Prosimetron

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sábado, 15 de outubro de 2011

Os meus franceses - 170


Esta tarde ouvi muita música de Philippe Sarde.
Boa noite!

Para os filatelistas




JAD e APS, pelo menos e ao que recordo.


Vi esta "notícia", aliás anúncio, no El Pais (um clique no título, sff), na altura desconhecendo se era novidade ou já história antiga. Uma busca na net indicou-me que a moda não é de hoje.

Temos, assim, selos (ou a sua reprodução), banhados ao hoje mais do que nunca valorizado, vil mas desejado, metal, de 22 quilates.




Naturalmente que a imaginação, nestas coisas "coleccionáveis" é infinda, sendo uma imaginativa fonte de receita para os mais improváveis produtores.

Neste caso, foi o misterioso reino do Butão, por sinal nas páginas dos jornais recentemente, por via do casamento do seu Rei-Dragão.



Em selos, nunca me meti. Moedas, sim, ali pelos meus 10 anos, mas de uma forma amadoríssima. Mas, quer nuns, quer noutras, sempre senti como degradação do interesse a existência de emissões, única ou cumulativamente, para coleccionador.Acho piada conhecer-se os instrumentos que serviram para trocas ou pagamento do serviço postal, à partida pelo aspecto artístico; mas, no extremo oposto, recolher moedas ou selos que nunca cumpriram a sua missão principal, nunca tendo visto um envelope num caso, ou uma carteira no outro?


Bom dia !



A começar musicalmente com Ryan Adams, cantor e compositor norte-americano, e com uma pergunta de difícil resposta...

Um quadro por dia - 205



Vincent van Gogh, Camponesa cavando, 1885, óleo sobre tela, Barber Institute of Fine Arts, Universidade de Birmingham, Reino Unido.

Neste Dia Internacional da Mulher Rural.

Humor pela manhã... - 43

É programa que não sigo, mas já vi o suficiente para concordar com esta anedota que me contaram há dias:

A Casa dos Segredos faz lembrar o Ikea: eles são todos uns armários, e elas deixam-se montar facilmente.

Cinenovidades - 199 : Contagion



Imaginem uma " gripe HN1 " dez vez pior, já que é esta a premissa deste filme que estreou na quinta-feira. Um elenco fantástico : Jude Law, Gwyneth Paltrow, Marion Cotillard, Laurence Fishburne, Kate Winslet e Matt Damon.

Novidades - 202


Depois das Casas de Escritores no Minho, as Casas de Escritores no Douro, também da autoria de Secundino Cunha, que contou com a colaboração do fotógrafo Sérgio Freitas. As casas de Eça, Torga, Guerra Junqueiro e outros. É uma edição da Opera Omnia.

Citações - 193

( ... ) Antes do 25 de Abril, tínhamos o ideal da criação de partidos livros. Quando foram criados, aproveitaram esse clima para concentrarem o poder político. Isso permitiu a tomada do poder por pequenas oligarquias que se servem a si próprias. Existe uma democracia interna só de fachada, que não é real. Os futuros primeiros-ministros são escolhidos por pequenos grupos, que colocam o interesse do partido antes do interesse do País. Sócrates foi escolhido, num hotel do Luso, por oito pessoas- a oligarquia da altura. ( ...

- Henrique Neto, em entrevista à Visão, que vale a pena ler na íntegra.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Nos céus de madrugada

Hoje amanhecia com a lua ainda nos céus. A Natureza dá-nos maravilhas que os homens destroem.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Boa noite!


Um cheirinho de uma cantiga por Alida Valli.

Os meus franceses - 169


Música de Francis Lai.


Como em tempos já coloquei esta canção por Pierre Barouh , fica hoje na voz de Mireille Mathieu.

Se conseguir bilhetes, estou a ver o filme de Claude Lelouch neste momento.

PENSAMENTO(S) - 202


O Outono é uma segunda Primavera se cada folha for uma flor.

