Prosimetron

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sábado, 30 de outubro de 2010

Os ingleses vistos pelas francesas - 2


Caminade Alexandre-François (1789-1862)
Retrato de Françoise-Marie de Bourbon, 1834

«Je ne confierais pas aux Anglais un seul de mes cheveux.»

«Les Anglais sont tous horriblement débauchés; c'est encore pis chez eux qu'en France et en Italie.»
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Duquesa de Orléans (1677-1749)
In: Les hommes jugés par les femmes / sel. Larcher, P.-J. Martin. Bruxelles: Hetzel, 1858, p. 33

Pelo nosso Blogue

A mulher sentada

Richard Emil Miller (1875-1943) - Rêverie, 1916-1917
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Mulher. Mulher e pombos.
Mulher entre sonhos.
Nuvens nos seus olhos?
Nuvens sobre seus cabelos.
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(A visita espera na sala;
a notícia, no telefone;
a morte cresce na hora;
a primavera, além da janela).
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Mulher sentada. Tranquila
na sala, como se voasse.
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João Cabral de Melo Neto
In: Poesia completa. Lisboa: Imp. Nac.-Casa da Moeda, 1986, p. 415-416

Para Regiani Moraes e para o seu Barulho da Alma.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

La Pluie!

A imensa chuva pintou a melancolia do dia. Boa noite!
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Luigi Loir (1845-1916), Le Boulevard sous la Pluie




La Pluie - Bailarinos: Celine Cassone e Gregory Batardon, Geneva Ballet (Switzertland) 2005. Coreografia de Annabelle Lopez Ochoa, Musica de J.S. Bach.


O meu final de tarde...


«Arik é um adolescente que vive em Haifa e que consegue um emprego trabalhando para Yankele Bride, um casamenteiro. Yankele é um misterioso sobrevivente do holocausto que tem um escritório na parte de trás de um cinema que exibe apenas histórias de amor, gerido por uma família de sete anões da Roménia. [...].»
Muito divertido e um tudo-nada comovente.
Passa no 5.º Ciclo de Cinema Israelita, no Cinema City Classic Alvalade (Av. de Roma), novamente, amanhã às 15h15 e 17h15. Legendado em inglês.

Os ingleses vistos pelas francesas - 1


François Boucher (1703-1770) - Retrato de Madame de Pompadour
Óleo sobre tela, ca 1750
Edimburgo, National Gallery of Scotland

«Les Anglais sont des gens faux et bizarres.»

«Les Anglais ont un grand défaut dans les négociations: c'est qu'ils veulent toujours tromper.»

«Les Anglais ne savent ni manger, ni vivre, ni travailler avec goût.»

Madame de Pompadour
In: Les hommes jugés par les femmes / sel. Larcher, P.-J. Martin. Bruxelles: Hetzel, 1858, p. 31-32

De um livro de citações que me foi ante-ontem oferecido por um amigo, a quem mais uma vez agradeço.
Tenho de ver o que dirão as mulheres inglesas dos homens franceses.

Objectos de design com açúcar



Nenhum outro país pode gabar-se de ter uma pastelaria semi-industrial tão desenvolvida e enraízada como o nosso. Independentemente da zona onde estivermos encontramos sempre o pastel de nata, a bola de berlim, o bolo de arroz ou o jesuíta (com origem em Santo Tirso). São iguarias que invadem o território nacional, envolvendo memórias e rituais... Foi esta a conclusão a que chegaram três designers, através de um outro olhar sobre a pastelaria nacional estudando a sua relação com o design. E assim que nasceu o projecto "Fabrico Próprio" um livro sobre a pastelaria semi-industrial portuguesa que vê os bolos como "objectos de design de pleno direito, como resultado de um processo de natureza projectual que caracteriza esta disciplina, onde a forma, ingredientes, materiais, método e instrumentos de fabrico se conjugam para chegar ao produto final."

