Prosimetron

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sábado, 1 de novembro de 2008

Pintar a solidão - 7

- Caspar David Friedrich, Wanderer uber dem Nebelmeer, 1818,
óleo sobre tela, Hamburger Kunsthalle, Hamburgo.

Escolhi este quadro, de que gosto muito, de um dos meus pintores românticos preferidos, para ilustrar ainda outra solidão- a solidão dos grandes viajantes. Personagens que me fascinaram desde sempre- de Marco Polo ( li e reli as viagens ainda garoto ) , a Alexandra David-Neel, ou Bruce Chatwin. Esta errância dos grandes viajantes é feita também de muita solidão.



6 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada. Também adoro a errância dos viajantes.
Em breve, partirei para uma viagem que considero a viagem da minha vida, por ir sozinha e por ser o Oriente. Vou à Índia, a Goa. Este quadro é magnífico.
Adoro olhar o mar. É nostálgico como este Sábado à tarde.
O Bach que Filipe Nicolau ofertou está a alimentar esta nostalgia. É bom.
O mar é terra de ninguém e é terra de todos. Ele está ali para toda a gente, de igual modo, sem diferenças...
A.R.

Anónimo disse...

Gosto dos quadros de Friedrich, mas este não é dos meus preferidos.
Por mim, prefiro viajar acompanhada. Sempre nos chamam a atenção para pormenores que nos escapam e é partilhar o que vamos vendo ou sentindo.
Mas é uma verdade que as grandes narrativas de viagens são, normalmente, escritas por viajantes solitários; deitam no papel aquilo que não podem partilhar.
E imagino que ande a reler o Bruce Chatwin, não?
M.

Filipe Vieira Nicolau disse...

À A.R.:Esperemos que continue a ler e comentar o nosso blogue durante a sua viagem. All the best!

Anónimo disse...

Envio um poema de uma pessoa que conhecem para lhe agradecer publicamente e corrigir um erro, O Narciso não faz parte deste livro, como dissera num comentário.

Nauta

Ao mar me fiz. Ao mar do ignorado
desejo de encontrar outras distâncias.
e parti insensato à aventura
as velas enfunadas o vento de feição.

No cais da despedida meu cansaço
ficou aquietado. Me fiz assim ao mar.
O que irá encontrar meu louco coração?

João Mattos e Silva in, Intemporal,Lisboa: Universitária Editora, p. 82.

Para lhe agradecer a si e ao Filipe Nicolau Vieira envio outro quadro do mesmo autor que gosto muito.
Spirit of an Age
www.nga.gov/exhibitions/2001
/spirit/01_fs.htm
A.R.

Anónimo disse...

Rectificação o título do quadro é
"The Solitary Tree", 1822, oil on canvas,
Nationalgalerie, Staatliche Museen zu Berlin.
A.R.

LUIS BARATA disse...

Pois, o Chatwin tem estado na minha mesa de cabeceira, no topo da pilha.
Já gostei mais de viajar a sós, hoje prefiro ter companhia.