Prosimetron

Prosimetron

sábado, 12 de abril de 2014

Boa noite!

Je crois entendre encore


Um cenário fabuloso de Jean-Marc Puissant para a ópera Os Pescadores de Pérolas de Georges Bizet.
Fotografia de Ken Howard, daqui
Jean-Marc Puissant - Project 1: Les Pêcheurs de Perles / Project 2: Aeternum

«Throughout the performance, the physical relationship between the two worlds allows the staging to reflect a range of different notions.
In this scene, downstage, Nadir and Zurga remember the times when, in their youth, their first saw and fell in love with Leila. Upstage, within the quote of the frame, we see their younger selves living this intense moment, bathed in the nostalgia of memory, standing against the natural Santa Fe sunset.
Act 1: "Au fond du temple saint..."»

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Animação no Chiado


Esta tarde os acessos e as principais ruas do Chiado regurgitavam de gente, a grande maioria turistas de todas as raças, todas as cores, todos os estilos e várias nacionalidades, de espanhóis aos de língua francesa, alemães e asiáticos. E para os animar, começando na estação do Metro da Baixa- Chiado onde uns espontâneos faziam passos e piruetas de hip op, passando pela rua Garrett onde uma estátua viva estava suspensa, apenas agarrada ao uma espécie de bengala e, junto à montra da Benetton um quarteto, tocava música, ao Largo Chiado onde sob o olhar escarninho do poeta popular, dois negros se contorciam ao som da música sincopada que saía de um aparelhómetro no chão. Lisboa está na rota do turismo e da animação de rua.

O Atentado


O filme começa com Amine Jaafari, um cirurgião palestiniano que trabalha num hospital em Tel Aviv, a receber um importante prémio pela sua carreira. No dia seguinte, há um atentado suicida num restaurante da capital israelita. É nesse hospital, que o médico vai ser informado que a sua mulher é a provável bombista suicida. Incrédulo ele vai tentar descobrir o que a levou a fazer aquilo.
Um filme, realizado pelo libanês Ziad Doueiri, em que se vê que nem tudo - nada - é a preto & branco no conflito israelo-palestino.

Os dias correm... 40 anos de liberdade?

Quem abre o Público lê títulos e notícias como estas:

A honra do senhor secretário de Justiça;

O problema não é “deles” nem está resolvido.

40 anos de liberdade, será que atingimos a maturidade política?

Os cravos estão a murchar...

25-5-1974,Viegas, in República (suplemento fim de semana), n. 15446 / 2ª série, p. 5

Bom pequeno-almoço - 30

A manteiga para as torradas que estou a fazer não é desta, é uma açoriana.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Os meus franceses - 328

Hino ao Sol

Hino ao Sol, nesta manhã de Primavera, com um passeio pelo campo. Só a Natureza é perfeita. 

A primeira papoila

Bela, agreste e sem nome porque desconheço.

O orvalho da manhã

Dente-de-leão


(...) sítios amenos e deleitosos em que as plantas, o ar, a situação, tudo está numa harmonia suavíssima e perfeita: não há ali nada grandioso nem sublime, mas há uma como simetria de cores, de tons, de disposição em tudo quanto se vê e se sente, que não parece senão que a paz, a saúde, o sossego do espírito e o repouso do coração devem viver ali, reinar ali um reinado de amor e benevolência.

Almeida Garret, As Viagens na Minha Terra, cap. 10, em pdf.

Onde me apetecia estar


Outra vez em Lyon, cidade que não conheço e que me parece cada vez mais apetecível pela oferta cultural. Por estes dias seria para assistir ao Festival Britten, que começa hoje e onde serão apresentadas três óperas do compositor britânico : Peter Grimes, The Turn of the Screw e Curlew River.

Um quadro por dia


Pieter Brueghel O Jovem ( 1564-1737/38 ), Danse de noces en plein air, 1624.

Vista em Janeiro por 3 prosimetronistas na Pinacoteca de Paris, e vendida no passado dia 26 de Março também em Paris por 1,6 milhões de euros.

Humor pela manhã


Fantástica esta t-shirt. Quem avança algo similar para autores portugueses?

Cinenovidades





O novo thriller de Luc Besson com Scarlett Johansson. Emoções fortes.

Lá fora - 201 : Dewasne




- Jean Dewasne, La longue marche, 1969.

A cor, as formas geométricas, os variados suportes escolhidos - elementos que me atraem neste pintor pouco conhecido do século passado e agora objecto de uma exposição no Museu Matisse.

Bom dia !

Flores de olaia

Lisboa, 5 abr. 2014
As flores da olaia no chão.

Na Biblioteca Nacional


Pacotes de açúcar - 76

Estes são da Torrié e têm uma foto de receita com café. Mas não trazem a receita. :(

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Coros de grandes óperas - III

Boa noite com Rigoletto!

Boa noite!

Eugénia Lima (1926-2014)

Faleceu há dias, em Rio Maior.