Frutas - 35


Pieter van den Bosch (1613-1663) - Natureza-morta com marmelo
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Para HMJ.
Um dia destes também me vou dedicar a transformar o marmelo em doce. E se tiver paciência ainda farei geleia.

Ainda a Primeira Família

Léon Bonnat (1833-1922), Adam et Éve découvrant le corps d'Abel, óleo sobre tela, Musée des Beaux-Arts de Lille.


Há já algum tempo que o Prosimetron não apresenta uma representação da Primeira Família, pelo que aqui fica esta pintada por Bonnat em Roma, evocando o primeiro luto filial de acordo com a tradição bíblica.

1988 : Enya

Até me custa a acreditar que esta Orinoco Flow é de 1988! Mas foi mesmo nesse ano, a começar no dia 29/10, que Enya iniciava um domínio de 3 semanas no top britânico, depressa alargado a outros tops de vendas europeus e além-atlântico.

PENSAMENTO(S) - 143

Se nós, homens de cinema, ainda temos a pretensão de usar o título de artistas, jamais devemos esquecer que tal implica obediência estrita a esta regra- não há moralidade autêntica que não comporte uma resistência tenaz à tirania.

- Orson Welles, indubitavelmente um artista.

E graças ao abençoado YouTube, podemos encontrar pequenas pérolas como esta:

Citações - 131

(...) A única coisa que sabemos acerca dos mercados é que levam a mal se os portugueses não passarem a pagar mais pelo leite. E sabemos também que são uma entidade colectiva, o que assusta mais. Não temos de agradar apenas a um mercado, mas sim a uma pluralidade de mercados. Os mercados atacam em grupo, como os gangues. Mas são menos meigos e levam-nos mais dinheiro.

- Ricardo Araújo Pereira, Ao salvamento! Mercados e crianças primeiro, na Visão.

Auto-retrato(s) - 64


Christian Schad (1894-1982) - Auto-retrato com camisa verde transparente e com modelo
Óleo sobre madeira, 1927
Col. particular


Ontem dei uma volta pelo Barulho da Alma (http://barulhodaalma.blogspot.com/), de Regianni Moraes, que nos costuma visitar, e vi quadros do pintor alemão Christian Schad. Resolvi procurar outros e encontrei este auto-retrato.

Leituras no Metro - 29


Marcel Duchamp, Gabrielle e Francis Picabia, Guillaume Apollinaire assistindo, no Théâtre Antoine, à representação de Impressions d’Afrique de Raymond Roussel.
(De La vie illustrée de Marcel Duchamp, com 12 des. de André Raffray Paris: Centre National d’Art et de Culture Georges Pompidou, 1977)
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«[...]
Faz com que, a meditar, se esqueça por um momento
O Egipto e, nele, o sol, a noite, o firmamento.»
Raymond Roussel (1877-1933)
In: Novas impressões de África / trad. Luísa Neto Jorge. Lisboa: Fenda, 1988, p. 71

1910 - 25



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Stormy Weather

O filme desta noite -- "Stormy Weather" (1943), com a magnífica Lena Horne. Eis o dueto com Bill Bojangles, "I Can't Give You Anything But Love".

Infelizmente a label deveria ler: Lena Horne (1917-2010).

Homenagem a Gonzalo Torrente Ballester


O Instituto Cervantes de Lisboa convida a participar no dia 3 de Novembro às 18h30 no Auditório do Instituto Cervantes de Lisboa à “Homenagem a Gonzalo Torrente Ballester” no primeiro centenário do seu nascimento e celebra a designação, há cinco anos, da sua Biblioteca com o nome de “Biblioteca Torrente Ballester”.
O programa de actos inclui uma exposição bibliográfica dos fundos da rede de bibliotecas do Instituto Cervantes, com obras editadas em línguas estrangeiras; projecção de audiovisuais e uma mesa redonda que conta com as seguintes intervenções:

António Gonçalves, tradutor
- Por el ala de un sombrero. Traduciendo a Torrente

Miguel Viqueira, romancista, tradutor, ensaísta, amigo e discípulo de Torrente Ballester.
- Lembrando Torrente Ballester

Inês Espada Vieira, Doutorada em estudos de Cultura pela Universidade Católica Portuguesa, com uma tese sobre os artigos jornalísticos de Gonzalo Torrente Ballester.
- A vocação jornalística de Gonzalo Torrente Ballester

Entrada Livre

O que vai acontecer à Sá da Costa?

