Prosimetron

Prosimetron

sábado, 3 de julho de 2010

Almendres


Cromeleque

Últimas Ceias


Marcos López (Argentina, 1958-) - La ultima cena argentina, 2001
Fotografia

Martin de Vos (ca 1532-1603) - Última ceia
Óleo sobre madeira, ca 1570
Évora, Museu de Évora, depósito do MNAA



Noémia Cruz (1948-) - Isto é o meu corpo, 1979-2010
Instalação, pvc, cera, metal
Escultura


Jorge de Sousa (1962-) - A última ceia, 2007
Fotografia.

Ceia, início século XVI, escola flamenga
Évora, Museu de Évora

Gostei destes diálogos.

Pôr-do-sol


Sobre o Alqueva, 29 Jun. 2010

Alentejo, 29 Jun. 2010

Sobre a Ponte Vasco da Gama. 3 Jul. 2010

Festival de Ópera de Munique 2010


A edição do Festival de Ópera de Munique 2010 iniciou-se no passado dia 24 de Junho e acolherá, ao longo das próximas cinco semanas, milhares de admiradores alemães e estrangeiros. Com mais de 130 anos, os Münchner Opernfestspiele orgulham-se, com toda a legitimidade, de figurar entre os mais prestigiados acontecimentos na agenda anual operática.

As expectativas concentram-se nas produções novas, a estrearem-se no belo Nationaltheater, sede da Ópera Estadual Bávara. Do programa destaca-se a nova encenação de Tosca de Giacomo Puccini que conta com as vozes de Karita Mattila e Jonas Kaufmann, dois dos mais aclamados cantores líricos da actualidade e já apresentados oportunamente neste blogue. A 20 de Julho subirá Die schweigsame Frau de Richard Strauss com a presença de Diana Damrau.

Mais de 30 récitas de ópera preenchem este festival, entre elas, L’elisir d’amore de Donizetti com Rolando Villazón, Don Carlo e Medea in Corinto com Ramón Vargas ou Don Giovanni com Mariusz Kwiecien. Recitais de Lied, obras corais em várias igrejas da capital bávara e ballet completam a programação. A decorrer até 31 de Julho.



Imagens: entrada para o Salão Jónico do Nationaltheater; Diana Damrau; Jonas Kaufmann

O Futebol nas Letras - 13


http://www.buteco.com.br/wp-content/uploads/2009/11/bola-na-rede.jpg

FUZILAMENTO

Apontar...
Atirar...
Goool...

Leila Míccolis
In: MPB: Muita Poesia Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Trote, 1982

E eu estou a torcer pela:

Recordando Dick Farney

Porque ontem à noite ouvi muito Dick Farney, num alegre convívio luso-brasileiro. Esta voz suave do Sinatra brasileiro é perfeita.

ONDE ME APETECIA ESTAR - 34

- Pormenor dos Hospices de Beaune, antigo Hôtel-Dieu dos poderosos Duques de Borgonha.
- Basílica de Notre-Dame de Beaune.
Começou ontem, em Beaune, no coração da Borgonha, mais uma edição do Festival International d' Ópera Baroque. Com um programa aliciante: Monteverdi ( Il ritorno di Ulisse in patria ), Mozart ( com a rara Thamos, roi d' Egypte ), Rameau ( Anacréon e Pygmalion ) e Haendel. Os intérpretes são de luxo, com Les Arts Florissants e recitais dos três melhores contra-tenores da actualidade: Lawrence Zazzo, Max-Emmanuel Cencic e Andreas Scholl.
Até 25 de Julho, nos belos cenários supra e outros.
Programa completo aqui: http://www.festivalbeaune.com

Citações - 99


(...) O Presidente da República diz que a situação é insustentável. Um antigo presidente e um candidato à presidência dizem que ele não pode dizer que a situação é insustentável. O primeiro-ministro diz que estamos muito bem. A oposição diz que ele não pode dizer que estamos muito bem.
Portanto, podemos de ir de férias descansados. E esclarecidos. (...)


Ricardo Araújo Pereira,
Boas férias (sem ironia) , na Visão desta semana.

Precocemente...

