Prosimetron

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Alison Krauss

Coisas do Inferno... - 6

François de Nomé ( Monsu Desiderio ) , - Les Enfers. Óleo sobre tela, 1622, 113x174cm, Besançon, musée des Beaux-Arts et d' Archéologie. Este veio ter comigo pela mão de Pascal Quignard ( La Nuit Sexuelle, p. 87, Flammarion, Paris, 2007. ) .

Soulagesx2


Como os mais assíduos e/ou os mais atentos se lembrarão, no mês passado esteve uma tela de Pierre Soulages (1919-)"patente" no canto superior direito desta página. Quando a escolhi, porque alusiva a Novembro, desconhecia que efectivamente Soulages é um "artista do momento" : está patente até Março de 2010 uma grande retrospectiva no Centre Pompidou, e a Gallimard reeditou os dois volumes lançados em 2007 sobre a obra, mas desta feita reunidos num só.
- Pierre Soulages, Centre Pompidou, até Março de 2010.
Soulages. 90 peintures sur papier et 90 peintures sur toile, Pierre Encrevé, Gallimard, 302p,2009, €90.

De Agustina - 7


Os artistas não têm sentimentos; têm uma forma de os honrar pela definição e até pelo abuso das suas invenções, que os tornam mais duradouros do que são.

- Agustina Bessa-Luís, in Prazer e Glória, p.17, Guimarães Editores.

1964

A 5 de Dezembro de 1964 esta You really got me dos The Kinks entrava nos tops e iria subir e subir nos dias seguintes...

Um livro para ... : Ana

Esta magnífica edição da Taschen sobre o grande Caravaggio, que está disponível em várias línguas, possívelmente até já na nossa, conta com o texto do grande especialista alemão Sebastian Schütze. E, obviamente, foi escolhida a pensar na Ana.


Um livro para ... : M.R.

Escolhi um conjunto de livros novos para quem frequenta, lendo ou escrevendo, este blogue. Começo por este Rêves sucrés destinado à nossa M.R.. Trata-se do fruto de dez anos de pesquisa de Pierre Skira, que assina os textos, as fotografias e as aguarelas que documentam quase um milhar de bombons, caramelos e afins provenientes de todas as partes do globo: fraises Tagada, Bêtises de Cambrai, Négus de Nevers, sucettes éléphant du Japon, réglisse Pingouin Bätar da Suécia, caramelos Matriochka da Rússia...

- Rêves sucrés. Bonbons et sucettes du monde, Pierre Skira, ed. Viviane Hamy, 250p, 300 fotografias a cores, Outubro de 2009.

Hoje no Arte







Quem optar esta noite por um serão televisivo, tem um excelente documentário no Arte : Autour du monde à bord du Zeppelin, de Dieter Mensink, sobre as viagens de Lady Grace Hay Drummond-Hay, a primeira mulher a dar a volta ao mundo pelo ar no final dos anos 20. Em Agosto de 1929, a jovem viúva aristocrata Lady Grace Hay embarca no Graf Zeppelin para dar a volta ao mundo neste novo e perigoso meio de locomoção aérea, e escreve o relato da viagem para os jornais americanos, contratada pelo rei da imprensa William Randolph Hearst, mas também no seu diário íntimo. Este documentário recorda o luxo a bordo, as escalas de sonho ( imaginem aterrar um zepelim numa ilha do Pacífico ) e os vários sustos meteorológicos...
Arte - 19h45 ( hora portuguesa )

Um bom dia!

Cinenovidades - 83 : La Sainte Victoire

O cinema francês está com uma vitalidade assinalável, em todos os géneros, e este La Sainte Victoire, thriller político dirigido por François Favrat, seria bom que também estreasse entre nós: a política e os negócios, os concursos públicos, os financiamentos de campanhas eleitorais...

Natal 2009 - 5

Impressões de Inverno da Saxónia: o castelo Moritzburg, construído em 1542 por ordem do Duque Moritz, manteve a sua fachada renascentista até aos nossos dias. O interior reveste-se de adaptações barrocas, efectuadas no início do século XVIII.
A regularidade da construção, bem como uma paisagem envolvente bucólica tornam este monumento, a 20 quilómetros de Dresden, num cenário cinematográfico por excelência.

A. S. : Escolhas Pessoais IX

António Nobre

Guerra Junqueiro (1850-1923) e António Nobre (1867-1900) foram os primeiros poetas que li. Se Junqueiro é, hoje, uma remota recordação no tempo, Nobre, pelo contrário, revisito-o muitas vezes. E, para tomar de empréstimo a Vitorino Nemésio algumas palavras, diria, com ele : “Queremos falar criticamente do «Só», e ele recusa-se, foge do terreno crítico como uma recordação de família que não suporta outra estima senão a do coração”.
Mas sobre a criação poética, em Nobre, tenho alguma coisa a dizer a propósito do soneto 13 (da primeira edição do “Só” ) que passou a ser o 12º na segunda edição.
De Paris, e a 2 de Fevereiro de 1891, o Poeta escreve, ao seu grande amigo Alberto de Oliveira, uma carta em que refere: “Ó Alberto! manda-me notícias! Jornais aos montes (…) crivados de pormenores, com a cópia de quantos telegramas têm nestes dias atravessado os fios de arame que eu vejo além, meu Deus! sob um lindo céu cheio de sol, atacadinhos de pardais de todo alheados do «pronunciamento», nem por isso lhe oscilando as patas – Revolução! 30 mortos! 100 feridos!... - que passam”. Esta sofreguidão de António Nobre por notícias prendia-se com os factos ocorridos com a intentona do 31 de Janeiro de 1891, no Porto, em que participara, pelo menos, um dos seus amigos: Sampaio Bruno.
Cerca de nove meses mais tarde e na passagem pela Alemanha, em Colónia (possivelmente a 10 de Novembro de 1891), esta carta vai “transformar-se” no soneto 13 da primeira edição do “Só”.
Reproduz-se este soneto através das provas para a 2ªedição, com as emendas feitas pela mão de Nobre, no seu exemplar.