Valor base de 175 mil euros

Finanças põem a leilão livraria Sá da Costa no Chiado

Ana Brito

As Finanças puseram a leilão a livraria Sá da Costa, em Lisboa, por um valor base de 175 mil euros.

O fisco começou a aceitar no mês passado propostas para a conhecida livraria lisboeta que ocupa o rés-do-chão e o primeiro andar do número 100 da Rua Garrett, no Chiado, e o apuramento dos resultados terá lugar no dia 8 de Novembro.
A penhora da livraria (com as respectivas licença, alvará, direito ao arrendamento e trespasse "e todos os armários/prateleiras, existentes em todas as paredes do rés-do-chão do estabelecimento e que cobrem as mesmas em toda a sua extensão", como refere a notificação das Finanças) é mais um desenvolvimento no complicado processo que envolve a Sá da Costa, a editora e livraria de António Sá da Costa, e cuja gestão foi entregue em 2008 à Fundação Agostinho Fernandes (FAF), de Dinis e Sérgio Nazareth Fernandes, netos de Agostinho Fernandes, fundador das conservas Algarve Explorador e, em 1942, da Portugália Editora.
A aquisição da Sá da Costa pela FAF nunca chegou a concretizar-se, pois estava dependente da venda por Dinis Nazareth Fernandes dos terrenos de Matosinhos onde se encontram as antigas instalações da conserveira, o que nunca aconteceu. Dívidas à banca, ao Estado, a antigos colaboradores e a fornecedores afectam agora a empresa, que em Janeiro foi alvo de um pedido de insolvência, estando em causa, segundo o Jornal de Negócios, dívidas superiores a 130 mil euros.
O PÚBLICO tentou sem sucesso contactar a FAF e António Sá da Costa. As propostas pela livraria - que desde 1943 tem portas abertas na Rua Garrett, a zona comercial mais cara de Lisboa e onde o aluguer do metro quadrado está avaliado em 80 euros por mês, segundo a Cushman & Wakefield - podem ser entregues até 8 de Novembro.

(Público, 20 Out. 2010)


Foto Alberto Carlos Lima, 1913
PT/AMLSB/AF/LIM/002591

Ruthie Henshall no Royal Festival Hall

Ms. Ruthie Henshall, estrela do West End e da Broadway, dá este domingo um espectáculo único no Royal Festival Hall, em Londres. O programa inclui clássicos como "Over the Rainbow", "The Man That Got Away", "People", "Wouldn't It Be Loverly" ou "There's No Business Like Show Business". Hoje pelas 7 da tarde já só restava um bilhete...

A propósito de Agustina e Fanny Owen




Pro memoria, reporto-me a um “post recente” no qual a nossa querida MR (Maria Republicana? :) se interrogava sobre o sentido da afirmação, imputada a Agustina, da essência viciosa da alma.

Naquela situação bem concreta e vivida por pessoas de carne e osso, a alma (leia-se a cabecinha de cada um), tal como o tabaco, corrói, causa tumores e mata. O filme, o livro, a história, tudo narra dois suicídios, morais e físicos, que simultaneamente decorrem e têm os seus desenlaces cronologicamente separados por pouco mais de um mês.

Não creio, todavia, que tal baste para imputar à própria Agustina a defesa da bondade da afirmação posta na boca de Fanny Owen (declaração de interesses: tia-pentavó dos meus filhos :).

Há tempos, li uma história similar narrada por Umberto Eco. Refere o mesmo que, certo dia, alguém lhe terá perguntado se realmente acreditava numa afirmação sua, a de que a felicidade é ter aquilo que se tem (ou qualquer coisa parecida). Eco regista ter ficado muito indignado, asseverando nunca ter escrito o que manifestamente considerava um disparate.