XXI

Precocemente pressentiu
que na Mulher coexistem quatro figuras:
a Mãe, a Irmã, a Filha; e a Fera.
Ou, melhor dizendo,
a Terra, o Ar, a Água; e o Fogo.

David Mourão-Ferreira, Jogo de Espelhos, Lisboa: Editorial Presença, 2001 (2ª ed.).


NINA SIMONE- "DON'T LET ME BE MISUNDERSTOOD"

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Boa noite!


Todas as ocasiões são boas para lembrar Clara Schumann, e porque
não escutá-la no ano do bicentenário de Robert Schumann?

Uma canção...



e um...

Cartaz de Schupbach Hohlwein.

Amália/Natália

Para o APS estas duas imensas mulheres, numa belíssima colaboração que recupera coisas d' antanho.
Espero que lhe agrade tanto como a mim agradou o Cancioneiro Geral (V).

Ainda é cedo, mas fica a dica

Chega o Verão e com ele as edições especiais e limitadas das grandes casas de champanhe. Aqui fica uma delas: Moët&Chandon Ice Impérial. Daqui a umas horas já não parece mal...

P.S. - E os senhores da marca se quiserem agradecer é só pedir a morada. Fica para o convívio de Verão do Prosimetron, assim o permitam as "terríveis" agendas.

O regresso de Alexandra


Alexandra Lencastre regressa aos palcos em Setembro, no D.Maria II, dirigida por Diogo Infante. E a peça é a mítica Um Eléctrico Chamado Desejo, de Tennessee Williams, de que há dois dias atrás se falou aqui no blogue, embora a propósito da sua versão cinematográfica. Um desafio nada fácil para quem tem trabalhado exclusivamente em cinema e televisão nos últimos anos.

Hoje no Estoril

Começa mais uma edição do Estoril Jazz, com concertos até dia 11. E cabe a esta grande senhora do jazz contemporâneo, Renee Rosnes, a abertura do festival.

O Futebol nas Letras - 12

O torcedor do América F. C.

O desábito de vencer
não cria o calo da vitória;
não dá à vitória o fio cego
nem lhe cansa as molas nervosas.
Guarda-a sem mofo: coisa fresca,
pele sensível, núbil, nova,
ácida à língua qual cajá,
salto do sol no Cais da Aurora.


http://yougol.files.wordpress.com/2009/07/vasco49_ademir1.jpg

A Ademir Meneses

Você, como outros recifenses,
nascido onde mangues e o frevo,
soube mais que nenhum passar
de um para o outro, sem tropeço.

Recifense e, assim, dividido
entre dois climas diferentes,
ambidestro do seco e do úmido
como em geral os recifenses,

como você, ninguém passou
de dentro de um para o outro ritmo
nem soube emergir, punhal, do lento:
secar-se dele, vivo, arisco.

João Cabral de Melo Neto
In: Poesia completa. Lisboa: IN-CM, 1986, p. 82, 97-98

Concerto Piazzolla


Hoje, Lisboa, Largo de São Carlos, 19h00.
Não é este quinteto, mas espero que seja igualmente bom.

Nova vinheta- razão da escolha

João Pedroso, Alexandre Herculano, 1877, óleo sobre tela. ( Não consegui descobrir onde está, alguém ajuda? )


Cabendo-me Julho, resolvi começar pelo gigante historiográfico que foi Alexandre Herculano. Deve-se tal escolha ao facto de que começam este mês em Lisboa as conferências e palestras evocativas do bicentenário do nascimento do pai da historiografia portuguesa.
A primeira, organizada pela Associação Portuguesa de Escritores, é dia 6, no Arco da Rua Augusta.

"Correio interno" - 5


Pois é, a escolha de uma banner para este blogue está a revelar-se renhida, com razoável dispersão de "votos". Acho que vamos ter que fazer uma "segunda volta" com os candidatos mais votados...
Sim, que este blogue é democrático apesar do seu fundador continuar a achar que o melhor de todos os regimes é o despotismo iluminado. Sendo também certo que quando falta a luz é uma chatice.
Fica dada a informação.

Hoje no Palácio da Independência

D.Pedro IV nos Açores, da escritora brasileira Cândida de Arruda Botelho, é lançado hoje, pelas 17h, no Palácio da Independência, no Largo de S.Domingos, Lisboa.