- Albert Camus

Novidades - 201



O primeiro romance histórico de Maria João Lopo de Carvalho versa sobre uma figura feminina, D.Leonor de Almeida Portugal, que continua a fascinar as mulheres de letras portuguesas de várias gerações. É uma edição da Oficina do Livro.

As melhores bebidas

Enquanto o inverno não chega é de aproveitar estas noites quase estivais e sair de casa nem que seja para ir beber um copo. O Tentações/Visão desta semana dá boas dicas sobre os melhores sítios que servem as melhores bebidas, em Lisboa e Porto. A saber:
Caipirinha
No Lost In (Rua D. Pedro V, 56, Lisboa) chama-se CaipiLost e tem qualquer coisa que a torna única. Enquanto não se descobre o segredo o melhor é apreciá-la com vista para uma das mais belas zonas da capital: o Príncipe Real.
Mojito
Gelo triturado, hortelã fresca, rum branco e mão de mestre na preparação só pode resultar num delicioso Mojito. Pois é isso mesmo que se bebe no Bica Abaixo, Rua da Bica Duarte Belo, 62, em Lisboa.
Margarita
Não é fácil encontrar uma margarita como deve ser. A não ser que se vá ao restaurante La Siesta (Passeio Marítimo de Algés). No Porto, também as há boas, bem apuradas, no Bar 17º (Hotel D. Henrique).
Sangria
Nos Lábios de Moso, Bairro Alto, bebe-se uma sangria como poucas. Diz quem a faz que a receita é segredo. Mais tradicional e com qualquer coisa que a torna diferente, é servida na Confeitaria Cunha, na rua Sá da Bandeira, na Invicta.
Morangoska
Divinal! Parece que é assim, no CaipiCompany. Fica na Rua Conde de Vizela, no Porto. Igualmente deliciosa é a que se bebe também no BA, no Fiéis aos Copos, Rua da Barroca.
E viva a coparia!

Do Malí para o mundo

Números - 64

830.000

Este é o número de milionários alemães, alcançado em 2010 e que é um recorde. Ou seja, representa 1% da população. Assim se vê que a crise do euro não é para todos, e que se há país que beneficiou da moeda única na última década é precisamente a Alemanha, país onde tantas vezes se levantam vozes contra os " gastadores do Sul " se bem que estes mesmos " gastadores " importaram muito e muito à Alemanha...

Pieter Stuyvesant - fundador de NY e marca de cigarros

Nem toda agente sabe que Peter Stuyvesant, marca de cigarros muito popular em vários países anglófonos, mas também em Portugal e que muitos como eu fumaram, é uma homenagem da Imperial Tobacco ao último Director-Geral da colónia dos Novos Países Baixos de 1647 a 1664, Pieter Stuyvesant, um militar prestigiado que expandiu a colónia e criou a cidade de Nova Amsterdão, renomeada Nova Iorque pelos ingleses que conquistaram a colónia holandesa, e onde mandou erigir uma muralha protectora em Wall Street, um canal que se tornou na Broad Street e a Broadway. Depois de ter ido aos Países Baixos reportar a assinatura do tratado que reconheceu a posse dos Novos Países Baixos pela Inglaterra, voltou à sua quinta, fora da cidade, no que hoje é o Harlem e aí morreu em 1682.
Tinha nascido em 13 de Outubro de 1602 em  Scherpenzeel, Friesland.

Um filme a não perder




Uma das canções do filme.

Poemeto erótico

Teu corpo claro e perfeito,
- Teu corpo de maravilha
Quero possuí-lo no leito
Estreito da redondilha...

Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa... flor de laranjeira...
Teu corpo branco e macio
É como um véu de noivado...

Teu corpo é pomo doirado...
Rosal queimado do estio,
Desfalecido em perfume...
Teu corpo é a brasa do lume...

Teu corpo é chama e flameja
Como à tarde os horizontes...
É puro como nas fontes
A água clara que serpeja,
Que em cantigas se derrama...
Volúpia de água e da chama...