Livros bem vasculhados, encontrou Eco realmente o dito em causa, mas proferido por um místico que estava, nesse momento, em contemplação da Divindade. E que, muito naturalmente, professava a felicidade absoluta que naquele momento sentia pelo que realmente tinha.

Em suma, o contexto faz a citação. Mas há que dar liberdade ao escritor de escrever propositadamente as suas asneiras ou, como me parece ser o caso naquela tragédia de 1852-1854, os seus enigmas.

Cultos




Recente visita a Portugal de conhecido caudilho, este ainda assim com a sensatez de não invocar a Graça de Deus, conjugadamente com o também recente processo sucessório da dinastia republicana norte-coreana, lembrou-me uma historieta sobre o culto de personalidade, a afectar paragens em que, à partida, dir-se-ia ter diluído o indivíduo num vasto mural colectivo.

Um tio meu, escassos meses após o 25 de Abril, integrou uma delegação que visitou a União Soviética, deslocando-se a inúmeras cidades e contabilizando visitas a “municípios”, sedes partidárias, kolkhozes, fábricas, etc.

Contou-me esse meu tio que, em cada cidade a que chegavam, a primeira informação que recebiam era sobre o número de vezes e a data em que o camarada Lenine tinha visitado a referida localidade. De tanto se repetir, esta prática como que passou a ser tão natural como receber os votos de boas-vindas.

Eis que, chegados a certa cidade, por exemplo X, começou o apparatchik local a narrar os feitos alcançados pelo socialismo, omitindo o registo de eventuais visitas leninianas (dir-se-á assim?).

No período de perguntas e respostas, timidamente, levantou-se uma voz portuguesa e indagou: “Desculpe, mas podia-me esclarecer quantas vezes veio o camarada Lenine a X?”. Resposta do local, com um ar desolado: “Infelizmente nenhuma...”, para depois, com ar mais satisfeito, consolado terminar “mas telefonou!”.

Independentemente dos projectos e das acções, dos efeitos que estas tiveram, a dimensão histórica de V. I. Lenine nada tem que ver com a dos caudilhos de hoje, sejam os de leste, como os de oeste, isto face ao nosso eurocêntrico ponto de vista.
Deixo uma gravação que encontrei, ao que parece colocada no Youtube por um lusófono bastante devoto das realizações soviéticas. Mas lá que a música é bonita, não haja dúvida!



Para c.a.


Diego Rivera (1886-1957) - Table on a Café Terrace
Óleo sobre tela, 1915
Nova Iorque, The Metropolitan Museum of Art
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«Naquela tarde fui ao café. Tinha feito uma combinação com a Any e no café, sua estação habitual, nos devíamos encontrar. [...]»
Irene Lisboa
In: Folhas soltas da Seara Nova (1929-1955). Lisboa: Imp. Nac.-Casa da Moeda, 1986, p. 411
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Café expresso – está escrito na porta.
Entro com muita pressa. Meio tonto,
por haver acordado tão cedo...
E pronto! parece um brinquedo:
cai o café na xícara pra gente
xxxxxxxMaquinalmente.
E eu sinto o gosto, o aroma, o sangue quente de S. Paulo
nesta pequena noite líquida e cheirosa
que é a minha xícara de café.
[...]
Cassiano Ricardo (1895-1974)

Bruxaria no Freeport


No Centro de Exposições do Freeport, Alcochete, podem ser vistas "relíquias, múmias, fórmulas mágicas e venenos.".
Está explicado: foram as bruxas que deram sumiço aos documentos em falta...