1983 : Rod Stewart

A 2 de Julho de 1983 o domínio dos tops europeus de singles é de Rod Stewart com esta Baby Jane. Bom dia!

A má sardinha


Este ano a sardinha anda mesmo muito má.

Será que os ditos populares aqui colocados, em Março, estavam relacionados?


Parece-me que sim... quando existe sardinha em Março... fica pouco gorda em Junho/Julho! Por isso o ditado da sardinha em Abril... realmente é só espinha nesta época do ano.

Depois do mar

Depois do mar...
resta navegar

Monsieur Lacoste

René Lacoste nasceu em 2 de Julho. Tenista francês, criador do pólo Lacoste, em 1929. Usou-o, pela primeira vez, no Open dos Estados Unidos, que se disputa em Newport (Rhode Island). René Lacoste foi o primeiro tenista estrangeiro a ganhar este torneio, em 1926, tendo bisado no ano seguinte.

"Jupiter" - Sinfonia nº 41, Mozart

Rene Leibowitz conducts The Royal Philharmonic Orchestra (1962)

Mozart-Symphony No. 41 "Jupiter"

x
A luz ilumina o meu caminho!
Mozart

Christian Jacq, O Mistério de Mozart,Lisboa: Bertrand, 2006

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Futebol nas Letras - 11


Lisboa: Independente, 2004
Caricatura de André Carrilho.

Neuropeu de futebol
O que perde o futebol não é o jogo propriamente dito, mas todo o barulho que se faz à volta dele. É impossível a gente alhear-se do futebol, falado, comentado, transmitido, relatado, visto, ouvido, apostado, gritado, uivado, ladrado, festejado, bebido. O futebol passa deste modo a ser uma chateação permanente. É que não há tasca, pastelaria, sala de jogos, barbearia, recanto de jardim público, quiosque, bomba de gasolina, restaurante, Assembleia da República, supermercado, hipermercado, livraria, loja, montra, escritório, colégio, oficina, fábrica, habitação, diria até, onde, de algum modo, não se ouça falar do jogo que decorre, decorreu ou decorrerá. Quando há transmissão via TV ou Rádio, então a infernização é total. Passam sujeitos na rua de transístor aberto para ouvir o relato, para sofrer e fazer sofrer quem gosta (ou não) de futebol, ouvem-se súbitos gritos guturais, alarido dos diabos. Em casas de comida (pasto), pastelarias, etc., só se vê gente de pescoço esticado para o pequeno ecrã, alguns acompanhando simultaneamente com o rádio de bolso o jogo que está a ver. Isto sem contar com o que vem das residências particulares, quando o calor aperta e as janelas estão abertas. Depois, aparecem os jornais desportivos e os jornais não desportivos, os críticos, os especialistas, os entrevistadores, os grandes títulos tantas vezes perfeitamente idiotas, como o da presente crónica, para não me furtar ao exmplo. Enfim, o País fica futebol.
É grave? Não é grave? Sei lá. Verifico, apenas, que é assim por toda a parte. E isso massacra, desgosta, faz perder a razoabilidade, a isenção, o bom senso, a simples tineta. Que futebol pode ser um jogo lindo, emocionante, que dúvida! Ainda há momentos (estou a escrever no domingo) acabei de telever o Portugal-Espanha chutado e dei comigo aos pulos, abraçado a um filho de oito anos de idade - ainda relativamente ileso -, quando os nossos patrícios meteram o seu golo. Eu estava apanhado apenas por razões patrioteiras, que o jogo foi fraco, embora o golo tenha sido lindo.
Mas que vem a ser isto? Então eu que, ao contrário do que é costume, até gosto dos espanhóis, vou deixar-me caçar assim? Que tenho eu a ver, no fundo, com a equipa-de-todos-nós, agora exaltada num hino que dá vontade de rir?
Nestas coisas ten de se cortar cerce: nunca mais vou chupar desse tabaco que se chama futebol. Em todo o caso, sempre quero dizer que eu, se fosse o Cabrita, tinha metido o Gomes, pelo menos na segunda parte, ou estarão a poupar-lhe as pernas para o Inter de Milão?
Alexandre O'Neill
In: JL, Lisboa, 19 Maio 1984

Jack Vettriano


Mad Dogs


The Singing Buttler
Encontrei esta última pintura, na net. Achei engraçada, procurei o autor e soube ser Jack Vettriano, nascido em 1951, na Escócia.

