Prosimetron

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sábado, 3 de junho de 2017

Os meus franceses - 538

Já postei aqui esta canção - uma das minhas preferidas - mais de uma vez.

Para Maria Franco.

Livros de cozinha - 96

Este livro de Sophie Wattel é raro. Ilustrado com 450 gravuras e 3 cromolitografias, em extratexto,  é uma edição de 1886, de acordo com Georges Vicaire, no seu Manuel de l'amateur de livres du XIXe siècle.
Foi a leilão há dias na net. Ainda mal tinha começado o leilão e já tinha atingido o montante que eu estava disposta a pagar por ele. :) Mas eu sabia...

Marcadores de livros - 726


Verso e reverso de um marcador de um quadro de que gosto imenso.

Hans Baldung - Retrato de senhora, ca 1530
Madrid, Museu Thyssen

Obrigada, Justa!

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Boa noite!

Está esta noite no CCB.
Gravou este cd há seis anos em Portugal.


A arte do retrato - 229


Um dos belos retratos que Miguel António do Amaral fez da Família Real Portuguesa e que estão no Ermitage de São Petersburgo. O retratado neste é o Príncipe D.José, Príncipe do Brasil, filho primogénito de D.Maria I, e que morreu aos 27 anos de varíola .

Biografias e afins


Uma família criminosa que a banda desenhada ( Lucky Luke ) e o cinema não deixaram esquecer. Esta autobiografia foi escrita por Emmett Dalton, o único sobrevivente do bando dos irmãos Dalton. Condenado a prisão perpétua, é libertado em 1907, com apenas 36 anos. Torna-se agente imobiliário, dá conferências por todo o país sobre o sistema prisional, e escreve dois livros sobre a sua vida e o gangue dos Dalton, e ainda foi actor na nascente Hollywood !

Le Gang des Dalton, notre véritable histoire, Emmett Dalton, Petite Bibliothèque Payot, 208p, €8

Poemas - 100





RIP Armando Silva Carvalho

Um quadro por dia - 367


Mais uma natureza morta, e esta de um dos seus grandes cultores : Pieter Claesz. É de 1625, estava avaliada entre € 300 000 e 400 000, mas acabou vendida a 6 de Maio por 1,3 milhões de euros, um recorde para este pintor.

Humor pela manhã


Bom dia !





Mais uma do ano mágico de 1967,e de uma banda que gosto muito.

Camille Pissarro, o primeiro dos impressionistas


O Museu Marmottan Monet apresenta até 2 de julho a primeira exposição monográfica dedicada a Pissarro desde há 36 anos, em Paris. Cerca de 75 pinturas e têmperas traçam a obra de Pissarro, da sua juventude nas Antilhas dinamarquesas  até Paris, Paris, Rouen e Le Havre do final da sua vida. Considerado por Cézanne como «o primeiro dos impressionistas», Pissarro é um dos fundadores desta corrente artística. Foi ainda o único que participou nas suas oito exposições. Companheiro e amigo de Monet, mestre de Cézanne e de Gauguin, inspirador de Seurat, defensor de Signac, Pissarro é um artista incontornável. Interveniente e militante, a sua obra, em constante evolução, oferece uma panorama único das pesquisas que animaram os círculos impressionistas e pós-impressionistas da segunda metade do século XIX.


Cinzas de Sísifo


Eu vi o sobressalto.
Nesse bosque de lâminas e luvas
tocaste cada coisa como
um grito.

E amaste a minha boca
como quem corta
os pulsos ao silêncio.

Se o vento te derrama
entre folhas e cinza
é sempre a mesma voz que não perdoa

a mesma lei

o mesmo labirinto.

Armando Silva Carvalho


Marcadores de livros - 725


quinta-feira, 1 de junho de 2017

Boa noite!



(Depois d')O chá das cinco - 104

Charles Courtney Curran - Lavando a loiça, ou Emily e o seu serviço de chá 

A nossa vinheta



Dia Mundial da Criança. E pensamos quase sempre na criança feliz, inocente, que tem a vida e o mundo à sua frente, que tem pátria, que tem pais, que tem pão. Mas mais agora do que antes, neste tempo de ódios, fundamentalismos, guerras que se alargam a todos os cantos do mundo, migrações e exílios em condições desumanas, os rostos das crianças o que reflectem é a desesperança, a tristeza, o horror, a ausência de um presente de amor e de um futuro sorridente. São essas crianças, sem nome e sem rosto, que no seu dia mundial evoco.

Leituras no Metro - 278

Lisboa: Guerra e Paz, 2016

Gosto muito de livros de entrevistas. E gostei deste.

