

O primeiro cartaz é da autoria de Jacques Bonneaud.
- Centro histórico de Malaca
Queria ilustrar fotograficamente este dia, e fazê-lo com um monumento português. Optei pelo Mosteiro da Batalha, ou de Santa Maria da Vitória. Razões várias: a ligação à manutenção da nossa independência, a minha admiração pela Dinastia de Avis, especialmente a Ínclita Geração, e o facto que não é de somenos de ser um belo exemplo do gótico flamejante.
Nestes tempos de crise económica, Freeports e BPN, parece que não há tempo nem interesse para falar de droga. Até porque com a despenalização do consumo verificada há uns anos atrás ficou aliviada a consciência de muita gente e o tema deixou de pesar. Mas a verdade é que continua a ser um flagelo, especialmente para as famílias. E embora tenhamos substâncias mais " limpas" a crescer na preferência dos jovens como o ecstasy, que não envolve seringas nem sangues e etc, a verdade é que os riscos para a saúde de quem consome às vezes até são mais agudos do que uma dose de heroína ou cocaína. Foi por isso que li ontem com muito interesse o artigo de Campos e Cunha no Público, de que vos deixo um excerto:" (...) Como pai e como cidadão, fico aterrado: não conseguiria ( mesmo que quisesse ) estar o dia inteiro atrás de cada filho para evitar a visita do angariador de novos clientes. E estes angariadores são a praga que não se consegue banir nem evitar. O angariador, oportunista da fraqueza de um filho nosso, estará à espreita e pode ganhar a batalha: toda a responsabilidade em dizer não está no nosso filho. Demasiada responsabilidade para uma criança em crise e todas passam por momentos de crise. Por outro lado, a guerra à droga por mecanismos tradicionais abriu falência. Para quem ainda tenha dúvidas veja o filme Traffic, para ilustração do que se passa. As cadeias estão cheias mas a ilusão é total.
Os recursos policiais ( e mesmo militares ) e os custos financeiros no combate ao tráfico de droga são astronómicos mas nada quando comparados com os recursos dos carteis da droga. Ainda assim, valeria a pena se a guerra estivesse a ser ganha; infelizmente, não é o caso. E aí está o problema. Sempre que há sucessos no combate ao tráfico de droga, o preço da droga sobe no retalho, ou seja nas ruas, o que naturalmente aumenta a taxa de lucro dos passadores e traficantes de droga, incentivando ainda mais o comércio da droga. As vitórias na repressão à droga contêm em si a sua própria destruição: fazem aumentar a taxa de lucro do tráfico.
Uma política alternativa tem de ser pensada, discutida por todos: psicólogos, médicos, economistas, especialistas da droga e, naturalmente, políticos. São estes que têm que decidir. Há riscos que têm de ser avaliados, sem populismos, sem assustar as pessoas, sem demagogias. Lembro-me que o populismo foi tremendo, quando deixou de ser crime o consumo ( apenas o consumo ) da droga. Ou seja, a toxicodependência deixou de ser crime para ser uma doença. Hoje, ( veja-se o Finantial Times do dia 13 de Abril ) Portugal é citado como um exemplo a seguir.
Avalie-se, também, o exemplo suiço, em que a droga deixou de ser comprada na rua, para ser adquirida na farmácia com receita médica. Poupam-se milhões que podem ser canalizados para a recuperação dos toxicodependentes que estejam dispostos a tal. Deixa-se o passador sem negócio porque quem de facto precisa dela pode adquiri-la na farmácia, sem misturas mortais e sem seringas infectadas. Mais, deixa de haver o angariador toxicodependente porque não necessita de clientes porque pode obter a droga na farmácia. E se contaminasse mais um colega ele não ganharia nada com isso, ninguém lhe quereria comprar nada no futuro. A profissão desapareceria. Mas, acima de tudo, levávamos à ruína os cartéis da droga que financiam o terrorismo na América do Sul, o terrorismo dos radicais do Afeganistão e o terrorismo nas nossas famílias. Matamos o mal onde ele está.
Um especialista em droga, doutorado numa boa universidade americana, dizia-me que, com o processo das mãos-limpas em Itália, descobriu-se que a máfia financiava campanhas contra a despenalização do comércio da droga. Pessoas bem intencionadas e que pensavam estar a combater a máfia da droga estavam ingenuamente e apenas a assegurar-lhe um futuro próspero.
E temos de repensar a abordagem do combate à droga enquanto as instituições não estejam contaminadas, pois o tráfico de droga corrompe a polícia, a justiça e o sistema político. Amanhã pode ser tarde demais. "
- Luís Campos e Cunha, Droga de leis, no PÚBLICO de ontem.
A Juntar a estas flores coloco uma canção de Brel que nos fala de flores e bombons!
“A segunda coisa de que lhe queria falar é a seguinte: de todos os meus livros, poucos me são indispensáveis: duas obras, porém, estão sempre ao meu alcance onde quer que me encontre. São estas a Bíblia e os livros do grande poeta dinamarquês Jens-Peter Jacobsen. A propósito: conhece as suas obras? Ser-lhe-á fácil obtê-las. Uma parte, muito bem traduzida, foi editada pela “Bibiloteca Reclam”. Veja se consegue o pequeno volume Seis Novelas e o romance Niels Lyhne. Comece pela primeira novela, intitulada Mogens. Arrebatá-lo-á um mundo – a felicidade, a riqueza, a insondável grandeza de um mundo. Viva algum tempo nestes livros, aprenda com eles o que, a meu ver, vale a pena aprender, mas, sobretudo, ame-os. Este amor ser-lhe-á mil e mil vezes retribuído e, dê a sua vida as voltas que der, atravessará, tenho a certeza, o tecido da sua alma, como fibra essencial confundida com as voltas que der, atravessará, tenho a certeza, o tecido da sua alma, como fibra essencial confundida com as das suas experiências, das suas decepções e das suas alegrias.
Se tivesse de dizer com quem aprendi alguma coisa da Natureza criadora, das suas fontes e das suas leis eternas, apenas dois nomes poderia citar: o de Jacobsen, o grande, grande poeta, e o de Augusto Rodin, esse escultor sem rival ente todos os artistas de hoje.
Que tudo lhe corra sempre bem, meu caro sr. Kappus, é o que lhe deseja do coração o seu
RAINER MARIA RILKE
Viareggio (Pisa, Itália), 5 de Abril de 1903”.
Rainer Maria Rilke, Cartas a um Jovem Poeta: Lisboa, Contexto, 2000, p.22-23.