A todo momento o vejo...
Teu corpo... a única ilha
No oceano do meu desejo...

Teu corpo é tudo o que brilha,
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...

Manuel Bandeira
(que faleceu há 43 anos)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Boa noite!

Jóias na pintura - VI

Santa Ana ensina a filha a ler. Maria, representante da família celeste, surge profusamente adornada com jóias riquíssimas.


Juan de las ROELAS, (Flandres c. 1570 - Sevilha 1625), Santa Ana ensinando a ler à Virgem Maria, 1610

Detalhe: a coroa, o colar, as pulseiras, os anéis e as jóias bordadas no vestido simbolizam, provavelmente, o seu poder e a sua glória.


O gato e o cão representam o mundo terrestre e os anjos o mundo celeste.

Óleo sobre tela, 230 x 170 cm, Museu de Belas Artes de Sevilha, Espanha


Boa noite!

Aleister Crowley (1875-1947)

Aleister Crowley nasceu em 12 de Outubro de 1875, no Reino Unido.

HINO A PÃ

de Mestre Therion [um dos nomes mágicos de Aleister Crowley]

Vibra do cio subtil da luz,
Meu homem e afã
Vem turbulento da noite a flux
De Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Do mar de além
Vem da Sicília e da Arcádia vem!
Vem como Baco, com fauno e fera
E ninfa e sátiro à tua beira,
Num asno lácteo, do mar sem fim,
A mim, a mim!
Vem com Apolo, nupcial na brisa
(Pegureira e pitonisa),
Vem com Artemis, leve e estranha,
E a coxa branca, Deus lindo, banha
Ao luar do bosque, em marmóreo monte,
Manhã malhada da âmbrea fonte!
Mergulha o roxo da prece ardente
No ádito rubro, no laço quente,
A alma que aterra em olhos de azul
O ver errar teu capricho exul
No bosque enredo, nos nós que espalma
A árvore viva que é espírito e alma
E corpo e mente - do mar sem fim
(Iô Pã! Iô Pã!),
Diabo ou deus, vem a mim, a mim!
Meu homem e afã!
Vem com trombeta estridente e fina
Pela colina!
Vem com tambor a rufar à beira
Da primavera!
Com frautas e avenas vem sem conto!
Não estou eu pronto?
Eu, que espero e me estorço e luto
Com ar sem ramos onde não nutro
Meu corpo, lasso do abraço em vão,
Áspide aguda, forte leão -
Vem, está fazia
Minha carne, fria
Do cio sozinho da demonia.
À espada corta o que ata e dói,
Ó Tudo-Cria, Tudo-Destrói!
Dá-me o sinal do Olho Aberto,
E da coxa áspera o toque erecto,
Ó Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã Pã! Pã.,
Sou homem e afã:
Faze o teu querer sem vontade vã,
Deus grande! Meu Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Despertei na dobra
Do aperto da cobra.
A águia rasga com garra e fauce;
Os deuses vão-se;
As feras vêm. Iô Pã! A matado,
Vou no corno levado
Do Unicornado.
Sou Pã! Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!
Sou teu, teu homem e teu afã,
Cabra das tuas, ouro, deus, clara
Carne em teu osso, flor na tua vara.
Com patas de aço os rochedos roço
De solstício severo a equinócio.
E raivo, e rasgo, e roussando fremo,
Sempiterno, mundo sem termo,
Homem, homúnculo, ménade, afã,
Na força de Pã.
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!

