Prosimetron

Prosimetron

sábado, 1 de novembro de 2008

Esta tarde...

...ao passar por S. Pedro de Alcântara,
vi estas orquídeas no Jardim das Rosas:



Há uma orquídea
florindo - teu
sorriso. Alegre
emanação da terra, folha
do vento, súplice
auréola do sangue, doce
colina e anénoma
do mar.

Albano Martins

A Batalha das Almofadas

Às 17h espreitei pela janela e assisti ao iniciar das hostilidades- dezenas de pessoas começaram, tal como previsto, a "lutar" com almofadas. Foram chegando mais umas dezenas e neste momento devem estar cerca de 100 "combatentes". De acordo com as regras, vieram com roupa de cores primárias, o que dá um colorido ainda maior a este espectáculo.
São sobretudo jovens, e a alegria deles é contagiante. Os transeuntes habituais- que passeiam os cães, jogam à bola ou simplesmente namoram pelos bancos- contemplam a cena com ar de espanto. Muitos moradores, tal como eu, espreitam pelas varandas e janelas.
A Alameda aqueceu nesta tarde de frio. A chuva felizmente esteve ausente.

Pintar a solidão - 7

- Caspar David Friedrich, Wanderer uber dem Nebelmeer, 1818,
óleo sobre tela, Hamburger Kunsthalle, Hamburgo.

Escolhi este quadro, de que gosto muito, de um dos meus pintores românticos preferidos, para ilustrar ainda outra solidão- a solidão dos grandes viajantes. Personagens que me fascinaram desde sempre- de Marco Polo ( li e reli as viagens ainda garoto ) , a Alexandra David-Neel, ou Bruce Chatwin. Esta errância dos grandes viajantes é feita também de muita solidão.



Grandes Senhoras - 6 : Peggy Lee

Outra inesquecível grande senhora. Uma carreira longa, que inclui também passagens por Hollywood. Escreveu ela própria muitos dos seus êxitos. Nos anos 90, esta verdadeira força da natureza ainda cantava, em cadeira de rodas. Morreu em 2002.
Aqui fica um dos seus maiores êxitos, datado de 1956. É de certeza um dos temas mais apropriados por outras cantoras, ainda recentemente por Beyonce Knowles.

Hoje em S.Roque

Às 21 horas actuam a Orquestra Sinfónica Juvenil e o Coro do Instituto Gregoriano de Lisboa, sob a direcção do maestro Christopher Bochmann, interpretando obras de Mozart.

Local: Igreja de S. Roque, Largo Trindade Coelho.

Chegou Novembro...


http://www.chaosobral.org/web1/agric/semear.jpg

Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro.

Outubro lavrar, Novembro semear, Dezembro nascer.

(Da sabedoria popular)

Os meus filmes 12

Gone With the Wind (1939)[E tudo o vento levou]
Realização:Victor Fleming

"After all, tomorrow is another day!"





música de Max Steiner

Clark Gable - Rhett Butler
Vivien Leigh - Scarlett O'Hara
Olivia de Havilland - Melanie Hamilton
Leslie Howard - Ashley Wilkes

Novembro com J.S.Bach

No hemisfério norte, o mês de Novembro de pouca “popularidade” goza. Vários serão os motivos, desde o tempo chuvoso e frio às reflexões profundas sobre o nosso ser nesta vida terrestre, em parte sugestionadas pelos feriados que o universo católico celebra. Numa perspectiva mais optimista - a que estas reflexões também podem conduzir -, talvez encontremos algum conforto na música, quer ligeira, quer clássica.

Como sugestão para uma meditação “bem sucedida” e não deprimente, fica o belíssimo Agnus Dei da Missa em Si Menor de Johann Sebastian Bach (BWV 232), aqui na magnífica interpretação de Andreas Scholl, acompanhado do coro e da orquestra Collegium Vocale sob a direcção de Philippe Herreweghe.

Na sua extensão bem como profundidade musical e emocional, esta obra equipara-se às oratórias da paixão (segundo S. João ou S. Mateus) ou à oratória de Natal. Bach iniciou a composição da Missa em Si Menor com o Sanctus em 1724. Seguiram-se o Kyrie e Gloria em 1733 que o compositor intitula como Missa Brevis de acordo com o ritual litúrgico protestante. Apenas em 1748/49, pouco antes do falecimento de Bach portanto, é concluída a obra que se torna então na Missa Solemnis.
A Missa em Si Menor representa, sob ponto de vista formal, uma ruptura com a tradição praticada na época: em vez dos cinco elementos constitutivos habituais, ou seja o Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei, encontramos nesta missa uma repartição em quatro secções principais, por sua vez estruturadas em sub-secções:
1. Missa = Kyrie e Gloria; 2. Symbolum Nicenum = Credo; 3. Sanctus; 4. Osanna, Benedictus, Agnus Dei, Dona nobis pacem.

O conceito da Missa em Si Menor é de majestosidade e grandeza. Apenas os registos relacionados com a vida de Cristo reflectem uma abordagem mais íntima. A missa compõe-se de árias e andamentos corais, não existem recitativos. Bach recorre ainda a géneros musicais antigos, tais como ao canto gregoriano, integrando-os contudo em formas estilísticas modernas à luz do barroco, como por exemplo árias para soprano de coloratura em estilo italiano.
Apesar desta diversidade de elementos e não obstante o facto de a missa ter sido desenvolvida ao longo de mais de duas décadas, a Missa em Si Menor é um exemplo extraordinário de homogeneidade e de consistência.