Um quadro por dia


Uma aguarela de Bill Watterson, criador do meu tigre preferido, Hobbes, e do seu inseparável companheiro/dono Calvin. Esta aguarela de 1989 foi vendida em 2012 por 107 000 dólares. Watterson é também muito apreciado na Europa, sendo o laureado de 2014 do Grand Prix do Festival de Angoulême.

Humor pela manhã



Antiga mas ...

País de Abril, hoje ao fim da tarde


A Paris de Zola

Paris: Hazan, 2008

Em toda a obra de Zola perpassa o fascínio pela cidade para onde se mudou aos 18 anos.  é rica em seu fascínio para a cidade onde chegou aos dezoito anos e onde veio a falecer.  Foi em paris que ele viveu e construiu a sua carreira, enfrentando campanhas literárias e políticas. 
Nesta cidade do século XIX, alojou as intrigas dos seus romances mais lidos: La Curée, Ventre de Paris, L’Assommoir ou Au bonheur des dames.
Paris foi para além o local de todos os sonhos, fantasias , obsessões , símbolos, pesadelos ou utopias que povoam sua existência imaginário e história. A sua visão romântica de Paris ressalta duma experiência dupla: a sua vida, mudando de casa, a frequência de casas dos amigos, dos teatros, cafés ou jornais: e as investigações de locais para colocar a ação dos seus romances, procurando atmosferas e decorações. 
Zola não é um passeante, tudo o que ele mais gosta é de trabalhar sozinho no seu escritório, o que não o impediu, como disse, de procurar as ruas de Paris para alojar os seus personagens. 
O livro, de Henri Mitterrand, um dos maiores especialistas na obra de Zola, é um verdadeiro guia, pelo que não se pode mais passar na rua Guénégaud sem ver a silhueta de Thérèse Raquin; olhar para uma gravura dos antigos Halles, sem tentar reconhecer a peituda Lisa Macquart; descer em Barbès, sem tentar encontrar o Hotel Boncoeur, etc. 
O livro é ainda ilustrado por pinturas de Manet, Courbet, Monet, Pissarro, Béraud, Raffaelli ou Steinlen, alguns dos quais foram amigos do escritor. 

A rue Guéguénaud, na atualidade. À direita, na rua, estão as traseiras do edifício Monnaie de Paris.
Gravura de E. Bourdelin


Gervaise Macquart vive no Hotel Boncoeur.

Bom dia !






terça-feira, 8 de abril de 2014

In Secret


Uma nova adaptação, desta vez americana, do romance Thérèse Raquin (1867), de Émile Zola, vai estrear para a semana nos cinemas portugueses. Inicialmente, intitulado Thérèse.

Em 1953, Marcel Carné realizou um filme do livro de Zola, com Simone Signoret e Raf Vallone. Não me lembro de o ter visto. Deste filme, apenas encontrei uma canção no YouTube.


Li o livro de Zola há muitos anos e voltei a lê-lo, pelo menos, mais uma vez.
Trad. de João Gaspar Simões.
Lisboa: Arcádia, 1964. (BAB: 38)

«Ao fundo da rua G´négaud, vindo do cais, fica a viela do Pont-Neuf, espécie de corredor estreito e sombrio, que liga a rua Mazarine à rua de Seine. Esta viela tem trinta passos de extensão e dois de largura, quando muito; o pavimento é de lajes pardacentas e gastas, desconjuntadas, que ressumam uma humidade ácida; o tejadilho envidraçado que o cobre , em ângulo reto, é negro de sujo.» (p. 15) Assim começa o romance de Zola, numa rua ali para trás da Biblioteca Mazarine. 
Zola escreveu um prefácio para este livro, talvez para a sua 2.ª edição, porque a crítica o acolheu «com uma voz brutal e indignada».
«Na Teresa Raquin quis estudar temperamentos e não caracteres. Nisso está o livro inteiro. Escolhi personagens soberanamente dominadas pelos seus nervos e pelo seu sangue, desprovidas de livre arbítrio, arrastadas a cada ato da sua vida pelas fatalidades da sua carne.» (p.7-8)

Boa noite!

Coro da Primavera

Lá fora - 200 : Joséphine


Tu seras plus que reine! - É o que diz a feiticeira mulata à jovem que então ainda se chama Marie Joséphe Rose Tascher de la Pagerie, filha dos donos de uma plantação na ilha da Martinica, Caraíbas. Só em Outubro de 1779 é que a futura Josefina conhece França, para casar no dia 13 de Dezembro com o visconde Alexandre de Beauharnais, filho do marquês de La Ferté-Beauharnais, governador das Antilhas Francesas. O resto é conhecido.

- François Gérard, Portrait de l' épouse du Premier Consul, 1801, óleo sobre tela.

