Prosimetron

Prosimetron

sábado, 9 de novembro de 2019

Boa noite!


No Café

Georges Croegaert - No Café de la Paix, 1883

Não estávamos lá mal agora. :)


Um quarto de hotel em Madrid



Não se chega a pertencer nunca a um
quarto de hotel. Não se lhe ganha afecto (não
é nosso por inteiro) se é
certo que amanhã outro dono estará
emoldurado
ao espelho. Não se chega a confiar nele
(não se lhe lega segredos) sequer a
palavra impudica expurgada
da pele
pela toalha de banho. Não chega a
ser nossa a cama (não se molda
a nosso jeito) melhor que
nem te despeças dessa alcova pela manhã
quando sabes como é lesta a
entregar-se ao próximo viandante
por dinheiro.

João Luís Barreto Guimarães
In: O tempo avança por sílabas. Lisboa: Quetzal, 2019

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Os meus franceses - 728


Conversa ao fim da tarde

Il. de Perry Peterson para The Saturday Evening Post, 8 nov. 1952


Dia Nacional da (Des)Igualdade Salarial


«Havendo uma disparidade de 14,8% de rendimento em desfavor das mulheres, fazendo as contas, são 54 dias por ano que as mulheres teriam [TÊM] de trabalhar a mais para atingirem os rendimentos dos homens. Ou, de outro modo, os homens poderiam deixar de trabalhar no dia 8 de novembro e as mulheres teriam de continuar até ao fim do ano para receberem o mesmo salário».
Joana Gíria, presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego

Isto passa-se em Portugal.


Bom dia !



Neste Dia que vê a morna ser patrimônio imaterial da Humanidade .

Caixa do correio - 130

Uns selos franceses com trajes do Mediterrâneo.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Boa noite!


As leituras de Patti Smith


Gosto muito de Patti Smith, dos seus livros e das suas canções. Gosto especialmente de Apenas miúdos e preparo-me para ler Devoção. Pelos seus livros autobiográficos, sabemos que ela é uma leitora ávida. Em conversa com o jornal The Guardian, confessou ter-se apaixonado pelos livros mesmo antes de saber ler (o que já sabíamos pelos seus livros) e recordou algumas das leituras que a marcaram. E quais são elas? Mulherzinhas, PinóquioO príncipe e o pobre, Diário de um ladrão e O homem sem qualidades. Dos três primeiros estou de acordo, embora de Mark Twain tenha gostado mais de Mark Twain e de Huckleberry Finn. Não escolheria nem Genet nem Musil para esta lista.
Ela escolhe ainda O jogo das contas de vidro de Hermann Hesse, livro que nunca li, mas como gosto do autor um dia lerei. Nem li A cruzada das crianças de Marcel Schwob, o livro que Patti Smith mais oferece. 
Não sei bem, mas penso que o livro que mais tenho oferecido é O diário de Anne Frank. No ano passado ofereci dois exemplares das Mulherzinhas. Este ano acho que as mesmas leitoras vão receber O jardim secreto de Frances Hodgson Burnett, que vi que foi reeditado.
Leia mais aqui.

Marcadores de livros - 1473


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Boa noite!


Adults in the Room de Costa-Gavras


Cinquenta anos depois do filme Z, Costa-Gavras volta a um tema que tem a ver com o seu país natal: Adults in the Room, que estreia hoje em França, baseado nas memórias do ex-ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis sobre as suas negociações com a Europa, Comportem-se como adultos
Numa entrevista a L'Obs, o realizador afirmou: «O capitalismo pôs a Grécia de joelhos.» Humilhou a Grécia, e nós assistimos.


Marcadores de livros - 1472


Sophia nasce há 100 anos. 
No seu diário, o avô, Thomaz de Mello Breyner, escreveu em 6 nov. 1919:
«Foi exatamente às 11h20 a.m. que nasceu a querida pequenina. Deus a crie bem. Dia de chuva pelo caminho e aqui [Porto]».

