

Il était une fois Playmobil
até 9 Maio 2010

Madeleine Vionnet, puriste de la mode
até 31 Jan. 2010
No Musée des Arts Décoratifs
Paris
http://www.lesartsdecoratifs.fr/





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Há muito que não via tantos casacos de peles em Lisboa. Acabei de passar pelo eixo Praça de Londres-Guerra Junqueiro e fiquei impressionado. Até parecia que estava em Madrid ou Paris. Acho que até vou tirar do roupeiro o fabuloso gorro de raposa que comprei em Moscovo há uns anos, já que hoje ainda tenho o aniversário do meu querido amigo C.Reis e vai ser pela noite dentro...



Neste seu mais recente cd,Verismo, a soprano norte-americana Renée Fleming canta árias de Puccini, Mascagni, Catalani, Leoncavallo e Giordano, os grandes autores da dita corrente operática do final do séc.XIX. É uma edição da Decca.
Com a aprovação na Assembleia da República da proposta do Governo, iniciou-se hoje o processo legislativo conducente a permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. E não houve guerra civil, nem gigantescas manifestações de rua nem excomunhões. Ao contrário do que diziam os que rezam a ladaínha do costume- "O nosso povo não está preparado"...
Acaba de ser publicado o terceiro volume das "crónicas " corrosivas dedicadas ao reinado de Nicolas I por Patrick Rambaud. Não tenho dúvidas que Rambaud deve ser um dos grandes ódios de Sarkozy, deste e da outra figura pública que inspirou a personagem que dá pelo nome de Comtesse Bruni...
E por falar em frio e Reino Unido, a noite passada foi a mais fria deste Inverno na Escócia com os termómetros a registarem -22,3ºC. Por cá, o mau tempo, sobretudo as chuvas de Dezembro custaram ao Estado português mais de 80 milhões de euros. Veremos como e quando surgirão os apoios à recuperação das zonas mais afectadas.
Cumprindo outra tradição prosimetrónica, aqui fica a mais controversa criação recente do Alexander McQueen. Em pele de cobra pitão, estes sapatos da colecção Primavera-Verão 2010 que dão pelo nome de Armadillo, por evocarem, nas palavras do seu criador, o tatú, têm dado que falar no mundo da moda e não só. Embora já tenham sido usados em desfiles por algumas modelos, a verdade é que também outras se recusaram a fazê-lo, atemorizadas sobretudo pelos 30cm de salto.
Sem preocupações numerológicas, calhou bem que o centésimo livro que dou a conhecer aqui no blogue seja ele próprio um livro em torno desse número. Trata-se de uma obra colectiva na qual 100 escritores franceses, dos mais variados, discorrem sobre 100 monumentos do seu país, e algumas das escolhas monumentais são algo inesperadas.O prefácio é do também escritor e actual ministro da Cultura e da Comunicação, Frédéric Mitterrand. Indispensável para os francófilos, apesar do preço não ser muito convidativo.

Depois da bruma ter atravessado estas planícies
por uma triste, longa estação, ergue-se um dia
nascido no aprazível Sul, que vem purificar
o doentio céu de todos os seus estigmas.
O mês ansioso, livre de sofrimento,
mais uma vez se nutre das sensações de Maio,
e, frescas, são as pálpebras como folhas
das rosas tocadas pelas chuvas de estio.
Calmos pensamentos nos cercam, como o florir
dos ramos... os frutos a amadurecer... o sol de Outono
que há pouco sorria sobre as colheitas abandonadas...
o frágil rosto de Safo... o respirar feliz de uma criança...
a areia de um instante que desliza serenamente...
um rio a atravessar o bosque... a morte de um poeta...
John Keats
Trad. Fernando Guimarães
In: Poesia romântica inglesa (Byron, Shelley, Keats). Lisboa: Relógio d'Água, 1992





Esta noite o programa La grande librairie do François Busnel é dedicado a Albert Camus. Estarão em estúdio a filha do escritor, Catherine Camus, e vários filósofos. Em seguida, passará um documentário inédito sobre a vida e a obra do escritor. É no canal France 5, às 20h35 ( hora francesa ).
- Ric Hochet imortalizado numa parede de uma rua de Bruxelas.
O nome Gilbert Gascard(1931-2010) não diz nada a ninguém, pelo menos não dizia a mim, mas quando se fala em Tibet os bedófilos sabem logo de quem se trata.
Talvez por isso não tenha dado, face ao de outros monstros sagrados da música russa, similar importância ao seu túmulo, que nem sequer fotografei. Afinal, tem muito mais interesse tentar sentir o mesmo espaço que foi vivido pelo de cujus...
Fiz questão foi de visitar uma loja de música clássica que funciona no 1.º andar desta casa e comprar alguns discos do próprio.
Como também de ir ouvir “qualquer coisa que fosse” (no caso, uma bela interpretação da 5.ª de Beethoven) ao salão onde se estreou a Patética (ou, no meio do cerco, a Sinfonia Leninegrado, de Shostakovich que dá agora nome ao espaço). Reparem nas janelas por cima do palco. Eram 22h, mas de um dia de Junho.
Não consigo imaginar-me a viver com 450 euros por mês