- Hector Viger, em 1867 pinta uma cena que ocorreu décadas antes - Josefina e os seus filhos, Eugénio e Hortênsia, visitam Alexandre de Beauharnais na prisão do Luxemburgo. O marido de Josefina tinha entrado na política depois da revolução. Foi deputado, secretário da Assembleia Constituinte, sucedeu a Mirabeau como presidente do Clube dos Jacobinos, e foi duas vezes presidente da Assembleia. Caído em desgraça, acabou na prisão das Carmelitas donde saíu para a guilhotina a 23 de Julho de 1794. Josefina, também ela detida na mesma prisão salva-se por milagre : um dos muitos libertados após a queda de Robespierre.
 - Pierre Paul Prudhon, Joséphine dans son parc de Malmaison, 1805.

 - nécessaire de toilette da Imperatriz por Félix Rémond.


- Hector Viger e outra cena ocorrida décadas antes : Josefina recebe Alexandre I da Rússia, acompanhada dos seus filhos Eugénio e Hortênsia e dos seus netos, Napoléon-Louis e Louis-Napoléon ( futuro Napoleão III ). A tela é de 1864.

Uma exposição patente no Museu do Luxemburgo, Paris, assinala os 200 anos passados sobre a morte da Imperatriz Josefina, falecida no dia 29 de Maio de 1814 no seu castelo de Malmaison. Foi enterrada a 2 de Junho na igreja Saint-Pierre et Saint Paul em Rueil onde o seu túmulo ainda hoje se encontra.

A nossa vinheta

ODE AO SOL

Eis o rosto de Apolo iluminado!
Eis o mundo coberto de alegria!
Quando sorri um deus, fica doirado
O céu que a sua raiva enegrecia.

Eis a luz da verdade
Aberta sobre a noite da mentira!
Eis a harmonia que nenhuma lira
Reproduz!
Ressuscitada e alada, a criação
Deixa morta no chão
A sombra secular da sua cruz.

Transparente e feliz, tudo parece
Representar num palco de magia;
Mas corre-se a cortina à fantasia
E a estranha maravilha permanece!

Nada tem a espessura, que mostrava
À cegueira de cada hesitação.
Nada tem um taipal de solidão
A rodear-lhe os passos.
Gestos, hostis na escuridão,
São abraços!

Verdes, amadurecem
Os corações;
Velhas, rejuvenescem
As ilusões;
E na mesma fogueira onde se aquecem,
Comungam sentimentos e paixões.

Miguel Torga

Bom dia !





Alguém saberá a verdadeira idade de Amanda Lear ? E outros segredos. Mas o que interessa mesmo é a sua persistência e permanente reinvenção. Este tema é do 17º álbum, My Happiness, uma homenagem ao Rei Elvis.

Rostos da Revolução - cartoons de António


Abril, águas mil

Alex Ross - April shower, 8 abr. 1944

Será que nos livrámos da chuva?

domingo, 6 de abril de 2014

Os meus franceses - 327

Brent Heighton - Abril em Paris
(Um desses quadros que se vendem nas ruas de Paris.)

Esparguete para o jantar?

Pasta hangs on wooden wands to dry at a New york plant.
Foto de Joseph Baylor Roberts.

Philipp Heinrich Erlebach (1657 - 1714)


Philipp Heinrich Erlebach nasceu na Frísia (Norte de Alemanha) a 25 de Julho de 1657. Este compositor, caído em completo esquecimento, exerceu o cargo de mestre de capela na corte dos príncipes de Rudolstadt na Turíngia durante 35 anos. Nunca viajou para fora de territórios alemães. Ainda assim, conhecia na perfeição as novas tendências musicais provenientes de França e Itália. Dominava as técnicas de composição pré-barroca desses países, bem como os desenvolvimentos mais recentes da reforma das cantatas sacras, introduzida por Erdmann Neumeister, ou da ópera alemã, praticada em Hamburgo ou Braunschweig nos finais do século XVIII.
As  suas Ouvertures nº 5 e 6 seguem o estilo francês das suites orquestrais de Jean-Baptiste Lully. Crónicas contemporâneas relatam que as composições de Erlebach nada ficavam a dever ao exemplo do grande mestre francês.
Philipp H. Erlebach abriu assim o caminho para géneros musicais barrocos de outros autores posteriores, entre eles, Johann Sebastian Bach.
Da Ouverture VI em sol menor segue o andamento Chaconne, interpretado pelos Bach Players.
 
 


Imagem: castelo Heidecksburg em Rudolstadt (Turíngia, Alemanha); foto de Joerg Esser

Another day, another nap...

Il. de Gary Patterson

Nunca gostei de sestas.

Em jeito de desafio

Sabem que fruto dá esta árvore?


Mais próximo
A Primavera traz estas maravilhas. Todavia a chuva (maldita) atirou muitas para o chão.

Bom pequeno-almoço - 29

O meu pequeno-almoço não é propriamente tão completo: apenas uns baked beans in tomato sauce, umas torradinhas e um ovo estrelado, com café. Gosto imenso de baked beans, mas raramente os como.