Trad. Fernando Pessoa

«Como V. se interessou por O Último Sortilégio, envio-lhe, como simples curiosidade, a tradução que fiz, do inglês, de um “poema mágico” a valer – o Hino a Pã, que constitui o prefácio do tratado Magia do Mestre Therion. Este poema não é para se publicar, mas só para V. ler. Também lhe peço que o não mostre a muita gente. Não digo que se não pudesse publicar, mas o ponto é qpe para isso, seria precisa a autorização do Mestre Therion; e o Mestre Therion desapareceu, não se sabendo se se suicidou (como a princípio eu mesmo acreditei), se simplesmente se escondeu, se foi assassinado (estranha hipótese, em princípio, mas que ao que me consta é – ou pelo menos foi – a do polícia inglês que aqui esteve a investigar o caso*.» (Carta de Fernando Pessoa a João Gaspar Simões, 6 Dez. 1930)

* «A carta evoca a encenação aquando da sua viagem [de Aleister Crowley] a Lisboa para conhecer Fernando Pessoa, do desaparecimento do autor do Hino a Pã na Boca do Inferno, em Cascais, com a colaboração de Fernando Pessoa e de Augusto Ferreira Gomes.» (nota de António Quadros, in Fernando Pessoa - Escritos íntimos, cartas e páginas autobiográficas. Mem Martins: Europa-América, 1986, in p. 190)

«O Mestre Therion não é um heterónimo meu; é simplesmente o “nome supremo” do poeta, mago, astrólogo e “mistagogo” inglês que em vulgar se chama (ou chamava) Aleister Crowley, que também se designava por “A Besta 666”. O Hino a Pã é uma espécie de prefácio a trabalho Magick (Magia), que foi publicado em paris, em quatro tomos. Crowley mandou vir de Inglaterra um tratado desses para mim; recebi-o, por sinal, já depois de o Crowley ter desaparecido de Lisboa em circunstâncias misteriosas.
«Lembrei-me um dia de traduzir o Hino a Pã, o que fiz, conforme o meu critério de traduzir verso, em absoluta conformidade rítmica com o original. Mandei a V. o poema para, como lhe disse, V. ver o que é propriamente um “poema mágico”, em comparação com um simples “poema a respeito de magia”, como é o meu Último Sortilégio.
«Reflecti, depois de lhe escrever, sobre o que lhe havia dito de o poema não dever ser publicado. Não vejo, afinal, inconveniente nisso, se V. achar interessante publicá-lo. Tem, pelo menos, a vantagem de ser singular: não creio que haja em português (natural ou traduzido) outro poema precisamente dessa ordem. Pode, pois, V. publicá-lo se quiser. Para esse fim lhe envio uma nova cópia, em que ajustei (creio) a ortografia, e fiz umas pequenas modificações.» (Carta de Fernando Pessoa a João Gaspar Simões, 4 Jan. 1931)

Cézanne e Paris

Abre hoje em Paris, no Museu do Luxemburgo, a exposição Cézanne et Paris, que pode ser vista até 26 de Fev. 2012.
http://www.museeduluxembourg.fr/fr/expositions/p_exposition-4/

Santos Dumont

Em 12 de Outubro de 1901, Santos Dumont, dá a volta à Torre Eiffel, percorrendo 11 km.


Il. na Vanity Fair.

Auto retrato

Auto-retrato de Jorge Luís Borges
Vendido por  Bloomsbury Auctions de Nueva York.  

Alberto de Lacerda:

Retrato de Albert Lacerda, 1971, Arpad Szenes



Boston, [Janeiro] de 1996
A primeira música que toquei hoje durante o dia foi a Flauta Mágica de Mozart, maravilha a que nunca me habituo. É sempre a primeira vez.
Diário: Até ao fim dos meus dias (excertos publicados no JL (Jornal de Letras), n.º 1067.

Foi em Boston, em Outubro 1980, que conheci Alberto de Lacerda. Nesse dia, pela primeira vez brinquei com um esquilo nos jardins da cidade. Ele, e não só, estava ao lado. Descobri neste recorte de jornal que também gostava de esquilos. Não me lembro se o disse nesse dia.

Lisboa, 4 de Junho de 1993
Jantei com o Cesariny. [...] Descobriu-se que tal como eu gosta imenso de esquilos [...].

Realmente o Mundo é feito de pequenos nadas.