O Agnus Dei - apenas um dos muitos testemunhos da genialidade de Johann Sebastian Bach. Para ouvir e meditar em silêncio absoluto…


Bobby Darin

«Sem ti, a minha vida seria como Os Grandes Êxitos de Bobby Darin sem Mack the Knife.» Li isto há pouco, num livro de Murakami. Lembrei-me então desta canção, escrita por Tim Hardin:

«If I Were a Carpenter» (1966)


http://www.bobbydarin.net/

Os meus franceses - 7

Charles Trenet - «Que reste-t-il de nos amours?» (1943)

Do filme «La Cavalcade des Heures», de Yvan Noé, com Charles Trenet.

http://www.charlestrenet.com/

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Halloween , Dia do Saci ou Dia das Bruxas


Nos países anglo-saxónicos, em especial nos Estados Unidos da América, celebra-se o Halloween, uma tradição pagã de origem céltica. No Brasil, onde se copia tudo o que vem dos EUA, já começava a comemorar-se também o 31 de Outubro, com as brincadeiras, trajes e artefactos do dia. Mas o Governo brasileiro decidiu que este dia é o Dia do Saci.


O Saci, ou Saci-pereré, é um personagem bastante conhecido da mitologia brasileira, que se presume ter tido a sua origem entre os indígenas da região das Missões, no Sul do país.Inicialmente retratado como um endiabrado, é uma criança indígena, com uma perna e de cor morena, com a diferença de possuir um rabo. Na Região Norte do Brasil, a mitologia africana transformou-o num negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também a cultura africana do pito, uma espécie de cachimbo, e da mitologia europeia, herdou o píleo, um gorrinho vermelho.Considerado uma figura brincalhona, que se diverte com os animais e pessoas, fazendo pequenas travessuras que criam dificuldades domésticas, ou assustando viajantes nocturnos com os seus assobios. O mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII. O saci não tem amigos, vivendo solitário nas matas. Imortalizado nas histórias contadas à beira das fogueiras nas cidades do interior do Brasil, o Saci ganhou um novo e importante aspecto cultural nos livros de Monteiro Lobato e nas histórias em quadradinhos de Ziraldo, criador da Turma do Saci Pereré, alcançando desta forma, também as crianças da cidade grande. Figura ainda em muitas histórias do Chico Bento, personagem criada por Mauricio de Sousa, típico caipira do interior paulista. Com a contribuição destes escritores o mito do Saci sobrevive à invasão das culturas estrangeiras amplamente divulgadas pela comunicação social. Com a transposição dos textos de Lobato para a Televisão, o Saci deixou o imaginário para ser personificado numa figura de carne e osso.
Em Portugal, que também gosta de macaquear tudo o que vem de fora, há uns tontos e tontas - até nos infantários e escolas - que deram para comemorar o Dia das Bruxas. Sem ser tradição portuguesa, não deixa de ter alguma razão. É que por cá também temos algumas que merecem essa homenagem...

God of dance

Inaugura amanhã...


Amanhã, dia 1 Nov., 12h00
Galeria dos Paços do Concelho
Largo do Pelourinho
Lisboa

Curiosidade do dia


"Os especialistas chegaram à conclusão de que existem dezanove tipos de sorriso no rosto dos seres humanos. Há os sorrisos constrangidos, os sorrisos de delicadeza, os sorrisos forçados (depois de uma anedota sem piada), os pacificadores, os sorrisos para a fotografia e muitos mais. Mas apenas um deles é o sorriso verdadeiro de felicidade, quando os cantos da boca se deslocam para cima e os olhos se contraem ligeiramente com pequenas rugas nos seus cantos. Chamam-lhe sorriso de Duchenne, em honra do cientista que investigou os nervos do rosto."

Excerto do romanace Já ninguém morre de amor, de Domingos Amaral

Amanhã no meu bairro

Confesso que estou tentado a participar neste insólito evento. De certeza que reduz o stresse.

De que falo ? Veja em www.improvlisboa.blogspot.com

Humor em tempo de crise...




Com um agradecimento à Tecla Portela Carreiro. 

Hoje na Byblos

Continua na Byblos o ciclo sobre o romance histórico. Os convidados de hoje são Fernando Campos e José Jorge Letria. A sessão inicia-se às 18h30.

os meus filmes 11

The Sound of Music (1965)
realização: Robert Wise

Música no Coração foi o primeiro filme porque me apaixonei (minto, primeiro adorei os Três Porquinhos, a Branca de Neve e os sete anões e o Aprendiz de Feiticeiro, mas isso era outra fase da vida).

Um novo sentido dado à vida...





Julie Andrews .... Maria
Christopher Plummer .... Capitão Georg von Trapp
Richard Haydn .... Max Detweiler
Peggy Wood .... Madre Abadessa
Anna Lee .... Irmã Margaretta
Portia Nelson .... Irmã Berthe
Ben Wright .... Herr Zeller
Daniel Truhitte .... Rolfe
Norma Varden .... Frau Schmidt
Marni Nixon .... Irmã Sophia
Gilchrist Stuart .... Franz
Evadne Baker .... Irmã Bernice
Doris Lloyd .... Baronesa Eberfeld
Charmian Carr .... Liesl von Trapp
Nicholas Hammond .... Friedrich von Trapp
Heather Menzies .... Louisa von Trapp
Duane Chase .... Kurt von Trapp
Angela Cartwright .... Brigitta von Trapp
Debbie Turner .... Marta von Trapp
Kym Karath .... Gretl von Trapp
Eleanor Parker .... Baronesa Elsa Schraeder

Os novos elefantes brancos


A notícia já tem alguns dias, por isso é provável que já a conheçam. De qualquer modo, acho que vale a pena falar dela, nem que seja para os mais distraídos.
O Estádio do Algarve , um dos dez construídos para o Euro 2004 , não tem sido utilizado para os fins para que foi construído, pelo menos regularmente, até porque neste momento não existe nenhum clube de futebol algarvio a concorrer na Primeira Liga. Os clubes de que nos lembramos todos, o Olhanense e o Farense desde logo, desapareceram e será difícil que voltem.
Pois bem, o Estádio do Algarve serve agora como estabelecimento de ensino. É verdade, estão instaladas no estádio duas escolas do ensino básico com um total de 120 alunos, que funcionam por baixo das bancadas.
Evidentemente, mais vale servir para este fim, do que para nenhum, e estou seguro de que os alunos terão das melhores instalações desportivas do país- bons relvados, balneários com pouco uso etc....
Infelizmente não é só o Estádio do Algarve que tem pouco uso, também alguns dos outros, que se tornaram entretanto uma enorme dor de cabeça para as respectivas autarquias dados os elevados custos de manutenção.
Dá que pensar, não dá? Especialmente, porque me lembro bem de que havia gente muito capaz a aconselhar na altura que seis novos estádios eram suficientes.

