sempre rápido

Marco Fabiano

Frase da semana ( que passou )


Ser um excelente economista não significa necessariamente ser um bom político.

- Disse Alexis Tsipras precisamente há uma semana sobre o seu ex-ministro das Finanças, o muito mediático Varoufakis, reconhecendo na mesma entrevista que foram cometidos erros pelos gregos durante os longos meses de negociações com os demais parceiros europeus.

Sobre tudo isto, tenho-me lembrado de um provérbio português : Entradas de leão ...

Humor pela manhã


E em latim, para variar :)

Bom dia !





Vídeo de apresentação do novo disco de Nathalie Stutzmann, dedicado às personagens secundárias das óperas de Haendel.

Passeio em Versalhes

A composição do lenço é inspirada nos canais do parque do Castelo de Versalhes, homenageando os lugares mais célebres de Versalhes. Deste modo, vamos do quarto do rei até á Galeria dos Espelhos, sem esquecer o bosque e os jardins desenhados por André Le Nôtre. Da autoria de Pierre Marie, este lenço Hermès, só se vende através de subscrição até final deste mês e quaisquer €335,00 compram um exemplar.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Números



50

O número de pedras gigantes descobertas recentemente em redor de Stonehenge, o mais importante monumento megalítico britãnico e um dos mais conhecidos do mundo. A arqueologia continua a surpreender mesmo num local tão estudado,  e não são alheios os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos.

Na Biblioteca Nacional


A partir de amanhã .

Humor pela manhã



Tantas vezes verdade ...

Bom dia !





Este dueto com Charlotte Rampling é uma das melhores do novo álbum de Alain Chamfort .

Leituras no Metro - 218

Lisboa: Vega, 2015
€8,50

«Da [...] atribulada existência e da [...] capacidade de análise e crítica [de Oscar Wilde] resultaram pensamentos e máximas que ainda hoje nos cativam pela argúcia, subtileza e profundidade com que escalpelizou a sociedade londrina do seu tempo e que, em muitos casos, facilmente podemos transpor para outras sociedades, inclusive a nossa, sem perda de atualidade. Daí esta coletânea, dividida pelos temas que mais suscitaram a sua atenção, como, entre outros, a religião, a política, a instrução e a arte, a mulher, o amor e o casamento, que ora oferecemos ao público leitor.»
(http://novavegaeditorial.blogspot.pt/2015/05/a-juventude-e-uma-arte-pensamentos-e.html)

«O mistério do amor é mais profundo que o da morte.»

Marcadores de livros - 234

Este foi comprado junto ao Prado, já há uns tempos.

domingo, 19 de julho de 2015

Das 5 às 7

O filme "Das 5 às 7" do realizador Victor Levin auto proclama-se a película mais romântica desde os tempos de Audrey Hepburn - um exagero. No entanto, proporciona um serão agradável e prima por uma óptima banda sonora que integra, entre temas conhecidos, a versão francesa da canção Il cielo in una stanza da autoria de Gino Paoli, já apresentada nesta plataforma em várias ocasiões. Paoli, Mina ou Carla Bruni interpretaram este evergreen da canção italiana. Em "Das 5 às 7" cabe a Terra Naomi dar voz a "Le ciel dans une chambre".
A todos uma boa noite!



Bom jantar!

Mary Ellen Best - Our dining room at  York, 1838

Emmanuel Todd: «L’Europe s’autodétruit sous la direction allemande»

O historiador Emmanuel Todd deu uma entrevista ao jornal belga Le Soir (17 jul. 2015) que deve ser lida. Segundo ele, a Europa está à beira da fratura: norte contra sul.