O verde é muito verde
A luz mais clara
Do que nunca
As recordações são do tamanho
Do coração transbordante

O calor é Apolo
perpendicular à terra

Os pássaros 
  os esquilos
Atravessam a imaginação numa diagonal sem fim

Alberto de Lacerda
Austin, 15 de maio 75

    Boa noite!

    terça-feira, 11 de outubro de 2011

    Joaquim do Rego Monteiro, pintor

    Vicente do Rego Monteiro (1899-1970) - Retrato de Joaquim do Rego Monteiro
    Óleo sobre tela, 1920

    José do Rego Monteiro (1903-1934) - Arco do Triunfo
    Óleo sobre tela, 1927

    Esse recifense em Paris
    taquigrafou (como Miró)
    o magro e o nu, o inexcessivo
    de onde nasceu e se exilou;
    e essa parca caligrafia
    de recifense soube apor
    aos verdes podres do alagado,
    traduzindo o que é lama em cor.

    João Cabral de Melo Neto
    In: Poesia completa: 1940-1980 Lisboa: Imp. Nac.-Casa da Moeda, 1986, p. 98

    Le chat


    Le feu : jolis poissons rouges,
    Endormait le char fermé
    Si, par mégarde je bouge,
    Le chat peut se transformer.
    Il ne faut jamais que cesse
    Le rouet des vieilles tours.
    Car se changer en princesse
    Est le moindre de ses tours.

    Faire des poèmes la nuit
    Au lieu de dormir
    C'est faire la guerre à l'ennui
    C'est l'amour mon point de mire
    C'est le soleil de mon sommeil
    Que je veux éteindre à Pamyre
    Et brusquement au réveil
    Je comprendrai que j'ai dormi.
    Nous ne vécûmes qu'à demi
    Voilà l'effrayante merveille
    Que vivre nous a permis.

    Immeubles votre bouche insulte le silence
    Les foules perce-neige et les bustes de sel
    Le bonnet phrygien au bout des fers de lance
    Le système nerveux sous la peau d'un missel.

    Jean Cocteau
    que faleceu em 11 de Outubro de 1963

    Para o Jad.

    Em português - 137 : Geninha e Ney



    Esta bela Dança da Lua, nas vozes de Eugénia Melo e Castro e Ney Matogrosso, é um dos 16 duetos constantes do cd supra.

    Um livro de vez em quando

    Hoje passou-me este livro pela mão (encontra-se, este exemplar, na Biblioteca da Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa).
    Trata-se da obra de João Soares, LIbro de la verdad de la fe. Sin el qual no deue estar ningũ christiano, (Lisboa, Luis Rodrigues, 1543).


    E que achei eu de engraçado nesta portada que vos trago?




    Por um lado a representação dos tipos :  "Christiano / Herege / Gentio / Judio / Moro" todos eles com os seus hábitos e costumes; não falta sequer o macaquinho na mão do gentio, nem a estrela no fato do judeu. 

    Julgo que este friso de gravuras foi aberto em Portugal, pelo mesmo artista que abriu a que se encontra a abrir a portada, com as armas do reino incorporadas.

    Mas as duas gravuras, a da anunciação e a do presépio não são de um artista português.  Julgo que são francesas e possivelmente de Geoffroy Tory.

    segunda-feira, 10 de outubro de 2011

    Boa noite!

    O Fantasma da Ópera estreou fez ontem 25 anos em Londres.
    A canção «All I ask for you» aqui interpretada por Cliff Richard e Sarah Brighton.

    Viva Verdi !



    O final de Falstaff, lembrando que passam hoje 197 anos sobre o nascimento de Giuseppe Verdi.

    Um quadro por dia - 204


    Neste Dia Mundial de Luta contra a Pena de Morte, um desenho de Victor Hugo, grande lutador contra a pena capital.

    Os astros, os astros...

    Muito irregularmente, vou consultando o meu horóscopo, sendo que hoje fiquei bastante baralhado:

    Amor: Viva a vida com muita paixão!