O meu maior pecado

Por vezes, gosto de ler o meu horóscopo na imprensa. Não que seja devoto da Astrologia, mas às vezes não resisto, nem que seja para me rir um pouco.
Ontem, não me ri. Ao ler o chamado Miguel de Sousa, O Vidente das Estrelas, fui surpreendido com um sábio conselho- " Procure fazer exercício físico e afastar a preguiça. ". Pois é, quando chega esta altura do ano sucumbo ainda mais ao meu maior pecado- a preguiça. E também não sou grande amigo do exercício físico, embora devesse até porque a idade não perdoa.
Uma manhã como esta, com chuva e frio, convida-me mais a permanecer no ninho, agarrado a um livro e a ouvir música.
Vencer a preguiça é a minha luta diária. E fonte de sentimentos de culpa, ampliados quando da janela do meu quarto vejo logo que acordo, e acordo cedo, gente a fazer jogging ou footing...
Para ser sincero, sentimentos de culpa misturados com algum ódio...

Dúvidas minhas

Há dias, ao ler sobre a correspondência de Mariana Alcoforado e Noel Bouton ( futuro marquês de Chamilly ) assaltou-me uma dúvida- uma vez que nunca foram encontrados os manuscritos em português, qual é o estado da arte relativamente à autenticidade das Cartas ?
Ou seja, presentemente não há dúvidas que foi a freira de Beja a escrever esta impressiva correspondência ?

Equilíbrio negro ?

Num jornal diário de ontem, precisamente na mesma página, constavam estas duas notícias imediatamente uma a seguir à outra:

" Egipto- Um professor primário de um colégio de Alexandria, espancou um dos seus alunos até à morte por este não ter feito os trabalhos de casa, relata o jornal Al Masry. O professor Haytham Hamid, de 23 anos, bateu no aluno, Islam Amr, 11 anos, com uma régua, advertindo-o para não voltar às aulas sem fazer os deveres.
Depois, decidiu voltar a repreender o aluno, batendo-lhe até que este perdeu a consciência e teve de ser transportado para o hospital, onde faleceu.
O professor, entretanto preso e acusado de homicídio involuntário, declarou que não tinha intenção de matar o estudante, pretendendo somente castigá-lo. "


" China- Um professor chinês foi morto por um aluno em Pequim, no terceiro homicídio do género registado em menos de um mês, noticiou a Agência Nova China. O caso mais recente, que vitimou um professor de 43 anos, ocorreu terça-feira na Universidade Chinesa de Ciências Políticas e Direito, tendo o professor sido morto à facada em plena sala de aulas por um estudante do quarto ano, de 22 anos, que depois se entregou à polícia. Está ainda a ser investigada a motivação do crime. "

Como se vê, um fenómeno global, sendo que o primeiro caso parece-me ser mais raro. Por cá, como dizia ontem Moita Flores na SIC, a violência no meio escolar é "semana sim, semana não". Na verdade, já nos fomos habituando aos relatos de agressões contra professores e contra alunos.

Grandes Senhoras - 5: Edith Piaf

Para não ser acusado de parcialidade relativamente às norte-americanas, hoje trago uma europeia de que gosto muito e que sei ser apreciada por muita gente aqui da casa. Uma grande senhora, ou melhor a grande senhora da canção francesa e um dos seus maiores sucessos.

«Esperança e Mudança»

Bruce Springsteen - «Born in the USA» (1984)


Miss Tolstoi: Um dos muitos gostos que temos em comum é Bruce Springsteen. «Born in the U.S.A.» não é a minha canção preferida dele, mas parece-me adequada ao momento.
http://www.brucespringsteen.net/news/index.html

Frutas de Outono e...

...dois poemas de Daniel Maia-Pinto Rodrigues


DIÓSPIRO

depois do almoço,
quando arrastamos a cadeira
um pouco para trás
uma sonolência morna, entrelaçada de luz
entra pelas janelas
ludibria as cortinas
e difusa poisa no vinho

é nessa altura que dizemos:
vou comer este dióspiro
antes que apodreça



Outubro
mês dos figos maduros
da perfeita tranquilidade
mês
em que das eiras
perdigueiros correm para os currais
e dos currais se ouvem burros e éguas
outubro
mês dos patos nos ribeiros
mês das serras, das perdizes
dos ferreiros, das cegonhas
das paisagens, das feiras com queijo
do sr. sebastião e dos alpendres
outubro
mês dos meus avós vivos
levando-me a ver os moinhos de água

In: O valete do sétimo naipe. Porto: Felício & Cabral, D.L. 1994, p. 76, 64

Fotos:
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2004/11/os-nomes-das-rvores-dispiro.html
http://panelada.files.wordpress.com/2008/04/figos.jpg

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Aromas e sabores de Itália


Todos quantos escrevem e lêem este blogue esperaram, ansiosamente, uns textos sobre uma certa viagem a Itália, mas até agora nem uma linha... Expectativas goradas, venho, humildemente, tentar colmatar um pouco essa falha com um "cheirinho" italiano: a importância do manjericão no fabrico do molho pesto. Também conhecido por basílico, o manjericão é a base do molho pesto (que deriva do verbo "pestare", acto de esmagar com o pilão no almofariz),um segredo bem guardado em Asti. É naquela região de Piemonte que esta erva aromática assume especial destaque no cultivo, colheita e fabrico do molho pesto, que se processa na fábrica de Saclà. As folhas frescas de manjericão, o alho, os pinhões, o queijo (Grana Padana e Pecorino Romano), o azeite e o sal são esmagados com um pilão de madeira num almofariz de mármore para que o molho não oxide, sempre com movimentos rotatórios firmes. No final obtém-se um molho único, frio, aromático... e muito italiano.