Este soneto deve ter deixado, também e posteriormente, marcas de leitura num poema de Alexandre O’Neill, intitulado “A Central das frases”. O contágio de Nobre reflecte-se também, no paralelismo da doença e no agrado pelo coloquial, em alguma da poesia de Manuel Bandeira. E não só.
Como disse Vitorino Nemésio, a arte de António Nobre é portadora de grande “astúcia estética” que lhe permitiu sobreviver ao seu tempo e deixar marcas para o futuro.
Além do afecto que tenho pelo “Só”, é com imenso gosto que lembro, hoje, o seu autor e o escolho.

Post de Alberto Soares

THE LAST DREAM OF THE OLD OAK!

IN the forest, high up on the steep shore, and not far from the open seacoast, stood a very old oak-tree. It was just three hundred and sixty-five years old, but that long time was to the tree as the same number of days might be to us; we wake by day and sleep by night, and then we have our dreams. It is different with the tree; it is obliged to keep awake through three seasons of the year, and does not get any sleep till winter comes. Winter is its time for rest; its night after the long day of spring, summer, and autumn. On many a warm summer, the Ephemera, the flies that exist for only a day, had fluttered about the old oak, enjoyed life and felt happy and if, for a moment, one of the tiny creatures rested on one of his large fresh leaves, the tree would always say, “Poor little creature! your whole life consists only of a single day. How very short. It must be quite melancholy.”
“Melancholy! what do you mean?” the little creature would always reply. “Everything around me is so wonderfully bright and warm, and beautiful, that it makes me joyous.”
“But only for one day, and then it is all over.”
“Over!” repeated the fly; “what is the meaning of all over? Are you all over too?”
“No; I shall very likely live for thousands of your days, and my day is whole seasons long; indeed it is so long that you could never reckon it out.”
“No? then I don’t understand you. You may have thousands of my days, but I have thousands of moments in which I can be merry and happy. Does all the beauty of the world cease when you die?”
“No,” replied the tree; “it will certainly last much longer,— infinitely longer than I can even think of.” “Well, then,” said the little fly, “we have the same time to live; only we reckon differently.” And the little creature danced and floated in the air, rejoicing in her delicate wings of gauze and velvet, rejoicing in the balmy breezes, laden with the fragrance of clover-fields and wild roses, elder-blossoms and honeysuckle, from the garden hedges, wild thyme, primroses, and mint, and the scent of all these was so strong that the perfume almost intoxicated the little fly. The long and beautiful day had been so full of joy and sweet delights, that when the sun sank low it felt tired of all its happiness and enjoyment. Its wings could sustain it no longer, and gently and slowly it glided down upon the soft waving blades of grass, nodded its little head as well as it could nod, and slept peacefully and sweetly. The fly was dead.
“Poor little Ephemera!” said the oak; “what a terribly short life!” And so, on every summer day the dance was repeated, the same questions asked, and the same answers given. The same thing was continued through many generations of Ephemera; all of them felt equally merry and equally happy.
The oak remained awake through the morning of spring, the noon of summer, and the evening of autumn; its time of rest, its night drew nigh—winter was coming. Already the storms were singing, “Good-night, good-night.” Here fell a leaf and there fell a leaf. “We will rock you and lull you. Go to sleep, go to sleep. We will sing you to sleep, and shake you to sleep, and it will do your old twigs good; they will even crackle with pleasure. Sleep sweetly, sleep sweetly, it is your three-hundred-and-sixty-fifth night. Correctly speaking, you are but a youngster in the world. Sleep sweetly, the clouds will drop snow upon you, which will be quite a cover-lid, warm and sheltering to your feet. Sweet sleep to you, and pleasant dreams.” And there stood the oak, stripped of all its leaves, left to rest during the whole of a long winter, and to dream many dreams of events that had happened in its life, as in the dreams of men. The great tree had once been small; indeed, in its cradle it had been an acorn. According to human computation, it was now in the fourth century of its existence. It was the largest and best tree in the forest. Its summit towered above all the other trees, and could be seen far out at sea, so that it served as a landmark to the sailors. It had no idea how many eyes looked eagerly for it. In its topmost branches the wood-pigeon built her nest, and the cuckoo carried out his usual vocal performances, and his well-known notes echoed amid the boughs; and in autumn, when the leaves looked like beaten copper plates, the birds of passage would come and rest upon the branches before taking their flight across the sea. But now it was winter, the tree stood leafless, so that every one could see how crooked and bent were the branches that sprang forth from the trunk. Crows and rooks came by turns and sat on them, and talked of the hard times which were beginning, and how difficult it was in winter to obtain food.
It was just about holy Christmas time that the tree dreamed a dream. The tree had, doubtless, a kind of feeling that the festive time had arrived, and in his dream fancied he heard the bells ringing from all the churches round, and yet it seemed to him to be a beautiful summer’s day, mild and warm. His mighty summits was crowned with spreading fresh green foliage; the sunbeams played among the leaves and branches, and the air was full of fragrance from herb and blossom; painted butterflies chased each other; the summer flies danced around him, as if the world had been created merely for them to dance and be merry in. All that had happened to the tree during every year of his life seemed to pass before him, as in a festive procession. He saw the knights of olden times and noble ladies ride by through the wood on their gallant steeds, with plumes waving in their hats, and falcons on their wrists. The hunting horn sounded, and the dogs barked. He saw hostile warriors, in colored dresses and glittering armor, with spear and halberd, pitching their tents, and anon striking them. The watchfires