Romantic Bouquet


Frasco de perfume produzido pela Estée Lauder, em colaboração com a Saks Fifth Avenue. Saiu em 2009 e custa US$ 300.
Estée Lauder (1908-2004) faria hoje 102 anos.

Catch a wave!

Da minha biblioteca - 7




Lembro-me que quando a Amália ainda andava nos projectos do pai o Sidónio Pais ter caído dum cavalo em Lisboa.


Lembro-me que quando a Amália nasceu os avós dela que eram da Beira Baixa compraram um canarinho verde com cabeça vermelha a um senhor da Covilhã que tinha uma loja de fazendas no Rossio.


Lembro-me que quando a Amália nasceu a manteiga era a cinco escudos o quilo e o bacalhau a 2 e 20.


Assim começa adeusamália, o livro que Manuel da Silva Ramos escreveu em 1999 para a Fenda, um dos objectos literários mais incomuns ( e entusiasmantes ) inspirados pela diva. Recomendo.

Mais Amália

Quando estou bem disposto, ouço o folclore cantado por ela e fico ainda mais bem disposto, tamanha é a graça e a pequena malícia colocadas nas interpretações que ela fez destes temas antigos. Um dos meus preferidos, e de que ela também gostava bastante, é este Malhão de São Simão.

Onde vais toda lampeira, morena de olhos travessos?

Está na hora de... - 6

Apeteceu-me hoje começar pelo fim, ou seja pelas sobremesas, desde logo as da Mercearia Criativa, ao fundo da Guerra Junqueiro, já próximo da Alameda D.Afonso Henriques. Há gelados artesanais fantásticos e cupcakes. Porque não estes de Limoncello?

ONDE ME APETECIA ESTAR - 33












Oficialmente a acompanhar o meu sobrinho :), não me importava nada de passar um dia no Legoland Water Park, integrado no Legoland California Resort, a 30m de San Diego, Califórnia.
Além dos mega-escorregas, dos cruzeiros para ver réplicas de cidades famosas em lego, das praias artificiais, é ainda possível cada um fazer as suas próprias construções usando os famosos blocos.
Os miúdos e os graúdos podem saber mais aqui : http://california.legoland.com


Bom dia!

Com James Brown, num tema de 1986 : How Do You Stop.

Parabéns Pedro

Walter Crane (1845-1915)
Arte e vida / Art and life


O Pedro Franco, nosso visitante e amigo de muitos dos prosimetronistas, faz hoje anos. Aqui fica um primeiro abraço.

Hoje, na FNAC

Cear em Évora, a partir de hoje



Ceia com mulheres, marginais e operários. A instalação Últimas Ceias apresenta obras de Jorge de Sousa (PT), Marcos López (ARG) e Noémia Cruz (PT). Esta iniciativa, com curadoria da Colecção B, integra a programação do Festival Escrita na Paisagem e estará aberta ao público durante os três meses de actividade do Festival, encerrando dia 30 de Setembro de 2010. A instalação Últimas Ceias centra-se naquele que será o tema mais recorrentemente difundido no contexto da cultura religiosa cristã – a Última Ceia de Jesus Cristo com os Doze Apóstolos – colocando em diálogo duas pinturas quinhentistas, do Mestre do Retábulo da Sé e de Martin de Vos, do acervo patrimonial do Museu de Évora, com três peças de criação contemporânea que reactualizam a Última Ceia, inscrevendo-lhe o olhar crítico e discursos da actualidade. Uma instalação irreverente, na qual a famosa cena é repensada e reinventada à luz de problemáticas de género e de classe, remetendo-nos simultaneamente para as inúmeras versões contemporâneas da Última Ceia, que povoam o mundo virtual e dos media. (do convite)

Nasci no tempo das cerejas!