Museu da Marioneta reabre em Novembro


É já no dia 7 de Novembro que o Museu da Marioneta reabre ao público após obras de renovação, inclusive, na antiga capela do Convento das Bernardas (onde se situa o museu). Único no panorama nacional, o Museu da Marioneta é inteiramente dedicado à interpretação e divulgação da história da marioneta e à difusão do teatro de marionetas. O seu espólio tem vindo a ser alargado e diversificado com especial incidência nas marionetas tradicionais portuguesas, numa fase em que o museu também acolheu a vasta colecção de marionetas e máscaras do sudeste asiático e africanas do coleccionador Francisco Capelo, que reúne mais de 500 peças.
Para a reabertura do museu está prevista a exposição temporária "O Regresso dos Animais - Máscaras e Marionetas do Mali" patente ao público entre 7 de Novembro a 31 de Dezembro.

Horário: 3ª a Domingo, 10/13h e 14/18h. Fecha à 2ª feira, 1 de Janeiro, 1 de Maio e 25 de Dezembro.

Curiosidade do dia


Não se espantem se um dia destes ao pegarem numa garrafa de vinho verificarem que o rótulo contém sugestões musicais. Isto porque de acordo com um estudo feito por investigadores da Universidade de Heriot Watt, na Escócia, beber vinho e ouvir música ao mesmo tempo pode modificar o sabor do vinho. Foi o que ficou comprovado com o Cabernet que degustado ao som de música pesada foi identificado como sendo 60% mais rico e robusto em termos de paladar. Com os resultados obtidos, aqueles investigadores acreditam que, no futuro, os produtores de vinho possam vir a indicar sugestões de música nos rótulos das garrafas.

Kafka- aforismos : 6

A palavra "sein" tem dois sentidos em alemão: existir, e pertencer a alguém.

-Franz Kafka, aforismos, trad. de Madalena Almeida, Ulmeiro, 2001.

Os meus filmes 10

The Wizard of Oz (1939) [O Feiticeiro de Oz]
Realização: Victor Fleming

Espero que haja um mundo para lá do arco-íris...

Como todos temos tudo dentro de nós; temos é de encontrar a coragem, a força e a sabedoria para conseguir vencer...



Música de Harold Arlen que ganhou o Óscar de melhor canção, em 1940, com "Over the Rainbow”.

Judy Garland - Dorothy
Frank Morgan - Professor Marvel, O Mágico e Porteiro da cidade de Esmeralda
Ray Bolger - O homem de palha
Jack Haley - O homem de lata
Bert Lahr - O leão sem coração
[...]

Grandes Senhoras - 4: Billie Holliday

Todos conhecem certamente aquela que ficou conhecida como a Rainha do Jazz Vocal, título bem merecido. Não me canso de a ouvir. Escolhi este tema Strange Fruit porque tem uma poderosa letra, tendo sido uma das primeiras canções abertamente anti-racistas. As árvores do Sul davam estranhos frutos...

Na FNAC de Cascais

Hoje, pelas 19h, é apresentado o livro de Eduardo Amarante, Mitos e lugares mágicos de Portugal, na FNAC de Cascais.

Hoje na Byblos

Às 18h30 é lançado Filosofia do Ritmo Portuguesa, de Rodrigo Sobral Cunha, pela Serra d'Ossa. A apresentação do livro será feita por António Carlos Carvalho.

Pelas 19h15 ocorre o lançamento do segundo número da Revista Nova Águia, dedicado a António Vieira e o futuro da lusofonia. Este segundo número tem contributos de Adriano Moreira, Aníbal Pinto de Castro, António Paim, António Telmo e Pinharanda Gomes, entre outros.

A pele de Obama

"(...) Seria um facto único e inaugural que os americanos elegessem um presidente negro, facto com um peso simbólico tal que, na realidade, nada seria como dantes. «Nada»: mas o quê?
Apesar das referências a Luther King ( cujo «sonho» seria agora realizado), a verdade é que Obama nunca insistiu neste tema.
Não se apresentou como o candidato dos negros ou da luta anti-racista. Não privilegiou nem escondeu o facto de ser negro, deixando-se simplesmente ser e ser percepcionado como o que realmente é: mestiço, um produto da mestiçagem étnica e cultural que gerou boa parte do povo americano.
Ser mestiço é passar despercebido, possuir uma cor de pele imperceptível, como a dos brancos. Não deixou que a sua cor de pele se tornasse um facto político. Neutralizou-lhe a cor, não é branca nem negra, é invisível. Aqui também Obama levou a melhor a McCain, de quem se descobriram ascendências «esclavagistas». Obama elevou-se acima dos conflitos raciais que tanto dividiram os americanos, encarnando a sua superação e mesmo, subliminarmente, a união da nação. A pele de Barack Obama é a prova de que a promessa de «mudar» já estava cumprida antes de o estar. Porque a sua pele actual é a garantia inconsciente da «Mudança» futura. Garantia de que o significante «Change» afinal não é vazio. (...) "

- José Gil, Change, in VISÃO de 30 de Outubro de 2008.

BnF – Espaço Descoberta

O Átrio Este da Biblioteca Nacional de França (espaço François Mitterrand) tem, permanentemente, patente uma exposição sobre a Instituição.

Quem «inventou» a BnF? Para que serve? Que colecções conserva?
Para responder a estas perguntas, o Espaço Descoberta propõe três tipos de resposta: uma resposta patrimonial, através da apresentação das suas colecções no «Abécédaire des collections», do qual são, mensalmente, destacados treze temas emblemáticos da Biblioteca (através da mostra de obras ou objectos); uma resposta histórica, pela representação de uma cronologia ilustrada sobre a história da Instituição; e uma resposta multimédia, através do visionamento de entrevistas e de uma visita virtual do espaço Richelieu.


