Prosimetron

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Como vamos de leituras...

Para este Dia Mundial do Livro, a Marktest realizou um estudo para conhecer os hábitos de leitura dos portugueses. Do total de inquiridos ficamos a saber que 36,9% dos entrevistados revelaram estar a ler um livro ou tê-lo feito no último mês, em contraste com 63,1% de entrevistados que respondeu negativamente a esta questão. Quem mais lê são mulheres (40,7%), indivíduos entre 35 e 44 anos (48%), residentes na Grande Lisboa (42,8%) seguidos daqueles que vivem no Grande Porto (42%). Entre as classes sociais encontram-se mais leitores no segmento Alto e Médio (64,5%), Médio (41,9%) e Médio Baixo e Baixo (22,7%), respectivamente. Quanto à preferência por géneros literários, 34,6% dos inquiridos afirmou gostar mais de romances, tendo os livros técnicos e científicos recolhido 13,9% de adeptos seguindo-se 11% para o género policial. Ficção histórica (9,7%), aventura e acção (8,2%) e poesia (3,7%) foram também referidos. Entre os que se afirmam leitores de livros, Equador (Miguel Sousa Tavares) foi o título mais referido e recentemente lido. Depois deste os mais citados foram Bíblia, A Viagem do Elefante (José Saramago), As palavras que Nunca te Direi (Nicholas Sparks) e Maddie: A Verdade da Mentira (Gonçalo Amaral).
Instituído pela UNESCO (1996), O Dia Mundial do Livro que hoje se comemora aponta no calendário o dia 13 de Abril em honra de Cervantes e Shakespeare, que faleceram neste dia, no ano de 1616.

6 comentários:

LUIS BARATA disse...

E mais um triste dado estatístico: só ficamos atrás de Malta no que respeita ao número de leituras por habitante. E não me convence o crónico, embora seja pertinente, argumento do preço dos livros, pois que há livros para todos os preços, colecções económicas, livros em 2ªmão, bibliotecas etc. Até nisto estamos na cauda da Europa.

Anónimo disse...

Concordo com o Luís que o problema não está no preço dos livros.
Mas mesmo assim, vê-se mais gente a ler, principalmente mulheres. E não só são porcarias.
M.

LUIS BARATA disse...

É verdade. Ainda ontem no metro fiquei surpreendido ao ver uma jovem a ler um livro que me marcou- " O livro de San Michele" do Axel Munthe.E precisamente na mesma colecção, a Dois Mundos. Lembro-me de ter ficado fascinado com o Dr.Munthe, até descobrir que também ele teve um lado "cinzento", cinzento porque negro talvez seja excessivo.

João Mattos e Silva disse...

Como sou muito céptico a este tipo de estudos de mercado, acho que os que lêem ainda são menos, porque geralmente se dizem coisas para agradar ao anónimo (mesmo se ele diz o nome) entrevistador. Agora que se vê muita gente a ler nos transportes públicos, é bem verdade! E nem todos serão maus. Mas, como revela o estudo, os títulos são o que está na berra, sobretudo escândalos tipo Maddie e que tais. Um panorama triste, mas como diz M, já foi bem pior. Mesmo com campnhas e pllanos de leitura, ainda estamos muito longe ( e não na leitura, infelizmente) da Europa.
Esperemos que as próximas gerações leima mais do que e-mails e SMS's!!!

João Mattos e Silva disse...

O texto anterior está cheio de gralhas. Juro que não por ler pouco

Anónimo disse...

Também li "O Livro de San Michele" e tenho imensos livros da Colecção Dois Mundos. Quanto à leitura, é verdade que se vê no Metro jovens a ler mas, não se pode fazer estatística com essa observação. Os resumos de livros feitos na net são a escolha da maioria dos jovens porque é mais fácil. O Eça, por exemplo, passa a ser um fã porque se lêem resumos e não se lêem as descrições fantásticas do ambiente Queirosiano, que é "uma seca"...
Claro há também os que lêem a sério. O preço dos livros é um argumento pertinente, embora, haja uma oferta maior a baixos custos. Concordo absolutamente com João Mattos e Silva.
A.R.