Prosimetron

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sábado, 13 de junho de 2020

Boa noite!


Santo António ...

Em especial para MR

Retirado do Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos: 


Boas Festas de Santo António apesar de ser à varanda.

Marcadores de livros - 1651

Verso e reverso de um marcador do Museu do Dinheiro.


Marcadores de livros - 1650

«Santinhos» com Santo António (ca 1930). Os «santinhos» são considerados dos primeiros marcadores.

Santo António

Bronze, séc. XVII
Vicenza

Caixa do correio - 144

Hoje todos os meus postes são sobre o Santo António, não que eu tenha alguma devoção pelo santo (nem por este, nem por nenhum). É mais uma questão de festas, que este ano não há. 

Selo comemorativo dos 750 anos da morte de Santo António e uma flâmula que ficou famosa: «Código postal [é] meio caminho andado». 
A carta estava na caixa do correio em 1981. :)

Santo António, em Lisboa, 2020

Este ano não se pode festejar o Santo Milagreiro da cidade. Anda todo o mundo triste. Nunca tinha visto, na noite de Santo António, o Terreiro do Paço, a Ribeira e Alfama sem viv'alma que se deixasse observar.
Os únicos carros que passavam eram da polícia.

Numa montra de Lisboa
Três estátuas de Santo António
confinadas na varanda de casa.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Boa noite!

Quando veremos este documentário narrado por Helen Mirren?


Auguste Escoffier ou la naissance de la gastronomie moderne


Auguste Escoffier, renovador da cozinha francesa, faleceu há 85 anos. Este filme passa no Arte amanhã de manhã.

Visite as livrarias


Faria isto com todo o gosto, mas... 
Entretanto já fui à Bertrand do Campo Pequeno (gosto do atendimento que lá há, o que não acontece em todas as Bertrand); penso ir à Livraria da Travessa (uma belíssima livraria) e à Barata ver as revistas e talvez comprar alguma. E talvez vá à Almedina do Saldanha. Gosto das Almedinas, também têm um bom atendimento: sabem o que vendem.
A livraria que mais frequento é a Fnac Chiado.


Centenário de Amália - 1

Sardinha de Ana Leite, menção honrosa no concurso deste ano. 

Este e o próximo (dado a pandemia) vão ser anos dedicados à Amália. As comemorações dedicadas a Amália foram na sua maioria transferidas para o próximo ano. Será que a EGEAC vai fazer este ano a exposição com uma seleção das sardinhas concorrentes em 2020?
Desafio todos a que colaborem nesta secção com algo sobre Amália Rodrigues.

Varina

Jorge Barradas - As varinas, 1930
Guache sobre cartão
Lisboa, MNAC

Ó Varina, passa,
passa tu primeiro…
que és a flor da raça,
a mais séria graça
do país inteiro!

Teu orgulho seja
sonora fanfarra,
zimbório igreja!
Que logo te veja
quem entra na Barra.

Lisboa, esquecida
que é porto-de-mar,
fica esclarecida
e reconhecida
se te vê passar.

Dá-lhe a tua graça
clássica e sadia.
Ó varina passa…
na noite da raça
teu pregão faz dia!

Vê que toda a gente
ao ver-te, sorri.
Não sabe o que sente,
mas fica contente
de olhar para ti.

E sobre o que pensa
quem te vê passar,
eterna, suspensa,
acena a imensa
presença do mar!

1929
Carlos Queiroz

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Os meus franceses - 769


Luísa Ducla Soares - 50 anos de vida literária


«No ano em que assinala 50 anos de vida literária, Luísa Ducla Soares abre-nos a porta da sua intimidade ao recordar neste livro momentos da sua vida e da sua carreira que irão fazer as delícias de todos os seus leitores – crianças e não só! 
«Através de histórias, ilustrações e fotografias, ficamos a conhecer Luísa: a criança, a jovem, a mãe, a avó e a escritora. Não são, naturalmente, esquecidos os mais novos, inspiradores e destinatários de grande parte da sua obra.» (Do site da Porto Editora.)
Ainda não vi o livro que foi ontem posto à venda. Mas vou lê-lo.
Há duas espécies de escritores para crianças detestáveis: os que querem dar lições e os que os tratam como idiotas. Pela minha experiência, Luísa Ducla Soares é uma das escritoras mais apreciadas pelos miúdos. Escreve com humor, tratando-os como pessoas.

Marcadores de livros - 1649

Obrigada, Luisa!


Leituras na pandemia - 33

Porto: Afrontamento, 2018

«No final de 1962, criava-se a Frente Patriótica de Libertação Nacional na Conferência das Forças Antifascistas Portuguesas realizada em Roma. Pela mesma altura, começava a formar-se um novo núcleo do exílio português na recém-independente Argélia, onde acabou por se instalar a delegação da FPLN no exterior. Uma opção de inegável significado político, consentânea com dois dos temas quentes que animavam o debate travado na oposição portuguesa: a prioridade a atribuir à questão colonial e a adopção de novos métodos de luta contra a ditadura salazarista, como a luta armada. Nos últimos dias de Junho de 1964, Humberto Delgado chegava a Argel para assumir a presidência da FPLN, quando o ambiente entre os portugueses estava já muito crispado, com graves diferendos pessoais a misturarem-se com a radicalização das posições políticas. Um conflito em que rapidamente se envolveu, acabando por romper com a Frente. Terminava aqui a primeira fase da história da FPLN.» (Da contracapa)
Muitos dos exilados que se vão encontrar na Argélia estiveram antes em França, em Roma e no Brasil. O livro trata também das relações destes exilados com os grupos de portugueses existentes nesses países e como algumas dessas relações não eram fáceis, dado agregarem diversas fações com diversas visões políticas, para além dos temperamentos pessoais.
O livro é fruto da tese de doutoramento de Susana Martins e está muito bem fundamentado. Gostei,  talvez porque é uma temática que me interessa muito. Levei algum tempo porque a leitura (também fruto da muita fundamentação) não é fluída.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Boa noite!