Este triplo dispositivo constituiu uma base para uma reflexão sobre a ideia de património e sobre o conceito de colecção, bem como uma boa introdução a uma visita à própria BnF.

www.bnf.fr

Os meus franceses - 6

Marie Laforêt - «Мon amour, mon ami» (1967)  
Esta canção, de E. Marnay e A. Popp, reapareceu no filme «8 Mulheres» de François Ozon, já aqui falado.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Petição Lisboa é das pessoas

Online petition - LISBOA É DAS PESSOAS. MAIS CONTENTORES NÃO!



Já assinaram? Eu já.

Porque rir faz bem...


Um primeiro-ministro muito impulsivo...

Aqui fica este vídeo do primeiro-ministro checo, que como se vê tem pouca paciência para fotógrafos...

Pedro Costa na Austrália

Os filmes de Pedro Costa estarão em breve na Austrália, já que a retrospectiva Still Lives, The Films of Pedro Costa, que deu a volta ao Canadá e aos E.U.A. durante este ano, chega às cinematecas australianas em Novembro: Melbourne ( 5 a 26 de Novembro) , Adelaide ( 20 a 26 de Novembro) e Brisbane ( 5 a 14 de Dezembro).
Palpita-me que Pedro Costa será o Manoel de Oliveira do séc.XXI- adorado e premiado no estrangeiro, e desprezado por cá.
Contra mim também falo, pois que não sou grande apreciador.

Portugal e Austrália- mais novidades ?

Como todos sabem, vários historiadores, tanto lusos como australianos, defendem que foram os portugueses a descobrir a Austrália muito antes do Capitão James Cook em 1770.
Agora, é o australiano Peter Trickett que sustenta a tese de que os portugueses chegaram à Austrália cerca de 250 anos antes de Cook.
Baseado em mapas portugueses, Trickett sustenta que foi o navegador Cristóvão Mendonça o primeiro a avistar a costa australiana em 1522, ao navegar por ordem de D.Manuel I que o enviara em busca da " Iha de Ouro " mencionada por Marco Polo.
Aguardemos o documentário televisivo que está a ser feito sobre mais esta tese.

Coloquio Padre Antonio Vieira A UTOPIA DO ESPIRITO Universidade do Minho 31 de Outubro


COLÓQUIO COMEMORATIVO

DO

IV CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DO PADRE ANTÓNIO VIEIRA

A UTOPIA DO ESPÍRITO

BRAGA, UNIVERSIDADE DO MINHO, 31 DE OUTUBRO DE 2008

Anfiteatro B2 – CPII


ENTRADA GRATUITA


OUTRAS ACTIVIDADES

QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO, 18 H

Lançamento do Livro

O PADRE ANTÓNIO VIEIRA E AS MULHERES,

de

Isabel Moran Cabanas

e

José Eduardo Franco

LIVRARIA 100ª PÁGINA

Casa Rolão

Av. Central, 118/120

Organização

Micaela Ramon (Depart. Estudos Portugueses)

micaelar@ilch.uminho.pt

e

Manuel Curado (Depart. Filosofia e Cultura)

curado.manuel@gmail.com

Universidade do Minho

Instituto de Letras e Ciências Humanas

Universidade do Minho

Instituto de Letras e Ciências Humanas

Campus de Gualtar

4710 - 057 Braga

Portugal













3ª Mostra de Cinema Brasileiro


Entre 7 e 9 de Novembro, no Cinema São Jorge (Lisboa), vai decorrer uma selecção do melhor Cinema Brasileiro contemporâneo. Com um total de sete filmes, a Mostra é inaugurada com "Os Desafinados" (apresentado pelo realizador Walter Lima Jr. e pelo actor Ângelo Paes Leme), no que vai ser a sua primeira exibição internacional, depois de uma estreia muito aplaudida no Brasil. O filme trata a história de um grupo de jovens músicos e compositores que, nos anos 30, abandonaram o Rio de Janeiro em busca de sucesso em NY, assumindo um papel importante no surgimento da Bossa Nova.
Dia 7:
Inauguração /21h30, Os Desafinados (2008), de Walter Lima Jr.

Dia 8:
16h00, A Casa do Tom, de Ana Jobim
18h30, Os Desafinados, de Walter Lima Jr.
20h30, Mesa Redonda com Walter Lima Jr. e Ângelo Paes Leme
22h00, Caixa Dois (2007), de Bruno Barreto

Dia 9:
16h00, Cartola (2006), de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda
18h30, A Via Láctea (2007), de Lina Chamie
22h00, Nome Próprio (2008), de Murillo Sales

Curiosidade do dia


A fazer lápis desde 1907 (cuja fábrica ainda se designava Faria Cacheaux & Cª; só em 1936 é que é registada a marca que se mantém até hoje), a Viarco é actualmente detentora de um património único a nível nacional, com elevado interesse histórico e social. Produz sete milhões de unidades por ano e os seus míticos lápis preenchem páginas em países como Inglaterra, espanha, Bélgica, Holanda ou Cabo Verde. Continua a ser a única fábrica do género em Portugal.

As minhas músicas - 40: Video killed the radio star

E com este enorme e tão profético êxito dos The Buggles, chega ao fim esta década e, por agora, esta antologia pessoal.

Os meus filmes 9

Il Gattopardo (1963)
Realizador: Luchino Visconti

Um filme que me faz sonhar... recordar... e ...





Música maravilhosa de Nino Rota

Burt Lancaster ... Prince Don Fabrizio Salina
Claudia Cardinale ... Angelica Sedara / Bertiana
Alain Delon ... Tancredi Falconeri
Paolo Stoppa ... Don Calogero Sedara
Rina Morelli ... Princess Maria Stella Salina
Romolo Valli ... Father Pirrone
Terence Hill ... Count Cavriaghi (as Mario Girotti)
Pierre Clémenti ... Francesco Paolo
Lucilla Morlacchi ... Concetta
Giuliano Gemma ... Garibaldi's General
Ida Galli ... Carolina
Ottavia Piccolo ... Caterina
Carlo Valenzano ... Paolo
Brook Fuller ... Little Prince
Anna Maria Bottini ... Mademoiselle Dombreuil, the Governess
[...]