again blazed, and men sang and slept under the hospitable shelter of the tree. He saw lovers meet in quiet happiness near him in the moonshine, and carve the initials of their names in the grayish-green bark on his trunk. Once, but long years had intervened since then, guitars and Eolian harps had been hung on his boughs by merry travellers; now they seemed to hang there again, and he could hear their marvellous tones. The wood-pigeons cooed as if to explain the feelings of the tree, and the cuckoo called out to tell him how many summer days he had yet to live. Then it seemed as if new life was thrilling through every fibre of root and stem and leaf, rising even to the highest branches. The tree felt itself stretching and spreading out, while through the root beneath the earth ran the warm vigor of life. As he grew higher and still higher, with increased strength, his topmost boughs became broader and fuller; and in proportion to his growth, so was his self-satisfaction increased, and with it arose a joyous longing to grow higher and higher, to reach even to the warm, bright sun itself. Already had his topmost branches pierced the clouds, which floated beneath them like troops of birds of passage, or large white swans; every leaf seemed gifted with sight, as if it possessed eyes to see. The stars became visible in broad daylight, large and sparkling, like clear and gentle eyes. They recalled to the memory the well-known look in the eyes of a child, or in the eyes of lovers who had once met beneath the branches of the old oak. These were wonderful and happy moments for the old tree, full of peace and joy; and yet, amidst all this happiness, the tree felt a yearning, longing desire that all the other trees, bushes, herbs, and flowers beneath him, might be able also to rise higher, as he had done, and to see all this splendor, and experience the same happiness. The grand, majestic oak could not be quite happy in the midst of his enjoyment, while all the rest, both great and small, were not with him. And this feeling of yearning trembled through every branch, through every leaf, as warmly and fervently as if they had been the fibres of a human heart. The summit of the tree waved to and fro, and bent downwards as if in his silent longing he sought for something. Then there came to him the fragrance of thyme, followed by the more powerful scent of honeysuckle and violets; and he fancied he heard the note of the cuckoo. At length his longing was satisfied. Up through the clouds came the green summits of the forest trees, and beneath him, the oak saw them rising, and growing higher and higher. Bush and herb shot upward, and some even tore themselves up by the roots to rise more quickly. The birch-tree was the quickest of all. Like a lightning flash the slender stem shot upwards in a zigzag line, the branches spreading around it like green gauze and banners. Every native of the wood, even to the brown and feathery rushes, grew with the rest, while the birds ascended with the melody of song. On a blade of grass, that fluttered in the air like a long, green ribbon, sat a grasshopper, cleaning his wings with his legs. May beetles hummed, the bees murmured, the birds sang, each in his own way; the air was filled with the sounds of song and gladness.
“But where is the little blue flower that grows by the water?” asked the oak, “and the purple bell-flower, and the daisy?” You see the oak wanted to have them all with him.
“Here we are, we are here,” sounded in voice and song.
“But the beautiful thyme of last summer, where is that? and the lilies-of-the-valley, which last year covered the earth with their bloom? and the wild apple-tree with its lovely blossoms, and all the glory of the wood, which has flourished year after year? even what may have but now sprouted forth could be with us here.”
“We are here, we are here,” sounded voices higher in the air, as if they had flown there beforehand.
“Why this is beautiful, too beautiful to be believed,” said the oak in a joyful tone. “I have them all here, both great and small; not one has been forgotten. Can such happiness be imagined?” It seemed almost impossible.
“In heaven with the Eternal God, it can be imagined, and it is possible,” sounded the reply through the air.
And the old tree, as it still grew upwards and onwards, felt that his roots were loosening themselves from the earth.
“It is right so, it is best,” said the tree, “no fetters hold me now. I can fly up to the very highest point in light and glory. And all I love are with me, both small and great. All—all are here.”
Such was the dream of the old oak: and while he dreamed, a mighty storm came rushing over land and sea, at the holy Christmas time. The sea rolled in great billows towards the shore. There was a cracking and crushing heard in the tree. The root was torn from the ground just at the moment when in his dream he fancied it was being loosened from the earth. He fell—his three hundred and sixty-five years were passed as the single day of the Ephemera. On the morning of Christmas-day, when the sun rose, the storm had ceased. From all the churches sounded the festive bells, and from every hearth, even of the smallest hut, rose the smoke into the blue sky, like the smoke from the festive thank-offerings on the Druids’ altars. The sea gradually became calm, and on board a great ship that had withstood the tempest during the night, all the flags were displayed, as a token of joy and festivity. “The tree is down! The old oak,—our landmark on the coast!” exclaimed the sailors. “It must have fallen in the storm of last night. Who can replace it? Alas! no one.” This was a funeral oration over the old tree; short, but well-meant. There it lay stretched on the snow-covered shore, and over it sounded the notes of a song from the ship—a song of Christmas joy, and of the redemption of the soul of man, and of eternal life through Christ’s atoning blood.
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“Sing aloud on the happy morn,
All is fulfilled, for Christ is born;
With songs of joy let us loudly sing,
‘Hallelujahs to Christ our King.’”
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Thus sounded the old Christmas carol, and every one on board the ship felt his thoughts elevated, through the song and the prayer, even as the old tree had felt lifted up in its last, its beautiful dream on that Christmas morn.