Não sei o dia em que nasci. Nem eu, nem ninguém na minha família. Ligaram tão pouca importância ao meu nascimento, era uma família tão grande, que não sabem. Uns diziam que nasci a 1 de Julho, outros no dia 12, outros a 4 ou a 14. A minha avó dizia que eu tinha nascido no tempo das cerejas, que vai de Maio a Julho. Então eu escolhi o dia 1 de Julho para fazer anos. Mais tarde, quando tive de tirar papeis para fazer exame, vinha 23 de Julho. Resolvi guardar as duas datas, porque assim sempre podia fazer duas festas de anos, com um vinhito abafado e uns bolos secos.
Vitor Pavão dos Santos, Amália (uma biografia), Lisboa, Contexto, 1987, p. 19


Efectivamente o Registo diz que Amália Rodrigues nasceu "Às cinco horas e zero minutos do dia vinte e trez do mez de Julho do ano de mil novecentos e vinte"...

Parabéns Amália...eterna.

Amália Rodrigues nasceu a 1 de Julho de 1920 (data escolhida pela própria)


Gaivota

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

Alexandre O'Neill / Alain Oulman

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Futebol nas Letras - 10


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQGhnv7tQPFfqyZqebGhJpFpGFkHDAh7OJn3EGfantN203ejPju7A6YyFyzHWo0SNQQEiLFLGDSx7iDc24VhsllTZi0SlZIymrIkHA6pgxVt3DcEnLnVUnnZ-1-_gBTfY14WaVoFRDIsMa/s400/Eusebio.jpg

Havia nele a máxima tensão
Como um clássico ordenava a própria força
Sabia a contenção e era explosão
Não era só instinto era ciência
Magia e teoria já só prática
Havia nele a arte e a inteligência
Do puro e sua matemática
Buscava o golo mais que golo-
só palavra
Abstracção
ponto no espaço
teorema
Despido do supérfluo rematava
E então não era golo –
era poema

Manuel Alegre
(retirado de: http://www.planetadofutebol.com/artigos/eusebio-a-pantera-negra)

Pedras - 3

La Peregrina, talvez a mais famosa pérola de todas, hoje propriedade de Elizabeth Taylor, a quem foi oferecida por Richard Burton no Dia de São Valentim de 1969, depois de ter pertencido ao Tesouro Real de Espanha (proveniente das Américas), a Maria Tudor, aos Bonaparte e aos Duques de Abercorn que a venderam no leilão onde Richard Burton a comprou.
Alonso Sanchez Coello, Isabel de Valois, 1560, Kunsthistoriches Museum, Viena.
A mulher de Filipe II de Espanha está literalmente vestida de pérolas, da coifa até aos pés. Quando a Espanha era muito rica...
- Coroa da Princesa Blanche, integrada no dote de Blanche de Inglaterra, filha de Henrique IV e mulher do Eleitor Palatino LuísIII, faz hoje parte do Tesouro Real da Baviera (Munique). Esta peça do século XIV é, mercê da tumultuosa história das Jóias da Coroa Inglesa, a mais antiga coroa fabricada em Inglaterra.


Junho não podia acabar sem a sua pedra que, como é fácil de adivinhar, é a pérola. Obviamente, aqui pedra é no sentido de preciosa, porque, como se sabe, este "fruto do mar" é muito frágil : risca-se facilmente, descolora-se se estiver muito tempo sem ser usada etc etc
Mas, apesar da sua fragilidade, tem exercido um longo fascínio sobre os humanos. Dos Antigos Persas aos romanos, da Renascença aos joalheiros da Arte Nova.
Muito tempo inacessível aos comuns mortais, "democratizou-se" no século XX com o aparecimento das pérolas de cultura, sendo estas a esmagadora maioria das pérolas vendidas actualmente.

Pina Bausch, um ano depois


O Teatro S.Luís, onde a grande coreógrafa alemã actuou, dedica hoje o dia à memória de Pina Bausch, um ano depois do seu falecimento.
Às 18h30 é lançado um livro da autoria de Cláudia Galhós, e às 21h passa na sala principal do teatro a filmagem de Café Muller, o último espectáculo de Bausch em Lisboa (2008).
Finalmente, pelas 22h, no Jardim de Inverno do S.Luís , estarão à conversa José Sasportes, Luís Taveira, Cláudia Galhós e Fernando Lopes, moderados por Mega Ferreira.

Frutas - 17


Um prato, numa loja de Roma (Jun. 2010).