Si son intransigeance insupporte une partie des opinions publiques européennes, Alexis Tsipras s’est gagné en retour la sympathie de nombreux supporters par-delà ses frontières nationales. Par empathie pour le petit peuple grec, qui ploie sous des mesures d’austérité jugées scélérates ? Sans doute. Mais n’incarnerait-il pas, aux yeux de ceux qui l’admirent, quelque chose de plus vaste, qui ressemblerait au combat d’un David, fort de son histoire et de sa culture, face au géant froid de Bruxelles, convaincu que la Raison est la faculté de l’unité ?
Nous avons questionné l’historien, démographe et anthropologue français Emmanuel Todd, auteur, notamment, de L’Invention de l’Europe (Seuil) : essai dont il espérait « qu’il permettra à certains européistes de sonder l’épaisseur anthropologique des nations ». 


Comment analysez-vous le psychodrame grec? 
Ce qui me frappe, c’est que l’Europe à laquelle on a affaire n’est plus celle d’avant : c’est une Europe contrôlée par l’Allemagne et par ses satellites baltes, polonais, etc. L’Europe est devenue un système hiérarchique, autoritaire, « austéritaire », sous direction allemande. Tsipras est probablement en train de polariser cette Europe du nord contre l’Europe du sud. L’affrontement, il est entre Tsipras et Schäuble (le ministre allemand des Finances, NDLR). L’Europe est en train de se scissionner par le milieu. Au-delà de ce que disent les gouvernements, je suis prêt à parier que les Italiens, les Espagnols, les Portugais… mais aussi les Anglais ont une immense sympathie pour Tsipras. 

Un clivage nord-sud plutôt que gauche-droite ?
Observez l’attitude des sociodémocrates allemands : ils sont particulièrement durs envers les Grecs. Tout le discours des socialistes français, jusqu’à très récemment, consistait à dire : « On va faire une autre Europe, une Europe de gauche. Et grâce à nos excellents rapports avec la social-démocratie allemande, il va se passer autre chose »… Je leur répondais : « Non, ça va être pire avec eux ! » Les sociodémocrates sont implantés dans les zones protestantes en Allemagne. Ils sont encore plus au nord, encore plus opposés aux « cathos rigolards » du sud… Ce qui ressort, ce n’est donc pas du tout une opposition gauche-droite, c’est une opposition culturelle aussi ancienne que l’Europe. Je suis sûr que si le fantôme de Fernand Braudel (grand historien français : 1902-1985) ressortait de la tombe, il dirait que nous voyons de nouveau apparaître les limites de l’Empire romain. Les pays vraiment influencés par l’universalisme romain sont instinctivement du côté d’une Europe raisonnable, c’est-à-dire d’une Europe dont la sensibilité n’est pas autoritaire et masochiste, qui a compris que les plans d’austérité sont autodestructeurs, suicidaires. Et puis en face, il y a une Europe plutôt centrée sur le monde luthérien – commun aux deux tiers de l’Allemagne, à deux pays baltes sur trois, aux pays scandinaves – en y rajoutant le satellite polonais – la Pologne est catholique mais n’a jamais appartenu à l’empire romain. C’est donc quelque chose d’extraordinairement profond qui ressort. 

On n’entend guère la France dans ce débat nord-sud… C’est la vraie question : est-ce que la France va bouger ? 
La France est double. Il y a la vieille France maurrassienne reconvertie en France socialiste, décentralisatrice, européiste et germanophile, qui bloque le système. Mais il est clair que les deux tiers de la France profonde sont du côté de l’Europe du sud. Quelque part, le système politique français – qui n’en finit pas de produire ces présidents ridicules, où l’asthénique succède à l’hystérique – ne joue pas son rôle. Le système est bloqué. Jusqu’à présent, la France jouait le rôle du bon flic quand l’Allemagne faisait le mauvais… Pour Hollande, c’est la minute de vérité. S’il laisse tomber les Grecs, il part dans l’Histoire du côté des socialistes qui ont voté les pleins pouvoirs au maréchal Pétain. Si les Grecs sont massacrés d’une façon ou d’une autre avec la complicité et la collaboration de la France, alors on saura que c’est la France de Pétain qui est au pouvoir. 