Bom almoço!

Mais uma chamada de atenção para uma exposição que pode ser visitada no site do Museu Thyssen, desta vez sobre Gastronomia e de que selecionei estas duas obras:

Emanuel de Witte - O antigo mercado de peixe em Dam, Amsterdão, ca 1650
Jacob Ochtervelt - Comendo ostras, 1665-1669
(Não estão a comer ostras, estão a ver as ostras que irão comer.)

Vinheta - 10 de junho

A data é mais uma das datas escolhidas pelo romantismo - quando era preciso ter caras e datas para tudo - e com os tempos foi tendo diferentes nomes até ao de hoje: Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Chegaram-me dois extraordinários cartazes concebidos por Victor Marreiros, em Macau. Mostram a atualidade de 2020 e os temas de ontem e de hoje.

Portugal, Camões e as comunidades portuguesas
tudo com máscara social

Camões com máscara social

Obrigado, Carlos.
Não deixa de ser engraçado registar que foram os únicos cartazes que vi para o dia de Portugal de 2020.
Desconheço se outros existem...

Caixa do correio - 143

Um selo de uma carta que chegou a uma caixa do correio em 1972, com uma flâmula alusiva ao IV centenário da publicação d'Os Lusíadas.

Marcadores de livros - 1648

Marcador de um livro de Rubem Fonseca, Prémio Camões em 2003.


Obrigada, Miss Tolstoi! 

terça-feira, 9 de junho de 2020

Cada vez percebo menos...

deste mundo em que vivemos. 
Estátua de Edward Colston no The Centre, Bristol, derrubada em 2020
                    https://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Colston
Os homens perdem a noção do espaço e do tempo, perdem a noção da História e apagam-na com  manifestações anti-racistas, num gesto simples, descontrolado de massas, como a que deitou ao rio a estátua de um benfeitor do século XVII, da cidade de Bristol, Edward Colston. 

Explicando melhor,  este comerciante de escravos do século XVII, foi benfeitor da cidade de Bristol, numa época em que a História via os africanos como mercancia. Não era justo de facto!
No entanto, para os parâmetros da época não se equacionava esta questão. 
Será correto, no século XXI, apagarem a memória deste homem? Não será abusivo olhar para o passado com os olhos no presente?

Fez-se outra manifestação em Oxford para retirar Rhodes do edifício de um dos colégios. Será correto?
Apagar as memórias é apagar a História, é branquear os tempos e os momentos. Será isto a mensagem correta para as gerações vindouras?

Afinal qual é a importância da História?

Boa noite!
                  

Os meus franceses - 768

Esta é uma das canções (e Ferrat chante Aragon um dos discos) da minha vida. Cá volta hoje porque faz parte da banda sonora do filme Quarto 212, que vi recentemente.

Livros de cozinha - 115

Paris: Hachette, 2011

Quando se folheia este livro apetece fazer todas as 85 receitas que ele nos apresenta. Desde as clássicas Madalenas (muito apreciadas por Proust) ou bolo mármore até vários clafoutis (de que eu gosto bastante) e tartes. Já as 'novidades' como cupcakes ou whoopies não são para mim, mas que têm bom aspeto...
Em breve vou-me abalançar a um clafouti não de cerejas porque acho-as sempre mal empregadas neste doce, a não ser em ano que estejam baratas, o que não vai este.

Para a Paula e o Rui.

Marcadores de livros - 1647

Versos e reversos de três marcadores (o primeiro dos quais é recortado) que vieram de Amesterdão.

Obrigada, Paula e Rui.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Os meus franceses - 767

Depois de ontem ter visto o filme Quarto 212.

Fogo de artifício floral

Não sei como se chama esta planta do jardim de Giverny. Parece-me uma daquelas para que sopramos e acaba-se a flor. 
Imaginemos que vamos até à Fundação Claude Monet passear no jardim, que reabre hoje ao público. 


As mulheres e os livros

Georges d'Espagnat - Simone, ca 1907
Madrid, Thyssen

O Museu Thyssen tem tido, enquanto se encontra encerrado, umas exposições online sobre diversos temas, como esta Las mujeres y los libros. Una reflexión a través de la pintura occidental que podem espreitar aqui
E podem ver outras, de que ainda escolherei uma sobre gastronomia e outra sobre moda para trazer aqui ao blogue.

domingo, 7 de junho de 2020

Boa noite!


«Réveillons-nous», o apelo de Omar Sy, pode ser lido aqui.
Nós também temos os nossos «esqueletos no armário». A Amnistia Internacional tem frequentemente alertado contra a atuação da polícia em Portugal em relação a pessoas de ascendência africana.

Marcadores de livros - 1646

Verso e reverso.

Este marcador e outros dois foram-me oferecidos, através da Junta de Freguesia do Beato, por Ernesto Fernandes que se dedica a fazer marcadores de livros. Lindos, como veem.

Feira do Livro Antigo em Madrid

Cuadernos de Bibliofilia, n.º 11 (jun. 1983), p. 58

Para o Jad.