Revolta estudantil de Coimbra 17 de Abril de 1969.

" (...) Os estudos cometem um erro, ao esquecerem que o investimento em obras públicas está sujeito à lei dos rendimentos decrescentes. Com a primeira auto-estrada entre Lisboa e Porto, a produtividade da economia aumentou muito, porque se eliminou um factor de bloqueio e os custos de transacção diminuíram. Mas quando se constrói a enésima auto-estrada, entre duas cidades sem tráfego, já não se acrescenta valor. O mesmo se passa com os estádios ou com o Parque das Nações. Se, com tanto investimento em obras públicas, continuamos a empobrecer, temos de nos interrogar sobre se não estamos a usar os remédios errados. "
“Antes de mais nada, é preciso que saiba que as suas cartas me dão sempre prazer. Peço-lhe apenas indulgência para as respostas. Estas deixar-lhe-ão muitas vezes as mãos vazias, porque, no fundo, sobretudo para o essencial, estamos indizivelmente sós. Para que dois seres possam aconselhar-se e ajudar-se, são precisos muitos encontros e muitas realizações. Para um só êxito é necessária uma constelação de acontecimentos. Hoje apenas quero falar-lhe de duas coisas.
"O programa 'Britain's Got Talent' revelou uma estrela pouco provável: Susan Boyle uma desempregada britânica de 47 anos transformada em celebridade graças a uma voz que até há bem pouco tempo só os vizinhos conheciam.De acordo com a BBC, Susan tinha já revelado num dos programas que começou a cantar quando tinha 12 anos, "quando cantava em coros e concertos da escola". Desde então apenas teve como palco alguns bares e discotecas"
DN de 16 de Abril de 2009.
Portinari: o cafeeiro (1939)
Que o excesso de peso na bagagem significa ter de pagar mais não é novidade. Todos sabemos que é assim sempre que viajamos de avião. Mas agora as restrições vão para quem tem corpinho pesado! Isso mesmo. Esta norma foi hoje posta em prática pela United Airlines, a terceira maior companhia norte-americana, que a partir de agora vai exigir o pagamento equivalente a duas passsagens a quem for obeso e pretenda viajar na companhia, em classe turística, sempre que o avião tenha a sua capacidade lotada. Esta medida surge na sequência de centenas de queixas que a companhia recebeu o ano passado por parte de passageiros que protestaram por ter de partilhar o seu espaço com pessoas mais volumosas.
Sabe-se agora que os indesejáveis spam além de entupirem as nossas contas de correio electrónico são altamente poluidores. Segundo um estudo da companhia de segurança informática McAfee, a circulação destes mails em todo o mundo produz uma emissão de CO2 equivalente à causada por 3,1 milhões de veículos, originando um gasto energético da ordem dos 33 mil milhões de KWh/ano. Este desperdício de energia daria para abastecer de electricidade 2,4 milhões de lares.
Conforme foi anunciado aqui no blogue a 28 de Março ( correio interno-2 ), estaremos todos juntos no próximo domingo, dia 19 de Abril, data do nascimento do Prosimetron, para comemorarmos o primeiro aniversário deste nosso blogue.
|
Vi a entrevista de Judite de Sousa a António Damásio e achei-a insípida. O neurologista é outra personalidade que admiro. Os seus estudos auxiliam as Ciências Sociais a repensar o papel do homem na História através da análise do comportamento humano.