    Saúde: Algumas dores musculares, relaxe mais.

    Tenho estado aqui a pensar como ultrapassar esta contradição...

    Em português - 136 : João Só e Abandonados

    Boa-tarde

    Frase do dia

    "Há pessoas elegantes e pessoas enfeitadas".
    Machado de Assis

    Beulemans / L'Auberge Saint-Germain

    Rizzoli International Publ., 2005

    Primeiro, o Luís referiu aqui Boris Vian e o catálogo da exposição na BnF e eu lembrei-me do Manuel de Saint Germain des Près (Paris: Chêne, imp. 1974), um livro fascinante que me inspirou...; depois, vi um post de HMJ, no Arpose, no qual ela colocou uma página com o restaurante Beulemans, retirada de um livro alemão sobre Paris. O restaurante Beulemans ficava no 204, boulevard Saint-Germain e tinha várias especialidades entre as quais os Crèpes Suzette, muito apreciados pelo menos por um terço do Prosimetron. Boris Vian refere-o, de passagem, na p. 272 do seu livro. 


    Acontece que, procurando na net, este restaurante deu lugar a L'Auberge Saint-Germain, de comida árabe. As referências de quem experimentou são boas: «Les plats sont excellents, le couscous est succulent et le patron est très chaleureux. Je recommande vivement cet endroit aux amateurs de la cuisine faite avec que des produits frais et cela se ressent!»

    Para HMJ.

    L'Hôtel Gulbenkian: memória do sítio

    Aspecto do átrio-vestíbulo, com destaque para o grande tapete da Índia mogol do século XVII e um dos armários Boulle de ca 1700.  
     Aspecto da grande escadaria, com trabalho em ferro forjado de Edgar Brandt (1880-1960). Em primeiro plano, Diana, de Jean-Antoine Houdon (1741-1826), obra-prima da escultura europeia do século XVIII, que pertenceu a Catarina, a Grande.
    Salon Rond, com escultura de Jean-Baptiste Carpeaux (1827-1875), Flora. Sobre a chaminé a pintura de Jan Weenix (1640/1642-1719), Pavão e Troféus de Caça.

    L’Hôtel Gulbenkian: 51 Avenue d'Iena: Memória do Sítio é o título da exposição que abre a 21 de Outubro, na Galeria de Exposições do Museu Gulbenkian, e que poderá ser visitada até 22 de Janeiro de 2012.
    A mostra, remontada de uma exposição que esteve patente na própria casa em paris até 2 de Setembro, vai dar a conhecer a história da Casa de Calouste Sarkis Gulbenkian em Paris, situada no n.º 51 da Av. d’Iéna, em estreita relação com o percurso do seu proprietário, coleccionador e homem de negócios, e com a Fundação que legou a Portugal.
    Adquirida em 1922 por Gulbenkian, para aí residir com a sua família e instalar a sua colecção de obras de arte, a casa albergou o Centro Cultural Calouste Gulbenkian desde 1965. Para ilustrar a história deste lugar, desde as obras realizadas e os seus protagonistas, passando pelas vivências da Casa e a personalidade do seu proprietário.

    Bom dia !



    Katyusha, um clássico do folclore russo, na voz da sempre surpreendente Rita Braga e com acompanhamento de Chris Carlone.

    PENSAMENTO(S) - 201


    Imaginar é subir um tom na realidade.

    - Gaston Bachelard ( 1884-1962 ), um dos que melhor filosofou sobre a imaginação.