Frutas - 34


HenryLivens - Delícias de Outono

Dinky Toys em exposição


Dinky Toys é uma marca de brinquedos que, na década de 1930, reproduzia em miniatura os carros que andavam nas ruas. Essas miniaturas podem ser vistas na Fundação Medeiros e Almeida até 31 de Dezembro. E quem não conhecer esta casa-museu aproveite para a visitar.
2.ª a 6.ª: 13h00-17h30
sábado:s 10h00-17h30
R. Rosa Araújo, 41
Lisboa

1973

A 28/10/73 era o jovem David Cassidy quem dominava os tops com esta Daydreamer. Hoje, já retirado das lides musicais, é actor de televisão, carreira onde aliás primeiro se tornou famoso ( A Família Partridge ).

Biografias, autobiografias e afins - 85

600 páginas em que o pianista, compositor, maestro, encenador e comunicador conta a sua preenchida vida. É de uma nova editora: a Clube do Autor, formada por alguns escritores da nossa praça.

Leituras no Metro - 28


Carnaxide: Objectiva, 2010

«as liberdades também fazem isso, uma não importância do que se pensa, porque parece que já nem é preciso pensar. sabe, é como não termos sequer de pensar na liberdade. é um dado adquirido, como existir oxigénio e usarmos os pulmões. não nos hão-de convencer que volte a censura, qualquer tipo de censura, isso seria uma desumanidade e agora como europeus. qualquer iniquidade do nosso peculiar espírito há-de ser corrigida pela europa, para sempre. isto é que é uma conquista. e é como respirar, existir oxigénio e usarmos os pulmões, não se mete requerimento, faz-se e fica feito e não passa pela cabeça de ninguém que seja de outro modo.»
valter hugo mãe

Estou a gostar bastante deste livro.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Erasmo - 2


«Os maiores males infiltram-se na vida dos homens sob a ilusória aparência do bem.»
Erasmo

... manter a lucidez

"No campo político é preciso manter a lucidez, mesmo que isso pareça uma espécie de loucura, num contexto em que a loucura é a norma. No campo literário estou a favor da loucura, da fantasia, dos fantasmas, dos mitos".
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Mario Vargas Llosa

Boa noite! - Chopin por Sokolov

Um excerto do recital de Grigory Sokolov no Arsenal de Metz, em Janeiro do ano passado.
Antes , como sempre faz, desmontou e voltou a montar o piano- um ritual de preparação sem igual na pianística contemporânea.

A arte do retrato - 7

Diane Arbus (1923-1971), Trigémeas no seu quarto, Nova Jersey, 1963.


Uma fotógrafa fascinante, pela obra e pela vida ( tragicamente interrompida pelas suas próprias mãos ), e um tema que sempre me interessou: a gemealidade, tanto nos seus aspectos puramente biológicos como nas vertentes sociais e culturais- como foram ( e são) vistos nas várias épocas históricas, nas mais diversas partes do mundo, na arte etc.

Cinenovidades - 148 : Biutiful

Um realizador fantástico ( o mesmo de Babel, 21 Gramas, Amores Perros ), um actor de que gosto, Bardem, que ganhou com este filme o Prémio de Interpretação Masculina em Cannes, e uma das minhas cidades preferidas- Barcelona, que nesta película aparece não tanto como cartaz turístico mas mais em ambientes perturbantes, que também existem nela como em qualquer outra grande cidade mundial.
Desejoso de ver este filme, que estreará em Portugal em Fevereiro!!! Compreende-se tal dilação relativamente a um filme espanhol? Os critérios dos distribuidores portugueses são insondáveis, nem sequer aproveitando o efeito do prémio de Cannes. Até lá, fiquemos com o trailer:

Book friendly...

Não sou grande entusiasta de gadgets, ao contrário de outros prosimetronistas, especialmente um que vive presentemente entre Londres e Dublin :), mas não posso deixar de me entusiasmar com este: trata-se do Samsung Galaxy Tab, que está à venda desde há relativamente pouco tempo em Portugal, tanto através da TMN como da Vodafone. E entusiasmo-me porque este aparelho que tem net, telemóvel, vídeochamadas e e-mail, tem também uma aplicação, a Readers Hub, que permite aceder a 2 milhões de livros electrónicos...
Mesmo amando os livros impressos como é o meu caso, não posso deixar de reconhecer, dada a expansão crescente do mercado, que o futuro passará de certeza pelos livros electrónicos, muito mais baratos, transportáveis e ecológicos ( embora não tanto como muita gente propala ).