Hans Christian Andersen .
http://albalearning.com/audiolibros/andersen_elultimosueno-en.html

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

La Diseuse de bonne aventure - Caravaggio!

Peguei no mote de MR a quem agradeço e deixo La Diseuse de bonne aventure em duas versões a primeira conto vê-la no Domingo.
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Caravaggio "La Diseuse de bonne aventure" , Louvre à Paris datée de 1596-1597

1596-1597, huile sur toile, 99 × 131 cm Musée du Louvre
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Caravaggio "La Diseuse de bonne aventure", Capitole à Rome datée de 1594-1596,

Première version de 1593-1595, huile sur toile, 115 cm × 150 cm, Rome, Pinacoteca Capitolina

Coisas do céu ... 11.

Cosmogonia de Natal

És Água no que a Terra tem de Fogo
És Fogo és Ar na Terra já sem peso

És os Quatro Elementos que tão pronto
irrompem do mistério do Teu berço

1982

David Mourão-Ferreira, Obra Poética, 1948-1988, Lisboa: Editorial Presença, 2001, p. 239

Impulso


Desculpem, mas ouvir este "final" pela manhã (Antena 2, entrevista com Álvaro Cassuto), deu-me vontade de desejar um bom dia desta forma.
Ah, e concordo inteiramente com o Maestro. A voz, por piada que tenha, corta metade do sentimento gerado por este monumento da música sinfónica, da portuguesa por maioria de razão. Não há nada como as primeiras ideias.
Bom dia!

Coisas do Inferno... - 5




A tradição das máscaras de Bragança vai permanecendo, neste caso pela mão do artesão brigantino Amável Antão, criador das duas máscaras que estão acima. E convenhamos que são infernais...
Com um agradecimento ao JAD que me deu a conhecer estas máscaras.

Cinenovidades - 82 : O filme do Facebook

Pois é, a maior rede social da Internet, o Facebook, vai ter a sua história em filme, pela mão de um realizador de que gosto bastante, David Fincher. O filme chama-se The Social Network, já está a ser rodado e conta com o músico Justin Timberlake, na minha modesta opinião o cantor que melhor dança desde um certo Michael, a interpretar um dos fundadores da rede social. Enquanto não vem o filme, apreciemos a criatividade de Timberlake que é boa para acordar:

Citações - 52 : O referendo aos casamentos gay

" (...) O Fernando e o Mário querem casar? Pois promova-se uma grande discussão nacional sobre o assunto. A RTP que produza um Prós e Contras com cidadãos de vários quadrantes que se posicionem contra e a favor da união do Fernando e do Mário.
Organizem-se debates entre o Mário e os antigos namorados do Fernando, para que o povo português possa ter a certeza de que o Fernando está a fazer a escolha certa. E depois, então sim, que Portugal vá às urnas decidir democraticamente se concede ao Mário a mão do Fernando em casamento. E assim para todos os matrimónios. Se o objectivo é metermo-nos na vida dos outros, façamo-lo com o brio que essa nobre tarefa merece. (...) "

- Ricardo Araújo Pereira, in Isto precisa é de um referendo a cada esquina, na Visão desta semana.

Uma sugestão para Taiwan...



Fiquei ontem a saber que há um querido amigo que talvez vá visitar Taiwan ( ou Formosa para os mais saudosistas ). Se assim for, sugiro uma visita ao famoso Museu do Ouro, desde logo para ver de perto este que é o maior lingote do mundo com 220 kg. E, se bem o conheço, este meu amigo ainda é capaz de trazer umas " raspas" ...

O frei que nunca existiu ?

Como já devem ter lido e ouvido nos últimos dias, foi posta, por historiadores da Universidade do Minho, seriamente em causa a existência de " Frei Miguel Contreiras", confessor da Rainha D.Leonor e inspirador da Misericórdia de Lisboa, bem como "patrono" de uma avenida lisboeta. A dúvida, afinal, não é de agora, já que tem sido objecto de investigação também no Centro de Estudos de História Religiosa da Católica nos últimos anos.
E já houve reacções por parte de duas entidades interessadas: o provedor da SCML, Rui Cunha, que "está a aguardar mais esclarecimentos", e a Comissão de Toponímia de Lisboa que declarou que este, a confirmar-se, será um caso inédito.
Sinceramente, espero que não mexam é nas muitas bandeiras das Misericórdias portuguesas onde consta a figura de Frei Miguel Contreiras...