 
 

Cinenovidades





Gostava de ver este filme passado na Bretanha do final do séc.XVIII, uma história de mulheres e pintura.

Novidades


E sou apreciador .

Humor pela manhã



Acho que não é preciso explicar ...

Bom dia !





Um medley da recentemente falecida Marie Laforêt .

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Boa noite!


El exilio republicano de 1939, ochenta años después



A queda de Barcelona em 26 de janeiro de 1939 precipitou a Retirada. Desde esse dia e todo o mês de  fevereiro, de um inverno gélido, aproximadamente meio milhão de espanhóis republicanos vencidos, de todas as classes sociais e idades, atravessaram a fronteira francesa com as suas malas. Para la maioria desses intelectuais, a primeira experiência desse exílio foram os campos de concentração: Argelès, Saint Cyprien e outros. Muitos deles preferiram, por razões de cultura e língua, exilar-se na América; outros ficaram em França, numa Europa às portas da II Guerra Mundial.
Instalados, foram criadas instituições como a Junta de Cultura Espanhola, fundada em Paris em março de 1939, onde os intelectuais republicanos exilados puderam começar a publicar os primeiros livros e revistas, expôr quadros, etc. 
Esta exposição, comissariada por Manuel Aznar Soler e José-Ramón López e que está patente até 2 de fevereiro de 2020 na Biblioteca Nacional de Espanha, pretende reconstituir a atividade cultural, durante esse ano de 1939, dos exilados republicanos espanhóis que se exprimem em quatro línguas: castelhano, catalão, galego e basco.
Consulte aqui o folheto da exposição.


Marcadores de livros - 1471


segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Os meus franceses - 727


El Oro de Klimt


Espero que esta expo, produzida pela mesma equipa de Van Gogh Alive: The Experience que esteve na Cordoaria, venha até Lisboa. Por agora pode ser vista em Sevilha até 15 de dezembro.


Budismo



Como é que o budismo começou no século VI a.C. e até ter hoje tem mais de 500 milhões de seguidores em todo o mundo? O que inspira a prática do budismo?
Nesta exposição que se encontra na Britsh Library podem ver-se manuscritos de extraordinária beleza e obras de arte budistas, pertencentes à coleção da Biblioteca.


domingo, 3 de novembro de 2019

Os meus franceses - 726

«Gavotte de Marie-Antoinette» de Michel Legrand.

Boa noite!

Este LP foi publicado em 1 jan. 1964. E há hoje uma edição remasterizada, posta à venda em 6 out. 2017, mas também esgotada. A peça tem 36m24. 


Em geminação com Arpose.

Uma Lire dedicada aos gatos


Este número da revista Lire lembrou-me um livro que comprei há anos para oferecer:

Paris: J'Ai Lu, 2001

«"Mon chat sur le carreau cherchant une litière agite sans repos son corps maigre et galeux l'âme d'un vieux poète erre dans la gouttière avec la frêle voix d'un fantôme frileux." (Baudelaire)
«Silencieux, solitaires, sédentaires tous deux, le chat et l'écrivain se sont reconnus depuis des siècles. Complices? Peut-être, dans l'espace sacré de l'écriture dont le chat semble le gardien, le sphinx détenteur de secrets que l'homme, laborieusement, poursuit de sa plume. Rien ne ressemble moins à un chat qu'un autre chat, si l'on en croit ces soixante interviews. Elles nous apprennent aussi que le chat fut créé sans doute pour que l'écrivain puisse caresser un tigre sur son divan…»

Maria Helena Vieira da Silva em Paris, Londres e Nova Iorque


A Galeria Jeanne Bucher Jaeger, em Paris, apresenta uma exposição de Vieira da Silva até 16 de novembro, mostra que vai ser depois apresentada em Londres e Nova Iorque.

Fotos © Hervé Abbadie