    Lá fora - 123 : Os Stein

    Abriu ao público no passado dia 5, nas Galeries Nationales du Grand Palais, Paris, uma exposição dedicada a uma das mais importantes colecções de vanguarda artística do séc.XX, a dos irmãos Stein, norte-americanos de origem que se tomaram de amores por Paris. Se o nome de Gertrude Stein é mais conhecido, a verdade é que os seus irmãos Leo e Michael, este acompanhado da mulher Sarah, também conviveram ( e compraram as obras ) com os artistas emergentes que depois se tornaram os grandes nomes da arte do século passado. A exposição mostra obras que pertenceram à colecção familiar, bem como as pertencentes à colecção pessoal de Gertrude Stein, dos três grandes que constam do cartaz supra a Gris, Picabia, Masson, Laurencin, Bonnard e Manguin. A proveniência de muitas obras é norte-americana, dos co-organizadores da mostra, o Museum of Modern Art de San Francisco e o Metropolitan Museum de Nova Iorque, sendo que a exposição viajará para Nova Iorque depois do périplo parisiense.

    até 16 de Janeiro

    Novidades - 200

    Uma recolha de desenhos, ilustrações e caricaturas, posta à venda no passado dia 3 e que anticipa a exposição na BNF que inaugura a 18. É uma edição da Cherche Midi. Por cá, é possível encontrar desde logo através do site da Bertrand ( para não ser sempre a Fnac ).

    domingo, 9 de outubro de 2011

    "A mais premente necessidade..."

    Fonte Bicéfala, Oficina Lisboeta, século XVI (1501-1515)


    Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa



    A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um ser humano.

    Clarice Lispector, Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, Lisboa: Difel, 2002, página não numerada.

    Don Carlo - uma nova vinheta

    Don Carlo de Giuseppe Verdi regressou ao palco do Teatro Nacional de São Carlos. Seis récitas seguem a estreia do passado dia 8, até finais deste mês. A trama, decorrida na Espanha seiscentista e eternizada por Friedrich von Schiller, fascinou o compositor italiano que, para além da versão francesa, deixou para a posteridade a versão italiana em cinco actos, também conhecida por versão Modena e estreada em 1886. A informação do site do São Carlos, estranhamente, refere alguma informação incorrecta sobre este assunto...
    O grande e querido Don Carlo, e algumas particularidades em torno desse herói, darão o mote para as vinhetas do mês de Outubro. A começar, o célebre retrato da autoria de Alonso Sanchez Coello.

    Waiting for the bus

    Resgate da honra da Madeira!

    Mudaram-se os tempos, não os métodos!

    Pérolas da Madeira:
    Alberto João Jardim acrescenta que as considerações da Comissão Nacional de Eleições valem para ele, apenas, "zero", visto que a dita CNE só serve para "gastar dinheiro do contribuinte".

    750 anos do nascimento de D. Dinis

    Os selos de um país servem, para além de recibo da franquia paga pela prestação do serviço, para divulgar cultura e homenagear Portugal nos seus homens e nos seus feitos. Porém as "temáticas e as diversidades" (seguidas pelos serviços de filatelia, na ganância de dinheiro) obrigaram a que nos últimos tempos se dedicassem mais selos a temas que muito chamariam fúteis. E como o número de edições de um país é limitada, e como os administradores do serviço público que são os Correios, não tem conselheiros cultos (será que ainda existem ...) as emissões dos correios deixaram nos últimos anos de prestar atenção à História de Portugal.
    
    selo da série base, de 1953-1975
    desenho de Martins Barata
    
    Passa este ano um chamado número redondo sobre o nascimento de um dos Reis de Portugal: D. Dinis, que nasceu, segundo as crónicas, a 9 de Outubro de 1261, possivelmente em Lisboa, onde o seu pai, o rei D. Afonso III, se encontrava desde Julho. Não existe nenhuma série, nem nenhum selo, evocativos.
     
    Parece que a Câmara Municipal de Odivelas pagou um "Inteiro Postal" (vulgo Bilhete-postal) para comemorar o acontecimento, mas só chega a quem a Câmara escrever ou o oferecer... Não conheço o seu desenho.
    Longe vão os tempos em que a série base, aproveitando a semelhança do desenho do selo de autoridade de D. Dinis (vulgo cavaleiro medieval) com o do postilhão dos correios, tinha como desenho a reprodução do selo grande, de cera, de D. Dinis.