Prosimetron

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Biografias, autobiografias e afins - 84


Se são muitos os espanhóis seduzidos pela actual Princesa das Astúrias, a verdade é que Letizia Ortiz também conta com muitos compatriotas ( e futuros súbditos, presumívelmente... ) que a odeiam intensamente. E, ao contrário do que muita gente pensa, não são só os monárquicos mais tradicionalistas que não suportam a ex-jornalista.
No meio das obras que vão aparecendo sobre Letizia, tenho que destacar esta, bem recente, que causou ( e continua a causar ) grande furor no país vizinho. O título já é um programa: una republicana en la corte del Rey Juan Carlos, e o conteúdo parece que não deixa ninguém indiferente: informações sobre o passado de Letizia Ortiz supostamente coligidas pelos serviços secretos espanhóis, declarações de antigos colegas e amigos que só entendem a nova vida ( por oposição ao passado político ligado à esquerda e ao republicanismo, bem como um alegado agnosticismo ) dela como fruto de tremenda ambição pessoal, bem como ainda histórias mais picantes sobre os anos em que Letizia viveu no México, as drogas, etc.
Entretanto, o próprio autor, Isidre Cunill, já veio a público dizer que lhe passaram propositadamente informações falsas para denegrir a nora do rei.
É livro que não vou ler, até porque já sei o suficiente sobre a Princesa Letizia ( desde as trapalhadas com as cirurgias plásticas, que primeiro negou e depois veio assumir "por razões de saúde", até à tirada sobre a vida " que começou para ela aos 31 anos " como se fosse possível a qualquer um pensar e dizer tal coisa. O passado persegue-nos a todos, com os sucessos e os falhanços. ), mas não pude deixar de me lembrar de um dito da autoria do Jaime Peñafiel, sendo que este ao menos teve a coragem de ser contra esta noiva "real" desde a primeira hora, embora perdendo a amizade de Juan Carlos e de Sofia.
A vida dela é como a de Jesus Cristo, não se consegue saber nada até aos 30 anos.
- Jaime Peñafiel

2 comentários:

Miss Tolstoi disse...

A monarquia espanhola deve ter os dias contados. E esta republicana sempre deu uma ajuda. :)))
Alguma mulher ia casar com aquele príncipe-totó se não fosse ou totó ou ambiciosa? Como é uma g'anda espertalhuça...
E os reis não quiseram que o príncipe casasse com a Sartoris porque os pais eram separados. Devem estar arrependidíssimos... :)))

LUIS BARATA disse...

Olhe Miss Tolstoi, quando Franco morreu chamaram a Juan Carlos, El Breve. E afinal...
Filipe das Astúrias não é o pai, mas poucos príncipes espanhóis( ou de outros países) foram tão bem preparados como ele para a chefia do Estado. Quanto à Letizia, tenho muitas reservas e espero que não lhe falte o indispensável bom senso.