Apeadeiro e viaduto de Entrecampos


Bernardino Machado, deposto da Presidência da República pela revolução de Sidónio Pais, parte para o exílio embarcando no apeadeiro de Entrecampos.
Foto de Joshua Benoliel.
Ilustração Portuguesa, Lisboa, 24 Dez. 1917


Viaduto ferroviário da Av. da República.
Do lado da Av. 5 de Outubro.


Viaduto ferroviário da Av. da República.
Localizava-se do lado do Campo Pequeno.
Foto de Arnaldo Madureira, 1961
PT/AMLSB/AF/ARM/I00956

Viaduto de Entrecampos sobre a Av. da República, inaugurado em 1950.
Foto de João Brito Geraldes, 1967.
PT/AMLSB/AF/JBG/S00640

Guias que nos inspiram

A nova edição dos Guias ConVida (Maio a Novembro) já circula por aí há algum tempo mas só ontem é que peguei num exemplar, o dedicado ao Bairro Alto e Príncipe Real, para saber o que se vai passando numa das minhas zonas preferidas. Gostei de saber que a nova coqueluche do BA tem cenário de filme e um ambiente british-vintage com inspirações "à la" Marie Antoinette que certamente não resistiria a provar os deliciosos (pelo menos na fotografia) cupcakes que ali se comem. O (a) autor (a) do texto afirma ainda que o Tease é o lugar perfeito para ir beber uma chávena de chá e experimentar uma sanduíche de pepino. Ao que parece, o público é eclético desde o tatuador às amigas "Sex in the City", à avó e ao neto. Interessante!!
E continuando pela gastronomia, também fiquei a saber que Cédric Lecler, antigo proprietário do restaurante Porco Preto, à Praça das Flores (como eu gostava da comida e do ambiente), tem novo espaço - o Novamesa - com sugestões que desafiam o paladar. Quando lá for vou querer experimentar para sobremesa as chamuças de mel com gelado de canela. Sem dúvida que estes guias funcionam como aquele "amigo" que nos dá boas dicas e nos inspira.

Post de autor ausente

Há tanto tempo que não fazia um post que nem me lembrava bem como se fazia... Quando entrei no site, constavam 11,111 posts. 11,111! Saudações das terras longínquas da ilha esmeralda (aqui chove e discute-se o orçamento).

Erasmo - 1


Hans Holbein, o Jovem - Portrait of Desiderius Erasmus of Rotterdam with Renaissance Pilaster, 1523
Londres, National Gallery
«Pode querer bem aos outros quem não quer bem a si mesmo?»
(Elogio da loucura)
Nasceu em Roterdão a 27 de Maio de 1466(?) e faleceu em Basileia a 12 de Julho de 1536.

Para o Manuel...


Votos de vida boa (e de alguma boa vida)!

Para HMJ


Pierre-Joseph Redouté (1759-1840) - Rosas.
Do álbum Roses, composto de 169 aguarelas, realizadas entre 1817 e 1824.
Um bom dia!

Honra lhe seja feita

Ao que parece, a sra.deputada Ana Paula Vitorino, ex-secretária de Estado dos Transportes de Mário Lino, terá quebrado as habituais "leis do silêncio". Fica-lhe bem, especialmente neste país onde prevalece a sabedoria dos três macacos orientais: ninguém viu nada, ninguém diz nada, nimguém ouviu nada.

Um quadro por dia - 105

Anónimo (antes atribuido a Sebastian Stosskopf), Vanitas com relógio de sol, entre 1626 e 1656, óleo sobre tela, 67x86cm, Museu do Louvre, Paris.


Porque hoje é dia de livros, e dos antigos :)

Bom dia!

A veterana norte-americana Bettye LaVette.