Espanha é o segundo país do mundo que melhor aceita socialmente o divórcio. Depois do Brasil, o primeiro no ranking, nuestros hermanos crêem ser a ruptura do matrimónio a melhor solução quando uma das parte não consegue superar os seus problemas conjugais. Esta conclusão vem provar que, afinal, a sul, se dão cartas em algumas matérias relativamente a outros países do Norte da Europa considerados tradicionalmente mais liberais. Dos 35 países analisados o Japão revelou ser o país que pior aceita o divórcio, seguido das Filipinas e dos EUA. Este estudo revela ainda que numa escala de valores comportamentais, a ruptura do matrimónio é mais justificável que, por exemplo, a eutanásia, o aborto ou a prostituição.
O que é uma carícia perfeita? É aquela que decorre “a uma velocidade entre quatro a cinco centímetros por segundo, tal como uma mãe faz ao seu filho”. Quem o conclui é um conjunto de investigadores suecos e norte americanos das universidades de Gotemburgo e Carolina do Norte num trabalho publicado na última edição da revista Nature Neuroscience.
Muito barulho por nada (Much ado about nothing) de Kenneth Branagh foi um êxito de bilheteira no Reino Unido e na Alemanha em 1993. Em Portugal, passou praticamente despercebido - indevidamente, pois trata-se de uma adaptação cinematográfica da obra homónima de Shakespeare bem sucedida.

- Nicolas Fouquet, retrato por Édouard Lacretelle, Palácio de Versalhes.
- Vaux-le-Vicomte, mandado erigir por Fouquet, que contou com Le Vau, Le Brun e Le Nôtre, o trio maravilha depois usado pelo rei para Versalhes. Ainda é propriedade privada.

Marquem na agenda o dia 9 de Maio e preparem roupa branca para a entrada na maior festa do Mundo. Trata-se de mais uma edição do Sensation desta vez a realizar em Lisboa, no Pavilhão Atlântico. Desenvolvido pela empresa holandesa ID&T, este conceito de espectáculo multimédia vem a Portugal apresentar o Ocean of White, um espectáculo com a duração de sete horas e uma coreografia que pretende transportar o público para as profundezas do oceano. É a celebração do mundo subaquático num cenário de 80 metros que acolhe pista de dança, diversas criaturas das profundesas, fontes e jactos de água acompanhados de técnicas de palco inovadoras e efeitos especiais à mistura com luzes, projecção de vídos, câmaras ao vivo e pirotecnia. Todos os anos é escolhido um novo tema para este Sensation que se estreou em 2000, no Arena de Amesterdão, tendo contado com a presença de 20 mil pessoas. Nove anos depois do início do Sensation, outras cidades da Europa e de todo o mundo se renderam a esta original performance. No final deste ano, estaremos entre os mais de 18 países que terão assitido à festa dos Oceanos num enncontro diferente até pelo dress code a que obriga. Segundo os organizadores, os espectadores vestidos de branco vão ajudar a criar uma atmosfera envolvente, de paz, tornando o espectáculo singular em ambiente de união entre todos os presentes. Os bilhetes mais baratos custam 65 euros com aceso à arena e bancadas onde toda a acção decorre.
Estou à espera das reacções dos que têm clamado que Obama é só retórica e pouca substância, e que no essencial tudo será como na era Bush, depois do anúncio de ontem relativo ao levantamento de restrições de viagens e envio de remessas para Cuba por parte dos cidadãos norte-americanos que tenham familiares na ilha.