Tive orgulho em ter estado num espectáculo de Fazil Say.
Depois foi a herança de Bach. O mesmo Say tocou-nos uma fantasia em sol da sua autoria inspirada (ou quase decalcada) em Bach.
Uma das imagens mais conhecidas da Revolução de Abril, e que simboliza para mim o triunfo de uma revolução pacífica. O menino é como se sabe Diogo Bandeira Freire, hoje director financeiro de uma empresa de distribuição e residente em Londres. Ironia das ironias, nunca votou, nem cá nem lá. Não sei a que se deve o abstencionismo militante do Diogo, mas se calhar funda-se nas mesmas razões do meu e de tantos outros "meninos de Abril" : o desencanto com a nossa classe política, o acomodamento com as liberdades com as quais já crescemos e damos por garantidas, ou a pantanosa partidocracia em que vivemos.
Mencionei há dias que também o Bloco de Esquerda iria apresentar um candidato a Provedor de Justiça, e assim aconteceu tendo sido escolhido o advogado Mário Brochado Coelho, advogado e antigo defensor de presos políticos antes do 25 de Abril. Dele não consegui encontrar foto, mas da candidata do PSD, Maria da Glória Garcia, professora universitária especialista em Direito Administrativo, aqui fica esta. Aguardemos o próximo capítulo da "novela Provedor".
A reputada harpista francesa Sandrine Chatron num instrumento de época, emprestado pelo Musée de la musique, recria a atmosfera musical do círculo íntimo de Maria Antonieta no Petit Trianon. Composições de Gluck, Dusik, Grétry e Petrini.

Numa fonte do parque de Versalhes, descobre-se o cadáver de uma jovem asiática ao qual falta um dedo. E a heroína de Goetz, a jovem Pénélope, conservadora dos tecidos do palácio, descobre o desaparecido dedo nos apartamentos privados de Maria Antonieta...
O Arte Photographica é um blogue de fotografia que visito frequentemente.Está integrado na plataforma de blogues do Público.
E pode ser visto aqui: http://artephotographica.blogspot.com/
Para este Dia Mundial do Livro, a Marktest realizou um estudo para conhecer os hábitos de leitura dos portugueses. Do total de inquiridos ficamos a saber que 36,9% dos entrevistados revelaram estar a ler um livro ou tê-lo feito no último mês, em contraste com 63,1% de entrevistados que respondeu negativamente a esta questão. Quem mais lê são mulheres (40,7%), indivíduos entre 35 e 44 anos (48%), residentes na Grande Lisboa (42,8%) seguidos daqueles que vivem no Grande Porto (42%). Entre as classes sociais encontram-se mais leitores no segmento Alto e Médio (64,5%), Médio (41,9%) e Médio Baixo e Baixo (22,7%), respectivamente. Quanto à preferência por géneros literários, 34,6% dos inquiridos afirmou gostar mais de romances, tendo os livros técnicos e científicos recolhido 13,9% de adeptos seguindo-se 11% para o género policial. Ficção histórica (9,7%), aventura e acção (8,2%) e poesia (3,7%) foram também referidos. Entre os que se afirmam leitores de livros, Equador (Miguel Sousa Tavares) foi o título mais referido e recentemente lido. Depois deste os mais citados foram Bíblia, A Viagem do Elefante (José Saramago), As palavras que Nunca te Direi (Nicholas Sparks) e Maddie: A Verdade da Mentira (Gonçalo Amaral).
