Ramón Casas - Baile de tarde
Óleo sobre tela, 1896
Barcelona, Cercle del Liceu






Henri Cartier-Bresson regressa ao Prosimetron (depois do post na nossa Ana, em 10 de Fevereiro de 2009) muito a propósito do post que ontem editei sobre Vivian Maier. Uma grande fotógrafa amadora que Bresson certamente gostaria de ter conhecido pela qualidade e sensibilidade das suas imagens. Também Cartier-Bresson tinha a sua máquina favorita, andava sempre acompanhado por uma Leica equipada com uma objectiva de 50mm. Não utilizava flash e era contra o corte das fotografias porque segundo ele "isso diluía o significados delas". Como muito bem disse a nossa Ana, Henri Cartier-Bresson era o "fotógrafo do imediato", justamente porque o seu lema era: "Fotografar é lutar com o tempo e captar o acaso".
OS MENINOS
Os Meninos em si são flores
Flores doces mornas vindas de uma ilha de Sol
Suas casas no chão dobradas
Obscenas feridas na cidade meninos flores no chão
E vossas mãos tão meigas tão pequenas
Vossos olhos flores incendiadaS de ternura ausente
Doce violento perdão lhes assiste
Meninos de olhar de tocar milagrinhos de infância sofrida
incêndios do dia em casas nocturnas
E os olhos dos meninos estão tão abertos
Matilde Rosa Araújo, In Voz Nua , Livros Horizonte, 1986