Natal, Cartas e Crónicas!

Debaixo do Mistletoe, reprodução de uma pintura de 1873

O Natal, a grande festa doméstica da Inglaterra, foi este ano triste - dessa tristeza particular que oferece, por um dia de calma ardente, a praça deserta de uma vila pobre, ou dessa melancolia que infundem umas poucas de cadeiras vazias em torno de um fogão apagado, numa sala a que não se voltará mais...
O que nos estragou o Natal não foram decerto as preocupações políticas, apesar da sua negrura de borrasca. Nem a rebelião do Transval em que os Boers debutaram por examinar o "94" de linha, um dos mais experimentados e gloriosos regimentos da Inglaterra, e que ameaça ensanguentar toda a África do Sul numa guerra de raças; nem a situação da Irlanda, que já não é governada pela Inglaterra, mas pelo comité revolucionário da Liga Agrária - seriam inquietações suficientes para tirar o sabor tradicional ao plum-pudding de Natal. As desgraças públicas nunca impedem que os cidadãos jantem com apetite: e misérias da pátria, enquanto não são tangíveis e se não apresentam sob a forma flamejante de obuses rebentando numa cidade sitiada, não tirarão jamais o sono ao patriota.
Não; o que estragou o Natal foi simplesmente a falta de neve. (...)
Para compreender bem o encanto da neve deste famoso Natal inglês, basta examinar algumas pinturas, gravuras ou oleografias que o têm popularizado. (...)
E toda a poesia do Natal está justamente nessas janelas resplandecendo da noite nevada.
Felizes aqueles para quem essas portas difíceis se abrem. Logo ao entrar na antecâmara os tectos, as umbreiras, os espaldares das cadeiras, os troféus de caça, aparecem adornadas das verduras do Natal, das ramagens sagradas do carvalho céltico; e pelas paredes, em letras douradas, ondeiam os dísticos tradicionais - Merry Christmas! Merry Christmas (Alegre Natal! Alegre Natal!) E o mesmo grito se repete nos shake-hands que se dão ao hóspede. (...) Dos grandes lustres balança-se o ramo simbólico da árvore, do mistletoe, o ramo do amor doméstico. e ai das senhoras que um momento pararem sob a sua ramagem! Quem assim as surpreender tem direito a beijá-las num grande abraço!

(De Cartas de Inglaterra e Crónicas de Londres)

Eça de Queirós, Crónicas e Cartas, Lisboa: Editorial Verbo (Apresentação e selecção de João Bigotte Chorão), 1972, p.55-56.

(Georges de la Tour, La diseuse de bonne aventure)


Georges de la Tour - La diseuse de bonne aventure
Óleo sobre tela, ca 1635
Nova Iorque, Metropolitan Museum of Art

Anel que a aliança fez perfeita,
um rosto de La Tour veste o teu rosto:
assim de luz e sombra rarefeita
o coração mais dói ao ver-se exposto.

Luís Filipe Castro Mendes
In: O jogo de fazer versos. Lisboa: Quetzal, 1994, p. 43

Comprei este livro na 4.ª feira. Nem de propósito... Voltamos a La Tour.

Natal 2009 - 4

E assim pretendo começar o visionamento de cartoons na véspera de Natal: Tom & Jerry, "The Night Before Christmas", 1941.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Numa de Revivalismo - Oh, Pretty Woman!

Roy Orbison

Pedro Burmester hoje no CCB


Do concerto 3 Pianos (Bernardo Sassetti, Mário Laginha e Pedro Burmester) também no CCB.

Exceptionnels buddhas du Shandong


Exposição de budas, encontrados em 1996 na cidade chinesa de Qingzhou (na Província de Shandong), apresentada pela primeira vez em França. Todas as estátuas datam do século VI, época do apogeu da estatuária budista na China.
Musée Cernuschi
7, avenue Vélasquez
Paris

até 3 Jan. 2010

Outra canção que já não ouvia há anos...

«A minha educação foi a liberdade de ler indiscriminadamente e sempre que quisesse, de olhos arregalados.»
Dylan Thomas

Biografias, autobiografias e afins - 53

É o primeiro livro fruto do trabalho do Espaço Llansol a partir do imenso espólio deixado pela escritora falecida o ano passado. Estive ontem a lê-lo, embora não o tenha ainda comprado ( que este mês é duro... ) e é realmente um objecto diarístico impressionante.

Federico Aubele na Avenida da Liberdade

Não estou a brincar, o Federico Aubele actua amanhã na Av. da Liberdade, mas resguardado: é às 21h15 no Restaurante Terraço do Hotel Tivoli. É um dos 34 concertos do Super Bock em Stock que irão acontecer por toda a emblemática avenida lisboeta. A bilheteira é a do São Jorge. A programação está aqui : http://www.superbockemstock.com/

Hoje no Teatro Nacional de São João



No âmbito das conferências O que resta de Deus hoje o debate é entre a minha querida Clara Pinto Correia e o Tiago Cavaco ( pregador baptista e punk-rocker ) com moderação de Daniel Jonas.
É às 18h30 no Teatro Nacional São João. As conferências prosseguem até dia 5.( http://www.tnsj.pt )

Mediae Vox Ensemble

O meu dia começou a ouvi-las, pela net porque penso que não têm ainda discografia, e é bom começar o dia com o único grupo português feminino de música medieval. Ainda não as consegui ver e ouvir em concerto, mas elas têm actuado pelo país. Experimentem que vale a pena- é só googlá-las.