Pintar a solidão - 6

- Pierre-Paul Prudhon, Portrait de l' Impératrice Josephine,1805,
óleo sobre tela, Museu do Louvre, Paris.


Ainda outra solidão, a dos repudiados e abandonados. E também a melancolia, quase sempre.
Da vida agitada às horas por preencher, das salas cheias às poucas visitas dos mais dedicados. A solidão dolorosa de quem dominou os salões e se vê reduzido a dominar os lugares do seu exílio, ainda que dourados. De Josefina a Soraya, passando por algumas estrelas de Hollywood.



Grandes Senhoras - 3 : Ella Fitzgerald

Ella Fitzgerald dispensa apresentações. Aqui fica um dos seus primeiros sucessos, de 1947, numa carreira que durou quase 60 anos. Este tema foi escrito em 1924 pelos irmãos Gerschwin, que adoraram a versão de Ella. Ella cantou as composições dos Gerschwin com grande sucesso, e mais tarde as de Cole Porter num dos seus melhores álbuns.

Samba - 4

Baden Powell - «Samba da Benção»


Este tema foi popularizado através do filme «Um homem e uma mulher» de Claude Lelouch, no qual era interpretado por Pierre Barouh, com o título de «Samba Saravah»:

Os meus franceses - 5

Nicole Croisille e Pierre Barouh - «Un homme et une femme»
Da banda sonora, de Francis Lai para o filme de Claude Lelouch.



Comme nos voix ba da ba da da ba da ba da
Chantent tout bas ba da ba da da ba da ba da
Nos cœurs y voient ba da ba da da ba da ba da
Comme une chance comme un espoir
Comme nos voix ba da ba da da ba da ba da
Nos cœurs y croient ba da ba da da ba da ba da
Encore une fois ba da ba da da ba da ba da
Tout recommence, la vie repart

Combien de joies
Bien des drames
Et voilà!
C'est une longue histoire
Un homme
Une femme
Ont forgé la trame du hasard.

Comme nos voix ba da ba da da ba da ba da
Nos cœurs y voient ba da ba da da ba da ba da
Encore une fois ba da ba da da ba da ba da
Comme une chance, comme un espoir.

Comme nos voix ba da ba da da ba da ba da
Nos cœurs en joie ba da ba da da ba da ba da
On fait le choix ba da ba da da ba da ba da
D'une romance qui passait là.
Chance qui passait là
Chance pour toi et moi ba da ba da da ba da ba da
Toi et moi ba da ba da da ba da ba da
Toi et moi ba da ba da da ba da ba da
Toi et moi ba da ba da da ba da ba da
Toi et moi.

Letra: Pierre Barrouh

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A génese do livro Livre


Ainda Narciso


Ah! como ter-te e não te possuir
é cruel: imagem, espelho, o meu reverso,
o outro lado de mim, de ti o anverso,
a imortal beleza de um começo
na beleza mortal de cada recomeço.

Narciso, Lís, Coroa de Cnossos,
a morte que sustenho enfim virá
que não vieste e de mim, imagem, espelho,
mais nada restará do que destroços
e o eco de um adeus: meu bem amado,
inutilmente amado, adeus.

João Mattos e Silva
"Marítimo Caminho", Tertúlia, 1977

Lutero: pobre ou burguês?


Recentes escavações arqueológicas levadas a cabo nas três casas onde Martinho Lutero viveu põem em causa o mito de que a família daquele teólogo alemão vivia na pobreza. A casa de Mansfeld, por exemplo, tratava-se de um conjunto de construções edificadas em terreno de generosas dimensões, com bons acessos e área reservada à criação de animais para consumo doméstico, um sinal de alguma abastança. A caça parece ter sido uma prática na família num tempo em que esse "hobby" era dispendioso e reservado apenas a alguns. Mais tarde, a casa que Lutero partilhou com a sua mulher e filhos, em Wittenberg, também alvo de pesquisa arqueológica, demonstrou que o monge excomungado vivia com conforto embora alguns historiadores relacionem esse facto com a mulher, Catarina von Bora (ex-monja cisterciense), de origem nobre.
Estas novas descobertas sobre a vida daquele que foi o percursor da Reforma Protestante na Europa, possibilitaram ao Museu Arquelógico de Halle expor centenas de objectos que pertenceram a Lutero numa iniciativa que pela primeira vez reúne todos os bens existentes actualmente dispersos por igrejas e museus.

Um poema escrito há 66 anos...

Era para ter colocado este poema ontem, mas tive um lapso de memória...

APELO

Com a tarde a cair cheia de cor,
– Folhas de Outono no Choupal deserto –
Olha-te doutra maneira o meu amor,
E o teu coração pulsa mais perto…

Como que pede vida nesta hora
Uma força que em nós nos era alheia…
Uma onda que vem pelo mar fora
À procura de paz na sua areia…

Nada que seja a flor duma impureza;
É qualquer coisa de mais belo e fundo:
– Sugestão do adeus da natureza
A pedir fé no mundo.

Coimbra, 27 de Outubro de 1942

Miguel Torga

Museu da Biblioteca Nacional de Espanha

Madrid conta desde Fevereiro de 2007 com mais um museu: o Museu da Biblioteca Nacional. O antigo Museu do Livro reabriu as suas portas completamente renovado nos seus conteúdos, abordando a oferta educativa, formativa, cultural e de ócio da Instituição ao grande público e divulgando, com rigor, as colecções, o funcionamento e a história da Biblioteca Nacional de Espanha.
Visite-o virtualmente em
http://www.bne.es/esp/actividades/museobiblioteca.htm

Paseo de Recoletos, 20-22
Madrid

Porque não segue a Biblioteca Nacional de Portugal esta sugestão? Não há um local em Portugal onde os estudantes e o público em geral possam contactar com a história do livro. E com a história de uma Instituição com mais de 200 anos.