Para mim é difícil escolher o livro da minha vida. Tenho, sim, livros e autores de que muito aprecio e, por isso, leio-os sempre com grande prazer. Na impossibilidade de escolher aquele livro opto por recordar dois livros que li recentemente e que foram os meus companheiros por várias semanas. São dois livros do mesmo autor – Carlos Ruiz Zafón, um dos romancistas europeus de maior projecção na actualidade. Escritor catalão, Ruiz Zafón iniciou o seu percurso literário em 1993, mas foi em 2001 que começou a publicar para adultos com A Sombra do Vento e, posteriormente, com O Jogo do Anjo. Obras através das quais o autor conquistou milhões de leitores em todo o Mundo e vários prémios literários, ao mesmo tempo que dava um novo fôlego à literatura popular espanhola. Eu diria que estes dois livros se complementam ao nível da narrativa e composição das personagens, na acção e no tempo, em que as suas histórias se desenrolam. Originais e com uma qualidade de escrita superior estes livros primam ainda pelo mistério e suspense que perseguem o leitor do princípio ao fim em relatos sobre os segredos do coração, a amizade e o feitiço dos livros. Estas narrativas são também duas fabulosas viagens em que descobrimos uma Barcelona do princípio do século XX (O Jogo do Anjo) e a Barcelona Modernista (A Sombra do Vento) mas melancólica, cinzenta e ferida quase de morte pela 2ª Grande Guerra e pela Guerra Civil Espanhola. O tempo passa mas na capital catalã preserva-se, oculto na cidade velha, um lugar misterioso: o Cemitério dos Livros Esquecidos, afinal, o epicentro das duas histórias. A quem ainda não teve oportunidade de os ler recomendo vivamente.

"O Capitão Richard", de Alexandre Dumas
"As Ligações Perigosas", de Choderlos de Laclos
"O Vampiro Lestat", de Anne Rice
"O Fogo do Céu", de Mary Renault
"The Wheel of Time", de Robert Jordan
"Tales of the City", de Armistead Maupin
"Never Let Me Go", de Kazuo Ishiguro
"Human Traces", de Sebastian Faulks
A única certeza que tenho é que a próxima vez que pensar no tema vou dar-me uma descompostura por me ter esquecido de algum livro completamente crítico...
O lançamento oficial do livro será no auditório da Fnac do Chiado no dia 20 de Maio pelas 18.30h. A apresentação estará a cargo da Professora Isabel Allegro de Magalhães.
A 17 de Maio (último dia da feira) a partir das 16h, teremos a oportunidade de assistir a uma sessão de autógrafos por parte da autora, no pavilhão da QuidNovi na Feira do Livro de Lisboa.
Don’t miss it!
Imagens: Capa do livro; Clara Macedo Cabral; Highbury Fields (Londres)
E não devo ser só eu... Às vezes caem-me mesmo das mãos e quase por automatismo desligo o candeeiro da mesa de cabeceira. Gosto de ler na cama, à noite quando vou dormir, e quando é possível também ao acordar com a primeira luz da manhã.
Jorge Luis Borges é um dos autores da minha vida. Penso ter actualmente quase tudo o que escreveu. Já tinha muito antes da Teorema ter publicado estes volumes a que chamou Obra Completa, e que são uma referência do corpus borgesiano em língua portuguesa. A OBRA COMPLETA de Borges seria um grande consolo na minha "ilha deserta".
Sempre tive enorme fascínio pela História de Roma, e a primeira leitura desta obra incontornável de Gibbon teve um "efeito multiplicador". Tenho-a em várias edições, umas integrais, outras abridged, em inglês e até em português. Uma escrita fabulosa, sendo certo que nem todas as análises de Edward Gibbon são hoje aceites pela comunidade científica, o que não surpreende dada a evolução operadas nas fontes, sempre acrescentadas desde o século XVIII. Volto muitas vezes a este fabuloso livro, não para o reler de fio a pavio ( já lá vai o tempo... ) mas a propósito de questões pontuais ( as tão bem diferenciadas heresias dos primeiros séculos do Cristianismo, ou os capítulos sobre Bizâncio ) .
É verdadeiramente um dos livros da minha vida as Memórias de Saint-Simon, um dos livros que me deu mais prazer até hoje. Obra imensa, crónica do reinado do Rei-Sol e da Regência, num estilo arrebatador. A edição mais antiga que tenho é de 1829, em 21 vols. , que pertenceu a Chaves de Almeyda e que adquiri numa venda renhida no Palácio do Correio-Velho há já muitos anos. Mais recentes, tenho várias, umas completas, outras que apenas têm as partes "mais suculentas", e recentemente as da Folio com interessantes estudos críticos.