O do Pessegueiro


Em resposta à dúvida de M.R., esclareço que este que vemos supra, o Forte de São Alberto do Pessegueiro ou Forte da Ilha do Pessegueiro, foi também desenhado pelo napolitano Massai ou Massay à semelhança do Castelo de Milfontes ou Forte de São Clemente de que falei ontem, mas nunca saiu da esfera pública, tendo estado adstrito à antiga Guarda Fiscal e integrado agora no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
É uma pena o estado em que este e o outro forte vizinho ( o de Nossa Senhora da Queimada ou da Ilha de Dentro ) estão. Custa-me dizer isto mas prefiro que sejam também vendidos como aconteceu ao Castelo de Milfontes no século passado. As autarquias não têm verbas para tudo e a administração central é o que se sabe, pelo que o destino destes monumentos de génese militar é irem caindo pedra a pedra. Mais vale que passem para mãos particulares que deles se encarreguem.

Cartas no Natal!



Jorge de Sena e Eduardo Lourenço (as fotografias são posteriores a 1953)

"Hamburgo, 22 de Dezembro de 53

Meu caro Jorge Sena

Em Portugal um tipo pode dar-se ao luxo de não deixar o Natal significar nada. Ele significa de mais nos outros. Aqui meu caro, ele significa o Natal daí e esta Hamburgo encharcada de néon e de consolo familiar, com um pobre lusíada fora de uma coisa e outra.
Talvez por isso não pareça de todo mal que eu tente reunir à minha volta, por certa ilusão que você conhece melhor do que eu, os membros dispersos daquela comunidade para a qual somos mais ou menos vivos. Em resumo, apetece-me mesmo conversar consigo, perguntar-lhe pelas suas coisas, pelas suas amolações e também por esse gozo um bocado triste que a não-existência de ambiente literário lisboeta sempre proporciona aos amadores do nada.
Estou como nunca estive, com as comunicações cortadas com essa bendita pátria que o seu compadre Régio anda empenhado tão heroicamente em dignificar só porque existe. (…) Não percebo. Ou antes não quero perceber, porque, se um dia percebo, é o diabo. Agora até o Álvaro Ribeiro… E tem razão. Mas deixemos os muito ilustres. Essa gente conhecida apresentou alguma coisa no stand de Inverno ou como de costume só os neo-realistas? (…)
De literatura foi o que me chegou e é precisamente o que me interessa menos. Gostava era de saber o que faz o Jorge de Sena, o José-Augusto [França], o Casais [Monteiro], os vivos"2.
Eduardo Lourenço

Correspondência Eduardo Lourenço /Jorge de Sena, (org. e notas de Mécia de Sena), Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1991, p. 34-35.

Coisas do céu... 10

Uns doces do céu, para saborearmos na terra.

Queijinhos-do-céu (Santarém)

http://www.docesregionais.com/wp-content/uploads/2008/03/image107.png

325 grs de açúcar
180 grs de água
18 gemas
açúcar para polvilhar

Leve ao lume o açúcar com a água, até obter ponto de pérola (o fio que corre da colher é espesso, ficando uma gota suspensa na ponta). Retire do lume e deixe arrefecer um pouco. Deite colheradas deste preparado num recipiente com as gemas, mexendo rapidamente para não talhar. Leve de novo ao lume para cozer as gemas e engrossar, mexendo sempre. A massa deverá ficar a endurecer de um dia para o outro. Depois forme umas bolas, com a ajuda do açúcar. Achate-as, para ficarem com o formato de queijos, polvilhe com açúcar e coloque sobre papéis recortados.

Toucinho-do-céu (há várias receitas, consoante a zona do país)

http://www.jblog.com.br/media/27/20090211-s%20toucinho.jpg

Lembro-me ainda das natinhas-do-céu. E decerto há mais.

Natal 2009 -3

FOR UNTO US A CHILD IS BORN da Christmas Oratório Messiah de Georg Friederich Haendel

Sou gato durmo onde quero!





Este gato com ar rezingão é parecido com o meu.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Virgínia de Castro e Almeida (1874-1945)





Alguns livros de Virgínia de Castro e Almeida, disponíveis na Clássica Editora.

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada dedicaram a esta escritora um capítulo «Educar divertindo», em Literatura infantil: espelho da alma, espelho do mundo, de que transcrevo:
«No princípio do século [XX], Portugal conta com um talento notável na arte de comunicar com os mais novos. Virgínia de Castro e Almeida retoma a linha traçada pela Condessa de Ségur e escreve livros que as crianças adoram. Céu aberto e Em pleno azul fizeram as delícias de gerações sucessivas, encantando igualmente rapazes e raparigas. No entanto estas obras estão carregadíssimas de informação. Página após página surgem pequenas lições de História, de Geografia, de Ciências Naturais, de Mitologia, de patriotismo, de ética, de boas maneiras a um ritmo tal que nos deixa sem fôlego! [...]
«À primeira vista, dir-se-ia excessivo, desencorajador. Mas a verdade é que Virgínia de Castro e Almeida teve muito êxito junto dos seus leitores. Porquê? A resposta é sempre a mesma.
«A autora possuía aquele talento específico de comunicação com os mais novos. Conhecia bem a alma infantil. Escreveu com a preocupação de cativar. [...]
«Assim o mundo gira, observado da pespectiva dos mais novos. [...].»
(http://cvc.instituto-camoes.pt/bdc/revistas/revistaicalp/litinfantil.pdf)

Outro post motivado pelo post do Luís.