Un Grexit précipiterait-il la fin de l’euro, que vous prophétisez depuis longtemps ? 
A terme, la sortie de la Grèce amènerait de manière quasi certaine la dissolution de l’ensemble. Il est vraisemblable que l’Allemagne constituera une zone monétaire avec ses satellites autrichiens, scandinave, baltes, avec l’appui de la Pologne – qui n’est pas dans la zone euro. De l’autre côté, on pourrait assister à un retour d’un partenariat franco-britannique pour équilibrer le système. Ce qu’on a vu depuis 2011, c’est l’incroyable obstination des élites européennes – et notamment des élites françaises néovichystes (laissez « néovichystes » !) : mélange de catholiques zombies, de banquiers et de hauts fonctionnaires méprisants – à faire durer ce système qui ne marche pas. L’euro est le trou noir de l’économie mondiale. L’Europe s’est obstinée dans une attitude d’échec économique incroyable qui évoque en fait un élément de folie. On est dans l’irrationnel et la folie : une sorte d’excès de rationalité qui produit un irrationnel collectif. D’un côté, ça peut encore durer très longtemps. Mais d’un autre côté, ce que j’ai senti, et pas seulement chez les Allemands et chez les Grecs, c’est le début d’un vertige, d’une attirance par la crise. Personne n’ose dire que ça ne marche pas, personne n’ose prendre la responsabilité d’un échec – car c’est un échec ahurissant, l’histoire de l’euro ! – mais on sent aussi chez les acteurs une sorte de besoin d’en finir. Plutôt une fin effroyable qu’un effroi sans fin. Dans ce cas, la Grèce serait le détonateur. Les gens sont au bord d’une prise de conscience du tragique réel de la situation. Le tragique réel de la situation, c’est que l’Europe est un continent qui, au XXe siècle, de façon cyclique, se suicide sous direction allemande. Il y a d’abord eu la guerre de 14, puis la deuxième guerre mondiale. Là, le continent est beaucoup plus riche, beaucoup plus paisible, démilitarisé, âgé, arthritique. Dans ce contexte ralenti, comme au ralenti, on est en train sans doute d’assister à la troisième autodestruction de l’Europe, et de nouveau sous direction allemande. 

Et quid de la Grèce ? 
Est-ce que ça prendra 5 ans ?, est-ce que ça prendra 10 ans ? – mais la Grèce va commencer à se sentir mieux à l’extérieur de la zone euro. Les Grecs sont des gens remarquablement intelligents et adaptables, et qui auront de plus le soutien du patriotisme comme facteur de redressement. Et c’est à ce moment-là que la situation deviendra insupportable sur l’euro. Laisser sortir la Grèce, c’est prendre le risque d’administrer la preuve qu’on est mieux à l’extérieur de la zone que dedans. Quand on est dans l’Europe folle, on a l’impression que les forces anti-grecques sont majoritaires de façon écrasante. Mais quand on lit la presse internationale, on se rend compte que les Grecs ont tout le monde avec eux ! Lisez simplement la presse américaine : elle considère que les gens de Bruxelles, de Strasbourg et de Berlin sont complètement fous ! Il y a énormément de gens qui auront intérêt à retaper la Grèce, à commencer par les Américains, qui ne peuvent pas permettre que ce pays parte en lambeaux, compte tenu de sa position stratégique. Plein de gens vont aider la Grèce, c’est ça le problème…

Para acompanhar o café

Uns bolinhos deliciosos.

Para viajar no sofá - 4

«[...] fui jantar com Iñigo Gurruchaga à French Dinning Room, que na Segunda Guerra Mundial foi o ponto de encontro da Resistência francesa em Inglaterra - Charles de Gaulle passava por lá com frequência [...].» (p. 90)
Enric González

E mais esta pérola que digitalizei. :)

(p. 113)

Imagem retirada da reportagem de 1969. 
Filipe de Edimburgo e Ana num churrasco. Balmoral, 1972. O príncipe a pousar para a foto, com a mão esquerda no bolso. :)