Como eu gostava

de ter...
«Bad memory. The advantage of a bad memory is that, several times over, one enjoys the same good things for the first time».

Friederich Nietzshe, Man Alone With Himself, London: Penguin Book, 2008, p. 19.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O serão de hoje...

Em português - 47

Neste final de tarde, uma voz serena: Nuno Prata, o antigo baixista dos Ornatos Violeta.

Novidades - 153 : Tudo sobre os dedos

Tudo o que se pode querer saber sobre os nossos preciosos dedos, com o contributo da etimologia, da anatomia e da história de arte.

The Finger, A Handbook, Angus Trimble, Yale University Press, Set.2010.

Manuel Teixeira Gomes

entre Dois Séculos e Dois Regimes


Esta exposição, integrada no plano de comemorações nacionais do 150.º aniversário do nascimento de Manuel Teixeira Gomes, mostra, pela primeira vez, alguns objectos decorativos e móveis utilizados pelo antigo embaixador da 1.ª República em Londres. Também se pode ver o telégrafo pelo qual Manuel Teixeira Gomes recebeu, em Portimão, a notícia da implantação da República.
Museu de Portimão
até 31 Out.

Milton Nascimento e Chico Buarque

Milton Nascimento faz hoje 68 anos. Já não ouvia isto há muito tempo.
Bom dia!

Um quadro por dia - 104

Frans Francken II ou o Jovem (Antuérpia, 1581-1642), Alegoria da escolha do Homem entre o vício e a virtude, óleo sobre painel, 142x210,8cm, col.part.

Acabo de ler que foi um dos recordes do ano a venda deste quadro no passado mês de Abril, no Dorotheum de Viena. Passou de uma col. part. berlinense para outras mãos particulares por 7 milhões de euros, estabelecendo um recorde para pintura flamenga deste período.


Em português - 46

E este "clássico" dos Xutos é dedicado ao Prof.Cavaco Silva, que hoje vai do seu palácio até ao CCB para anunciar a sua recandidatura à Presidência da República, tal como havia sido anunciado urbi et orbi pelo Prof.Marcelo.

1910 - 24

Fernando Bento (1910-1996) faria hoje 100 anos.
Começou a desenhar histórias aos quadradinhos no suplemento infantil do República, em 1938. Colaborou ainda no Pim-Pam-Pum! e no Diabrete (no qual publicou uma história sobre Luís de Camões, e «A Ilha Misteriosa», baseada na obra de Júlio Verne), Cavaleiro Andante, etc.


«O mistério do Tibete» (sobre a viagem do padre António de Andrade ao Tibete, em 1624) foi publicado no Cavaleiro Andante, Lisboa, n.º 1 a n.º 19, 1952.

«Chaimite», Cavaleiro Andante, Lisboa, 1955.

Ilustrou vários livros para crianças, como: Bonecos de papel de cor e outras histórias, de Ricardo Alberty; Os sótãos furados, de Maria do Carmo de Almeida; A borboleta sem asas, de Isabel Braga; A Ilha dos Papagaios e outras histórias, de Fernanda de Castro; Aventuras do coelho Kálulu, de Aurora Constança; A Menina Tartaruga, de Lília da Fonseca; A borboleta sem asas, de Ester de Lemos; Aventuras de D. Ratinho, de Custódia de Carvalho e Melo; Através do continente misterioso: Serpa Pinto e as suas viagens, de Adolfo Simões Müller; O jardim de Rosalina, de Maria do Carmo Rodrigues; Histórias de encantar, de Noémia Setembro; A quadrilha do Gato Maltês e outros contos no jardim, de Maria Isabel de Mendonça Soares; e O jardim dos gatos, de Maria Manuela Couto Viana.



António Manuel Couto Viana - A minha primeira História de Portugal. Lisboa: Verbo, 1984

Lisboa: Verbo, 1981



Lisboa : Bedeteca, 1998
Há anos, a Bedeteca de Lisboa dedicou-lhe uma exposição.