A BATALHA

A Biblioteca-Museu República e Resistência tem vindo a promover um ciclo de conferências sobre o jornal A Batalha.

Hoje, dia 28 de Outubro, 18h30
O jornal A Batalha: da I República aos nossos dias
por Luís Garcia e Silva

Biblioteca-Museu República e Resistência
Espaço Cidade Universitária
Rua Alberto Sousa, 10-A
Lisboa

Os meus filmes 8

Lawrence of Arabia (1962)
Realizador: David Lean

Quando se acredita, vence-se.



Música de Maurice Jarre

Peter O'Toole .... T.E. Lawrence ou Lawrence da Arábia
Omar Sharif .... Sherif Ali ibn el Kharish
Alec Guiness .... Príncipe Feisal
Anthony Quinn .... Auda abu Tayi
Claude Rains .... Dryden

Curiosidade do dia


Em tempo de crise o luxo tem outro sabor! Que o digam a Casa Versace e a Lamborghini que apresentaram juntos o novo Lamborghini Murciélago LP 640 Roadster Versace. Um carro para o qual foi criada uma colecção única de acessórios - Versace Collection LP 640 - elaborada artesanalmente e constituída por uma mala trolley, um porta-documentos, um saco desportivo, uma mala de viagem, um par de luvas, uns sapatos "para condução", um cinto, uma carteira, um chaveiro, um "nécessaire", um chapéu de sol e um par de jeans. Esta colecção está disponível, exclusivamente, nas Lojas Versace e nos show-rooms da Lamborghini a partir de Novembro.

Arte de vanguarda em Madrid


Em Madrid e até 11 de Janeiro vão estar em exposição mais de 222 obras de artistas representantes dos movimentos de vanguarda. "A Vanguarda e a Grande Guerra" assim se chama esta grande mostra de pintura que pode ser vista no Museu Thyssen-Bornemisza e Fundação Caja Madrid. Klee, Kandinsky, Marc, Schiele, Brancusi, Chagall, Nolde, Balle, Goncharosa, Léger, Zadkine e muitos outros são autores que nos revelam como foi a relação entre a arte de vanguarda e a Primeira Guerra Mundial. Só por isto vale a pena um salto à capital espanhola.

Coisas do Direito - 2

Já ouviram falar da jurisprudência criativa? A jurisprudência criativa é uma corrente surgida no meio judicial estadunidense nas últimas décadas e que, designadamente no domínio penal e para-penal, se caracteriza pela imposição de sanções muito diversas das tradicionais ( multa, prisão, indemnização) tanto dirigidas a um infractor em concreto como à comunidade em geral por via do exemplo. Assim, é frequente vermos cidadãos com cartazes ao pescoço e nas costas junto à entrada de tribunais onde está escrita a infracção praticada, ou a pedirem desculpas de joelhos à vítima na escadaria do tribunal.
Entendem os aplicadores do direito que a humilhação pública associada a tais penalidades tem um efeito dissuassor maior do que uma simples multa ou um curto período de prisão.
Evidentemente, estamos a falar de sanções destinadas a punir pequenos delitos.
Recentemente, tive notícia de uma novidade em termos de jurisprudência criativa- uma juíza condenou um jovem vândalo, fã de hip-hop, a ouvir 20 horas de Beethoven.
Interessante castigo. Dei por mim a pensar que se o castigo deve sempre ser adequado ao infractor, eu seria bem castigado com 2o horas de heavy-metal...

28 de Outubro - São Judas Tadeu

São Judas Tadeu é um santo cristão, e um dos Doze Apóstolos de Cristo. É venerado pelos católicos, católicos do Oriente, coptas e anglicanos. Foi martirizado no séc.I na Pérsia, onde pregava, encontrando-se as suas relíquias em Roma. Segundo a tradição, é o autor da Epístola de Judas (Novo Testamento) .
Na Igreja Católica, é o santo patrono das causas desesperadas e das causas perdidas, daí vermos tantos anúncios nos jornais com «Oração a S.Judas Tadeu» e «Agradecimento a S.Judas Tadeu».

Conhece a nova Romy ?

Yvonne Catterfeld, cantora e actriz de origem alemã, interpretará Romy Schneider no filme biográfico que será lançado já em 2009. A bela Yvonne, de 29 anos, é filha de um pai austríaco e de uma mãe egípcia e foi descoberta num concurso de canto em 2000. Desde então já gravou quatro cds e participou em vários filmes e séries de televisão.
Ao que parece, foi a sua enorme semelhança física com Romy Schneider que lhe permitiu ser escolhida para a interpretar, ultrapassando na corrida as mais conhecidas Eva Green e Angelina Jolie.

Eco e Narciso

Nela, vive o som que os deuses roubaram
ao fugitivo amante; sem destino, consome-se
no fundo de um espelho que repetiu o choro
da amada. Não o ouviu; nem viu essa
cuja beleza a terra sepulta, solitária,
condenada ao jogo da natureza. Olha-se,
fixamente, despindo-se da folhagem
que as chuvas acumularam no abrigo dos vales;
cobrindo-se com o brilho húmido que ofuscou
o furtivo aceno; dançando, enfim, quando
o vento envolve os arbustos com o desvelo
de um murmúrio de flauta. Aqui,
engana-o a imagem de que fogem as águas
que o seu reflexo suspende, detendo
o inelutável tempo; nenhuma súplica, porém,
restituirá um corpo à sombra
que persegue. Tão perto, no entanto, dos seus
braços que imitam a realidade!, procura
o seu conforto no fundo das fontes. «Quem és?»
«És», repete, sem que a voz se distinga
- e os seus lábios se revelem, turvos
de ânsia, num rigor de verso.


- Nuno Júdice, AS REGRAS DA PERSPECTIVA, Quetzal Editores, 1990.

Pintar a solidão - 5

- François Lemoyne, Narcisse contemplant son reflet dans l' eau,
óleo sobre tela, séc.XVIII, Museu do Louvre, Paris.