«Fazer parte de um grupo era muito bom. Juntávamo-nos no meio dos caminhos e partíamos em algazarra na direçõ do mato. No mato existiam lebres, perdizes. gatos bravos, moravam bichos répteis de vária espécie. A relação com todo este bestiário era qualquer coisa de fortíssimo, entre terror e atração. Mas, por outro lado, a luta pela sobrevivência era alguma coisa que me tocava profundamente, de tal modo que, muitas vezes, não me deixava dormir.
«Não me deixava nem a mim, nem às outras crianças, porque nós, às vezes, falávamos nisso. A luta pela sobrevivência er dura. Colher os frutos das árvores era alguma coisa que se fazia sob um calor tórrido. A luta do trabalho nos campos não dava tréguas. A noção de classe estava enraizada, sentia-se perfeitamente quem era muito  obre, que era menos pobre e quem eram os detentores da terra. Estes, de uma maneira geral, eram brutais em relação às outras pessoas.
«A minha família fazia parte daqueles que estavam no meio, não tínhamos muito mas dava para os mes avós manterem assalariados ao seu serviço, o que significava um pequeno estatuto acima. Mas, na vedade, os meus amigos, a maior parte deles, não tinham praticamente nada em casa. Muitas dessas crianças andavam descalças, estavam desnutridas, tinham problemas de pele, tinham problemas de toda a natureza, e essa situação de testemunho da penúria marcou-me para sempre. Acho que nunca deixarei de olhar para as pessoas que nada têm sem pensa naqueles meus colegas da escola primária, foi uma experiência determinante.» (p. 27-28)

«Testemunhei os últimos cinco anos da Guerra Colonial, quando muitos militares já estavam bastante desmoralizados. Lá havia um ou outro guerreiro, digamos assim, que estava convencido da bondade da situação, mas poucos. A maior parte estava contra. Muitos militares discutiam a forma como encerrar o conflito com a menor perda possível de vidas, para um lado e para o outro.
«Quer dizer, quando se olha para esse tempo só a preto e branco, alimenta-se um erro. E a História tenderá a simplificar, mas na realidade foi tudo muito nuancé, tudo muito complexo, as pessoas percebiam que o futuro era incerto, e que abandonar África de um momento para o outro podia criar grandes problemas a uma parte significativa da população europeia aí residente.
«Ao mesmo tempo, por outro lado, quem tinha lutado durante mais de uma década para que as colónias se transformassem em países independentes de pleno direito não iria abdicar de nada, sobretudo da urgência da autodeterminação. O tempo iria ser o grande fator, a urgência a grande cilada.» (p. 84-85)

Marcadores de livros - 724





Obrigada, Justa!

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Boa noite!

Hoje continuamos com bailado e com cadeiras, numa coreografia de Olga Roriz:


Na Biblioteca Nacional


É hoje.

Números



Números que deviam ser bem explicados ...

A arte do retrato - 228


É de Moise Kisling este Retrato de Michèle Morgan, pintado em 1942 quando a actriz estava refugiada nos Estados Unidos. Oferecido mais tarde à retratada pela família Seydoux .

Pode agora mudar de mãos, como se pode ler no post infra, através da venda organizada pelos netos.

Um quadro por dia - 366



Este Église d' Ile-de-France , de Henri de Waroquier, 1881, foi entregue a Michèle Morgan quando  recebeu o prémio de interpretação feminina no 1º Festival de Cannes, em 1946.
Vai agora à praça, escassos meses após o falecimento da grande actriz .

30 oeuvres de la collection Michèle Morgan, ventes les 30 et 31 mai et le 20 juin, Artcurial, Paris.

Mais info : artcurial.com

Lá fora - 313






A relação do homem com o ambiente, as relações familiares, as cidades mediterrâneas, são estes os temas do Photomed, festival de fotografia do Mediterrâneo, deste ano. A possibilidade de ver os trabalhos de Hèléne David, Flore, Zined Sedra e outros nos vários cenários do festival : Sanary-sur-Mer, a ilha de Bendor , Toulon.

Até 13 de Agosto. Mais info : festivalphotomed.com

Humor pela manhã



Ao mesmo tempo que nunca houve tanta tecnologia , tanta informação disponível, encontramos pérolas destas ...

Bom dia !





Do novo álbum ( Awaken, My love ) deste artista completo ( cantor,compositor,actor e realizador ) que também dá pelo nome de Donald Glover.

Sérénissime! Venise en fête: de Tiepolo à Guardi

Uma pequena exposição num pequeno museu que é uma beleza.
As festas, celebrações, regatas e outros espetáculos que faziam parte da vida de Veneza e atraíam a curiosidade de toda a Europa. Longe de serem ouros divertimentos ociosos, estas festividades, de que a mais conhecida é o Carnaval, fazem parte de uma verdadeira encenação política e religiosa da cidade dos Doges e foram imortalizadas por grandes artistas, como Tiepolo, Guardi ou Longhi. 
A exposição compõe-se de mais de 40 pinturas, gravuras e desenhos, que mostra a pompa implementada pela Sereníssima República de Veneza no tempo das Luzes. 