João da Mota Prego




O engenheiro agrónomo João da Mota Prego escreveu alguns livros romanceados para a Biblioteca dos Meus Filhos, dirigidos aos mais novos e tratando da vida agrícola, da pecuária e temas afins: O pomar do Adrião, A leitaria da Rosalina, A lagoa de Donim: piscicultura, A quinta do diabo: avicultura, O padre Roque: apicultura, A horta do Tomé, Os netos do Nicolau: sericultura.

Depois de um post do Luís.

Em Dezembro na Casa da Achada

CASA DA ACHADA-CENTRO MÁRIO DIONÍSIO

www.centromariodionisio.org

Horário de abertura

Segunda-feira, quinta e sexta – das 15h às 20h

Sábado e Domingo – das 11h às 18h

 

 

ACTIVIDADES EM DEZEMBRO DE 2009

 

Continua a EXPOSIÇÃO «50 anos de pintura e desenho (1943-1993)»: pinturas e desenhos de Mário Dionísio e de artistas seus amigos que lhe foram oferecidas.

Além de 37 obras de Mário Dionísio, de várias fases, a exposição inclui obras de vários artistas que por eles lhe foram oferecidas e que constam, assim, do seu espólio: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Cunhal, Avelino Cunhal, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Germano Santo, José Júlio, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Helena Vieira da Silva, Raul Perez.

Horário:

Segunda-feira, quinta e sexta – das 15h às 20h

Sábado e Domingo – das 11h às 18h

 

Visita guiada à exposição por Jorge Silva Melo

Sábado, 19 de Dezembro às 15h30

 
 

Prossegue o CLUBE DE LEITURA DA ACHADA – 3ª sessão

Coordenado pela escritora Filomena Marona Beja, no âmbito da organização e utilização Biblioteca da Achada, biblioteca que está a ser instalada na Zona Pública da Casa da Achada destinada à população.  

Livro escolhido: Autobiografia de Mário Dionísio (1987)

Sábado, 5 de Dezembro às 16h

 
 

Será projectado o vídeo VIZINHOS de Tiago Figueiredo

O Bairro da Musgueira nasceu nos anos 60. Foi feito à mão por desalojados de lugares onde deixou de ser possível viver. O tempo foi passando e os habitantes foram melhorando as casas de madeira e chapa de zinco. Muitas ficaram de pedra e cal. Nos anos 90, tiveram de sair dali. Era a aposta na integração social: passariam a viver em prédios de oito andares. A Musgueira desapareceu e deu lugar à Alta de Lisboa. Foram mudanças radicais na vida de todos. À saudade da vida de rua que perderam, juntaram-se outras dificuldades. Entretanto fo-ram chegando novos moradores, vizinhos improváveis, que partilham as mesmas ruas. Será que morar no mesmo bairro faz destas pessoas verdadeiros vizinhos?

Realização, imagem, som, montagem: Tiago Figueiredo

Produção: Viver na Alta de Lisboa (www.viveraltadelisboa.org)

115 min

Com a presença do Autor

Sábado, 5 de Dezembro às 18h

 
 

Há sempre CINEMA ÀS SEGUNDAS

Fim do Ciclo de Cinema Neo-Realista Italiano

Cada filme, legendado em português, é apresentado e discutido

 

7 de Dezembro, 21h30

MAMMA ROMA, 1962, Pier Paolo Pasolini

 

14 de Dezembro, 21h30

O GRITO, 1957, Michelangelo Antonioni

 

Em complemento:

21 de Dezembro, 21h30

IL MIO VIAGGIO IN ITALIA, 1999, Martin Scorcese (1ª parte)

 

28 de Dezembro, 21h30

IL MIO VIAGGIO IN ITALIA, 1999, Martin Scorcese (2ª parte)

 
 

Continua o CICLO A PALETA E O MUNDO

Todas as segundas-feiras às 18h30

Continuação da leitura integral de A Paleta e o Mundo com projecção dos quadros referidos e comentários. Em curso a leitura do capítulo «O sono da razão engendra monstros» (sobre Goya).

 

Sábado, 12 de Dezembro às 15h

Sessão coordenada por Margarida Acciaiuoli sobre o 3º capítulo da introdução de A Paleta e o Mundo, «Os caprichos têm data» - Arte e História - questões de ontem, questões de hoje.

 
 

Haverá UM FIM DE SEMANA DIFERENTE NA CASA DA ACHADA

 

3 dias de vendas

Para angariação de fundos para a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, estarão à venda obras de arte oferecidas à Casa da Achada (ver algumas em http://leilaodartecmd.blogspot.com), além de livros novos, manuseados e usados, difíceis de encontrar, CDs e discos em vinil, a partir de 1€.