Lemoyne pintou maravilhosamente a solidão daquele que foi condenado a só amar a si mesmo.
Narciso foi condenado a esta terrível pena, mas muitos mortais escolhem voluntariamente para si o castigo de Narciso e assim vivem. É outra forma de solidão.
Uma nota histórica: O pintor reservou para si este quadro, e pendurou-o no seu quarto para seu exclusivo prazer...

Grandes Senhoras - 2 : Bessie Smith

Uma figura quase lendária, a Imperatriz dos Blues como ficou conhecida , dominou os anos 20 e 30 como a intérprete negra mais bem paga. Fez cinema (há alguns clips no youtube) e andou pelos palcos da Broadway. Este tema, um dos que mais gosto, foi um enorme sucesso- lançado em 1923, vendeu 780.000 discos nos primeiros seis meses...Bessie Smith influenciou outras grandes senhoras que se lhe seguiram e que sempre reconheceram essa influência. A morte colheu a Imperatriz prematuramente, num acidente de automóvel em 1937, tendo sido assistida num hospital para negros ( o acidente foi no Sul ) cujas condições não eram as melhores...

Os meus franceses - 4

Georges Brassens - «Les amoureux des bancs publics» (1952)
É um dos autores mais inspirados da canção francesa e esta canção uma das minhas preferidas.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Contestação


"Todos os povos têm virtudes e defeitos. Portugal não foge à regra. Contudo, o maior defeito do povo Português é o de não acreditar nas suas virtudes, e encolher-se perante os juízos menores que dele fazem os que desconhecem a grandeza do seu percurso histórico, e de como sempre conseguiu manter-se na corda bamba, sem nunca perder completamente o equilíbrio. Um povo deve celebrar os valores do seu país mais do que gritar ao mundo as suas desvirtudes. Estas devem ser redimidas na intimidade da sua auto-estima.
«De como Portugal tem o dever de defender a sua Honra e a sua História» nasceu da indignação de ver o nosso país ser amesquinhado no livro, apesar de tudo, interessante, «1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil», da autoria do muito ilustre jornalista brasileiro Laurentino Gomes."
Isabel A. Ferreira
Licenciada em História pela Universidade de Coimbra

Em vários lugares perto de si

Mias informação em http://www.tempsdimages-portugal.com/

Av. da Liberdade vira pista desportiva


No passado fim-de-semana 115 mil pessoas vibraram com a realização do Renault Roadshow que animou o "coração" da capital. A iniciativa que recriou o ambiente electrizante da Fórmula 1 ao longo dos 1.200 metros que separam o Marquês de Pombal dos Restauradores foi coroada de tal êxito que logo o vice-presidente da CML, Marcos Perestrelo, presente no evento não resistiu a divulgar que a edilidade lisboeta está a negociar o regresso da Volta a Portugal em bicicleta às ruas da capital.
Se os comerciantes da zona já estavam em polvorosa na passada sexta-feira, ameaçando enfrentar a polícia de choque, se necessário, por forma a impedirem a realização do Renault Roadshow, imagine-se agora, com a perspectiva do retorno à Volta com passagem pela avenida.
Realmente não há Monsanto nem Autódromo que chegem à categoria da nossa avenida mais cosmopolita. Chama-se a isto bom gosto...

Inch Allah


1967
Existe uma nova versão, de 1993

Vamos lá animar o dia


Week-End in Havana (1941), filme de Walter Lang, em que Carmen foi Rositas Rivas

Os meus filmes 7

Lost Horizon (1937)
Frank Capra

Shangri-La. "Há momentos na vida em que vemos o eterno".

Quem não deseja ver um sonho realizado?

Também eu desejo ver o outro lado da montanha... vou caminhando!

"Acredito porque quero acreditar".




se nunca viu o filme pode ver aqui:

Ronald Colman --- Robert Conway
Jane Wyatt --- Sondra Bizet
H.B. Warner --- Chang
Sam Jaffe --- the High Lama
John Howard --- George Conway
Edward Everett Horton --- Alexander P. Lovett
Thomas Mitchell --- Henry Barnard
Margo --- Maria
Isabel Jewell --- Gloria Stone

Curiosidade do dia


As ilustrações do "Principezinho" inspiraram a nova identidade da Casa Pia de Lisboa (logotipo da esqueda, na imagem). A ideia é "fazer esquecer as más imagens" que ainda pairam sobre uma instituição que conta com 226 anos de história no acolhimento de crianças carenciadas e abandonadas. Através da simplicidade emotiva representada no seu novo logotipo, a Casa Pia pretende revitalizar a formação pedagógica e voltar a concretizar os sonhos daquelas crianças.

Bienal de Chapingo México - Arte e Ecologia

Aqui fica divulgado o trabalho que será apresentado na Bienal de Chapingo por Linda de Sousa :


Estimadas/os amigas/os internautas todas/os



Os comunico que del 2 al 21 de noviembre estaré en México donde estoy invitada a participar en la 1ª Bienal de la Universidad de Chapingo con una Instalación titulada "Biocombustible ¿Vida o Muerte?" como ya viene siendo habitual en mi obra trabajo con dibujos sobre acetato.

¿Por qué este titulo? Como llamada de atención al hecho de la tala indiscriminada de árboles y la utilización de alimentos de primera necesidad para la producción del llamado biocombustible lo cual está incrementando la hambruna en los países del tercer mundo debido al aumento del precio de los mismos.

El coche representa el consumo muchas veces frívolo e innecesario del petróleo en medio de una sociedad que vuelve transparente, que no invisible todo aquello que no quiere ver para así poder seguir ignorando las diferencias sociales que existen en el mundo.

Mi mensaje es que hay que respetar la Tierra para poder respetarnos a nosotros mismos y tener todos no solo unos cuantos, más perspectivas de futuro.



Linda de Sousa


http://www.lindadesousa.com/


Skype: linda.de.sousa


00 34 630 829 571