Pode ser vista até 25 de junho.

Marcadores de livros - 723


À esq.: Biombo namban (pormenor). Período Edo, ca 1600. 
À dir.: Cão. Pintura atribuída Kitagawa Sosetsu, século XVII.
Em baixo: Pano de armar bordado com personagens do Romance dos Três Reinos. China, ca 1993.
Museu do Oriente.

Logo ao fim da tarde

Uma boa oportunidade para saber das afinidades entre estes dois contos. Pelo menos para mim que nunca li Bartleby.

terça-feira, 30 de maio de 2017

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Boa noite!


Kennedy convidou Robert Frost para ler este poema na sua tomada de posse como Presidente dos EUA.

Lá fora - 312



Uma exposição no Museu Guggenheim de Nova Iorque que visa celebrar os 80 anos da Fundação Solomon R.Guggenheim, mostrando 170 obras provenientes quer da colecção do museu nova-iorquino como vindas do Museu Peggy Guggenheim de Veneza. Estão presentes todas as vanguardas artísticas desde o fim de Novecentos com Cézanne, Chagall, Kandinsky, Klee, Mondrian ou Jackson Pollock :

Biografias e afins


Passam hoje precisamente 35 anos sobre a morte dela, a 29 de Maio de 1982, aos 43 anos, infeliz nos amores e a sofrer ainda a perda do seu filho David.

Romy, David Lelait-Helo, prefácio de Alain Delon, éditions Télémaque, 282p, €18.

A arte do retrato - 227


Aquela que viria a ser imortalizada como Sissi tinha 15 anos quando Carl Theodor von Piloty e Franz Adam a retrataram a cavalo, defronte do castelo familiar de Possenhofen no ano de 1853. A tela foi oferecida ao noivo de Sissi, o imperador Francisco José , e acabou agora vendida no Dorotheum de Viena por 1 540 000 euros .

Onde me apetecia estar - 143




Em Liverpool, cidade que não conheço, para participar no Sgt Pepper : 50 Heading Home, o festival que assinala o meio século da edição do mítico álbum dos Beatles, e que conta com espectáculos de rua, exposições e concertos, com alguns eventos de entrada livre .

Pensamento ( s )



Nada no mundo pode impedir um homem de se sentir nascido para a liberdade. Jamais, aconteça o que acontecer, ele pode aceitar a servidão : porque ele pensa .

- Simone Weil ( 1909-1943 )

Marcadores de livros - 721

Nenhum destes marcadores é meu - infelizmente!

No dia do centenário do nascimento de John F. Kennedy.

Um quadro por dia - 365


Jean Dubuffet ( 1901-1985 ) não era um pintor fácil, até pelo seu temperamento, mas isso não impediu o casal de coleccionadores norte-americanos Jim e Ann Christensen de se apaixonarem pela sua obra. É esta colecção que foi recentemente dispersa e uma das obras vendidas foi este Cafetière, tasse et sucrier II, 22 septembre 1965.

Humor pela manhã


Só me ocorreu o " Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor ?! " ...

Bom dia !





RIP Gregg Allman .

Parabéns, Justa!

Luciano dos Santos - Retrato da minha mulher, 1946


Um dia feliz!

domingo, 28 de maio de 2017

Boa noite!

Leituras no Metro - 277

Alfragide: Dom Quixote, 2016

«Estas são histórias verdadeiras contadas de memoria - ao que os leitores têm o direito de perguntar o que é a verdade e o que é a memória para um escritor de obras criativas naquilo a que poderíamos delicadamente chamar o entardecer da sua vida. [...] Para o escritor de obras criativas, os factos são a matéria-prima bruta, não o seu capataz, mas o seu instrumento, e a sua tarefa é fazê-los cantar. A verdade real reside, se reside algures, não nos factos mas nos matizes.» (p. 17)

«A espionagem e a escrita de romances foram feitas uma para a outra. Ambas pedem um olhar atento à transgressão humana e às muitas vias para a traição. Aqueles de entre nós que alguma vez estiveram no mundo dos serviços secretos nunca realmente o deixam. Se não partilhávamos os seus hábitos antes de entrarmos nele, partilhá-los-emos para todo o sempre.» (p. 37)

Gostei bastante de ler este livro de John Le Carré, entrar um pouco no mundo que serviu para ele criar os seus personagens e as suas histórias. Com algumas situações divertidas, como os seus encontros com Margaret Tatcher ou Cossiga.