Sexta-feira, 18 de Dezembro das 15h às 20h

Sábado, 19 e Domingo, 20 de Dezembro das 11h às 20h

 

Visita guiada por Jorge Silva Melo à exposição «50 anos de Pintura e Desenho» (Mário Dionísio e outros artistas).

Sábado, 19 de Dezembro às 15h30

 

Canções pelo Coro da Achada com leitura de textos

Sábado, 19 de Dezembro às 17h30

 

Oficina de vídeo para crianças orientada por Regina Guimarães

O QUE É QUE O MEU BAIRRO TEM

As crianças escolherão lugares que apreciam especialmente nas ruas à volta do Centro Mário Dionísio. Esses locais serão por elas ordenados e filmados, com vista à montagem de uma pequena visita guiada.

Crianças entre os 8 e os 12 anos

Número de participantes: mínimo 5, máximo 10

Sábado, 19 de Dezembro das 14h às 17h

Visionamento e comentário do filme produzido durante a oficina

Domingo, 20 de Dezembro às 11h30

 

Oficina de vídeo para jovens e adultos orientada por Regina Guimarães

FILME QUE FALAMOS, FILME QUE NOS FALA

A partir de uma curta-metragem - DEUS CONSTRUÇÃO E DESTRUIÇÃO de Samira Makhmalbaf (Irão, 2002, 11 min.) - serão discutidos temas como a guerra global, o ponto de vista etnocêntrico, a proliferação de campos de refugiados, as imagens que os media veiculam, etc. Será também comentada e debatida a forma concreta como, na sua narrativa fílmica, a realizadora mostra e problematiza estas questões.

A partir dos 12 anos.

Número de participantes: mínimo 6, máximo 16

Domingo, 20 de Dezembro, a partir das 15h

 



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Associação Casa da Achada - Centro Mário Dionísio
Rua da Achada, nº 11 r/c - 1100-004 Lisboa
tels: 21 8877090
e-mail: casadaachada@centromariodionisio.org
página: http://www.centromariodionisio.org/
notícias: http://noticias.centromariodionisio.org/
mapa: http://www.centromariodionisio.org/localizacao.php

Cinenovidades - 81 : Um Conto de Natal

Estreou já há alguns dias entre nós esta nova adaptação da imortal criação de Charles Dickens. Ontem, tive dois convites para o ir ver e não pude aceitar nenhum mercê de "valores mais altos". Mas sei que há prosimetronistas que já o viram...

Mais um castelo à venda

Está à venda o Castelo de Milfontes, também conhecido como Forte de São Clemente. Foi edificado entre 1599 e 1602, com desenho do arquitecto e engenheiro militar napolitano Alexandre Massay, e acabou vendido pelo Estado à família Castro e Almeida em 1903. Tem servido de residência particular e intermitentemente como turismo de habitação. O preço pedido é de 4 milhões de euros e a própria Câmara Municipal de Odemira parece disposta a exercer o direito de preferência para fazer da antiga fortaleza um centro cultural com aproveitamento turístico.

Natal 2009 - 2


As montras de Natal estão cada vez mais originais. Não querendo fazer propaganda de nenhuma em especial aqui fica este apelo para se beber à saúde de todos. Vai um copinho?

MST regressa às grandes reportagens

Enquanto decorrem as conversações acerca do regresso às bancas da revista Grande Reportagem (previsto para o primeiro trimestre de 2010), Miguel Sousa Tavares, antigo director da GR, vai a partir do próximo dia 12 apresentar a primeira grande reportagem saida da secção com o mesmo nome no jornal "i". A secção é coordenada pelo profissional que escolhe os temas, os jornalistas e os fotógrafos a quem irá entregar a realização das peças. Em média os trabalhos terão entre 4 a 6 páginas, sendo o tema esplanado durante três edições seguidas do jornal (sexta-feira, sábado e segunda-feira). Esta semana arranca a campanha de comunicação da nova secção do "i", presente em meios externos, como a Visão. Se eu já gostava dos conteúdos do jornal, a partir de agora vai ser ainda melhor.
A propósito, para os apreciadores de comida indiana (como é o meu caso), a edição online de hoje do "i" informa onde se pode provar a melhor chamuça de Lisboa: no restaurante India Gate, na Rua dos Sapateiros, bem no coração da baixa.

Eclóga VII. Camões!

Perugino (Pietro di Cristoforo Vannucci, 1450-1523), Apolo e Marsias

Óleo sobre madeira, Louvre, Paris, França.
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A pintura de Perugino, Apolo e Marsias mostra a oposição milenar entre os instrumentos de sopro e os instrumentos de corda. Camões focou esta oposição na Écloga VII, dita dos Faunos. A flauta dá o lugar à lira.
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Versos 16/24 da Écloga VII de Camões, dita dos Faunos e dirigida a D. António de Noronha

Vedes que altas Musas do Parnaso
cantando vos estão na doce lira,
tomando-me das mãos tão alto caso.
Vedes o louro Apolo, que me tira
do louvor vossa estirpe, e escurece
o que em vosso louvor meu canto aspira.
Ou por me haver enveja me falece,
ou por não ver soar na frauta ruda
o que a sonora cítara merece.

Camões, in Vasco Graça Moura, Camões e a Divina Proporção, Lisboa: Imprensa Nacional- Casa da Moeda, 1994, p. 171